sexta-feira, 24 de março de 2017

Homenagem de Agnaldo Timóteo ao presidente Lula no programa Raul Gil

"O Sr. merece todo o respeito do mundo....o sr. soube dizer  ao mundo que temos de nos preocupar com essa extrema divisão social em que vivemos..e o sr. na pratica, mostrou ao mundo como se fazer pra resolver isso...."
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DAMOUS: MORO TEM TRAÇOS DE SOCIOPATA E AGE COMO TORTURADOR DO DOI-CODI

quinta-feira, 23 de março de 2017

Enquanto o Brasil retrocede, Rússia proíbe terceirização

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Enquanto no Brasil o projeto de lei que amplia a possibilidade de terceirização de mão de obra para as atividades-fim das empresas foi aprovado na Câmara dos Deputados e segue agora para o Senado, na Rússia esse modelo de contratação será proibido a partir do ano que vem. A decisão foi tomada em janeiro pela Assembleia Federal russa depois de longas negociações entre os sindicatos de trabalhadores e o governo do presidente Vladimir Putin, disse o integrante do conselho nacional do Sindicato dos Trabalhadores da Construção da Rússia, Abdegani Shamenov.




Advogado e engenheiro civil, Shamenov também é presidente regional da entidade na província de Samara, no oeste do país, e participa nesta terça-feira de uma palestra sobre precarização do trabalho em seminário do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Porto Alegre. De acordo com ele, a terceirização começou a ser praticada na Rússia em diversos setores sem previsão em lei a partir do início dos anos 1990, após a dissolução da União Soviética.
“O fim da terceirização é um grande orgulho para os sindicatos russos”, afirmou Shamenov. Segundo ele, a prática não aumentou a oferta de emprego no país, ao mesmo tempo em que reduziu a arrecadação de impostos e também diminuiu salários e benefícios dos trabalhadores, como férias remuneradas e abonos de fim de ano. Muitas empresas terceirizadas não recolhem contribuições previdenciárias e em caso de acidente seus empregados ficam sem renda, acrescentou o sindicalista.
Leia mais no Valor Econômico.

Juízes do Trabalho alertam: Com a terceirização, você vai ganhar menos e trabalhar mais horas; agora a Previdência afunda

A proposta, induvidosamente, acarretará para milhões de trabalhadores no Brasil o rebaixamento de salários e de suas condições de trabalho, instituindo como regra a precarização nas relações laborais.

23 de março de 2017 às 12h24
  
Do site Viomundo

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – ANAMATRA, entidade que representa cerca de 4 mil juízes do Trabalho, tendo em vista a aprovação, na noite desta quarta-feira (22/3), do Projeto de Lei (PL) nº 4.302/1998, que regulamenta a terceirização nas atividades meio e fim, bem como na iniciativa privada e no serviço público, vem a público se manifestar nos seguintes termos:
1 – A proposta, induvidosamente, acarretará para milhões de trabalhadores no Brasil o rebaixamento de salários e de suas condições de trabalho, instituindo como regra a precarização nas relações laborais.
2 – O projeto agrava o quadro em que hoje se encontram aproximadamente 12 milhões de trabalhadores terceirizados, contra 35 milhões de contratados diretamente, números que podem ser invertidos com a aprovação do texto hoje apreciado.
3 – Não se pode deixar de lembrar a elevada taxa de rotatividade que acomete os profissionais terceirizados, que trabalham em média 3 horas a mais que os empregados diretos, além de ficarem em média 2,7 anos no emprego intermediado, enquanto os contratados permanentes ficam em seus postos de trabalho, em média, por 5,8 anos.
4 – O já elevado número de acidentes de trabalho no Brasil (de dez acidentes, oito acontecem com empregados terceirizados) tende a ser agravado ainda mais, gerando prejuízos para esses trabalhadores, para a Sistema Único de Saúde e para Previdência Social que, além do mais, sofrerá impactos negativos até mesmo pela redução global de recolhimentos mensais, fruto de um projeto completamente incoerente e que só gera proveito para o poder econômico.
5 – A aprovação da proposta, induvidosamente, colide com os compromissos de proteção à cidadania, à dignidade da pessoa humana e aos valores sociais do trabalho previstos no artº 1º da Constituição Federal que, também em seu artigo 2º, estabelece como objetivos fundamentais da República construir uma sociedade livre, justa e solidária, bem como erradicar a pobreza, a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
6 – A Anamatra lamenta a aprovação do PL nº 4302/98, firme na certeza de que não se trata de matéria de interesse do povo brasileiro e de que a medida contribuirá apenas para o empobrecimento da nação e de seus trabalhadores.
7 – Desse modo, conclama o Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Dr. Michel Temer, a vetar o projeto, única hipotese de afirmar os princípios constitucionais que asseguram dignidade e a cidadania aos trabalhadores.
Brasília, 22 de março de 2017
Germano Silveira de Siqueira
Presidente da Anamatra
Veja aqui:

