sábado, 2 de fevereiro de 2013

Aumento no preço da gasolina?Que tal matar a saudade dos tempos do PSDB?



O GLOBO: Desde 2005, um aumento no preço da gasolina não chegava ao consumidor final:
http://oglobo.globo.com/economia/aumento-da-gasolina-na-bomba-devera-ser-de-4-7437766#ixzz2JWcPARyw

Em 1999 a Gasolina subiu 5 vezes, somando mais de 52%:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi03089902.htm

FHC defende mais reajustes no preço da Gasolina:
http://www1.an.com.br/2000/jun/30/0eco.htm

Petrobras não controla o preço nas Bombas, somente nas refinarias:
http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2011/04/07/preco-da-gasolina-mitos-e-verdades/

Reajuste 2013 após quase 10 anos:
http://odia.ig.com.br/portal/economia/gasolina-fica-mais-cara-nas-bombas-1.541559

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Água:Sanepar -comandada pelo tucano Beto Richa- propõe aumento de 10,62% na tarifa de água e esgoto




Do site G1(golpista) ligado a Globo:
A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) divulgou nesta quinta-feira (31) uma nota na qual informa que propõe um reajuste de 10,62% na tarifa de água e esgoto. A reunião que decidiu pela correção foi realizada na terça-feira (29).

A proposta ainda precisa ser analisada pelo Instituto de Águas do Paraná, que é o órgão que regulamenta e fiscaliza o serviço de saneamento básico no estado.

 O G1 entrou em contato com a Sanepar para saber quais fatores influenciaram na definição do percentual de 10,62%, porém, foi informado que nenhum diretor da companhia falaria sobre o assunto.

Desde que o governador Beto Richa (PSDB) assumiu, a tarifa de água e esgoto do estado foi reajustada duas vezes. Ao todo o percentual ultrapassa 30%. O último aumento foi em abril de 2012, quando houve aumento de 16,5%. A tarifa não sofreu nenhuma alteração de 2005 a 2010.
saiba maisO Instituto de Águas do Paraná tem autonomia para deliberar sobre o reajuste. Ele pode negar ou aprovar um aumento maior ou menor do que o proposto. Não há prazo para que o parecer seja divulgado.

Caso o reajuste seja concedido, a proposta é encaminhada para o governador e publicada via decreto estadual. Após a publicação, os novos valores entram em vigor em 30 dias.

Atualmente, as famílias que residem em Curitiba e consomem até 10 metros cúbicos de água pagam R$ 40,89, pelo fornecimento de água e pelo serviço de esgoto. Já no interior, o valor é R$ 39,78.
http://g1.globo.com/parana/noticia/2013/01/sanepar-propoe-aumento-de-1062-na-tarifa-de-agua-e-esgoto.html

FILHA CONDENA SENADOR ALVARO DIAS EM CASA DE R$ 16 MILHOES



FILHA CONDENA SENADOR ALVARO DIAS EM CASA DE R$ 16 MILHOES.


Principal porta-voz da oposição, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que chegou a defender a CPI do caso Rosemary, foi condenado por não ter pago pensão a uma filha fruto de relacionamento extraconjugal com uma funcionária pública; ação judicial pede a anulação da venda de cinco casas em Brasília avaliadas em R$ 16 milhões e o acusa ainda de abandono afetivo


24 de Dezembro de 2012 às 06:36
 




247 - A imagem que ilustra este texto é o retrato do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), um parlamentar que se especializou em apontar o dedo para os outros. Até recentemente, esse papel era exercido pelo ex-senador Demóstenes Torres, que caiu quando foram descobertas suas relações promíscuas com o bicheiro Carlos Cachoeira. Com Demóstenes fora do jogo, o papel foi assumido por Álvaro Dias.
 
Recentemente, o senador tucano pediu a abertura de uma CPI para investigar o chamado Rosegate, sobre a secretária Rosemary Noronha. "É um escândalo de baixo nível, que expõe a postura descabida de quem preside o país, antes e agora", disse ele, que chegou a propor a coleta de assinaturas para a instalação de uma comissão sobre o caso.
 
Agora, no entanto, é Álvaro Dias quem está na defensiva. Ele foi condenado pela Justiça por não ter pago pensão a uma filha fruto de relacionamento extraconjugal com funcionária pública. A ação judicial pede ainda a anulação da venda de cinco casas em Brasília avaliadas em R$ 16 milhões – patrimônio relativamente alto para alguém que vive apenas da atividade política.
 
Ouvido pelo jornalista Claudio Humberto, Dias disse estar sendo alvo de "chantagem". Leia, abaixo, as notas na coluna de CH: 
 
Senador é réu por pensão e abandono afetivo
 
Habituado ao ataque, o senador Álvaro Dias (PR), líder do PSDB no Senado, agora está na defensiva: foi condenado na Justiça pelo não pagamento de pensão a uma filha – ainda menor de idade – fruto de seu relacionamento com a funcionária pública Monica Magdalena Alves. O tucano responde a processos, em segredo de justiça, por abandono afetivo e corre risco de ter o seu patrimônio bloqueado.
 
Pensão paga
 
Álvaro Dias ficou indignado com a ação judicial contra ele. Conta inclusive que só de pensão paga dez salários mínimos por mês.
 
Nulidade
 
Em um dos processos, a filha do senador Álvaro Dias pede anulação da venda de cinco casas dele, no valor de R$ 16 milhões, em Brasília.
 
Chantagem
 
Álvaro Dias considera que tem cumprido seu dever de pai “rigorosamente”, o que o leva a concluir: “Isso é chantagem”.

