sexta-feira, 3 de novembro de 2017

As "propostas de governo" de Bolsonaro


"Não, eu entendo muito pouco de economia. (…) Eu ainda não desperto confiança no sistema financeiro, tendo em vista o meu comportamento. Mas (…) tenho certeza que esse pessoal devagar vai cerrar pra cima de mim."

Resultado de imagem para bolsonaro nazista
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A participação de Jair Bolsonaro no programa de Mariana Godoy já entrou para o anedotário político nacional.

Bolsonaro se embananou numa pergunta sobre o “tripé macroeconômico”, admitindo que não entende patavina do assunto e dando uma resposta sem sentido sobre a infraestrutura dos militares.

Imagine o cidadão nos debates. Vai ser divertido.

Uma prévia do despreparo de Jair foi dada no programa de seu amigo Danilo Gentili em março, quando ele falou de algo remotamente parecido com propostas de governo.

Um site listou os grandes momentos da entrevista. Eis o pensamento vivo de JB:

Como presidente, você acha que o seu repertório tem que aumentar, tem que falar sobre economia?

Eu falo sobre economia, por exemplo, eu falo do nióbio, do grafeno, das riquezas do Vale do Ribeira. (…) Mais utilizado do que o nióbio só o grafeno. (…) Nós não podemos continuar permitindo uma exploração predatória do nióbio.

E a respeito dos outros assuntos, as pessoas vão te cobrar soluções para economia, emprego, saúde…

Muita coisa está ligada à violência (…) Vivendo num país inseguro como o nosso, você não tem turismo. (…) Precisamos dar um cavalo de pau na política de direitos humanos. (…) Precisamos acabar com o estatuto do desarmamento.

A gente está num momento em que o Brasil precisa de alguém que entenda de economia, de mercado, para tirar o Brasil disso. Você entende de economia?

Não, eu entendo muito pouco de economia. (…) Eu ainda não desperto confiança no sistema financeiro, tendo em vista o meu comportamento. Mas (…) tenho certeza que esse pessoal devagar vai cerrar pra cima de mim.

Mas você já tem um princípio de plano?

Isso ninguém tem, né?

Então me explica, por que alguém deve votar em Bolsonaro para presidente?

Eu sou uma pessoa autêntica. As minhas propostas podem ser até pior (sic), mas são completamente diferente (sic).

Quando você diz abrir o comércio, você está falando em quê exatamente?

Você tem que diminuir o tamanho do estado.

Eu sempre vejo você elogiando um lado bom na ditadura. Mas não foram os militares que ajudaram o estado brasileiro a ficar tão inchado?

Era outra época. (…) Naquela época a mulher não ia de biquíni pra praia.

O que garante que você não irá copiar alguns modelos do regime militar que você elogia?

Na Educação vai ser convidado um general que já tenha um comando de colégio militar.

Você tem muitos opositores, talvez uns 80, 90% de Brasília é opositor seu. Se você for presidente, como é possível governar com tanta oposição?

Nós vamos ter mais gente de direita no parlamento. (…) E eu acho que economia vai estar tão debilitada até lá (…) que teremos que partir do zero.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Vídeo: Doria foge de perguntas sobre ração para pobres



João Doria chamou uma entrevista coletiva para falar sobre a ração humana. Além de não responder nada do que os jornalistas perguntaram, o prefeito intimidou uma assessora do nosso mandato e mostrou sua falta de disposição em esclarecer as dúvidas que pairam sobre as relação nebulosas entre Prefeitura e a fabricante da ração. Veja com seus próprios olhos. Já são quase 9 mil assinaturas na petição por uma CPI para investigar o caso.



_____________________
Carlos Maia
Secretario de Agitação e Propaganda
do Partido Comunista do Brasil/ Curitiba-Pr


 

terça-feira, 31 de outubro de 2017

BOLSONARO E O MATADOR DE GOIÂNIA



A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e texto

Não é à toa o fascínio do estudante de Goiânia que matou dois colegas na sala de aula pelo candidato a presidente Jair Bolsonaro.

Alvo de bullying, ele encontrou acolhimento não na família, mas no ódio ululante do submundo dos sites de extrema direita, onde Jair é rei.

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo

Sua psicopatia foi alimentada à base de fake news. Segundo trocas de mensagens às quais a Veja teve acesso, o rapaz tentava, por exemplo, convencer um interlocutor de que o Holocausto era uma fraude dando links de notícias falsas.

“Em um trabalho sobre ética, louvou o regime militar, desenhou suásticas em folhas de caderno e nos próprios braços”, diz a matéria.

Um amigo pediu para ele não discutir esses assuntos em sua casa. ”O quê? Eu discuti com sua mãe comunista? Eu nunca faria isso”, responde o outro.

Na conversa online, “o adolescente também defende outros ditadores (Augusto Pinochet e Benito Mussolini, entre eles) e mostra-se admirador do presidente Donald Trump e do deputado Jair Bolsonaro, a quem chama de ‘futuro presidente’’’.

Ele não está sozinho no Brasil ou no resto do mundo. Muito pelo contrário.

Em janeiro, Alexandre Bissonnette, de 27, assassinou seis muçulmanos numa mesquita em Quebec, no Canadá.

Como o brasileiro, era introvertido, tímido, ridicularizado, branco e de classe média. Refugiava-se na web, onde podia encontrar e expressar ideias radicais.

Os seguidores de Jair Bolsonaro encontram no mito o modelo que almejam.

Inseguros, muitos deles doentes, vêem aquele homem gritar que gays deveriam apanhar dos pais em casa, que vai liberar as armas para todo mundo, que os comunistas são o mal, que segurança pública se resolve na porrada - e isso é música para seus ouvidos entupidos de testosterona.

Em fevereiro, o DCM contou de onde se originava a campanha difamatória contra a deputada Maria do Rosário e sua filha, quando fotos da garota vazaram.

Os caluniadores se reuniam no site 55chan, conhecido por ser um antro com toda sorte de conteúdo racista, homofóbico, militarista e pornográfico.

Bolsonaro é o messias dessa gente, citado com frequência sob a alcunha “Gibeiranaro”. “Tem que mandar pro Gibeiranaro e para os filhos dele [as imagens da menina]. Aposto como eles estão com o cu coçando”.

Depois da violência em Charlottesville, na Virgínia do Sul, causada por neonazistas, sites da chamada alt-right foram banidos do Google. O Daily Stormer e o Vanguard America, de supremacistas brancos, estavam entre os mais acessados.

Quando se manifestou sobre o incidente, Trump deixou claro que estava protegendo seus eleitores fascistas. “Há culpa dos dois lados”, declarou, acusando as vítimas.

Bolsonaro está em silêncio e assim permanecerá no caso da tragédia em Goiânia. Ele sabe que outros ovos estão sendo chocados.

Como gostam de repetir os bolsominions: é melhor JAIR se acostumando.

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2017/10/bolsonaro-e-o-o-matador-de-goiania.html
 



_________________________________________