sexta-feira, 5 de abril de 2019

General vietnamita Vo Nguyen Giap, um dos maiores estrategista militar que a humanidade já teve



Imagem do líder vietnamita em 2008
















Do Ópera Mundi

Em agosto de 1945, juntamente com Ho Chi Minh, Giap dirigiu as suas forças para Hanói e, em setembro, Ho Chi Minh pode proclamar a independência do Vietnã, com Giap como comandante do exército revolucionário.

Na guerra contra o colonialismo francês que se seguiu, Giap demonstrou a superioridade da guerra popular sobre as forças colonialistas, alcançando, em 7 de maio de 1954, uma espetacular vitória na decisiva batalha de Dien Bien Phu, um vale situado a cerca de 300 quilómetros a oeste de Hanói onde as forças francesas se tinham entrincheirado, confiantes na proteção das montanhas circundantes. Não imaginavam que as forças de Giap fossem capazes de fazer subir peças de artilharia por de encostas quase inacessíveis.

Após quase seis meses de cerco, dos 15.094 soldados franceses concentrados em Dien Bien Phu, apenas 73 conseguiram escapar, enquanto cerca de 5 mil foram mortos e 10 mil, capturados. Giap e o general Denhg lançaram o assalto final que conduziu à expulsão definitiva dos franceses da Indochina. O exército de Giap sofreu baixa de 25 mil combatentes.

Wikicommons
Giap e Denhg derrotaram os franceses graças a uma acumulação logística extraordinária e uma utilização eficaz e bem protegida da artilharia. Os 60 caças-bombardeiros B-29 norte-americanos enviados em apoio ao efetivo francês fracassaram em seu objetivo, o que levou o almirante norte-americano Radford e o general francês Naverre a pensarem em lançar bombas nucleares contra as forças revolucionárias.

A campanha de Dien Bien Phu foi a primeira grande vitória de um povo colonizado e feudal, com uma economia agrícola primitiva, contra um experiente exército apoiado por uma indústria bélica pujante e moderna. Os mais conhecidos generais franceses (Leclerc, De Lattre de Tasigny, Juin, Ely, Sulan, Naverre) fracassaram, um após outro, perante tropas constituídas por camponeses pobres, mas inteiramente decididas a lutar pelo seu país.

O Vietnã foi dividido ao meio e Giap, nomeado ministro da Defesa do novo governo do Vietnã do Norte que, ao mesmo tempo em que prosseguia a guerra popular de libertação, se esforçava por construir uma nova sociedade socialista.

Como comandante do novo exército popular, Giap dirigiu a luta contra os novos invasores norte-americanos no sul do país, que de novo teve início como guerra de guerrilha. Os primeiros soldados norte-americanos a morrerem resultaram do ataque a uma base militar Bien Hoa, a noroeste de Saigon, realizado pelo Vietcong em 8 de Julho de 1961. Nesse ano foram abatidos pelos guerrilheiros mais de mil soldados dos EUA.

Quatro presidentes norte-americanos sucessivos mantiveram a agressão contra o Vietnã, deixando o rastro de 57.690 soldados norte-americanos mortos, enquanto do lado vietnamita caíram 600 mil combatentes. Em 1973, os Estados Unidos foram finalmente obrigados a, de forma dramática, abandonar o país: um tanque do exército guerrilheiro rompeu a vala de proteção da embaixada norte-americana em Saigon enquanto os últimos funcionários e militares a abandonavam precipitadamente, fugindo de helicóptero do telhado do edifício.

O general Giap não foi apenas um mestre na arte de dirigir a guerra revolucionária, mas também escreveu sobre ela, publicando em 1961 a sua famosa obra "Guerra popular, exército popular", manual baseado na sua própria experiência. Nela estabelece os três fundamentos básicos de que necessita um exército popular para alcançar a vitória: direção, organização e estratégia.

Definiu a guerra popular como "uma guerra de combate para o povo e pelo povo, enquanto a guerra de guerrilha é apenas um método de combate. A guerra popular corresponde a uma concepção mais geral. É uma concepção de síntese. É uma guerra simultaneamente militar, econômica e política". A guerra popular não é realizada apenas pelo exército, por mais popular que este seja, mas sim por todo o povo, que deve participar e ajudar na luta, que necessariamente será prolongada.