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/88809/
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Principal porta-voz da oposição, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que chegou a defender a CPI do caso Rosemary, foi condenado por não ter pago pensão a uma filha fruto de relacionamento extraconjugal com uma funcionária pública; ação judicial pede a anulação da venda de cinco casas em Brasília avaliadas em R$ 16 milhões e o acusa ainda de abandono afetivo
Do site 247



247 - A imagem que ilustra este texto é o retrato do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), um parlamentar que se especializou em apontar o dedo para os outros. Até recentemente, esse papel era exercido pelo ex-senador Demóstenes Torres, que caiu quando foram descobertas suas relações promíscuas com o bicheiro Carlos Cachoeira. Com Demóstenes fora do jogo, o papel foi assumido por Álvaro Dias.

Recentemente, o senador tucano pediu a abertura de uma CPI para investigar o chamado Rosegate, sobre a secretária Rosemary Noronha. "É um escândalo de baixo nível, que expõe a postura descabida de quem preside o país, antes e agora", disse ele, que chegou a propor a coleta de assinaturas para a instalação de uma comissão sobre o caso.

Agora, no entanto, é Álvaro Dias quem está na defensiva. Ele foi condenado pela Justiça por não ter pago pensão a uma filha fruto de relacionamento extraconjugal com funcionária pública. A ação judicial pede ainda a anulação da venda de cinco casas em Brasília avaliadas em R$ 16 milhões – patrimônio relativamente alto para alguém que vive apenas da atividade política.

Ouvido pelo jornalista Claudio Humberto, Dias disse estar sendo alvo de "chantagem". Leia, abaixo, as notas na coluna de CH:

Senador é réu por pensão e abandono afetivo

Habituado ao ataque, o senador Álvaro Dias (PR), líder do PSDB no Senado, agora está na defensiva: foi condenado na Justiça pelo não pagamento de pensão a uma filha – ainda menor de idade – fruto de seu relacionamento com a funcionária pública Monica Magdalena Alves. O tucano responde a processos, em segredo de justiça, por abandono afetivo e corre risco de ter o seu patrimônio bloqueado.

Pensão paga

Álvaro Dias ficou indignado com a ação judicial contra ele. Conta inclusive que só de pensão paga dez salários mínimos por mês.

Nulidade

Em um dos processos, a filha do senador Álvaro Dias pede anulação da venda de cinco casas dele, no valor de R$ 16 milhões, em Brasília.

Chantagem

Álvaro Dias considera que tem cumprido seu dever de pai “rigorosamente”, o que o leva a concluir: “Isso é chantagem”.

Público lota Ato Pela Anulação do Julgamento do Mensalão no Rio




Na noite de quarta-feira (30), o auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio, com capacidade para 600 lugares estava lotado e ainda havia gente pelos corredores, saguão, hall de entrada, e na calçada em frente ao prédio esperando uma oportunidade para entrar. A atração? O Ato Pela Anulação do Julgamento da Ação penal 470, o chamado "mensalão", promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.



Foto  Brasil247

Do Portal vermelho


“Não vou me calar!”, exclamou o militante José Dirceu, ovacionado pelos presentes, no final do evento, feito em parceria com a Central Única de Trabalhadores (CUT). Alvo da Ação Penal 470, o processo conhecido como ‘mensalão’, ex-ministro-chefe da Casa Civil no governo Lula, deputado federal e ex-exilado político por combater a ditadura militar instaurada no país, em 1964, Dirceu definiu a decisão dos magistrados como uma “violência jurídica nunca vista”.

Altamiro Borges, presidente do Barão de Itararé e Secretário Nacional da Questão da Mídia do PCdoB, a quantidade de pessoas interessadas em acompanhar o debate é uma demonstração de que há uma quantidade expressiva de brasileiros de setores expressivos da sociedade que discordam do resultado do julgamento da Ação Penal.

"Tinha gente pendurada no prédio inteiro, até gente lá fora na calçada esperando para ver se conseguia entrar. Isso demonstra que há setores significativos da sociedade que discordam do resultado do julgamento da ação Penal 470, qualificando o mesmo como um julgamento político e, como disse o Raimundo [o jornalista Raimundo Pereira], 'medieval', feito em grande medida pela mídia", disse Altamiro Borges ao Vermelho

Foi durante o evento que o jornalista Raimundo Pereira, editor-chefe da revista Retrato do Brasil e um dos integrantes da mesa, afirmou que se tratou de um julgamento “medieval”: "Foi medieval porque seguiu a dinâmica dos julgamentos no medievo, quando uma bruxa era torturada até a morte para que confessasse ser uma bruxa. Se morria sem confessar, ficava provado que era mesmo uma bruxa, pois nenhum ser humano normal poderia resistir a tamanha tortura sem confessar qualquer coisa. Se confessasse, morria na fogueira. Ou seja, a bruxa não tinha chance nenhuma".

Raimundo é uma das diversas figuras importantes que questionam o processo que condenou José Dirceu, o deputado José Genoino, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares e o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizolatto.

José Dirceu, ao iniciar o discurso, cumprimentou Altamiro Borges e concordou com o professor Adriano Pilatti, advogado e docente na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, também na mesa, que “apenas um milagre” impedirá que ele cumpra a pena imposta pelo Supremo. Porém, frisou que passar um novo período na prisão não será impeditivo de lutar com todas as suas forças para provar sua inocência no caso.

"Pode ser regime fechado, pode ser segurança máxima, pode ser solitária. Não vão me calar! Eu vou lutar!", afirmou o dirigente do PT.

Dirceu demonstrou sua indignação ao afirmar que “não há testemunhas e base na acusação de compra de votos” de congressistas e apontou uma possível manobra política na condução do julgamento. A realização das sessões durante o período eleitoral, afirmou, “foi falta de pudor”.

"O julgamento teve quatro meses e parou de julgar toda a sua pauta, por algo que era transmitido por TV aberta. Algo que não existe. Sendo assim, se transformou num julgamento de exceção. Mas, perdemos essa batalha. Foi a primeira derrota que tivemos desde 2002", disse.

