sábado, 4 de fevereiro de 2012

Tortura em SP: União cobra governo de SP sobre a presa algemada após o parto


Do Portal Vermelho


A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) encaminhou, na quinta-feira (2), ofício ao governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, solicitando providências cabíveis e a imediata e rigorosa punição aos responsáveis pelo tratamento dispensado a Elisângela Pereira da Silva, presa que foi algemada pela perna e pelo braço direito à cama, após o parto, no Hospital Estadual Professor Carlos da Silva, da cidade de Francisco Morato, no último dia 28.




Outros quatro ofícios, com o mesmo conteúdo, foram enviados pela SPM : para o secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto; para o procurador-geral de Justiça do Estado, Fernando Grella Vieira; para o secretário de administração penitenciária, Lourival Gomes; e para a procuradora-chefe da Procuradoria da República no Estado, Anamara Osório Silva.

Chuveiro e bonecas

Elisângela da Silva, havia sido presa em flagrante em novembro passado, por suspeita de furtar um chuveiro, duas bonecas e quatro xampus das Lojas Americanas do Centro de São Paulo. No sábado, ela deu a luz uma menina, que se encontra na UTI neonatal. 

No documento encaminhado ao governador, a Secretaria de Políticas para as Mulheres destaca a existência de normas internacionais – 65ª Assembléia da Organização das Nações Unidas – para o tratamento de mulheres encarceradas, chamadas “Regras de Bangkok” , as quais o Brasil é signatário. 

Um dos aspectos citados há a garantia de não utilização de algemas durante o parto e puerpério. E lembra: “Algemar mulheres durante o parto constitui, inquestionavelmente, atentado à dignidade humana (art. 1º da Constituição Federal) e ofensa à especial proteção à maternidade e à infância, instituída como direito social (art. 6º da Constituição Federal).



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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Pablo Neruda...


Voz e Imagenes por Pablo Neruda


Puedo escribir los versos más tristes esta noche. 
Escribir, por ejemplo: " La noche está estrellada, 
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos". 
El viento de la noche gira en el cielo y canta. 
Puedo escribir los versos más tristes esta noche. 
Yo la quise, y a veces ella también me quiso. 
En las noches como ésta la tuve entre mis brazos. 
La besé tantas veces bajo el cielo infinito. 
Ella me quiso, a veces yo también la quería. 
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos. 
Puedo escribir los versos más tristes esta noche. 
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido. 
Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella. 
Y el verso cae al alma como pasto el rocío. 
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla. 
La noche está estrellada y ella no está conmigo. 
Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos. 
Mi alma no se contenta con haberla perdido. 
Como para acercarla mi mirada la busca. 
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo. 
La misma noche que hace blanquear los mismos árboles. 
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos. 
Ya no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise. 
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído. 
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos. 
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos. 
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero. 
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido. 
Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos, 
mi alma no se contenta con haberla perdido. 
Aunque éste sea el último dolor que ella me causa, 
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo. 


Neftalí Ricardo Eliecer Reyes Basoalto, más conocido como Pablo Neruda (nacido el 12 de julio de 1904 en Parral, VII Región del Maule, Chile; murió el 23 de septiembre de 1973 en Santiago de Chile) fue un poeta chileno, Senador de la República, miembro del Comité Central del Partido Comunista de Chile y embajador de Chile en Francia, ganador del Premio Nobel de Literatura en 1971. Es uno de los poetas más editados e influyentes del siglo XX en todo el mundo, «el más leído desde Shakespeare», según el crítico y biógrafo Alastair Reid.

Pinheirinho: Suplicy ouviu relatos de estupros cometidos pela PM



Do Portal Vermelho


O senador Eduardo Suplicy, relatou no plenário do Senado casos de violência sexual cometidos durante a desocupação de Pinheirinho. Em documento lavrado no Ministério Público de São Paulo (leia abaixo), ex-moradoras denunciaram que foram obrigadas a praticar sexo oral em policiais, entre outras brutalidades. Rapaz que as acompanhava foi empalado com um cabo de vassoura – e encontra-se preso até o momento.


Pinheirinho
Pinheirinho
As denúncias são de seis pessoas de uma mesma família - quatro homens e duas mulheres, entre elas um senhor de 87 anos. Segundo o relato, eles sofreram violência física e psicológica, sendo que três jovens - um homem e duas mulheres - sofreram abuso sexual.

