sábado, 27 de abril de 2013

Ex-presidente Lula terá coluna mensal no "New York Times"





Do UOL, -PIG- em São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 67, assinou na segunda-feita (22) nos Estados Unidos um contrato com o jornal norte-americano "The New York Times" para escrever uma coluna mensal que será distribuída pela publicação. Segundo o UOLapurou, a coluna não deve ser publicada em veículos brasileiros por exigência do próprio Lula.

RELEMBRE OS 8 ANOS DE GOVERNO LULA EM UMA PARTIDA DE FUTEBOL

O petista se reuniu com Michael Greenspon, diretor-geral do serviço de notícias do jornal norte-americano, e foi decidido que o texto será distribuído pela agência do "New York Times".
A coluna tratará de "política e economia internacional, além de iniciativas para o combate à fome e à miséria no mundo", de acordo com informações divulgadas pelo Instituto Lula.
O "New York Times" já ganhou 112 prêmios Pulitzer e tem seis escritórios, incluindo a sede, na cidade de Nova York. Além disso, possui 14 escritórios espalhados pelos EUA e outros 24 pelo mundo.
O serviço de distribuição do jornal fornece notícias para portais, jornais epublicações do mundo todo, incluindo o Brasil e o UOL. Entre seus colunistas estão o vencedor do Nobel de Economia, Paul Krugman, e o jornalista e três vencedor do Pulitzer, Thomas Friedman.

Entrevista ao "Times"

Em entrevista dada ao jornal em agosto do ano passado, Lula falou sobre apoio à candidatura de Dilma em 2014 e o mensalão. "Dilma é minha candidata e, se Deus quiser, ela será reeleita", disse na época ao repórter Simon Romero.
Ele classificou o julgamento do mensalão como um dos "sofrimentos mais graves" do político e um dos "maiores escândalos de corrupção" do Brasil. "Mais de 30 políticos, incluindo alguns dos principais assessores de Lula, como José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, estão implicados em um escândalo chamado 'mensalão'", disse ao jornal.

Luta contra o câncer

O ex-presidente Lula travou uma batalha contra um câncer na laringe, diagnosticado em 29 de outubro de 2011, dois dias depois do seu aniversário de 66 anos. No dia 28 de março de 2012, novos exames apontaram que o tumor havia desaparecido.
Tudo começou quando Lula procurou ajuda médica após se queixar de constantes dores de garganta e apresentar rouquidão considerada acima do normal. Na época, o tumor tinha aproximadamente 3 centímetros, considerado de agressividade média. No dia 12 de dezembro de 2011, os médicos que cuidam do tratamento de Lula afirmaram que o tumor havia sido reduzido em 75%, o que descartou a necessidade de cirurgia.
A laringe é um órgão situado na região do pescoço e tem funções respiratórias relacionadas ao aparelho vocal. O câncer de laringe atinge principalmente homens e é um dos mais comuns na região da cabeça e pescoço.
Segundo o Instituto do Câncer (Inca), fumantes têm dez vezes mais chances de desenvolver câncer de laringe de que pessoas que não fumam. O câncer de laringe representa cerca de 25% dos tumores malignos na região da cabeça e pescoço. Dois terços dos tumores do gênero ocorrem na corda vocal.

Ex-presidente Lula terá coluna mensal no "New York Times"



Do UOL, -PIG- em São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 67, assinou na segunda-feita (22) nos Estados Unidos um contrato com o jornal norte-americano "The New York Times" para escrever uma coluna mensal que será distribuída pela publicação. Segundo o UOLapurou, a coluna não deve ser publicada em veículos brasileiros por exigência do próprio Lula.

RELEMBRE OS 8 ANOS DE GOVERNO LULA EM UMA PARTIDA DE FUTEBOL

O petista se reuniu com Michael Greenspon, diretor-geral do serviço de notícias do jornal norte-americano, e foi decidido que o texto será distribuído pela agência do "New York Times".
A coluna tratará de "política e economia internacional, além de iniciativas para o combate à fome e à miséria no mundo", de acordo com informações divulgadas pelo Instituto Lula.
O "New York Times" já ganhou 112 prêmios Pulitzer e tem seis escritórios, incluindo a sede, na cidade de Nova York. Além disso, possui 14 escritórios espalhados pelos EUA e outros 24 pelo mundo.
O serviço de distribuição do jornal fornece notícias para portais, jornais epublicações do mundo todo, incluindo o Brasil e o UOL. Entre seus colunistas estão o vencedor do Nobel de Economia, Paul Krugman, e o jornalista e três vencedor do Pulitzer, Thomas Friedman.