O "Ato Pela Anulação do Julgamento do Mensalão" no Rio de Janeiro faz parte de uma programação que levará a atividade de solidariedade para diversas cidades em todo o país. Nesta quinta-feira, Dirceu seguiu para Belo Horizonte, em ato convocado em sua defesa.

"Eu optei por lutar, apesar do linchamento e da violência da imprensa. Vou percorrer todo o Brasil. É uma luta longa que só está começando", afirmou Dirceu.

Apoio emocionado
Presente ao “ato público em defesa da democracia, da verdade e da justiça”, a jornalista Hildegard Angel, emocionada, leu um depoimento que a plateia ouviu em silêncio e aplaudiu de pé:

“Venho, como cidadã, como jornalista, que há mais de 40 anos milita na imprensa de meu país, e como vítima direta do Estado Brasileiro em seu último período de exceção, quando me roubou três familiares, manifestar publicamente minha indignação e sobretudo minha decepção, meu constrangimento, meu desconforto, minha tristeza, perante o lamentável espetáculo que nosso Supremo Tribunal Federal ofereceu ao país e ao mundo, durante o julgamento da Ação Penal 470, apelidada de Mensalão, que eu pessoalmente chamo de Mentirão", iniciou a jornalista.

'Mentirão' já que os cálculos matemáticos demonstraram não haver correlação de datas entre os saques do dinheiro no caixa do Banco Rural com as votações em plenário das reformas da Previdência e Tributária, que aliás tiveram votação maciça dos partidos da oposição. "Mentirão, sim!", reforçou Hildegard Angel.

Da redação do Vermelho com agências
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=204917&id_secao=6

Lula, Cristina e... Obama criticam papel da imprensa


Do Portal Vermelho


Nesta semana, líderes criticaram a imprensa e seu papel político. Em Havana, Cuba, o ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que os meios de comunicação garantem a manutenção do status quo. O mandatário dos EUA, Barack Obama, declarou que a mídia “modela os debates”. Já a presidenta argentina, Cristina Kirchner, denunciou que a imprensa “utiliza a dor das pessoas para desgastar governos”.


Lula Cristina e Obama
 Presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, dos EUA, Barack Obama, e ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva
Discursando no encerramento da 3ª Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, realizada em Cuba em homenagem ao 160º aniversário de nascimento do herói independentista, José Martí, Lula defendeu ser necessária uma “revolução na comunicação” no continente. 

Para ele, o tratamento midiático dispensado à esquerda, e principalmente aos líderes: boliviano, Evo Morales, e venezuelano, Hugo Chávez, deve-se à “ira” pelo sucesso das políticas socioeconômicas: “não é que a imprensa não simpatize com Chávez porque se diz socialista e usa camiseta vermelha, não simpatiza porque ele promove políticas de inclusão”.

Obama

A visão de que a imprensa pauta de maneira desigual o debate político é compartilhada também pelo presidente Barack Obama que, em entrevista concedida à revista New Republic, afirmou que, “um dos maiores problemas que temos na maneira como as pessoas retratam Washington é que os jornalistas valorizam a aparência de imparcialidade e objetividade e isso é uma praga tanto para Republicanos, como Democratas. Em quase todas as questões, agem como se democratas e republicanos não pudessem concordar — ao invés de questionar por que é que eles não podem concordar. Quem exatamente está nos impedindo de concordar?”, questiona.

Sobre a questão, o presidente afirma ainda que “se um membro republicano do Congresso não for punido na Fox News ou por Rush Limbaugh [um comentarista conservador] por trabalhar com um democrata em um projeto de lei de interesse comum, então você poderá ver mais deles fazendo isso”.

Cristina

A presidenta argentina — que trava uma batalha contra o conglomerado midiático do grupo Clarín no país para implantar a Ley de Medios que impede o monopólio de mídia no país — aproveitou as declarações de Obama para reforçar, nesta quarta-feira (30), em seu Twitter, sua posição. 

Ela questiona o lugar ocupado pelos grupos midiáticos que utilizam a “dor do próximo como estratégia política comunicacional para desgastar governos”. E ressaltou que sob a pretensa defesa da liberdade de expressão, a imprensa nunca pode ser questionada ou criticada: “se um veículo de comunicação e um jornalista são questionados [na Argentina]: ‘Perigo para a liberdade de imprensa’ seria a manchete do Clarín”. 

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=204911&id_secao=7

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Medicina:vacina cubana contra câncer de pulmão


Foto: Uma notícia que não é nova, mas pouca gente conhece.

http://noticias.r7.com/saude/noticias/brasileiros-ficam-entusiasmados-com-vacina-cubana-contra-cancer-de-pulmao-20110111.html

Brasileiros ficam entusiasmados com
vacina cubana contra câncer de pulmão

Produto é capaz de inibir o crescimento do tumor
Do R7, com Jornal da Record


Cuba registrou a primeira vacina terapêutica contra o câncer de pulmão nesta semana (11/01/2011), após testar sua eficácia em mais de 1.000 pacientes. Não foram registrados efeitos colaterais.

A vacina nomeada CimaVax EGF foi criada após mais de 15 anos de pesquisas. A chefe do projeto, Gisela González, do Centro de Imunologia Molecular de Havana, explicou que a vacina oferece a possibilidade de transformar o câncer avançado em uma "doença crônica controlável".

O registro permite usar a vacina maciçamente no país e "atualmente ele avança para outras nações", disse a especialista.

- A vacina é baseada em uma proteína que todos temos e que está relacionada com os processos de proliferação celular. Quando há câncer, [essa proteína] está descontrolada.
Gisela explica que foi preciso elaborar uma vacina que produzisse anticorpos contra essa proteína, que já é própria do organismo.

