sábado, 12 de maio de 2012

Israel não para de construir muros e mais muros: “Uma doença mental nacional”


PLANO BRASIL
Franklin Lamb (de Beirute), Counterpunch – “They Can’t Stop Building Walls: Israel’s Mental Illness” – Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Os pesquisadores terão talvez de examinar nada menos que 14 séculos, do século 3 AC até o início do século 17, para encontrar outro regime que construa muros e barreiras em tal frenesi, na tentativa desesperada de conseguir manter-se sobre terras roubadas, semelhante ao que nós logo veremos também aqui, no sul do Líbano, na fronteira com Israel. No ano 221 AC, para proteger a China contra a invasão do povo Xiongnu da Mongólia – e a tribo Xiongnu era, então, o principal inimigo da China, e lutava para reconquistar terras que acusava os chineses de terem roubado –, o imperador Qin Shi Huang ordenou que se construísse um muro, para preservar as conquistas territoriais chinesas.
Ao longo da história, construíram-se muitos muros, para proteger terras ocupadas. Os romanos construíram o Muro de Adriano na Grã-Bretanha, para manter os pictos do lado de fora; e os alemães do leste construíram o Muro de Berlin, para manter do lado de dentro quem quisesse sair dali. Mas nenhum regime na história construiu, em 60 anos, a quantidade de muros que foram e continuam a ser erguidos pelo paranoico governo de Telavive. Agora, planejam outros cinco novos muros, chamados “barreiras de proteção antiterroristas”, entre os quais um, cuja construção deve ser iniciada em breve, sobre a fronteira entre Líbano e Palestina, na cidade libanesa de Kfar Kila. E esse muro pode vir a criar problemas ainda mais graves que outros.
A decisão de erguer um muro “para substituir a barreira técnica israelense existente” ao longo da Linha Azul, junto à cidade de Kfar Kila, foi anunciada por Telavive na semana passada. O anúncio aconteceu depois de uma reunião entre militares israelenses e a UNIFIL [orig. United Nations Interim Force In Lebanon, Força Provisória da ONU no Líbano] e os dois lados continuam estranhamente silenciosos sobre esse novo muro; mas o porta-voz da UNIFIL, Neeraj Singh, deixou escapar, em conversa comigo, que a primeira parte do muro terá cerca de 500m comprimento e cerca de 5m de altura.
Moradores do sul do Líbano opõem-se fortemente à construção da muralha, dentre outras razões, porque bloqueará a visão das belas paisagens da Palestina que se veem dali. Outros tem rido das razões apresentadas pelo lobby EUA-Israel, que pedirá ajuda aos contribuintes norte-americanos para as despesas de construção do muro.
David Schenker, conhecido militante pró-Israel (até quando ser pró-Israel implica ser contra os EUA; em ing. Israel firster), ligado ao Institute for Near East Policy, em Washington, associado ao AIPAC, disse em audiência no Congresso, recentemente:
“O sul do Líbano é área obviamente muito sensível [para Israel], muito próxima de Metula e via pela qual o Hezbollah e palestinos podem infiltrar-se. A preocupação de Israel é legítima. O governo israelense crê que o muro, naquele ponto, impedirá que terroristas lancem ataques diretos com foguetes e morteiros. Impedirá também que turistas que visitam a região lancem pedradas contra Israel, o que muitos fazem e já se tornou praticamente um hábito”. 
Observadores locais, oficiais da UNIFIL e especialistas como Timor Goksel, que trabalhou por 24 anos como porta-voz da UNIFIL na área da Linha Azul, têm-se mostrado surpresos e intrigados por Israel andar falando tanto de Kfar Kila como região particularmente perigosa, que necessitaria de muros.
Nada, de fato, jamais aconteceu ali; aquela área nunca foi perigosa nem “sensível”, sequer quando a OLP controlava a região, nos anos 1970s. Goksel explicou:
 “Nos meus 24 anos de experiência, jamais houve ataques nesse ponto, porque é muito próximo de uma cidade libanesa; ataques nesse ponto criariam dificuldades, sobretudo, para os libaneses que vivem ali. Que eu saiba, ninguém jamais pensou em atacar ali. Além do mais, mesmo que alguém invada o território israelense por Kifa Kula, é preciso andar muito até encontrar o primeiro posto israelense. Não faz sentido algum atacar aqui. Atacariam quem, nesse local?” 
Moradores locais comentam que o verdadeiro motivo para Israel querer erguer um muro em Kfar Kila é impedir que soldados israelenses troquem ali armas e informações, por drogas; como todos sabem na região, o problema do consumo de drogas entre soldados de Israel no “Comando Norte” aumentou muito, desde a campanha mal-sucedida de Israel, naquela região, na guerra contra o Líbano, em julho de 2006.
O mais novo muro da vergonha em Israel seguirá o traçado de outro muro, que está já em construção, ao longo dos 700 km de fronteira entre os desertos do Sinai e do Negev. Esse muro deverá estar construído até o final de 2012. Então, se se somar o muro de Kfar Kila, Israel estará quase completamente cercada por aço, arame farpado e concreto; com uma única abertura, na fronteira com a Jordânia, entre o Mar Morto e o Mar Vermelho, onde não há barreira física. Mas logo também haverá um muro nesse ponto, segundo informação de Shenker; explicou que o muro é necessário também ali, porque há “incerteza” na Jordânia e o reino mostra-se cada vez mais vacilante.
Há mais muro, a cerca de 11km do Mediterrâneo, ao longo da fronteira sul, que se encontra com a jaula que Israel já construiu em torno de Gaza. Esse muro estende-se por 51km e é protegido por uma faixa de terra fortemente minada; os palestinos não podem andar ali, e o muro invade cerca de 1km da estreita Faixa de Gaza; por causa desse muro, os palestinos proprietários não conseguem chegar às suas melhores terras para a agricultura. Esse “muro de segurança” mantém os palestinos enjaulados dentro de Gaza, mas não impediu que o soldado Gilad Shalit, do exército de Israel, fosse capturado, bem ali, em 2006.
Depois que Israel foi expulsa do Líbano, em 2000, depois de 22 anos de ocupação, a barreira ao longo da fronteira Palestina-Líbano foi reconstruída. Essa barreira não impediu que o Hezbollah, em 2006, invadisse território israelense e capturasse dois soldados israelenses, que adiante foram usados numa troca, para libertar militantes que Israel mantinha prisioneiros. Também não impediu que o Hezbollah disparasse seus muitos mísseis, em guerra de retaliação que durou 33 dias, depois que Israel bombardeou e destruiu vastas áreas no sul do Líbano.
Apesar disso, os “muros de proteção” continuam a brotar do chão, como cogumelos depois da chuva.
Mais para o leste do Líbano, está sendo erguido outro muro, sobre a linha do cessar-fogo traçada ao final da guerra de 1973, do Yom Kippur; passa entre as colinas do Golan – que Israel ocupa ilegalmente há cerca de 45 anos – e a Síria. Exatamente por aí centenas de manifestantes pró-palestinos entraram em território palestino ocupado, em maio passado, pelo Golan e ao longo da fronteira libanesa. Mais de dez manifestantes foram mortos, e muitos foram feridos, quando o exército sionista abriu fogo contra manifestantes civis desarmados.
Um posto de passagem em Quneitra, atualmente operado pela ONU, permite alguma mobilidade ao pessoal da ONU, dá passagem a alguns caminhões carregados de maçãs, a uns poucos estudantes drusos e a uma ou outra esporádica noiva síria de véu e grinalda [1].
Poucos quilômetros ao norte de Quneitra está a Colina dos Gritos [orig. Shouting Hill], onde famílias drusas do Golan gritam, de um lado de uma faixa de terra minada, para serem ouvidos pelos parentes e amigos que vivem na Síria, do outro lado da faixa minada de território sírio ocupado por Israel [2].