Entrevista ao "Times"

Em entrevista dada ao jornal em agosto do ano passado, Lula falou sobre apoio à candidatura de Dilma em 2014 e o mensalão. "Dilma é minha candidata e, se Deus quiser, ela será reeleita", disse na época ao repórter Simon Romero.
Ele classificou o julgamento do mensalão como um dos "sofrimentos mais graves" do político e um dos "maiores escândalos de corrupção" do Brasil. "Mais de 30 políticos, incluindo alguns dos principais assessores de Lula, como José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, estão implicados em um escândalo chamado 'mensalão'", disse ao jornal.

Luta contra o câncer

O ex-presidente Lula travou uma batalha contra um câncer na laringe, diagnosticado em 29 de outubro de 2011, dois dias depois do seu aniversário de 66 anos. No dia 28 de março de 2012, novos exames apontaram que o tumor havia desaparecido.
Tudo começou quando Lula procurou ajuda médica após se queixar de constantes dores de garganta e apresentar rouquidão considerada acima do normal. Na época, o tumor tinha aproximadamente 3 centímetros, considerado de agressividade média. No dia 12 de dezembro de 2011, os médicos que cuidam do tratamento de Lula afirmaram que o tumor havia sido reduzido em 75%, o que descartou a necessidade de cirurgia.
A laringe é um órgão situado na região do pescoço e tem funções respiratórias relacionadas ao aparelho vocal. O câncer de laringe atinge principalmente homens e é um dos mais comuns na região da cabeça e pescoço.
Segundo o Instituto do Câncer (Inca), fumantes têm dez vezes mais chances de desenvolver câncer de laringe de que pessoas que não fumam. O câncer de laringe representa cerca de 25% dos tumores malignos na região da cabeça e pescoço. Dois terços dos tumores do gênero ocorrem na corda vocal.


Entenda as diferenças entre Socialismo e Comunismo





 O objetivo final do Partido Comunista


ORIENTADO PELA IDEOLOGIA DOMINANTE, O SENSO COMUM COSTUMA IDENTIFICAR O SISTEMA COMUNISTA COM AS EXPERIÊNCIAS SOCIALISTAS DA UNIÃO SOVIÉTICA, LESTE EUROPEU, CUBA, VIETNÃ E CHINA, ENTRE OUTRAS. MAS ESTA VISÃO NÃO É AMPARADA PELA REALIDADE HISTÓRICA E GERALMENTE EMBUTE UMA DETURPAÇÃO GROSSEIRA DA TEORIA MARXISTA.

POR UMBERTO MARTINS*


O comunismo é o objetivo final do Partido Comunista. Um objetivo que só pode ser alcançado após a supressão da divisão social do trabalho e das classes sociais, condições para a extinção do Estado e das organizações partidárias, incluindo o próprio Partido Comunista.

Socialismo e comunismo

Convém notar que, embora dirigidos pelos comunistas, nenhum regime originado das revoluções proletárias ocorridas ao longo do século 20 se proclamou comunista. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), como o próprio nome sugere, reivindicava, em primeiro lugar, o socialismo.

A República Popular da China (RPC), fundada após a revolução de 1949, também se define como socialista. Vejamos o que reza o Artigo 1º da atual Constituição chinesa: “A República Popular da China é um Estado socialista subordinado à ditadura democrático-popular da classe operária e assente na aliança dos operários e camponeses”.

O comunismo concebido pelos marxistas é um sistema social muito mais avançado do que o socialismo que conhecemos, pois supõe o fim das classes e do Estado. O socialismo, segundo Marx, é um processo mais ou menos longo (dependendo do desenvolvimento da produtividade e da consciência social) de transição para o comunismo, no qual permanecem as classes sociais e a luta entre elas, a lei do valor, a divisão do trabalho, o mercado e outras heranças correlatas.

Regime de transição

O tema é comentado por Marx na famosa Carta a Weydemeyer, de 5 de março de 1852, onde o pensador alemão explica: “não me cabe o mérito de haver descoberto nem a existência das classes nem a luta entre elas. Muito antes de mim, historiadores burgueses já haviam descrito o desenvolvimento histórico dessa luta entre as classes e economistas burgueses haviam indicado sua anatomia econômica. O que eu trouxe de novo foi: 1) demonstrar que a existência das classes está ligada somente a determinadas fases do desenvolvimento da produção; 2) que a luta de classes conduz, necessariamente, à ditadura do proletariado [leia-se socialismo]; 3) que essa própria ditadura nada mais é que a transição à abolição de todas as classes e a uma sociedade sem classes”.