A vacina é aplicada no momento em que o paciente conclui a terapia com radioterapia e quimioterapia. Ela ajuda a controlar o crescimento do tumor sem causar toxicidade, explica a pesquisadora.
Assista ao vídeo abaixo:


http://noticias.r7.com/saude/noticias/brasileiros-ficam-entusiasmados-com-vacina-cubana-contra-cancer-de-pulmao-20110111.html

Clã Nordestino- o som da Revolução (Rap Nacional)


A termo RAP significa rhythm and poetry (Ritmo e Poesia ou Revolução Através das Palavras). O RAP surgiu na Jamaica na década de 1960. Este gênero musical foi levado pelos jamaicanos para os Estados Unidos, através do DJ Kool Herc, mais especificamente para os bairros pobres de Nova Iorque, no começo da década de 1970. Jovens de origens negra e espanhola, em busca de uma sonoridade nova, deram um significativo impulso ao RAP.
Cl_Nordestino
O rap tem uma batida rápida e acelerada. Sua letra vem como discurso, a música traz muita informação e pouca melodia, por isso é um estilo musical particularmente vinculado e associado ao protesto. As letras de rap têm como tema principal a vida, as dificuldades e angústias dos moradores dos bairros mais pobres das grandes cidades. O cenário rap é acrescido de danças com movimentos rápidos e malabarismos corporais. O break, por exemplo, é um tipo de dança relacionada ao rap. O cenário urbano do rap é formado ainda por um visual repleto de grafites nas paredes e vias públicas.
Quando o movimento Hip-Hop começou a tomar forma, a população negra dos EUA já tinha um longo histórico de lutas contra a opressão, e há tempos vinha utilizando a música e as rádios para resistir à exploração que era imposta pela maioria Branca. Nos anos 60, o país foi sacudido por uma série de tumultos raciais, vinculados e condicionados, claro, pela estrutura de classe da sociedade norte-americana (um dos mais conhecidos ocorreu no Gueto de Watts, em 1964). O rap oferecia uma grande oportunidade para os jovens negros e pobres expressarem seus sentimentos e descontentamento, pois para exercê-lo não era preciso praticamente nada que envolvesse tecnologia: o fundamental era a criatividade do artista.
O período de início do rap foi de enorme efervescência política nos EUA em que os pobres, sobretudo negros, se mobilizaram enormemente em busca de direitos democráticos, igualdade, liberdade e contra a guerra do Vietnã que levava milhares de jovens negros à morte. O mundo conheceu destacados líderes saídos do “gueto”, destacadamente Malcom X e o Partido dos Panteras Negras. O rap, nesse momento e pelas características que descrevemos acima, foi utilizado como uma verdadeira arma a serviço do povo.
Clã Nordestino e a revolta do povo brasileiro
PretoGhoezViveO Clã Nordestino inicialmente era formado por Preto Ghóez, Lamartine, Nando, Lílian e DJ Juarez, e tem uma sonoridade que une misturas de RAP com ritmos tradicionais do Maranhão - estado dos integrantes do Clã - como Tambor de Crioula, Reggae e Bumba-meu-boi. Foi criado em 1998.
Com músicas voltadas a exprimir o sentimento de indignação da juventude com o sistema vigente, Clã Nordestino é um exemplo concreto de produção artística feita do povo para o povo.
Clã Nordestino tem um álbum, lançado em 2003, intitulado “A Peste Negra do Nordeste”, que significa que suas rimas de transformação e ódio de classe se disseminarão pela periferia como uma verdadeira peste, incontrolável, incurável, porém esta peste não trará a morte e sim a vida.
Um dos principais integrantes do grupo, Preto Ghóez, morreu em 2004, vítima de um acidente de carro. Após a morte de Ghóez o Clã Nordestino não produziu nenhum álbum, apesar de continuar trabalhando em algumas músicas isoladamente.

Alguns trechos de músicas do Clã Nordestino:
Como o povo sabe sua situação de vida apenas pode ser transformada com união e luta para derrubada dos poderosos e libertação dos oprimidos, o Clã Nordestino canta:
“Despertando a consciência negra aqui do Rio/ A minha palavra tem a força de uma bala de fuzil/ Na luta de classes eu enxergo o Brasil/ Que nada seja de ninguém/ Que prevaleça o bem/ Aos que tem tudo, nada/ Aos que tem nada, tudo/ Clã Nordestino mudou minha visão de mundo.” (Manifesto).
“Burguesia, parasita/Não tem sexo, não tem cor, não tem religião/Mas Preto Ghoéz Ladrão descreve seu destino/ Pede borracha gringo/ Quebrou na quebrada no domingo/ Sorria burguês cínico/ Pro veneno periférico não existe antiofídico, dia fatídico/ Para nós linchá-lo é um dever cívico (...)/ Bate no peito, tem orgulho de dizer/ Que é de família pobre/ Que é de origem humilde/ Eu faço votos que esse verme cruze comigo/ Cara a cara, olho no olho/ Mão no cano, eu não me engano, eu não vacilo/ Eu sou mais eu, sistema/ Frente a frete eu sou problema.” (Eu sou mais eu).