Rumo ao sul, por campos e colinas pesadamente minados, a linha do cessar-fogo de 1973 é semeada de bases militares e zonas militares vedadas, restos de tanques que sobraram de outros combates, até que se conecta com a fronteira com a Jordânia. Ali se une a um dos primeiros muros construídos por Israel, ainda no final dos anos 1960s, e que hoje se estende quase desde o Mar da Galileia, pelo Vale do Jordão, até o Mar Morto. A maior parte dessa linha não é fronteira de Israel; é, simplesmente, mais um muro, para separar a Jordânia, de um lado; e, de outro a Cisjordânia ocupada por Israel.
A cerca de dois terços do caminho, a barreira liga-se ao sempre infame muro de aço e concreto da Cisjordânia. Esse muro acompanha a linha do armistício de 1949, engolindo, na passagem, muitas áreas plantáveis de terras palestinas, rasgando ao meio vilas e comunidades e separando sitiantes e agricultores de suas plantações de oliveiras.
Como sobre outros 18 muros e barreiras, o regime sionista diz que se trata de simples medida de segurança. Mas, para muitos, o muro marca o limite de um futuro estado palestino, e já consumiu mais 12% do território da Cisjordânia. Cerca de dois terços dos quase 748km de muro já estão prontos, quase todo ele uma barreira de aço, com largas faixas de exclusão dos dois lados. Segundo o traçado atual, 8,5% do território da Cisjordânia e 27.520 palestinos vivem do lado ‘israelense’ da barreira. Outros 3,4% da área (com 247.800 habitantes) está completamente ou parcialmente já cercada pelo muro. 
Duas outras barreiras semelhantes – a que separa Israel e a Faixa de Gaza; e o muro que Israel construiu, 7-9m, que separa Gaza do Egito (que foi temporariamente derrubado dia 23/1/2008), atualmente sob controle dos egípcios –, também têm sido amplamente criticadas pela comunidade internacional.
De volta ao tema do novo projeto de novo muro, cada vez mais o regime sionista dedica-se a impedir discussões, audiências, visitas, expressões de solidariedade com os palestinos; agora já tenta impedir, até, que, do sul do Líbano, se aviste o estado sionista militar. O movimento de impedir que se veja e reveja uma paisagem que há milênios fascina os viajantes é mais um passo na direção do autoisolamento de Israel, cada vez mais xenófobo.
Depois da reunião conjunta em Kfar Kila, o major-general Serra, da UNIFIL, disse:
“A reunião foi convocada para ajudar Israel a implantar medidas adicionais de segurança ao longo da Linha Azul, na área de Kfar Kila, para minimizar as causas de tensões esporádicas ou de desentendimentos que poderiam levar a uma escalada da situação”.
O mais provável, de fato, é que o muro em Kfar Kila provoque efeito exatamente oposto. 
Em recente visita ao campo palestino de Ahmad Jibril no vale do Bekaa, e em conversa com grupos salafistas em Saida, pude ver bem claramente que o muro logo virará alvo para prática de tiro; o que só dificultará o trabalho da UNIFIL e do Hezbollah, que tanto se esforçam para manter calma a região de fronteira.
Em comentário sarcástico, recentemente publicado em Yedioth Ahronoth, o jornal de maior circulação em Israel, Alex Fishman, conhecido analista da Defesa, escreveu:
“[Israel] Nos tornamos uma nação que se autoaprisiona atrás de muros e cercas, que se encolhe aterrorizada por trás de escudos de defesa”.
Já é, disse Fishman, “uma doença mental nacional.”
Notas dos tradutores
[1] Referência ao filme “A Noiva Síria” (dir. Eran Riklis, 2004). 
[2] Sobre a Colina dos Gritos ver 23/2/2009, “Families Shout Their Love Across Minefields in Golan Heights” [Famílias gritam seu amor, sobre a fronteira minada de território sírio ocupado por Israel, no Golan]