A experiência histórica revelou que o processo de transição do socialismo ao comunismo é muito mais complexo, instável e longo do que em geral se supunha. É preciso ponderar o fato de que a revolução proletária não ocorreu nos países onde o capitalismo estava mais maduro (Inglaterra, Alemanha, França e EUA), conforme imaginavam os fundadores do marxismo. Consequentemente, não contou com uma base material avançada e se defrontou com tarefas características da revolução burguesa, como a reforma agrária. 

A produtividade baixa induziu os líderes revolucionários a estimular o desenvolvimento de relações capitalistas de produção, seja através da Nova Política Econômica (NEP), no caso da União Soviética (1921-1927), ou das reformas na direção de uma economia socialista de mercado na República Popular da China. O processo de transição a uma sociedade sem classes tende a atravessar séculos.

Produtividade e consciência

O comunismo depende de um nível de produtividade bem maior do que o atual e uma consciência social igualmente mais avançada, conforme reiterou Lênin, para acabar com a escassez relativa (que é e será sempre uma fonte de conflitos sociais) e erigir uma sociedade de abundância, na qual as classes, a divisão social do trabalho e o Estado deixam de ter razão para existir e desaparecem.

Produtividade e consciência social caminham de mãos dadas e o desenvolvimento das forças produtivas deve ser considerado uma condição indispensável à transição ao comunismo. A nova sociedade pode parecer uma mera utopia, mas é preciso lembrar que Marx e Engels rejeitaram o socialismo utópico que prosperou no continente europeu durante os séculos 18 e 19 atribuíram à teoria do socialismo um status científico. Trata-se de um projeto ousado para a história humana pelo qual vale a pena lutar, pois confere a esta um significado que não é religioso ou idealista, mas materialista e humanista.

Umberto Martins:Jornalista, assessor da presidência da CTB, colunista do Vermelho

www.blogdocarlosmaia.blogspot.com  Carlos Maia

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

OAB denuncia pastor Feliciano e Bolsonaro por campanha do ódio


 
OAB e entidades sociais denunciam Feliciano e Bolsonaro por campanha do ódio

Do Portal Vermelho


Liderando um grupo de mais de vinte entidades ligadas aos direitos humanos, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) enviará, na próxima semana, representação ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, contra os parlamentares Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ). A entidade quer que a Corregedoria da Câmara puna os dois por quebra de decoro parlamentar em virtude de divulgação de vídeos considerados difamatórios.


Em um dos vídeos, Bolsonaro teria editado a fala de um professor do Distrito Federal em audiências na Câmara para acusá-lo de pedofilia e utiliza imagens de deputados a favor da causa homossexual para dizer que eles são contrários à família.

Para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, essas campanhas de ódio representam o rebaixamento da política brasileira. "Pensar que tais absurdos partem de representantes do Estado, das Estruturas do Congresso Nacional, é algo inimaginável e não podemos ficar omissos. Direitos Humanos não se loteia e não se barganha", disse. Indignado com os relatos feitos por parlamentares e defensores dos direitos humanos durante reunião na sede da entidade, Damous garantiu que "a Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB será protagonista no enfrentamento a esse tipo de atentado à dignidade humana".

Na reunião com a CNDH da entidade dos advogados estiveram presentes, além dos deputados acusados na campanha difamatória, representantes da secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, do Conselho Federal de Psicologia, e ativistas dos movimentos indígena, de mulheres, da população negra, do povo de terreiro e LGBT.

Fonte: Jornal do Brasil -PIG



Leia mais:

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=212110&id_secao=8







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Israel entrega os pontos: vai libertar Samir Issawi, há oito meses em greve de fome