Fonte: Página do PT no Senado

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Juízes ladrões :Supremo mantém competência do CNJ para investigar magistrados



Supremo mantém competência do CNJ para investigar magistrados

Do Portal vermelho

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem total independência para investigar juízes, segundo definiu nesta quinta (2), por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros entenderam que a Corregedoria do CNJ pode iniciar uma investigação contra magistrados – ou reclamar processo administrativo já em andamento nas cortes locais – sem precisar fundamentar essa opção.


Estava em pauta o ponto mais polêmico da Resolução 135 do CNJ, que foi questionada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). O Artigo 12 da resolução determina que o CNJ pode atuar ao mesmo tempo em que as corregedorias locais e que as regras de cada tribunal só valem se não entrarem em conflito com o que determina o órgão de controle nacional.

Todos os ministros entenderam que o CNJ tem prerrogativa de chamar para si processos “esquecidos” nas corregedorias locais, já que muitos desembargadores não se sentem à vontade para investigar os próprios colegas. O colegiado divergiu, no entanto, sobre as situações em que o conselho pode fazer isso e se ele deve fundamentar a adoção dessa medida.

Para o relator Marco Aurélio, o CNJ pode se sobrepor às corregedorias nacionais apenas se for verificado que elas atuam com inércia, simulação da investigação, procrastinação ou ausência de independência. “Não podemos conceber que possa o CNJ pinçar aleatoriamente as reclamações que entenda que deva julgar, ou pelo [magistrado] envolvido, fulminando de morte o princípio da impessoalidade ou pela matéria, desafiadora ou não, sob o ângulo intelectual”.

Os ministros Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Celso de Mello e Cezar Peluso também entenderam que o CNJ precisa explicar por que está se colocando à frente das corregedorias locais. Para Lewandowski, desobrigar o CNJ a dar motivos para ações investigativas é algo inédito na administração pública, onde todos os atos precisam ser fundamentados. Peluso reclamou do fato de o CNJ precisar interferir em processos locais sem atacar o origem do problema, que segundo ele, é a ineficiência das corregedorias locais.

A divergência ficou com os ministros Gilmar Mendes, que já presidiu o CNJ, Carlos Ayres Britto, próximo presidente do conselho, além de Cármen Lúcia, Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Antonio Dias Toffoli. Todos votaram pela independência total do CNJ, cujos atos podem ser questionados no STF caso a parte interessada sinta-se prejudicada, como já vem ocorrendo desde a criação do conselho, em 2005.

Segundo Mendes, o CNJ sempre terá um motivo para atuar à frente das corregedorias locais, mas exigir a motivação expressa é uma formalização desnecessária. Ayres Britto entendeu que o CNJ só deve satisfação a si mesmo. “Uma coisa é declinar da competência [de começar uma investigação], e outra coisa é se ver privado da competência”, ressaltou o ministro.

Rosa Weber e Cármen Lúcia entenderam que o CNJ editou a resolução para evitar que cada tribunal atue de forma diferente na apuração de desvios cometidos por magistrados. Weber ressaltou que essa regra nacional só foi necessária porque, até agora, não se editou uma nova Lei Orgância da Magistratura (Loman) com os dispositivos a serem seguidos pelas corregedorias de todo o país.

Joaquim Barbosa usou seu voto para fazer ataques aos detratores do CNJ. “As decisões do conselho passaram a expor situações escabrosas do seio do Judiciário nacional. Aí, veio essa insurgência súbita a provocar toda essa reação corporativa contra um órgão que vem produzindo resultados importantíssimos no sentido da correição das mazelas do nosso sistema de Justiça”.

Agência Brasil

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Filha recebe Bíblia na escola e bruxa protesta para que escolas distribuam livro de feitiços




