sábado, 21 de fevereiro de 2015

Cérbero, o cão da porta do inferno


Cérbero, ilustração de Gustave Doré para a Divina Comédia(1832-1883).



monstro tricéfalo Cérbero presidindo sobre oterceiro ciclo infernal, aquele dos glutãos e dosepicúrios; uma aquarela do londrino William Blake(1757-1827); National Gallery of Victoria,Austrália.

Cérbero

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Na mitologia gregaCérbero ou Cerberus (em grego,
 Κέρβερος – Kerberos = "demónio do poço") era um
 monstruoso cão de múltiplas cabeças e pescoço que 
guardava a entrada do Hades, o reino subterrâneo dos
 mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem.
Cérbero era filho de Tífon (ou Tifão) e Equídina, irmão de 
Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com Quimera
nasceram o Leão da Nemeia e a Esfinge.

MORFOLOGIA[EDITAR]

A descrição da morfologia de Cérbero nem sempre é a 
mesma, havendo variações. Mas uma coisa que em todas
 as fontes está presente é que Cérbero era um cão que 
guardava as portas do Tártaro, não impedindo a entrada 
e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa,
 era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir 
embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido 
por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero 
saindo vivos do submundo foram HéraclesOrfeu,Eneias e 
Psiquê.
Cérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um 
número certo, mas na maioria das vezes é descrito como
 tricéfalo (três cabeças). Sua cauda também não é sempre 

descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como 
de cobra ou mesmo de cão. Às vezes, junto com sua cabeça
 são encontradas serpentes cuspidoras de fogo saindo de seu
 pescoço, e até mesmo de seu tronco.

Quanto à vida depois da morte, os gregos acreditavam que
 a morada dos mortos era o Sub-mundo, o reino de Hades, 
o deus da morte, ao lado dePerséfone(Deusa da destruição,
filha de Zeus e Deméter). Hades era irmão de Zeus.
Localizava-se nos subterrâneos, rodeado de rios, que só 
poderiam ser atravessados pelos mortos. Os mortos 
conservavam a forma humana, mas não tinham corpo, 
não se podia tocá-los. Os mortos vagavam pelo Hades, 
mas também apareciam no local do sepultamento. Havia 
rituais cuidadosos nos enterros, e os mortos eram cultuados,
 principalmente pelas famílias em suas casas. Quando os 
homens morriam eram transportados, na barca de Caronte
 para a outra margem do rioAqueronte, onde se situava a 
entrada do reino de Hades. O acesso se dava por uma 
porta de diamantes junto a qual Cérbero montava guarda.
Para acalmar a fúria de Cérbero, os mortos que residiam
 no submundo jogavam-lhe um bolo de farinha e mel que os 
seus entes queridos haviam deixado no túmulo.
Seu nome, Cérbero, vem da palavra Kroboros, que significa
 comedor de carne. Cérbero comia as pessoas. Um exemplo
 disso na mitologia éPirítoo, que por tentar seduzir Perséfone
, a esposa de Hades e filha de Deméter, deusa da fertilidade 
da Terra, foi entregue ao cão. Como castigo Cérbero comia
 o corpo dos condenados.
Cérbero, quando a dormir, está com os olhos abertos, porém,
 quando o mesmo está de olhos fechados, está acordado.

APARIÇÕES[EDITAR]

Divina Comédia[editar]

Cérbero aparece no Inferno dos Gulosos, onde estes ficam
 solitários na lama, sem poder comer e beber livremente. E 
ficavam sob uma chuva gelada e a presença de Cérbero que 
os come eternamente com seu apetite insaciável. Cérbero é 
a imagem do apetite descontrolado.