Do Blog Presos Políticos Palestinos



Baby Siqueira Abrão

Samir Issawi, preso político palestino de 32 anos, franzino, com menos da metade de seu peso habitual depois de aproximadamente oito meses de greve de fome, acorrentado pelos oficiais do Serviço Prisional de Israel (SPI) a uma cama de hospital, venceu, sozinho, o assim chamado “poderoso” governo de Israel. Hoje, 23 de abril, foi anunciado um acordo para libertá-lo, em troca do fim da greve de fome. Pelo acerto entre o Shin Bet, o serviço doméstico de segurança de Israel, e os advogados de Samir, ele será solto em dezembro e se comprometeu a encerrar seu protesto em 24 horas.
Segundo fontes bem-informadas de Israel, o governo sionista temia as manifestações que se seguiriam na Palestina caso Samir viesse a morrer. Seu estado, já muito sério, agravou-se ainda mais nas últimas semanas, quando seu coração passou a registrar apenas 24 batidas por minuto. Isso obrigou os médicos a uma série de procedimentos de emergência para mantê-lo vivo. Mesmo sob risco de morte iminente, Samir não apenas se manteve firme em seu propósito de sair livre da prisão israelense – morto ou vivo – como também ditou a seus advogados cartas que comoveram o mundo, desacostumado de atos baseados em dignidade e coerência de princípios.
Durante meses a greve de fome de Samir preocupou apenas a população palestina. Eventos como o reconhecimento da soberania da Palestina sobre uma pequena parte de seu território original – anterior à Guerra dos Seis Dias, provocada por Israel em 1967 para tomar militarmente a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém oriental, além das colinas de Golã (Síria) e do Sinai (Egito) –, as eleições em Israel, a morte de dois outros presos políticos, por tortura e falta de tratamento de câncer, e a visita de Barack Obama à região dominaram os noticiários por longo tempo. Quando o mundo acordou para o caso Issawi, Samir já estava há quase seis meses em greve de fome.
Atos públicos, abaixo-assinados, pressão sobre governos em várias partes do mundo, além dos protestos de organizações e instituições internacionais de direitos humanos (incluindo ONGs, sindicatos, partidos e movimentos sociais brasileiros, reunidos na Frente de Defesa do Povo Palestino) colocaram o governo de Israel contra um lado da parede. Do outro lado, a população palestina prometia um levante (intifada) caso Samir viesse a se tornar mais uma vítima do sistema prisional israelense – e deu uma demonstração da seriedade de suas intenções quando da morte (ou, como eles preferem, martírio) de Arafat Jaradat, barbaramente torturado pelo Shin Bet na prisão israelense de Meggido. Revoltas estouraram por toda a Cisjordânia, e os braços armados dos partidos palestinos declararam-se prontos para defender a população caso Samir fosse martirizado e Israel continuasse a atacar com violência os palestinos.
E tudo que Israel não quer neste momento, em que outra campanha contra o Irã está em curso, dessa vez com o apoio do governo dos Estados Unidos, é causar problemas locais que desviem a atenção das autoridades do país de sua mais recente obsessão. O primeiro-ministro Benjamin Netanyhau até pediu desculpas à Turquia pelo ataque ao navio de bandeira turca Mávi Mármara em 31 de maio de 2010 – quando a marinha israelense matou 9 pacifistas, oito deles cidadãos turcos – com o objetivo, segundo a rede russa RT TV, de instalar bases militares na Turquia para o suposto ataque ao Irã. Enfim, os sionistas pretendem manter o caminho livre para continuar com o bullying aos iranianos.
Nesse contexto, Samir Issawi tornou-se uma enorme pedra no caminho. Disposto a morrer caso continuasse preso sem acusação formal (e, na verdade, sem motivo), e insistindo o tempo todo que sua causa não era apenas pessoal mas sim de todo o povo palestino, ele deixou sem saída o governo israelense. E a própria Autoridade Nacional Palestina (ANP), que não fez muito esforço por sua libertação. Afinal, Samir pertence à Frente Popular de Libertação da Palestina, partido com o qual o Fatah, dominante na ANP, não mantém relações, digamos, cordiais.
Antes do acordo de hoje, o governo israelense ofereceu a Samir a liberdade em troca do exílio em Gaza. Ele recusou a oferta. Sua prisão, argumentou, era injusta, e a busca de justiça é inegociável. Também declarou-se vitorioso por antecipação: se fosse libertado ou se fosse martirizado. Nos dois casos, não teria cedido a Israel.
Samir foi preso várias vezes ao longo da vida, o que o impediu, por exemplo, de ter estudos regulares e uma família própria. A sentença mais pesada, de 30 anos, ele cumpria há 10 anos quando sua libertação entrou no acordo da soltura do soldado israelense Gilad Shalit, em outubro de 2011. Em junho de 2012 ele voltou a ser preso, sem motivo e depois de receber perdão presidencial, sob “detenção administrativa”, procedimento que Israel utiliza para manter palestinos na cadeia indefinidamente, sem acusação, sem direito a processo e a julgamento (isto é, sem direito a defesa). Em agosto iniciou a greve de fome com outros três companheiros, já libertados.
Israel fez algumas exigências para soltar Samir: ele não deve sair das vizinhanças de Issawiya, a vila de Jerusalém oriental onde mora; deve ficar mais oito meses detido, contados a partir da data do início do acordo (o que somará 18 meses desde o início de sua detenção administrativa); precisa prometer não manter contatos com membros de grupos “terroristas” ou com pessoas que cometam atos “terroristas”. Se Samir violar os termos do acordo ou cometer algum crime que o mantenha mais de três meses na prisão, o restante de sua sentença anterior, suspensa em outubro de 2011, será reativada.
Como palavra de sionista sempre volta atrás, Samir exige um acordo por escrito para pôr fim à greve de fome. Caso não seja atendido, promete parar de tomar líquidos, o que o levará rapidamente à morte. De todo modo, sabe-se que o governo israelense não prima pelo respeito nem mesmo aos acordos que assina – e a violenta ocupação da Palestina está aí para provar o fato. Além disso, nada garante que o Shin Bet não monte algum esquema para culpar Samir do que ele não fará. Trata-se, enfim, do tipo de “liberdade” que as autoridades israelenses “permitem” aos palestinos: aquela que mantém uma espécie de espada de Dâmocles sobre suas cabeças.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Regulação da mídia: campanha na rua