Depois de sua filha receber uma Bíblia na escola, bruxa protesta para que escolas distribuam livro de feitiços 
Ginger Strivelli é seguidora da Wicca, um tipo de bruxaria e se intitula pagã. Strivelli está questionando as autoridades americanas de não tem o mesmo direito que o grupo missionário Gideões em distribuir seu “livro sagrado” nas escolas púbicas.
Os Gideões Internacionais entregaram várias caixas de Bíblias na secretaria da escola North Windy Ridge, onde a filha da bruxa estuda. Todos os estudantes interessados podiam levar um exemplar para casa, e quando sua filha chegou em casa com um exemplar do livro sagrado ela questionou que as escolas não deveriam distribuir materiais de uma religião e não de outras.
Segundo Strivelli a escola respondeu que disponibilizaria da mesma forma textos religiosos doados por qualquer grupo. Porém ela diz que quando apareceu na escola levando livros de feitiços da Wicca foi mandada embora, e por isso decidiu protestar.
A história ganhou notoriedade na mídia e levou o conselho escolar a emitir uma nota oficial dizendo: “No momento estamos revisando políticas sobre essa prática com os advogados do conselho escolar. Durante este período, nenhuma escola no sistema estará aceitando doações de materiais que defendam uma determinada religião ou crença”. A decisão do conselho deve sair até o dia 2 de fevereiro.
De acordo com a Fox News Michael Broyde, professor e pesquisador no Centro para o Estudo do Direito e Religião da Emory University falou sobre o tema. Ele disse que “você deve abrir as escolas públicas para todo tipo de material religioso, ou você pode proibir todo tipo de material religioso”. O processor completou afirmando: “Você não pode dizer: Vamos distribuir material religioso, mas apenas de uma fé em particular”.
Strivelli afirmou ainda que muitos pais cristãos que tem filhos na North Windy Ridge apoiam seu protesto. Ela explica a posição dos pais cristãos dizendo que é “porque, entendem que não gostariam de ver na porta da escola as Testemunhas de Jeová distribuindo suas revistas ou católicos entrando ali distribuindo Rosários”, e enfatiza “do mesmo modo eu não gostei de saber que distribuíram Bíblias”.
Essa questão da mistura entre religião e estado tem causado polêmicas por todo o mundo e a discussão envolvendo escolas já causou problemas também na Alemanha e na Irlanda.
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Intolêrancia: Ateus X Datena ...


No dia 27 de julho de 2010, no programa "Brasil Urgente", pela BAND, José Luiz Datena dedicou cerca de uma hora a incitar o público ao ódio e a lançar as mais pérfidas acusações àqueles que, pela mais pura expressão da liberdade de consciência, amparados pela Constituição, decidiram não seguir religião alguma, não professar nenhum tipo de fé religiosa, nem adotar como objeto de adoração nenhum dos deuses criados pela história humana, não por serem contra alguns dos princípios dessas doutrinas, mas por não acreditarem, sinceramente, na existência de um plano metafísico que abrigue uma entidade onipotente que regeria o Universo e julgaria os homens.

Datena ultrapassou todos os limites da liberdade de expressão ao declarar e esbravejar, entre muitas outras coisas, que: não quer ateus assistindo seu programa; ateus são "pessoas do mal"; ateus são pessoas "aliadas do Capeta"; ateus são criminosos, egoístas, gananciosos, capazes de cometer os mais hediondos atos; ateus não têm limites; ateus são responsáveis pelas barbaridades narradas em seu programa; "quem não acredita em deus não costuma respeitar os limites, porque se acha o próprio deus"; é por causa dos ateus "que o mundo está assim, essa porcaria"; um homem que mata a tiros uma criança de dois anos seria "um exemplo típico de um sujeito que não acredita em deus"; só pode estar no "caminho certo" quem acredita em deus.

Datena chegou a lançar uma enquete para "provar para essas pessoas do mal" que deus existiria e que "o bem é maioria", com a questão "Você acredita em Deus?", cujas respostas "Sim" e "Não" poderiam ser dadas por telefone: "Mas se eu fizer uma pesquisa aqui, se você acredita em deus ou não, é capaz de aparecer gente que não acredita em deus". Ao constatar que mais de mil pessoas declararam ser atéias, Datena, em tom indignado, passou a incitar o público a vencer a enquete, a "dar de lavada nos ateus", além de declarar coisas como "tem muito bandido votando do outro lado", "até de dentro da cadeia".

Em demonstrações indefensáveis de discriminação, preconceito e ódio, disse Datena algumas vezes: "Quem é ateu não precisa me assistir, não", "Eu não faço questão NENHUMA de que ateu assista o meu programa. NENHUMA".

Quando se esperava que, num programa seguinte, Datena fizesse algum tipo de retratação -- ao menos em respeito à indignação que ele provocou na comunidade atéia do país com suas acusações caracterizadas pela mais árida argumentação --, o que ele fez foi debochar e reafirmar todas as suas declarações, baixando o nível da linguagem e explicitando a sua vontade gratuita de ofender: "HAH... TEM ATÉ UMA ASSOCIAÇÃO... DE ATEUS! QUE PEDIU DIREITO DE RESPOSTA PARA FALAR AQUI. DISSE QUE EU TERIA METIDO O PAU EM QUEM NÃO ACREDITA EM DEUS... QUE SE LASQUE QUEM NÃO ACREDITA EM DEUS!