E, na última de seu álbum, Clã Nordestino traz uma linda canção chamando o povo para o caminho da luta de classes pela fraternidade de todos os oprimidos do mundo:
“Vamos todos cantar essa linda canção/ Regar a vida/ E entender porque somos todos irmãos/ Um só planeta, uma só família/ Amizade, poesia, resistência, nossa trilha/ Sonhar o sonho dos “loucomunistas”/ E embarcar na locomotiva da figa / Temos um sol, somos um só/ A soma do que somos há de transformar/ Tudo isso num mundo melhor/ Desde as planíces dos Serengeti, na Tanzânia/ Aos pequenos rios da Floresta Amazônica/ Aos pequenos casebres/ Que escrevem a saga nordestina/ Aos prantos das mães palestinas/ O inimigo é o mesmo/ Então não atire a esmo/ O bem contra o mal/ O riso contra a mais-valia/ Uma sociedade livre contra o modo de produção capitalista/ Se a Revolução fosse um jardim/ Clã Nordestino era uma flor/ Se a Revolução fosse um jardim/ Clã Nordestino era uma flor/ De pé raça poderosa que permeia todo este planeta/ De pé vamos cantar mais uma vez/ Uma vez mais/ Dizem que somos poucos/ Mas somos poucos em muitos lugares/ Então somos muitos/ A cada um de nós compete uma coisa/ Propagar o amor no coração da humanidade/ E quebrar o gelo da hipocrisia e da maldade/ Arrebentar de vez com as algemas da mais-valia e da opressão/ E cantar com uma só voz/ A canção que faz florescer um jardim/ De uma manhã melhor/ Eu sei que você sofre e eu também/ Eu sei que você quer mudar e eu também/ Então vamos juntos, nos unir/ Contra quem destrói o jardim/ Se a Revolução fosse um jardim/ Clã Nordestino era uma flor/ Se a Revolução fosse um jardim/ Clã Nordestino era uma flor/ Não importa se você é preto, branco/ Não importa se você é europeu ou latino-americano/ Não importa se você é judeu, ateu, cristão ou mulçumano/ A igualdade é palavra de ordem/ A união é o que nos leva daqui por diante/ Para construirmos um mundo melhor só depende de nós/ Se a Revolução fosse um jardim/ Clã Nordestino era uma flor/ Se a Revolução fosse um jardim/ Clã Nordestino era uma flor”. (Revolução).



Outras músicas:






Brincando De Marionete - Facção Central (Rap Nacional)






Brincando De Marionete

FACÇÃO CENTRAL




A trilha sonora é tiro a cena é de terror, o ar é triste tem aglomeração
Sirenes, viaturas, calibres, 12, 38, veja as manchas no chão
O carro preto e branco define atração,
17 caio pelo pionner cd na mão, a arma foi Glock
Fulano sem Ibope, Cinco na cabeça, passaporte pra morte
A sigla IML, define seu caminho
Oitava gaveta na geladeira, um cadáver decomposto
Do estilo que bóia no rio,
Defunto pra pesquisa olha o ponto do legista
Pobre é fundamental pra medicina
Corta o cérebro,arranca o pulmão, abre o peito no meio e come ocoração
É míssil teleguiado, controle remoto,
Marionete do sistema brasileiro de corpos
Sei que os porcos batem palmas pro meu caixão
Que deliram no cemitério, na detenção
Com nosso sangue escorrendo no chão
Querem grampo no meu pulso,
Me ver apodrecendo no X de uma delegacia
Esperando na febre, a quarta feira meu jumbo, a minha visita
Se pá um risco de cocaína, querem ver o meu ódio,
Minha semiautomática jogando na rota
Vela acesa meus pêsames, outro cadáver pá, outra vitima morta
Me querem de quebrada com um na cinta,
Um bolso entupido,roubando um toca fita
E dando 5g pro seu filho
Uma AR15 fodendo o carro forte, uma AR15 num banco, bebendo seu sangue
Em busca do cofre, uma facada no peito do pilantra,
Uma rajada nos playboy filhos da puta de zoomp, forum
Tirando um racha com suas piranhas,
Bomba relógio no seu escritório
Quero ver me olhar com nojo, sem fax, computador, celular, no seu velório,
Não vou estar no chão te estendendo a mão, ou comendo seu lixo
Use seu dinheiro pras puta das boate, pra faculdade do seu inútil filho
Use o dinheiro pra whysk, carro esporte,
Pro buffet do hotel de luxo, não cheiro de sua farinha
Tenho dignidade, não meto os cano na sua raça não vejo futuro
realça lut pala 12, lagosta, caviar
Faça o seu papel, não abre o vidro no farol,
Nem estenda o pulso com rolex, pra 380 não atirar
Ou pra ver não ver o moleque com o nariz escorrendo
Com roupas rasgadas, queimado de cigarro, feridas no corpo,fedendo
Se fodendo mendigando dinheiro,
Pra uma mãe ou pai, filho da puta pra cachaça,cigarro, crack,
Que neurose e desespero
Aí o sangue sobe, tem que ter enterro
Tiro de escopeta na cara, o álcool queimando pelo corpo inteiro
Aí você atrás das grades
Aí você com o ferro, fazendo boy pagar pedágio
Seu BO, no carro forte, assalto a banco
São apenas peças de um jogo
Onde matar ladrão é mais o fácil, é o aceitável
Aqui se joga na cadeia, não é pra se regenerar, é pra ver detento se matar
Se joga crack na favela, e se espera o resultado
Abra-cadabra, chove finado
Já assinei um 12, sei como é lá dentro
Aqui fora descobri que detendo tem rótulo na testa
Tatuagem, carimbo pra sempre detento,
Eterno marionete, cair na armadilha
Faço o contrario fulano, aposente os calibres,
Dispense a farinha, desfaça a quadrilha
Raciocine com o cérebro não com os calibres
O meu caminho eu mesmo traço é Dundum, Facção
Bem longe do crime, é o sistema brincando de marionetes
(Refrão)
Brincando de Marionetes,
É o sistema brincando de marionetes
Brincando de Marionetes
É os sistema brincando de marionetes
De braços abertos sobre a cabeça de outro cadáver está Jesus
Dando como premio a sua benção
E aceitando quem quer que seja sob a sua cruz
Não pede holerite, não olha a cor, não puxa o DVC
Não importa se fez faculdade, se tem curso superior
Ou se derrubou uns três antes de morrer
Nunca li a Bíblia, mal passei em porta de igreja
Nunca botei fé em religião,
Só tenho Deus uma certeza
Que aqui no inferno, até o diabo tem perdão vai pra cima,
Que todo homem merece misericórdia a graça de Nossa Senhora Aparecida
O detento puxando, quatro de ponta revezando seu sono atrás das grades
Enquanto uns dorme outros sonham com a liberdade
O moleque com a mão estendida querendo um pedaço de hot dog
Se contendo, ficando feliz com resto da sua fanta, apenas umgole
O mano HIV positivo na UTI, na cama do hospital
Ou deficiente sem sorriso, que sonha com sua moeda de 5, 10, 25
Qualquer real, se segura na mão de Deus e vai, diz o verso dacanção
Mansão, iate, ouro, dólar, são em vão
Preto ou branco, pobre ou rico, pro buraco só leva o caixão
180 por hora, passou estilo carro de corrida
Pacoteira no bolso, Honda Civic instalado de cocaína
O perfil do jovem de bem, brasileiro do tipo que queima índio comalcool
O santo, o filho do juiz, o bom exemplo
A justiça no Brasil é pro detento na detenção
Que destrói o pavilhão com as mãos
Bota fogo, joga pedra no PM cuzão
Aí o promotor condena
Cola globo, sbt, revista veja querendo a noticia
O nosso sangue é manchete pro empresário que ouve a vida no rádiodo seu carro
Com seu motorista 111 no saco, isso sim que é justiça
Sua raça cheira mata, derrete o cachimbo
Paga o honorário, pa e pum advogado ta lá pra tirar
E o delegado sorrindo, mas se a minha ta na cinta se liga na bronca
Sou assassino confesso sem defesa
Trinca de ponta, se enquadram minha goma, reviram a gaveta, já era o
guarda-roupas
Abrem o som, a TV atrás de flagrante
Vários chutes na boca, desrespeitam a minha mulher, minha filha
Sem mandato um batalhão de gambé na minha sala dando coronhada
Apavorando minha família
Não fui criado nos Jardins nem no Morumbi
Não me hospedo em hotel cinco estrela
Não tenho motorista, uma BMW, esperando por mim
Nasci pra assalto à banco e carro forte
Pra ser o elo da farinha da playboyzada pra favela
O justiceiro que respira morte, o assassino que abre sua cabeça no meio por
dinheiro
Ou o seqüestrador que te queima, te tortura, te esfaqueia nocativeiro
Que pega seu filho pelo pescoço de refém, exige carro, armas
E espalha os miolos dele como se fosse um cachorro papapa como se fosse
ninguém
Só o livro a caneta, o lápis, o caderno evitam que o Eduardo docéu seja o
Eduardo do inferno
Esqueça toda essa porra de BO, fita boa, armamento é tudo ilusão
De um abraço no seu pai, sua mãe, sua mina, isso sim é real nãoda sangue,
não da caixão
Seu trampo, seu estudo brecam o cano do PM,
Pobre informado, engatilhando o raciocínio,
É embaçado qualquer país treme, quando a sirene do carro funerário tocar
Entre as flores lá no caixão,
Quero ver o mano digno não marionete, que morreu na mão da rota
Apenas outro ladrão, aqui diz Facção, Facção.
(Refrão) Brincando de Marionetes, é o sistema brincando demarionetes (2X)
Aí mano aposente seu calibre, dispense a farinha, desfaça a quadrilha, o
nosso sangue o cadáver embaixo do jornal, o moleque fumando crack, é o que
o sistema brasileiro de corpos quer, pobre se matando, pobre trocando tiro
entre si, pobre morrendo na mão da policia, pobre no cemitério,seu trampo e
seu estudo brecam o cano do PM, mano informado, digno se valorizando é
embaçado mano, o Brasil treme, Eduardo Dundum, Erick 12, FacçãoCentral,
1998, Brincando de Marionetes.