http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Bruno Marinoni, noObservatório do Direito à Comunicação:

Uma nova lei para a comunicação social no Brasil. Esse deve ser um dos temas que entra na agenda da sociedade brasileira a partir do próximo 1º de maio. A campanha “Para Expressar a Liberdade” decidiu em sua plenária realizada em São Paulo, no dia 19 de abril, que a data seria a escolhida para levar às ruas o Projeto de Lei de Iniciativa Popular a ser discutido com a população e para o início da coleta de assinaturas ao documento.

O Projeto de Lei de Iniciativa Popular tem por objetivo mobilizar a sociedade brasileira em torno da proposta de regulamentar a comunicação social eletrônica no país. As leis que regem o setor estão hoje defasadas e cheias de lacunas, pois ou foram estabelecidas há cerca de 50 anos (caso do Código Brasileiro de Telecomunicações) ou não tiveram desenvolvidos dispositivos que garantam o seu funcionamento efetivo (caso do capítulo sobre Comunicação Social da Constituição).

Diante das esquivas e negativas do governo Dilma de iniciar o debate sobre a necessidade de regulamentar o setor, a sociedade civil organizadas na campanha "Para Expressar a Liberdade - Uma nova lei para um novo tempo" decidiu formular uma proposta de lei para para discutir com a sociedade e apresentá-lo ao Congresso. A expectativa dos organizadores é de que se consiga coletar pelo menos 1,3 milhão de assinaturas de apoio.

A plenária do dia 19 reuniu mais de 30 entidades, representativas de setores que lidam direta ou indiretamente com o tema do direito humano à comunicação, para debater o projeto elaborado pelo Grupo de Formulação da campanha “Para Expressar a Liberdade”. A discussão focalizou pontos como o da propriedade cruzada, a distribuição das outorgas, o tratamento dos conteúdos e a relação dos veículos com o proselitismo religioso.

A iniciativa tem sido considerada por alguns bastante positiva por sua capacidade de aglutinação. João Brant, do Intervozes, coletivo que integra a campanha, considera que “o projeto tem a capacidade de unir forças da esquerda brasileira que em outros campos estão divididas”. Para Renata Mielli, do Centro de Estudos Barão de Itararé, “essa é a proposta do enfrentamento político, de enfrentar a imobilidade do governo e mobilizar amplos setores da sociedade”. Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT e coordenadora geral do FNDC, considera que com o projeto se tem “uma proposta concreta” para se debater com a sociedade.

A abertura do encontro contou, pela manhã com a presença de Rosane Bertotti, de Altamiro Borges (Barão de Itararé), do deputado Ivan Valente (PSOL), de Sônia Coelho (Marcha Mundial das Mulheres) e de Celso Schroeder, presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj). Durante a tarde, o documento foi debatido com os representantes da sociedade civil e do movimento social com a coordenação de Renata Mielli, de João Brant, de Orlando Guilhon (FNDC/Arpub) e do professor Marcos Dantas (UFRJ). As contribuições feitas ao texto serão adicionadas durante a semana e a versão consolidada será analisada em reunião de trabalho nesta quinta-feira, dia 25, em São Paulo


Roberto Carlos, o Rei da Censura



Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Roberto Carlos é o chamado control freak. Sempre foi, mas piorou nos últimos anos. Sua obsessão por controlar sua imagem é notória e o leva a tomar decisões absurdas, na melhor das hipóteses, ou autoritárias, na pior. Cercado de agentes e aspones que o protegem de tudo, ou tentam protege-lo, Roberto vive num mundo de fantasia, uma casca de ovo que ele pretende inexpugnável.