Valendo-se do fato de que o programa do dia 27 de julho de 2010 não foi parar na Internet, Datena mostrou que sua palavra vale tanto quanto a de um moleque: ao invés de assumir o que disse e pedir desculpas (ou assumir sem pedir desculpas mesmo), datena passou a querer se fazer de vítima, dizendo, em todas os seus pronunciamentos sobre esse assunto, que estava sendo processado só por ter dito que determinados comportamentos maus são coisa de "gente sem deus no coração".

Eu sou um dos que moveram ações contra José Luiz Datena por essas ofensas (Processo 625.01.2010.018574, pela 3ª Vara Cível da Comarca de Taubaté), e envio este vídeo em resposta às tantas vezes em que esse apresentador se fez de vítima, dizendo-se perseguido só por usar a expressão "falta de deus no coração", quando, em verdade, isso não chega nem perto da gravidade da miríade de acusações feitas por Datena contra ateus.

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http://www.youtube.com/watch?v=0NM2cMx58S0

Justiça obriga Rafinha Bastos a recolher DVDs com piadas sobre deficientes; humorista comenta



  • UOL
    Rafinha Bastos é obrigado a recolher DVD com piada sobre deficientes
    Rafinha Bastos é obrigado a recolher DVD com piada sobre deficientes
A Justiça de São Paulo concedeu liminar que proíbe a venda do DVD "A Arte do Insulto", que contém piadas sobre pessoas com deficiência física e mental, confirmou ao UOL o advogado Paulo Ricardo Gois Teixeira, que representa a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo) e as pessoas com deficiência. Segundo Gois, Rafinha também está proibido de fazer esse tipo de piada em seus shows. Cabe recurso.
O advogado destaca que a ação corre em segredo de justiça, por isso não podem ser divulgadas mais informações sobre o caso. "O que posso dizer é que algumas lojas já foram notificadas a cancelar a comercialização do DVD, mas cabe ao Rafinha Bastos fazer o recolhimento do material pelas lojas do Brasil", afirmou Gois.
A Apae, que entrou com a ação cível contra o humorista no dia 9 de janeiro, ainda solicita que Rafinha se retrate publicamente pelos danos causados à imagem pública dos deficientes. O caso ainda se desenrola na justiça e pode trazer outros prejuízos a Rafinha Bastos. Se condenado, o humorista poderá pagar 100 mil reais para a Apae, 100 mil reais para fundo de defesa dos direitos difusos e 10 salários mínimos (cerca de 6 mil reais) a cada associado da Apae que se sentir ofendido pelas piadas.
O secretário municipal da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida, Marcos Belizário, autor intelectual da ação, entrou em contato com o UOL para esclarecer detalhes do processo. "Humor tem que ter limite, não pode ser uma coisa nojenta", afirmou. Leia a entrevista.

Por e-mail, Rafinha Bastos comentou a decisão, mas não disse se entrará com recurso. "Eu acho o material que lancei absolutamente reprovável. Se eu tivesse no lugar da justiça, também impediria a venda de um produto tão ofensivo. Achei a atitude rápida, afinal, criei as piadas agorinha entre 2004 e 2006. Aos 120 mil amigos que compraram o DVD, peço que queimem suas cópias".

"A propósito, já faço outro show desde o ano passado chamado 'Péssima Influência'. Quem quiser me processar, está convidado a pagar para assisti-lo", afirmou.
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Netinho prefeito? Ele já tem planos para a cidade


O vereador José de Paula Neto, conhecido como Netinho de Paula, é pré-candidato à prefeitura paulistana nas eleições deste ano pelo PCdoB.