É o Terror - Gog (Rap nacional)




É o Terror

Gog



É o terror é o terror
Rap nacional é o terror que chegou
Rap nacional é o terror é o terror
Rap nacional é o terror que chegou
É o terror!
É o terror meu estilo meus planos de guerra
Comunidade do morro que não se rende a lei da selva
Eu sou mais um parceiro desse submundo
Trazendo a tona notícias são só por alguns segundos
Falo do crime de um povo que sofre
Enquanto nas mansões da minoria transbordam os cofres
O burguês descrimina
Fala mal de mim de você da sua mina apóia a chacina
Desmerece o artista o ativista
Dedupa a entrevista
Eu sou plebeu até a cabeça e o apogeu
No negro escravo correu sangue meu
Meu ancestral sofreu e o seu?
Aí político eu sou a faca
Que arranca a sua pele
A gaveta gelada o rabecão do iml
A cpi da favela
A luta do vinil contra a alienação da novela
Eu sou o povo então posso ser o que quero
Eu sou o baixo salário o incendiário
Ou a foice e o martelo
Eu sou o barraco de madeira
Criança que chora por falta da mamadeira
O catador no final da feira
O seqüestrador sem resgate
O tumulto a discussão e o debate
O pitbull que devora era a atração principal do aqui agora
Eu sou o trator o rolo compressor
Eu luto pela paz em forma de terror
Eu vim pra mudar o clima
O talento na rima
Sai da reta maluco eu vou passa por cima!
É o terror é o terror
Rap nacional é o terror que chegou
Rap nacional é o terror é o terror
Rap nacional é o terror que chegou
É o terror!
Aí sistema sou o rap nacional
Linha de frente trema!
Minha mente talvez algum humano não entenda
Será que algum cientista desvenda esse mistério
Eu quero gentilmente
Eu quero o raio x do meu cérebro
Eu quero saber porque eu penso diferente
Quem morre no dia-a-dia ladrão é gente
Da gente um desespero
Um sonho um pesadelo o sangue
O crime está no ar e você é mais um herdeiro
Vou novamente me apresentar
Sou revolucionário sou nova forma de pensar
Eu sou a papelote a inscrição pra receber o lote
A bomba que explode
O batalhão inteiro
A esperança o orgulho do povo brasileiro
O sangue frio se pan um prato vazio
Um fato verídico
A letra que acelera seu batimento cardíaco
A sede de justiça o ladrão que não deixa pista
Aquele que chega e aterroriza
Nesse momento eu sou o constrangimento
Eu sou o detento metido ao relento ram!
Eu sou o júri o réu o julgamento
A absolvição o fim do seu tormento
Ladrão eu sou o povo então posso ser o que quero
O verme que corrói a madame no cemitério até o osso
Trabalhador sem nenhum real no bolso
Louco normal revolução mental é o terror
Linha de frente eu sou o rap nacional
É o terror é o terror
Rap nacional é o terror que chegou
Rap nacional é o terror é o terror
Rap nacional é o terror que chegou
É o terror!
Eu sei não sou a disneylândia
Eu sou os becos das quebradas escuras da ceilândia
Nas ruas as famílias sem o básico
O fim dos fins de semana trágicos
Eu sou favela sou viela
Gog flagrante japão
Agora queimando idéia
Eu sou a cartilha que ensina o livro que liberta
Contamino o cadeado aliado a corrente
O analfabeto que surpreende
O trabalhador sem emprego
O cidadão que levanta todo dia cedo
Eu sou o crime em pessoa
A saída pro moleque que era a toa
Eu sou um fruto descubra o meu valor meu real teor
Eu sou o som que apavora o planalto
Um invasor mãos ao alto!
Se reagir você está contra a maioria
Periferia meu compadi é a maioria
Se está do nosso lado será um vencedor
Mas se for adversário ladrão se liga na fita
Com certeza na virada do novo milênio
Futuro dos tolos eu aviso
Porque serão horas de terror!