A nova de RC e seu time foi a notificação extrajudicial ordenando o recolhimento de um livro chamado Jovem Guarda: Moda, Música e Juventude, de Maíra Zimmermann. É a tese de mestrado de Maíra, professora da FAAP, e fala do surgimento do, na opinião da autora, mercado consumidor adolescente nos anos 60. Tiragem: mil exemplares. Mil.

Os advogados do cantor alegam que ele traz detalhes sobre a trajetória de sua vida e de sua intimidade e que a capa “contém caricatura do notificante e dos principais integrantes da Jovem Guarda sem que eles nem sequer fossem notificados”. Seu empresário declarou à Folha que recebe todo mês vários casos desse tipo e que “já passa direto para o escritório jurídico”.

Roberto se especializou no papel de censor. Não adianta o empresário dizer que “a lei nos protege” (o artigo 5º da Constituição veda a violação da intimidade e da vida privada e sua “exploração indevida”).

Em 2007, ele já havia proibido a boa biografia Roberto Carlos em Detalhes, de Paulo César de Araújo, com os mesmos argumentos. Roberto se cerca de gente amedrontada que segue essa omertá. Há dois anos, numa matéria para a revista Alfa, o repórter Marcelo Zorza Netto entrevistou um músico de sua banda. Durante algumas semanas, ele ligou para a redação, preocupadíssimo com o que havia contado sobre Roberto (uma história sobre uma manifestação do TOC, o transtorno obsessivo compulsivo de que RC sofre).

Para Roberto, a amputação de sua perna, na altura da canela direita, aos 6 anos, é um tabu que ganhou dimensões gigantescas. Em sua melhor fase, meados dos anos 70, ele mesmo abordou esse drama na canção O Divã. O roteiro de seu famoso cruzeiro leva sua condição em consideração. Os shows precisam acontecer em águas calmas para que ele não se desequilibre. Mas isso não pode ser dito (aliás, foi dito numa reportagem da Viagem e Turismo. A antiga assessora de imprensa passou também alguns dias telefonando).

Por isso as entrevistas de Roberto são sempre insossas. Sua participação no documentário Uma Noite em 67, sobre um festival da Record, é frustrante. Ele não sabia de nada, ele não tem nada a dizer que não seja protocolar. Faz uma piada sobre o fato de que havia uma turma organizada para vaiá-lo quando defendeu sua música, Maria, Carnaval e Cinzas, dando sua clássica risada. Só. Existe um acerto anterior de não se tocar em qualquer assunto que não seja de seu agrado. Não é que ele seja recluso ou avesso à mídia. Ele aparece bastante na Caras ou na Contigo, mas sempre do jeito que quer.

Você já deve ter lido ótimos livros, e outros nem tanto, sobre Frank Sinatra, John Lennon, Billie Holiday, Keith Richards etc. No ano passado, os Stones completaram 50 anos de carreira. Houve uma enxurrada de biografias. Uma delas, a de Mick Jagger, escrita pelo bom crítico Philip Norman, dava um excelente panorama dos anos 60 e 70 e dissecava, claro, o vocalista dos Stones: suas mulheres, a prisão por posse de drogas e por aí vai. Não houve nenhum movimento do escritório de Jagger para proibi-la ou tirá-la de circulação (continua sendo vendida na Amazon, aliás).

Você pode achar que Roberto Carlos, bem, quem se importa com Roberto Carlos? Isso é uma questão. Outra, bem diferente, é como o maior cantor popular do Brasil virou um campeão da censura. Ele afirma que está preparando sua biografia. Maravilha, bicho. Uma coisa é certa: de tudo o que ele não vai dizer, suas proibições maníacas a livros não serão encontradas em página alguma.






Fantástico show de mentiras da Globo


Por Carlos Lopes, no jornal Hora do Povo:

A principal estrela dos 16 minutos que a Globo, no último "Fantástico", dedicou às ferrovias, portos e ao (suposto) terrível descaso de Lula e Dilma para com eles, foi o sr. Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento de Logística (EPL).