Giap sabia que o sucesso, quando existe uma desproporção de forças muito grande, se baseia na iniciativa, na audácia e na surpresa, o que exige que o exército revolucionário esteja continuamente em movimento. Destacou-se como um gênio da logística, capaz de movimentar continuamente importantes contingentes militares, segundo os princípios da guerra de deslocamentos. Fê-lo contra os colonialistas franceses em 1951, infiltrando um exército inteiro através das linhas inimigas no delta do rio Mekong, e repetiu-o antecipando a ofensiva do Tet em 1968 contra os norte-americanos, quando posicionou milhares de homens e toneladas de aprovisionamentos para um ataque simultâneo contra 35 centros estratégicos do sul.

A batalha de La Drang, entre 19 de outubro e 27 de novembro de 1965, foi uma das mais decisivas para ambas as forças no decurso da guerra de libertação. O general William Westmoreland estava convencido de que a mobilidade aérea e a potência de fogo em grande escala seriam a resposta adequada à estratégia de Giap. Mas este colocou os seus efetivos tão próximos das linhas norte-americanas que os B-52 largavam as bombas em cima das suas próprias fileiras.

As táticas de guerrilha de Giap constituem ainda hoje uma das mais importantes fontes de informação do exército norte-americano para esmagar as forças revolucionárias. Os imperialistas dispõem de toda a informação, mas falta-lhes o mais importante: as massas. Estão conscientes de que se as massas se integram na guerra revolucionária não conseguirão vencer.

As vitórias do "Napoleão Vermelho", como o denominaram os jornais ocidentais, sobre exércitos de grandes potências, amplamente mais bem-equipados do que suas forças, ajudaram a pôr fim ao colonialismo europeu em todo o mundo e a consolidar o regime comunista no Vietnã.

Baixo e franzino, o autodidata militar Giap era uma lenda no Vietnã e no mundo. Para os historiadores, era um general equiparável aos maiores generais da história. Suas habilidosas estratégias e táticas astutas resultaram em vitórias contra inimigos cujos recursos faziam seu Exército de camponeses parecer insignificante. "Rendição" não é uma palavra do meu vocabulário, ele chegou a dizer certa vez. Nas palavras de Giap, qualquer exército lutando por liberdade "tem a energia criativa para alcançar coisas que seus adversários nunca poderiam esperar ou imaginar

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Guedes elogia Lula: Com pouco dinheiro melhorou a vida dos brasileiros




Valor Econômico BRASÍLIA  -  O ministro da Economia, Paulo Guedes, elogiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizendo que "com pouco dinheiro, melhorou vida de muitos brasileiros". Leia mais: Guedes bate boca com deputados em audiência





Por Edna Simão, Fábio Pupo e Raphael Di Cunto | 

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terça-feira, 2 de abril de 2019

Em missa pela ditadura com a viúva de Ustra, bispo fala em dar “veneno de rato” a Caetano

“E tem um imbecil que nos anos 70  cantou que é proibido proibir. Gostaria de dar  veneno de rato para ele.”


Publicado em 1 abril, 2019 6:49 pm
Caetano Veloso. Foto: Reprodução/YouTube
Do Radar da Veja:
Uma missa realizada na noite deste 31 de março, ontem, em celebração ao golpe militar contou com as presença de três generais, de Joseita Brilhante Ustra – viúva do coronel Brilhante Ustra – e sobrou para Caetano Veloso na homilia do bispo dom José Francisco Falcão, da Arquidiocese Militar.
(…)
Estavam presentes os generais Paulo Chagas (que disputou o governo do Distrito Federal), Rocha Paiva (que foi amigo de Ustra e integra a Comissão de Anistia) e o deputado federal do PSL general Eliéser Girão (RN). Algumas pessoas foram de verde e amarelo.
Ao tratar de disciplina e hierarquia o bispo disse que até mesmo as liberdades têm suas restrições. E citou uma canção de Caetano Veloso, “É proibido proibir”.
“E tem um imbecil que nos anos 70  cantou que é proibido proibir. Gostaria de dar  veneno de rato para ele.”
(…)

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