Cantor, compositor, apresentador de TV, político e criador de ações sociais em favor de crianças e adolescentes carentes, diz que, caso eleito prefeito de São Paulo, pretende dar mais poder às subprefeituras, incentivar a participação popular nas decisões do governo municipal e priorizar ações nas áreas social e ambiental, para que as políticas públicas possam melhorar a qualidade de vida dos pobres da capital. Leia a entrevista.
Diário do Comércio – O PCdoB tem disputado a prefeitura paulistana coligado com o PT. Por que decidiu ter candidato próprio na eleição deste ano?  
Netinho de Paula – O
PCdoB sempre viu nos candidatos apresentados pelo PT uma possibilidade de ganhar as eleições. Sou uma figura de expressão popular. Desde que me filiei à legenda, em 2008, mostrei-me disposto a concorrer em eleições majoritárias. O PCdoB considera legítima tanto essa minha aspiração quanto a atuação em pleitos com essas características. Tem-me dado apoio total. Nós e o PT sempre fomos partidos-irmãos. Mas à medida que procuramos autonomia, o que é comum e um direito de cada organização partidária, começamos a participar de eleições majoritárias com nomes próprios. No meu caso, disputei o Senado em 2010 e agora preparo-me para ser candidato a prefeito da capital. A disputa para o Senado foi uma experiência muito valiosa para mim. Perdi a eleição, mas fiquei em terceiro lugar na disputa. Mesmo perdendo, fui o negro mais bem votado da História do Brasil e da América Latina. Essa votação também anima o partido a aceitar minha candidatura à prefeitura da capital. 
DC – Quais críticas o senhor faz ao atual governo municipal? 
Netinho –  A crítica é feita desde o início do governo Kassab. Continuamos a fazê-la, mesmo sendo parte do governo. Diz respeito ao esvaziamento das subprefeituras, à falta de poder dos subprefeitos. Houve também um enfraquecimento da sociedade civil, já que os conselhos regionais da cidade, as organizações não governamentais e as entidades sociais perderam força. Enfim, houve redução da participação política popular. No governo da prefeita Marta Suplicy, entre 2000 e 2004, existiu um grande avanço em relação a essa participação. Nos governos do prefeito Kassab, entre 2006 e 2012, essa participação foi negligenciada. Por isso, a atuação da população e dos agentes políticos locais teve redução e perdeu influência. Ficaram quase sem canais para opinar e acompanhar a administração municipal. Essas são nossas principais críticas ao atual governo da cidade. 
DC – Caso seja candidato, o senhor buscará alianças com quais partidos?
Netinho – Não estamos fazendo uma escolha a dedo para encontrar aliados. Para nós, quem quiser contribuir com a evolução da cidade será aceito. Temos mantido conversas constantes com vários partidos. Entre eles, com o PT, que é nosso aliado histórico. Também estamos conversando com o Partido Social Cristão (o PSC), com o Partido da República Brasileira, com o Partido Trabalhista Brasileiro e com o PMDB. Para mim, vivemos um momento diferente nesta eleição à prefeitura. É dado valor ao novo, a nomes novos – como o Chalita, pelo PMDB; o Haddad, pelo PT; a Soninha, pelo PPS; o Russomano, pelo PRB. São nomes que aparecem bem nas pesquisas eleitorais divulgadas até o momento. Em nossas conversas, já temos um acordo, um pacto: vamos mudar a forma de fazer política, não vamos nos agredir, daremos valor ao diálogo, iremos nos respeitar, mesmo que sejamos adversários, e, com o passar do tempo, aquele que estiver mais bem posicionado nas pesquisas, vai ser o cabeça de chapa. Quem não estiver muito bem, e achar que pode compor uma aliança, cede. Esse é o jogo político.
DC – Se o senhor for o cabeça de chapa, com base em quais dados avalia que ganhará a eleição? 
Netinho – Acho que é a primeira vez que a cidade de São Paulo tem a chance de eleger um jovem paulistano de 41 anos, que cresceu usando transporte público e hospital público. Além disso, que entende os problemas da periferia de São Paulo e que busca uma qualidade melhor de vida para todos. Não só isso. O eleitorado da capital vai conhecer um candidato cuja visão não é a de tirar nada dos mais ricos, mas abrir mais espaço para que os mais pobres possam melhorar de vida e sentir prazer de morar na cidade. Não tenho dúvida de que é a primeira vez que o eleitor paulistano encontrará um candidato a prefeito legitimamente oriundo do gueto, da periferia, que entende os problemas da cidade porque os viveu na pele. Algumas pessoas costumam questionar a experiência e o conhecimento adquirido pelo candidato. Em