O show (pois reportagem aquilo não foi) constituiu-se de mentiras, falsificações e estelionatos informativos, além de uma burrice indecente por parte da repórter – o que não é surpresa – e de uma senhora algo avantajada que apresentou o programa.

No entanto, dos entrevistados, o único que mostrou uma inequívoca satisfação foi Figueiredo. Os outros, até os capachos de fé, pareciam sentir uma úlcera ou um corpo estranho adentrando-lhes, supomos, a alma. Eles sabem quando estão mentindo. O ministro dos Portos parecia constrangido – tão constrangido que assinou em seguida uma nota apontando algumas mentiras.

O único que estava, não somente à vontade, mas alegre, contente, exibindo-se para a Globo - e nem se abalou em assinar a nota conjunta do governo - era o sr. Figueiredo. O que é muito interessante, porque ele é o principal responsável pela elevação do preço do transporte ferroviário para, em média, 103% do preço do transporte rodoviário (há quase um consenso que aquele é, normalmente, pelo menos 30% mais barato que o último; exceto quando há um mágico escondendo cobras e engolindo espadas...).

Currículo

Figueiredo tem um currículo miraculoso: sob Fernando Henrique Cardoso, chefe de gabinete do presidente da Rede Ferroviária Federal, realizou os "estudos" para a privatização das ferrovias; em seguida, tornou-se presidente da principal beneficiária da privatização, a Interférrea (posteriormente denominada ALL, da qual o sr. Figueiredo foi membro do Conselho de Administração) e presidente da entidade das ferrovias privadas, a Associação Nacional de Transportes Ferroviários (ANTF); sabe-se lá como, tornou-se depois, sucessivamente, diretor da Valec, gerente de projeto do Programa de Parceria Público-Privada do Ministério do Planejamento, assessor especial da Casa Civil, e, logo, diretor-geral da ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres (todas essas informações foram fornecidas pelo próprio Figueiredo: v. Diário do Senado Federal, 11/03/2008, Mensagem nº 50/2008, Curriculum Vitae, "Bernardo José Figueiredo Gonçalves de Oliveira").

Dois dias depois de sua posse na ANTT, no dia 16/06/2008, Figueiredo entregou uma nova concessão ferroviária para a ALL, a Ferrovia Novoeste S.A. (Deliberação ANTT nº 258/08). Vinte e dois dias após, entregou à ALL outra concessão, a Ferronorte S.A. (Deliberação ANTT nº 289/08). Mais 33 dias, e ele entregou outra concessão para a ALL, a Ferroban, em São Paulo (Deliberação ANTT nº 359/08).

Mas não houve expansão da malha ferroviária. Pelo contrário, em seguida, a ANTT, sob a presidência de Figueiredo, "permitiu, sem nenhuma penalização, que as concessionárias desativassem, no todo ou em parte, o serviço de transporte ferroviário em 2/3 da malha concedida, sem realizar os diversos procedimentos relativos às solicitações de suspensão e supressão de serviços de transporte ferroviário e desativação de trechos" previstos pela própria ANTT (Resolução nº 44, 4/07/ 2002). Ou seja, sob a égide de Figueiredo, foram desativados, total ou parcialmente, 20 mil km de ferrovias, dos 29 mil km que constituem a malha ferroviária do país (ver a entrevista do próprio Figueiredo na Revista Ferroviária, março/2009, págs. 12 a 19).

Ao sabatiná-lo no Congresso, o senador Roberto Requião assim resumiu essa parte da carreira de Figueiredor:

"Com esses seus três atos relâmpagos (…), além dos 7.304 quilômetros de malha ferroviária, entregou 478 locomotivas, 14.371 vagões à ALL – da qual, através da Interférrea, o senhor foi presidente e depois membro do Conselho de Administração –, que já explorava a Malha Sul em decorrência do leilão de privatização. A ALL recebeu, não pelos bons serviços prestados, mais 4.446 quilômetros de ferrovias, 456 locomotivas, 13.548 vagões, o que representou colocar 11.750 quilômetros de linha, 934 locomotivas e 27.919 vagões nas mãos de um único operador logístico, ou seja, mais de 40% de todo o parque ferroviário nacional na empresa da qual anteriormente o senhor fazia parte como presidente da Interférrea e como membro do Conselho de Administração da ALL. (…) Essa concentração absurda de poder econômico, esse monopólio da ALL sobre 40% do parque ferroviário nacional nas regiões em que se concentra a maior parte do PIB brasileiro, ocorrida sob a sua gestão na ANTT, na minha opinião, é um escândalo. (…) É meu dever perguntar: o senhor considera ético que, durante a sua gestão na Diretoria Geral da ANTT e através de atos firmados pelo senhor, a ALL, empresa que o senhor estruturou, representou na concessão e dirigiu, cresça de modo incrível e ganhe essa dimensão gigantesca que hoje apresenta?"