PCdoB: Terceirização: mais um golpe de Temer contra o povo

Seus salários são 30% menores do que o ganho dos demais; além disso trabalham 3 horas, ou 7,5%, a mais que os demais; e a rotatividade entre eles é muito maior: ficam, em média 2,7 anos no emprego, enquanto a média dos demais trabalhadores é mais que o dobro: 5,8 anos. 


Do Portal Vermelho


Editorial

A reserva de golpes, chicanas e “espertezas” do governo ilegítimo de Michel Temer contra o povo e os trabalhadores parece inesgotável.

Desta vez, ante a enorme reação dos trabalhadores e das centrais sindicais contra a chamada “reforma trabalhista”, o governo decidiu recuperar uma iniciativa que havia sido tomada ainda no mandato do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. O Projeto de Lei 4302/1998, que é muito pior do que tudo de ruim anunciado até agora, havia tramitado em 2002 e “dormia” desde essa época na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, sem ter sido submetido ao plenário.

A articulação da bancada de Temer com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, recuperou este projeto antiquado e pretende levá-lo à votação em plenário com a maior pressa possível.
Trata-se de um projeto ainda mais prejudicial aos trabalhadores do que o PL 4330, que também tramita no Congresso Nacional, contra o qual trabalhadores e centrais sindicais têm se manifestado com veemência.

O projeto de lei de FHC elimina na prática toda a legislação trabalhista e põe a faca e o queijo nas mãos dos patrões, que passam a fazer valer apenas suas vontades (e ganâncias) nas relações com seus empregados. O projeto libera a terceirização para qualquer atividade nas empresas, inclusive para as atividades principais (atividades-fim).

Um estudo feito pelo Dieese e pela CUT em 2015 revela que um em cada quatro trabalhadores brasileiros é terceirizado: são 12 milhões de trabalhadores terceirizados, contra 35 milhões de contratados regularmente.

Seus salários são 30% menores do que o ganho dos demais; além disso trabalham 3 horas, ou 7,5%, a mais que os demais; e a rotatividade entre eles é muito maior: ficam, em média 2,7 anos no emprego, enquanto a média dos demais trabalhadores é mais que o dobro: 5,8 anos. Estão também entre eles as maiores vítimas da insegurança no trabalho: sofrem oito em cada dez acidentes de trabalho.

Este é o retrato cruel da situação que o capital e seus representantes na Câmara dos Deputados e o governo golpista de Michel Temer querem impor aos trabalhadores brasileiros. E exige mais veemência, vigor e urgência na luta em defesa da legislação trabalhista e dos direitos sociais.

Na Câmara dos Deputados a resistência já começou com o anúncio, pela líder da bancada do PCdoB, deputada Alice Portugal, da obstrução oposicionista na votação desse projeto malsão e reacionário.

A luta, que se anuncia no parlamento, precisa ganhar as ruas e intensificar a mobilização dos trabalhadores e das centrais sindicais frente a mais este golpe contra os direitos trabalhistas.
Terceirização irrestrita: mais um golpe de Temer contra o povo.

CTB: aprovação da terceirização é o maior ataque que a classe trabalhadora já sofreu

O PL4302 foi apresentado ao Congresso pelo governo Fernando Henrique Cardoso há 19 anos. Foi engavetado no início do governo Lula, em 2003.