Funk Gospel : "No passinho do abençoado"




Stalingrado salvou a humanidade da sanha nazi-fascista


Do Portal Vermelho



Por volta de setembro de 1942, a soma das conquistas de Hitler era estarrecedora. O Mediterrâneo havia se tornado praticamente um lago do Eixo, a Alemanha nazista e a Itália fascista dominando a maior parte da costa setentrional, desde a Espanha até a Turquia e a costa meridional da Tunísia até cerca de 100 quilômetros distante do rio Nilo.

Por Max Altman


As tropas da Wehrmacht mantinham guarda desde o cabo setentrional da Noruega, no Oceano Ártico, até o Egito; da ocidental Brest no Atlântico até a parte sul do rio Volga, às bordas da Ásia Central. Regimes fascistas pré-existentes e governos fantoches faziam o jogo do Reich nazista. França, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, os Bálcãs, a Grécia e outras mais já haviam sido engolidas pelas Panzer Divisionen.

Em fins do verão de 1942, Adolf Hitler parecia estar em esplêndida situação. Os submarinos alemães estavam afundando 700.000 toneladas por mês de barcos britânicos e americanos no Atlântico, mais do que se poderia substituir nos estaleiros navais dos Estados Unidos, Canadá e Escócia, então em franco progresso.

As tropas nazistas do 6º Exército do marechal Friedrich von Paulus haviam alcançado o Volga, exatamente ao norte de Stalingrado em 23 de agosto. Dois dias antes, a suástica tinha sido hasteada no monte Elbruz, o ponto mais alto das montanhas do Cáucaso (5.642 metros). Os campos petrolíferos de Maikop, que produziam anualmente 2,5 milhões de toneladas de petróleo, haviam sido conquistados em 8 de agosto. 

No dia 25, os blindados do general Kleist chegaram a Mozdok, distante apenas 80 quilômetros do principal centro petrolífero soviético, nas imediações de Grozny e a cerca de 150 quilômetros do mar Cáspio. No dia 31 de agosto, Hitler ordenou que o marechal-de-campo List, comandante dos exércitos do Cáucaso, reunisse todas as forças existentes para o assalto final a Grozny, a fim de se apoderar de todos os ricos campos petrolíferos da região. 


Determinou que o 6º Exército e o 4º Exército Panzer se lançassem para o Norte, ao longo do Volga, cercando e sufocando Stalingrado, num vasto movimento envolvente que lhe permitisse avançar de leste e de oeste contra o centro da Rússia, tomando, finalmente, Moscou. Ao almirante Raeder, no final de agosto, Hitler dizia que a União Soviética "era um 'lebensraum' (espaço vital), à prova de bloqueio" o que lhe ensejava voltar-se para os ingleses e americanos que "seriam obrigados a discutir os termos da paz". 

Com essas conquistas vitais o "Reich de mil anos" estaria garantindo sua subsistência e permanência: as vastas estepes da Ucrânia, ubérrimas, a fazer brotar um infindável celeiro dourado de trigais; os abundantes campos de ouro negro a besuntar de energia a máquina bélica e industrial alemã.

As imagens mais longínquas de minha meninice datam dessa época. Registram meu pai, cercado de amigos, debruçados sobre um mapa da Europa estendido sobre a mesa, lupa em punho, rádio em ondas curtas. Esta mesma cena provavelmente estaria se repetindo em milhões de outros lares pelo mundo afora. Anos mais tarde, meu pai, um jovem revolucionário imbuído de ideais socialistas, que no começo dos anos 1930 tinha abandonado a Polônia de governo pró-nazi e anti-semita para vir ao Brasil, relatava a agonia e o horror com que acompanhavam a expansão irrefreável do império nazista.

Quando os cabogramas anunciaram que a infantaria alemã havia atravessado o Don silencioso em direção a Stalingrado, o assombro se instalou. E se a Alemanha nazista derrotasse a União Soviética?

A ideologia da supremacia racial ariana de Hitler se abateria sobre grande parte do mundo. Negros, eslavos, indígenas, árabes, mestiços, mulatos, amarelos, sub-raças e escória social, trabalhariam sob o tacão de ferro do nazismo, como semi-escravos, para a glória da raça superior. Povos inteiros, judeus, ciganos, seriam aniquilados em nome da limpeza étnica. Comunistas, socialistas e liberais seriam confinados em campos de concentração e de lá não sairiam vivos. O colonialismo na África e Ásia ganharia alento. As liberdades seriam espezinhadas e governos lacaios em todos os quadrantes se encarregariam de organizar gestapos em cujos porões um elenco monstruoso de torturas ao som da Deutschland Über Alles seria levado a cabo contra os inimigos do regime. As conquistas sociais dos trabalhadores estariam esmagadas. O progresso, as artes, as ciências sofreriam abalo. 