Doze trabalhos de Hércules[editar]

Euristeu, sabendo que Héracles só ficaria mais um ano sob 
suas ordens, estava desesperado de medo e, para seu 
décimo segundo trabalho, ordenou-lhe que descesse ao 
reino de Hades e trouxesse de volta o cão tricéfalo, Cérberus,
que guardava as portas do inferno. Isto, tinha certeza, estava
 acima de suas forças; e o próprio Héracles duvidava que 
conseguisse realizar essa temerária e perigosa façanha. 
Ofertou grandes sacrifícios aos deuses, pedindo sua
 proteção; suas preces foram ouvidas. A deusa Atena, e 
Hermes, mensageiro dos deuses, apresentaram-se a ele,
 acompanhando-o até à sombria caverna, pelo túnel longo
 e escuro que levava às portas do Mundo Subterrâneo. Ao 
percebê-los, as três cabeças de Cérbero puseram-se a uivar
 de maneira horrível, o que chamou a atenção de Hades; mas
ao ver um deus e uma deusa em companhia de Héracles, 
perguntou-lhes o que procuravam.

Héracles e Cerbero. Mosaico romano.
- Meu senhor Euristeu ordenou-me de levar à terra o cão 
tricéfalo Cérbero que guarda esta porta, disse Héracles, e
é pela vontade de Zeus, senhor da terra e do céu, que eu 
lhe obedeço. Deixe-me levar seu cão de guarda para poder
 cumprir as ordens recebidas. Prometo-lhe que Cérbero 
nada sofrerá e lhe será restituído, são e salvo.
Hades fechou a carranca e respondeu:
- Se você for capaz de carregar Cérbero nos ombros, sem 
feri-lo, então poderá levá-lo ao seu senhor Euristeu; mas, 
 prometa trazê-lo de volta, ileso.
Então Héracles aproximou-se de Cérbero e, apesar de suas
 três enormes bocarras guarnecidas de dentes afiados e 
cruéis, ergueu o animal aos ombros e subiu pelo caminho 
que levava da caverna tenebrosa à luz do dia. O caminho era
 longo, áspero e íngreme, e pesada a sua carga; as três 
cabeças rosnavam e mordiam, durante todo o trajeto, 
porém Héracles, concentrando-se no pensamento de próxima 
libertação, não lhes dava atenção. Afinal chegou a Micenas
Euristeu ficou tão apavorado quando soube que Héracles 
trazia nos ombros o terrível cão tricéfalo, que se escondeu 
debaixo da cuba de bronze, mandando-lhe uma mensagem
 na qual lhe ordenava que se afastasse de Micenas para todo 
o sempre. Então, de coração leve, dirigiu-se Héracles para a 
caverna. Desceu pelo longo túnel e depositou Cérbero às 
portas do Inferno.
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rbero

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Nando Reis afirma ser ateu e vira alvo de intolerância na internet






Por ter declarado em entrevista à Playboy ser ateu, o cantor Nando Reis
(foto), 48, tem sido alvo na internet de uma saraivada de críticas, muitas
 delas perpassadas pela intolerância.

Obs: Notícia de junho de 2012

Na entrevista, ele lamentou ter um irmão portador de deficiência.
"Eu sou músico e meu irmão não ouve. E ele vai aos meus shows", disse.
 "Eu não acredito em Deus."

Nem sequer o irmão surdo de Nando foi poupado nos comentários
discriminatórios.

Leia também:

Hitler foi católico e nunca renunciou ao batismo, lembra Dawkins



Alguns exemplos de postagens  contra Nando Reis no Yahoo! OMG!

É melhor ouvir do que ser surdo, porém ouvir esse cantor fajuto 
é que não é bom, quem sabe é por isso que o irmão dele não ouve. 
José Maurício

Em breve, Deus tirará a voz dele e ele vai viver de que? Esse é o 
cara mais idiota que já presenciei. José

Vai chegar a hora em que todos os ateus, todas as pessoas terão que 
dar conta a Deus de suas vidas. Espero que não seja tarde demais para
 Nando Reis, Camila Pitanga e outros. Que Deus tenha misericórdia dele. 
Júlia

So pq. é cantor acha que é tudo.... Misericórdia Senhor, ele é um pobre 

Zé. Deus lhe deu a vida, deveria agradecer, mas quando morrer terá o lugar merecido. Vera

Você acredita é na droga! Thiago.

Nojento como todo brasileiro, quer é vender cd, músico de merda, 

feio, pobre e metido a cantor, palhaço. Cândido.