Os trabalhos hoje na Câmara dos Deputados chegaram ao fim com o pior dos desfechos para a classe trabalhadora brasileira: os parlamentares aprovaram o projeto de lei sobre a terceirização por 231 votos a favor, 188 contra e 8 abstenções.
O texto-base do projeto de lei autoriza o trabalho terceirizado de forma irrestrita, para qualquer tipo de atividade. É um projeto mais prejudicial aos empregados do que o PLS 30, que tramita no Senado federal e que havia sido aprovado na Câmara como 4330.

Para o movimento sindical, na prática, isso representa a desregulamentação total do trabalho no país e, neste novo cenário, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) passa a não ter qualquer valor.
Ao comentar a aprovação, o presidente da CTB, Adilson Araújo, destacou que ela condena a classe trabalhadora à precarização geral, uma espécie de trabalho escravo moderno.
"Hoje, assistimos à eliminação de direitos históricos conquistados com muita luta e que foram consagrados tanto da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), como na Constituição Cidadã".
 Na mesma linha, o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, afirmou que "este é um dos maiores ataques que a classe trabalhadora brasileira já sofreu".
O sindicalista afirma que as lideranças das centrais se reunirão amanhã, quinta-feira (23), para discutir os próximos passos do movimento sindical.
"É uma crueldade além de qualquer medida. Vamos definir uma agenda de luta e enfrentamento", afirma. 
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Portal CTB
Fotos: Agência Câmara (detaque) e André Dusek/Estadão 

terça-feira, 21 de março de 2017

A violência da PF contra Eduardo Guimarães


Blogueiro de larga trajetória no campo das mídias progressistas, o paulistano Eduardo Guimarães foi vítima de mais um abuso da Operação Lava Jato na manhã desta terça-feira (21)

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Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Blogueiro de larga trajetória no campo das mídias progressistas, o paulistano Eduardo Guimarães foi vítima de mais um abuso da Operação Lava Jato na manhã desta terça-feira (21). Crítico das arbitrariedades do juiz Sergio Moro, o autor do Blog da Cidadania foi levado, por condução coercitiva, de sua casa até o prédio da Polícia Federal, no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista.

Guimarães foi conduzido coercitivamente sem nunca ter se recusado a prestar depoimento. Além disso, computadores e celulares dele e de seus familiares foram apreendidos - incluindo o aparelho de sua esposa, que contém contatos médicos usados no dia-a-dia para tratamento de sua filha, Victoria.

A razão, para mais essa detenção arbitrária e injustificável determinada pelo juiz das camisas negras, seriam investigações da Lava Jato a respeito de um "vazamento" de notícia, por parte de Eduardo Guimarães, a respeito de ações da PF e do juiz Moro contra Lula e o Instituto que leva o nome do ex presidente.

É inacreditável!

O juiz Moro vaza grampos pessoais de Lula e de Dona Marisa, vaza grampos da então presidenta da República, Dilma Rousseff. Da mesma forma, a Globo e outros órgãos de informação conservadores vazam todos os dias dezenas de informação. Nenhum jornalista jamais foi conduzido a depor para explicar tais vazamentos. E é bom que seja assim.

Mas por que a regra vale para a Globo e jornais conservadores, e não vale para o blogueiro?

A condução coercitiva de Eduardo Guimarães, com ares de sequestro, deveria preocupar jornalistas e todos aqueles que trabalham com informação no Brasil.

Depois de atacar a democracia, usando funções públicas com nítida intenção partidária, e de destruir partes importantes da economia brasileira, setores da PF, procuradores e o juiz das camisas negras põem em risco a liberdade de informação no país.

O procedimento, além de caracterizar gritante ataque à liberdade de expressão, por tentar calar o blogueiro através da judicialização e da criminalização, reforça a tese de que vivemos um Estado de exceção no Brasil.

A abordagem foi truculenta: agentes fortemente armados esmurraram a porta de sua casa sem nem ao menos interfonar, vasculharam e apreenderam aparelhos eletrônicos e o conduziram à delegacia.

O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé se solidariza com Eduardo Guimarães e repudia veementemente a grave violação à liberdade de expressão, direito fundamental e imprescindível para qualquer sociedade democrática. Ao serem suspensos direitos básicos como a liberdade de expressão e o amplo direito à defesa, confirma-se também a suspensão da democracia no país. Algo para o qual a Operação Lava Jato parece decidida a contribuir.