primeiro lugar, respondo que a vivência é primordial. Depois, digo que hoje nós temos excelentes gestores em todos os setores de atividade, e esses profissionais podem ser contratados para trabalhar na gestão pública. Além disso, temos planos de governo prontos na internet. Esses planos foram feitos por entidades, cientistas e especialistas, com base em estatísticas e estudos relacionados à capital. São profundos e mostram, apontam quais são os problemas da cidade e como podem ser resolvidos. Enfim, minha diferença em relação aos outros candidatos é ter sentido na pele o que é desigualdade, o que ela provoca e como agir para superá-la. Isso me tornará um candidato competitivo. 
DC – O caso da queda do então ministro Orlando Silva poderá reaparecer e prejudicar a candidatura do senhor, se for o cabeça de chapa? 
Netinho – Espero que na campanha o debate tenha por base propostas para melhorar a vida do paulistano. Não vejo como esse assunto pode contribuir para o desenvolvimento da cidade. É preciso manter o debate em nível elevado. Para nós, tanto eu quanto o partido, a atitude do Orlando foi corretíssima. Não temos dúvida de que é inocente. Ele levou o caso para a Justiça, para provar que não fez nada de errado. O tempo dirá se perdemos um ministro que transformou o Esporte de ministério quase sem verba em uma das pastas mais cobiçadas da política brasileira. Ficará cada mais evidente que as denúncias contra o Orlando surgiram em um ano fundamental para a organização da Copa do Mundo. O povo não é bobo. As instabilidades que tentam criar no governo vêm em momento que precede eleições municipais muito importantes para o País.
A presidente Dilma Rousseff agiu de maneira correta. Aceitou a saída do Orlando Silva e indicou o Aldo Rebelo para o posto. O ministro Aldo também é extremamente capaz e é um grande marco moral do nosso partido. Precisamos muito dele e também do Orlando conosco. Aliás, adianto que o Orlando será o coordenador da minha campanha a prefeito.  
DC – O que é preciso mudar nos setores social
e ambiental na capital?
Netinho – A grande diferença do PCdoB em relação à atual administração é que o partido age de maneira política e sem nenhum tipo de emoção nas relações políticas. O prefeito Gilberto Kassab foi bem e conseguiu avanços em segurança, investimento em saúde, cumprimento das leis orçamentárias e arrecadação de taxas e impostos. O orçamento da cidade de São Paulo para 2012 é de R$ 38 bilhões. Portanto, não temos problema de falta de dinheiro. Nós temos problemas de prioridades. Uma das minhas prioridades para a cidade é o investimento em transporte público. O trânsito da capital só será desafogado se houver transporte público de qualidade. Na educação, outra prioridade será investir em toda escola que já estiver em funcionamento. Não vou construir novos Céus, mas reformar as escolas já existentes, fazendo com que se tornem o orgulho dos alunos, professores, funcionários e famílias dos estudantes. As melhorias físicas e de conteúdo para os alunos vão estar presentes no meu programa de governo dentro do que chamamos de Escola da Família. O aluno vai estudar, e o local estará aberto tanto a ele quanto a sua família. Outro problema é que houve um corte significativo em verbas para investimentos em áreas de risco com moradias. Outra prioridade da nossa candidatura é investir mais nessas áreas.
DC – E o ambiente?
Netinho – É outra das nossas prioridades. Um dia desses, tive uma reunião longa com o Oded Grajew, presidente do Movimento Nossa São Paulo. Esse movimento tem um programa voltado ao meio ambiente e de defesa da sustentabilidade de altíssimo nível. Envolve várias atividades e tem por base estudos científicos. As ações do programa têm metas e prazos para serem cumpridos e alcançados. As propostas desse programa podem ser postas em prática de acordo com o orçamento e as leis da cidade. Aborda as questões e propõe mudanças de forma coesa e ampla, abrangendo o centro e a periferia da cidade. Esse equilíbrio para mim é fundamental. Por isso, esse programa será nosso guia na questão ambiental e da sustentabilidade, caso a gente ganhe a eleição. Também será nossa prioridade restabelecer a participação política popular em todos os bairros e periferias da cidade, além de garantir mais poder aos subprefeitos, para que atuem de forma mais integrada e mais democrática com todos os agentes políticos dos locais onde se encontram. Estes são meus compromissos.
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Cuba: ‘com muito orgulho’, Dilma encontra-se com Fidel