Contra as críticas raivosas, Reis tem recebido manifestações de apoio,
como esta:

Que bom saber disso!!! mais um ser pensante.;..Se juntou a Albert
 Einstein, Camila Pitanga, Freud, José Saramago, Drauzio Varela, 
Charlie Chaplin, Friedrich Nietzsche, Galileu Galilei,Woody Allen, 
Angelina Jolie, Fernando Pessoa, Arnaldo Jabur, Herson Capri, 
Carl Sagan, Lênin, Marx. Idely

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2011/09/nando-reis-afirma-ser-ateu-e-vira-alvo.html#ixzz1kOGzJczF

www.blogdocarlosmaia.blogspot.com   Carlos Maia
http://www.paulopes.com.br/2011/09/nando-reis-afirma-ser-ateu-e-vira-alvo.html#ixzz1kOA5P6G3

HSBC, Beto Richa e a mídia seletiva


Por Altamiro Borges

A mídia nativa está cada vez mais descarada na sua seletividade e partidarismo. Isto tem gerado desconforto nas próprias redações dos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão. Muitos jornalistas mais íntegros – e eles existem aos montes e cumprem importante papel na trincheira inimiga – têm se rebelado. De forma corajosa, eles apontam as distorções e sacanagens dos seus próprios veículos – na maioria das vezes citando o crime, sem dar o nome dos criminosos. Nesta semana, dois fatos marcantes causaram repulsa nas redações da mídia tradicional: o escândalo da sonegação do banco HSBC e a radicalizada greve dos servidores do Paraná. Ambos foram retirados das capas dos veículos impressos e não mereceram os comentários ácidos dos “calunistas” das emissoras de rádio e televisão. O que há por trás desta visível manipulação?

O jornalista Ricardo Melo, uma das poucas vozes críticas que ainda restam na Folha tucana, não se conteve diante destas omissões descaradas e escreveu um duro artigo nesta segunda-feira (16). Reproduzo-o abaixo e volto em seguida:

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HSBC e Beto Richa

Por Ricardo Melo

Escândalo financeiro mundial e vitória contra austeridade ficam escondidos na imprensa

Aproveitando a mais do que merecida folga da querida e competente Vera Guimarães, vou dar uma de ombudsman acidental.

É de estranhar, para dizer o mínimo, o laconismo com que a imprensa "mainstream" local vem tratando um dos maiores escândalos da história financeira mundial.

Falo da revelação de que o HSBC na Suíça ajudou milionários a ocultar bilhões de dólares e assim fugir do fisco em seus países de origem. A lista é ecumênica: inclui desde ricaços tidos como "limpos" até traficantes, ditadores e criminosos dos mais variados.

São mais de 100 mil contas. O valor da maracutaia internacional passa de US$ 100 bilhões. Em moeda local, algo perto de R$ 300 bilhões. O argumento de que o tema está distante do leitor nacional não resiste aos fatos: cerca de 9.000 clientes envolvidos na falcatrua são brasileiros; o HSBC é um dos maiores bancos a operar no país; e, pelo que a investigação conseguiu apurar, a roubalheira decolou depois da aquisição, pelo HSBC, de um banco e de uma holding de propriedade de Edmond Safra. A familiaridade do sobrenome com o Brasil, embora não seja prova de nada, dispensa comentários e deveria ser suficiente para aguçar a curiosidade de qualquer jornalista.

Surpresa: o assunto praticamente desapareceu, a não ser quando encontraram supostas conexões com o pessoal da Lava Jato. Esquisito. E os outros milhares de correntistas brasileiros premiados, desapareceram? A história não fecha. Aliás, é a segunda vez que um trabalho do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos recebe tratamento desprezível no Brasil.

Há pouco tempo, a mesma equipe escancarou manobras tributárias de bancos e multinacionais, brasileiros incluídos, para fugir de impostos com operações em Luxemburgo. Uma das empresas acusadas na artimanha, a Pricewaterhouse, por acaso vem a ser uma das que aprovavam balanços podres de instituições protagonistas da crise de 2008. Hoje a Price examina a contabilidade da Petrobras...