Além do que, Werner von Braun e seus assistentes em Penemunde estariam aperfeiçoando as mortíferas bombas voadoras de longo alcance com ogivas nucleares e outras máquinas bélicas de alta tecnologia a pender como espada de Dâmocles sobre qualquer país que ousasse desafiar o Reich alemão. E se alguma nação pretendesse enfrentar os interesses do Grande Império Germânico novas ondas de panzers ou de bombas V1 e V2 desencadeariam ‘blitzkriegs’ preventivas para aniquilar pelo terror qualquer tentativa.

Quando o jovem general Konstantin Rokossovsky, levando a cabo as instruções táticas da Operação Uranus ordenadas diretamente de Moscou e arquitetadas pelos generais Alexander Vasilievsky e Vasily Volsky, conseguiu romper, em 19 de novembro, o anel de aço que cercava Stalingrado, a esperança reacendeu. No entanto, a cidade estava sitiada, os seguidos bombardeios da Luftwaffe haviam-na reduzido a escombros. Dia após dia o cerco se apertava e em fins de novembro a zona urbana era invadida. Veio a ordem terminante: defender a todo custo as fábricas Outubro Vermelho e Barricadas que produziam os carros de assalto, a Fábrica de Tratores que construía os blindados T-34 e a estação ferroviária central onde as matérias primas eram desembarcadas.

Iniciou-se então a mais feroz, a mais encarniçada, a mais renhida e sangrenta, a mais dramática das batalhas militares que a História da humanidade conheceu. O terreno coberto de destroços impedia qualquer ação de blindados, a proximidade dos contendores tornava impraticável a cobertura aérea. Só restava calar baionetas e passar a travar a luta casa a casa, corpo a corpo, em cada centímetro de chão. Para ilustrar a tenacidade com que se combatia, basta lembrar que a plataforma semidestruída da estação de trens mudou de mãos sete vezes num único dia. Os operários da Outubro Vermelho empunharam armas e estabeleceram uma muralha de fogo em torno da fábrica. Jamais se havia visto tantas cenas de heroísmo, bravura e coragem, de lado a lado, naquele cenário lúgubre das ruínas da cidade. Nunca antes soldados haviam lutado com tanto denodo para conquistar e defender.

Em 30 de janeiro de 1943, décimo aniversário da subida de Hitler ao poder, o führer fazia uma solene proclamação pelo rádio: "Daqui a mil anos os alemães falarão sobre a Batalha de Stalingrado com reverência e respeito, e se lembrarão que a despeito de tudo, a vitória final da Alemanha foi ali decidida". Três dias depois, em 2 de fevereiro, o marechal-de-campo Von Paulus assinava diante do general Vassili Chuikov, comandante das tropas do Exército Vermelho em Stalingrado, a rendição do 6º Exército alemão. A transmissão da capitulação foi feita em Berlim, através da rádio alemã, pelo general Zeitzler, chefe do Alto Comando da Wehrmacht (OKW) precedida do rufar abafado de tambores e da execução do segundo movimento da Quinta Sinfonia de Beethoven. 

A maior e a mais épica das batalhas da 2ª Guerra Mundial que tivera início em 26 de junho havia chegado ao fim. Foram feitos prisioneiros pelos soviéticos 94.500 soldados alemães dos quais 2.500 oficiais, 24 generais e o próprio marechal Von Paulus. Mortos cerca de 140.000 soldados da Wehrmacht e 200.000 homens do Exército Vermelho. Os soviéticos tomaram do exército inimigo 60.000 veículos, 1.500 blindados e 6.000 canhões. A espinha dorsal do exército nazista e do Terceiro Reich estava irremediavelmente quebrada.

Os mesmos milhões de lares que tinham vivido momentos de apreensão e pavor explodiram de emoção. Hitler havia mordido o pó da derrota. Corações e mentes voltaram-se para glorificar os heróis combatentes do Exército Vermelho e honrar os que tombaram no campo de batalha pela liberdade. A admiração pela extraordinária façanha impunha a pergunta: o que levou aquele contingente de centenas de milhares de jovens a lutar com tal fúria e obstinação? 

Certamente o apelo da Grande Guerra Patriótica, livrar o solo pátrio do invasor. Havia mais. A leitura das lancinantes cartas aos familiares escritas no front deixava evidente a determinação de defender as conquistas da Revolução de Outubro por cuja consolidação seus pais, 25 anos antes, haviam derramado sangue enfrentando e derrotando o exército branco e tropas invasoras de catorze países mobilizados para sufocar no nascedouro a revolução bolchevique.

A partir daí o Exército Vermelho arrancou impetuoso rumo a capital do Reich nazista, abrindo em sua passagem os portões macabros de Auschwitz-Birkenau. As tropas anglo-americanas desembarcam na Normandia em 6 de junho de 1944. No dia 2 de maio de 1945, soldados do destacamento avançado do general Ivan Koniev hasteiam a bandeira soviética no mastro principal do Reichstag. 

Cinco dias depois, numa pequena escola de tijolos vermelhos em Reims, França, na madrugada de 8 de maio de 1945, o almirante Friedeburg e o general Jodl assinam, em nome do que restou da máquina de guerra nazista, diante do general Ivan Susloparov pela União Soviética, e do general Walter Bedell Smith pelos aliados, a rendição incondicional. 

Os canhões cessaram de troar e as bombas deixaram de cair. Um estranho silêncio pairou sobre o continente europeu pela primeira vez desde 1º de setembro de 1939. O mundo estava livre da sanha nazi-fascista.

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=204868

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