De acordo com o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, a presidente Dilma Rousseff esteve reunida com o líder da revolução cubana, Fidel Castro, na tarde desta terça-feira (31), no final de sua visita à ilha.


O local onde Dilma e Fidel se encontraram não foi divulgado, por exigências do serviço de segurança do regime cubano. O Itamaraty também não informou por quanto tempo os dois conversaram, nem os assuntos que foram tratados.

O encontro não estava previsto na agenda oficial da presidente. Quando questionada se visitaria Fidel Castro, Dilma não relutou: “sim, e com muito orgulho”.

Ela esteve acompanhada por uma “pequena delegação” e, após a visita a Fidel, seguiu para o Porto Mariel, um dos mais importantes do país, e que o Brasil auxilia a reconstrução com financiamento, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

Com agências



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Público lota ensaio do carnaval de Curitiba


Fotos:Antônio Costa/Gazeta do Povo / O entusiasmo do público com a bateria da Escola de Samba Acadêmicos da Realeza é uma das mostras de que o curitibano está voltando a aprender a gostar de samba e do carnaval da cidadeO entusiasmo do público com a bateria da Escola de Samba Acadêmicos da Realeza é uma das mostras de que o curitibano está voltando a aprender a gostar de samba e do carnaval da cidade

Interesse dos curitibanos cresce e salões ficam cheios durante preparativos das escolas de samba para o desfile de fevereiro