Detalhe: o premiê de Luxemburgo na época das sonegações, Jean-Claude Juncker, é o atual presidente da Comissão Europeia. E o homem forte do HSBC no período do vale-tudo da Suíça virou ministro no governo britânico do conservador David Cameron. Precisa mais?

Paraná na moda; e na mídia?

Curitiba viveu recentemente uma das maiores manifestações de sua história. Milhares de servidores públicos, trabalhadores e estudantes obrigaram o governador reeleito Beto Richa, do PSDB, a recuar no chamado "pacote de maldades" enviado à Assembleia Legislativa.

Entre outros disparates, o tucano propunha confiscar a previdência dos servidores para tapar rombos da antiga administração --dirigida por ele mesmo!

Deputados chegaram de camburão, reuniram-se no restaurante e, ainda assim, não conseguiram votar o pacote. Notícia daquelas, de repercussão nacional, exceto na mídia de fora da região.

Foi na capital do Paraná. Mesmo Estado onde fica a Londrina do juiz Sérgio Moro, sede do antigo Bamerindus vendido a preço simbólico ao HSBC e do Banestado (Banco do Estado do Paraná), pivô da CPI que durante os anos 90 catapultou o doleiro Alberto Yousseff para manchetes. Mera coincidência, talvez.


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No mesmo dia em que Ricardo Melo detonou o “laconismo” da mídia hegemônica, a Folha publicou duas notas minúsculas sobre o escândalo do HSBC. A primeira informa que o presidente do banco, Stuart Gulliver, “em um anúncio de página inteira, veiculado em jornais britânicos no domingo (15), pediu desculpas aos clientes e investidores, depois de virem a público as alegações de que seu banco privado na Suíça ajudou centenas de clientes a burlar impostos no passado”. E a Folha tucana conclui esta notinha com o seu tema predileto. “Na lista de contas secretas do banco vazada no Swissleaks há ao menos 11 pessoas ligadas ao escândalo na Petrobras”. Nada mais! Já a segunda, de três linhas, diz que “a Receita Federal vai apurar as operações realizadas por brasileiros em contas secretas mantidas pelo HSBC na Suíça. Em nota, o fisco diz que teve acesso à lista vazada no Swissleaks e divulgada por uma associação internacional de jornalistas... Entre os citados estão ao menos 11 pessoas ligadas ao escândalo na Petrobras”. Nada mais!

Ao mesmo tempo em que o jornal da honestíssima famiglia Frias gasta toda a sua munição com o chamado “petrolão”, num bombardeio diário e implacável, a ação criminosa do HSBC vira notinha. Isto apesar do grupo empresarial, que também edita o UOL, contar com o único jornalista brasileiro que teve acesso as contas dos 9 mil sonegadores do Brasil. Qual o motivo de Fernando Rodrigues, da Folha e do restante da mídia darem tão pouca atenção a um assunto tão explosivo, que agita a mídia internacional? Será que a lista contém nomes de empresários, celebridades midiáticas e até jornalistas que sonegaram impostos e mandaram a grana ilegalmente para paraísos fiscais? Será que a lista vai confirmar as recentes denúncias, ainda não comprovadas, de que a Rede Globo sonegou bilhões em tributos? Será?

Já no caso da convulsão social no Paraná, o pouco destaque dado pela mídia é mais fácil de decifrar. Beto Richa, o governador reeleito no Estado, pertence ao time dos tucanos blindados pela imprensa partidarizada. Seu “pacote de maldades” contra o funcionalismo público é o mesmo que o cambaleante Aécio Neves pretendia impor caso fosse eleito presidente da República, com a ajuda inestimável dos barões da mídia. Os protestos diários de milhares de grevistas e outras cenas impactantes, como a fuga dos deputados e do próprio secretário de Segurança Pública num camburão da PM, são evitados pela mídia para não prejudicar o já decadente PSDB. A sigla elegeu apenas cinco governadores em 2014 – contra oito em 2010 – e teve sua bancada de deputados federais estagnada. Para que divulgar uma combativa greve que pode fragilizar ainda mais os tucanos?

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