Enquanto o Brasil retrocede, Rússia proíbe terceirização
Enquanto no Brasil o projeto de lei que amplia a possibilidade de terceirização de mão de obra para as atividades-fim das empresas foi aprovado na Câmara dos Deputados e segue agora para o Senado, na Rússia esse modelo de contratação será proibido a partir do ano que vem. A decisão foi tomada em janeiro pela Assembleia Federal russa depois de longas negociações entre os sindicatos de trabalhadores e o governo do presidente Vladimir Putin, disse o integrante do conselho nacional do Sindicato dos Trabalhadores da Construção da Rússia, Abdegani Shamenov.
Advogado e engenheiro civil, Shamenov também é presidente regional da entidade na província de Samara, no oeste do país, e participa nesta terça-feira de uma palestra sobre precarização do trabalho em seminário do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Porto Alegre. De acordo com ele, a terceirização começou a ser praticada na Rússia em diversos setores sem previsão em lei a partir do início dos anos 1990, após a dissolução da União Soviética.
Advogado e engenheiro civil, Shamenov também é presidente regional da entidade na província de Samara, no oeste do país, e participa nesta terça-feira de uma palestra sobre precarização do trabalho em seminário do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Porto Alegre. De acordo com ele, a terceirização começou a ser praticada na Rússia em diversos setores sem previsão em lei a partir do início dos anos 1990, após a dissolução da União Soviética.
“O fim da terceirização é um grande orgulho para os sindicatos russos”, afirmou Shamenov. Segundo ele, a prática não aumentou a oferta de emprego no país, ao mesmo tempo em que reduziu a arrecadação de impostos e também diminuiu salários e benefícios dos trabalhadores, como férias remuneradas e abonos de fim de ano. Muitas empresas terceirizadas não recolhem contribuições previdenciárias e em caso de acidente seus empregados ficam sem renda, acrescentou o sindicalista.
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