RODRIGO BATISTA, ESPECIAL PARA GAZETA DO POVO
O salão está cheio quando soa um apito no meio da multidão. Os membros da bateria da Escola de Samba Acadêmicos da Realeza, no bairro Bom Retiro, em Curitiba, pegam os batuques e se reúnem no centro do salão. A madrinha da bateria fica em frente ao grupo, acompanhada das passistas e da porta bandeira. Quando a equipe começa mais um ensaio, os es­­pec­­tadores saem de suas mesas e ficam em volta dos componentes da escola para acompanhar cada detalhe e também cair no samba.
O público de cerca de 200 pessoas que acompanha toda terça e quinta-feira o ensaio da agremiação é uma evidência de que o carnaval também chama atenção de quem mora na cidade. Bárbara Murden, presidente da Acadêmicos da Realeza, acredita que a imagem do curitibano frio e europeu ficou no passado. “Os curitibanos estão ficando mais brasileiros e aprendendo a gostar do samba e do carnaval da cidade”, diz.
 / Kely será passista e espera que o carnaval da cidade impressioneAmpliar imagem
Kely será passista e espera que o carnaval da cidade impressione
Integração
Os ensaios das escolas de Curitiba têm entrada gratuita. Interessados em desfilar no dia 18 em alguma escola devem entrar em contato com as agremiações.
Grupo Especial
- Grêmio Recreativo e Escola de Samba Mocidade Azul – Local: Rua Waldemar Cavanha, 2.000, Fazendinha, ao lado do Estádio de Futebol Algacy Túlio.Horário: de quinta-feira a sábado, das 20h às 22h e, no domingo, das 16h às 21h. Presidente: Altamir. Telefones: 3019-5161/3288-1935/9198-9107
- Sociedade Recreativa, Beneficente e Cultural Escola de Samba Leões da Mocidade – Local: Forró do Brahma (Rua Anne Frank, 5.421, Boqueirão).Horário: de quarta a sexta-feira, a partir das 21h. Presidente: Vilmar Alves. Telefones: 3049-2480/ 9804-1923.
- Sociedade Cultural Carnavalesca Embaixadores da Alegria – Local: Gunha Sports (Rua Diomira Moletta Klemtz, 237, Santa Quitéria). Horário: sexta-feira e sábado, a partir das 20h. Presidente: Alberto Neumann. Telefones: 3335-5027/9972-8311
- Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Acadêmicos da Realeza – Local: Arena Eventos (Rua Roberto Barroso, 1.190, Bom Retiro).Horário: 19h às 23h (3ª e 5ª feiras).Presidente: Bárbara Murden. Telefones: 3016-7284/9628-2628.
- Escola de Samba Os Internautas – Local: Escola Municipal Clementina Cruz (Rua Guilherme Weiss, s/nº, Pinhais). Horário: diariamente, a partir das 17h. Presidente: Haroldo Ribeiro. Telefones: 3667-0135/8521-5669
Grupo de Acesso
- Escola de Samba Unidos de Pinhais – Local: Rua 24 de Maio, 1.000, Estância Pinhais, Pinhais. Horário: de quarta-feira a domingo, das 20h às 22h30. Presidente: Gilmar Obirajara Renaud. Telefones: 8512-6094/3667-0136.
- Escola de Samba Unidos do Bairro Alto – Local: Centro Cultural da Vilinha (Rua Marco Pólo, 1.560, Bairro Alto).Horário: terças, quintas e sábados, das 19h às 22h. Presidente: Antonio Guedes de Oliveira. Telefones: 3367-7798/9122-9148.
Descendente de poloneses, o comerciário Luiz Fernando Grocheveski, 49 anos, acompanha o carnaval da cidade desde 2000, junto com a esposa e as duas filhas. “No feriado de carnaval não vamos à praia, preferimos ficar aqui e reunir outras famílias para ver o desfile”. A tradição fez que uma das filhas, a estudante Fernanda Cristina Grocheveski, 22 anos, desfilasse três vezes pela Acadêmicos da Realeza.
A encarregada de setor Maria Tereza Gomes, 60 anos, é curitibana e há 45 anos desfila em escolas de outras cidades. Neste ano, pela primeira vez vai participar da festa na cidade, também na Acadêmicos da Realeza. Apesar da simplicidade do carnaval de Curitiba, ela está animada com a oportunidade. A filha, a estudante de administração Kely Cristina Rodrigues, 20, será passista da escola e espera que o público se impressione com o carnaval da cidade. “Tenho certeza que todas as escolas vão impressionar o público”, diz Kely.
Paixão renasce
O carnaval em Curitiba, segundo a antropóloga Selma Baptista, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), possui tradição dos bailes dos clubes de futebol, como o Coritiba, o Atlético Paranaense e o extinto Colorado, hoje Paraná Clube. O auge, afirma a antropóloga, foi na década de 1980, quando os blocos saíam pelas ruas e a festa era mais pujante.
Uma série de fatores contribuiu para que a festa na cidade caísse em descrédito, entre elas o nascimento das escolas de samba e o fim dos blocos de carnaval, na década de 1990. “Não houve transição entre uma categoria e outra. Além disso, os baixos investimentos e a difamação nos meios intelectuais também contribuíram” diz Selma.
Desde 2005, quando iniciou estudos sobre a festa popular na cidade, a antropóloga percebeu o crescimento das comemorações entre os curitibanos. “As escolas estão se profissionalizando e a cultura do samba nos bares da cidade está mais forte, o que contribui para o fortalecimento do carnaval”, avalia.
Numa comparação entre os preparativos para o desfile de 2011 e os ensaios de 2012, o presidente da Escola de Samba Leões da Mocidade, Vilmar Alves, afirma que, de fato, mais pessoas acompanham os ensaios. “Acho que a divulgação do carnaval está melhor nos últimos dois anos. Espero que isso aumente para que o público se interesse novamente pela festa”, diz.
Slogan
Escolas pedem uma chance
“Dê uma chance ao carnaval de Curitiba”. Este é o slogan da Escola de Samba Acadêmicos da Realeza para o carnaval de 2012. A frase é também, segundo o carnavalesco da agremiação, Felipe Guerra, um apelo para toda a festa. “Nós queremos chamar atenção de todos os curitibanos. É um slogan para beneficiar também as demais escolas.”
Apesar do crescimento do público, as escolas de samba acreditam que faltam investimentos na festa para que os membros da folia possam atrair mais o público, com uma estrutura melhor. “A verba cedida pela prefeitura é pequena para tanto trabalho, mas fazemos porque gostamos da festa”, declara a presidente da Acadêmicos da Realeza, Bárbara Murden.
Para Vilmar Alves, presidente da Leões da Mocidade, além do pouco investimento público na festa em Curitiba, falta também interesse das escolas de samba em investir no evento durante todo o ano. “É preciso estimular principalmente quem é mais jovem a gostar de samba e carnaval, com aulas, oficinas, interação com as pessoas que têm tradição no assunto”, comenta.
A diretora administrativa e financeira da Fundação Cultural de Curitiba, Maria Angélica da Rocha Carvalho, explica que o poder público da cidade tem se esforçado para ampliar os investimentos na festa popular, mas diz que o carnaval não se restringe apenas às escolas de samba. “Nosso foco é melhorar a estrutura oferecida tanto para as escolas quanto para blocos, festas nas regionais e bailes”. Por esse motivo, segundo Maria Angélica, ainda não há intenção de aumentar a verba que dá suporte a cada agremiação.
www.blogdocarlosmaia.blogspot.com   Carlos Maia   -  Acadêmicos da Realeza