Em sua resposta, Figueiredo tergiversou: por exemplo, disse que não formatou a privatização – mas isso estava em seu currículo, apresentado por ele quando foi conduzido pela primeira vez para a ANTT. O Senado recusou-se a reconduzi-lo para a ANTT, por faltar-lhe os requisitos de reputação ilibada e competência técnica.

Esse é o herói da Globo. A questão é: por que Figueiredo estava tão satisfeito, no meio de um programa que era uma mentirada contra o governo – em especial contra a presidente Dilma? Teria sido ele a fonte de tão sábios dados para a Globo?

Por exemplo: "Este ano o Brasil teve uma supersafra de grãos. E a comida ficou mais barata? Não. Porque o preço do transporte fica mais caro ano a ano".

O peso dos transportes no aumento de preços dos alimentos que houve de agosto a dezembro do ano passado, foi, a bem dizer, insignificante. Tanto assim que os transportes continuam os mesmos e o preço dos alimentos está caindo desde janeiro. O que pesou nos preços foi a especulação financeira com papéis ancorados na produção de alimentos, promovida nas bolsas de mercadorias de Chicago e Nova Iorque (hoje aNew York Mercantile Exchange – a bolsa de mercadorias de Nova Iorque – é uma filial da Chicago Mercantile Exchange. Um único grupo, com o seu entrelaçamento com os grandes bancos dos EUA, dirige a especulação mundial das commodities, com as inevitáveis consequências).

Públicos

No Brasil, os portos públicos permitiram que nossa corrente de comércio (exportações e importações) aumentasse de US$ 121,344 bilhões (2003) para US$ 482,285 bilhões (2011). O pequeno recuo de 2012 (US$ 465,728 bilhões) nada teve a ver com os portos, mas com a primarização das exportações, diminuindo a parcela de manufaturados e aumentando a parcela de bens primários (commodities).

Evidentemente, isso não quer dizer que não haja problemas: na própria matéria da Globo, o único dado real é um viaduto, obra do PAC, que encontra-se paralisado. O problema é falta de investimentos públicos – mas a Globo e o sr. Figueiredo preferem doar o patrimônio público a monopólios estrangeiros.

E, como é claro na lavagem de porco (nos perdoem os suínos) servida no "Fantástico", não é para exportar manufaturados que eles querem privatizar os portos, mas para escalpelar o país dos seus minérios e da sua fenomenal produção de alimentos.

Pela privatização anterior do sr. Figueiredo, já sabemos onde isso acaba: ferrovias desativadas, portos abandonados, o país em crise pelo estrangulamento da infraestrutura e logística, e algumas multinacionais fazendo a farra às nossas custas.



terça-feira, 23 de abril de 2013

Comunistas: Dilma debate rumos econômicos do país com o PCdoB


Participação de Dilma no último Congresso  do PCdoB

 A presidenta Dilma Rousseff recebeu dirigentes do PCdoB nesta terça-feira (23) para conversar sobre os desafios e rumos econômicos do país. “Foram mais de duas horas de troca de ideias e opiniões sobre como garantir patamares crescentes para o desenvolvimento econômico do país, com inclusão social”, comentou o senador Inácio Arruda, líder do PCdoB no Senado e um dos participantes do encontro.


 As reuniões regulares com os partidos da base aliada do governo fazem parte da rotina de trabalho da presidenta Dilma. “Abordamos a necessidade de destravar os investimentos públicos para garantir agilidade nas ações econômicas governamentais", disse Inácio.

Ele citou como obras consideradas importantes pelo governo federal "a ligação da Transnordestina com a Ferrovia Norte-Sul e a interligação das bacias hidrográficas do Nordeste, além das obras de infraestrutura necessárias ao país para o enfrentamento da grave crise que atravessa o capitalismo e seus reflexos no Brasil”, relata o senador do PCdoB.

O grupo foi comandando pelo presidente nacional do Partido, Renato Rabelo; a líder na Câmara, Manuela D´Ávila (RS), o ministro do Esporte, Aldo Rebelo (SP), e a vice-presidente do PCdoB e deputada federal por Pernambuco, Luciana Santos.

Da Redação em Brasília

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=211829&id_secao=1

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