Anunciada a lista: Quem é quem na Comissão da Verdade





Comissão da Verdade
Apurar tudo!

Quem é quem na Comissão da Verdade


Lá estão um ex-procurador geral da República, um ministro do STJ, um ex-ministro da Justiça, dois advogados, uma psicanalista e jornalista, e um diplomata e professor.


Com nomes de juristas, advogados e ex-ministros, a Comissão da Verdade foi anunciada na quinta-feira (10) pela presidente Dilma Rousseff e apresentado oficialmente pelo porta-foz da Presidência, Thomas Traumann. Os sete integrantes, cujos nomes estão publicados no Diário Oficial da União, são: José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça), Gilson Dipp (ministro do Superior Tribunal de Justiça), Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada), Cláudio Fonteles (ex-procurador-geral da República), Paulo Sérgio Pinheiro (diplomata), Maria Rita Kehl (psicanalista) e José Cavalcante Filho (jurista).

Para a integrante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Maria Amélia Teles, os nomes dão seriedade aos trabalhos, mas o tempo de dois anos de investigação e o número de integrantes podem comprometer o trabalho, afirmou à Agência Brasil. "Os nomes dão seriedade, acho que o problema da comissão é o da lei, que abrange um período enorme e com dois anos de funcionamento para apurar todos esses crimes. Não é compatível o período [que será apurado] com a quantidade de integrantes."

Perfil dos integrantes
Cláudio Fonteles – Foi procurador-geral de República entre 2003 e 2005. Fonteles atuou no movimento político estudantil como secundarista e universitário e foi membro grupo Ação Popular (AP) que comandou a União Nacional dos Estudantes (UNE) na década de 60.

Gilson Dipp – Ex-corregedor do Conselho Nacional de Justiça, é ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Também é ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2011. Dipp é jurista e gaúcho de Passo Fundo.

José Carlos Dias – Foi ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso. Advogado criminalista, também foi secretário de Justiça do Estado de São Paulo no governo Franco Montoro. Atualmente é conselheiro da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo, da qual foi presidente.

José Paulo Cavalcante Filho - Advogado, escritor e consultor. Foi ministro interino da Justiça e ex-secretário-geral do ministério da Justiça no governo José Sarney. É consultor da Unesco e do Banco Mundial. Foi presidente do Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade) entre 1985 e 1986.

Maria Rita Kehl – psicanalista, cronista e crítica literária. Foi editora do jornal Movimento, um dos mais importantes entre as publicações alternativas que circularam durante o período militar. Trabalhou nos principais veículos de comunicação do país. É autora de seis livros e vencedora do Prêmio Jabuti.


Paulo Sérgio Pinheiro – diplomata e professor da Universidade de São Paulo (USP), Pinheiro foi secretário especial de Direitos Humanos no governo Fernando Henrique Cardoso. Participou do grupo de trabalho nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsável por preparar o projeto da Comissão da Verdade. É Relator da Infância da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Rosa Maria Cardoso da Cunha – Advogada criminalista, professora e escritora. Especializou-se na defesa de crimes políticos, com intensa atuação nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, onde trabalhou, especialmente, no Superior Tribunal Militar e Supremo Tribunal Federal. Atuou como advogada de diversos presos políticos, entre eles, a presidenta Dilma Rousseff.

Com informações de Caros Amigos


Chávez de volta: “Estarei na primeira linha da batalha”






O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou na última sexta-feira (11) que terminou de maneira exitosa todo o ciclo de radioterapia, tal como estava planificado pela equipe médica. “Estou seguro de que estarei, progressivamente, onde devo estar, na primeira linha da batalha”.


Em sua chegada ao Aeroporto Internacional Simon Bolívar, no estado de Vargas, indicou que para além de alguns incômodos, normais depois de um tratamento com radioterapia, “eu venho com grande otimismo de que este tratamento surta os efeitos que esperamos”.

Também expressou em rede nacional de rádio e televisão: “Pedimos a Deus que continue dando-nos o milagre da vida para seguir junto a vocês construindo a boa Pátria, a pátria socialista”.

O líder afirmou que deverá seguir as indicações médicas de maneira rigorosa para continuar recuperando-se dos efeitos do tratamento de radioterapia.
O mandatário nacional viajou em 30 de abril último a Havana, Cuba, para cumprir o último ciclo de radioterapia. Para a viagem contou com a aprovação da maioria socialista da Assembleia Nacional.

Os direitistas e entreguistas serão derrotados também em nível internacional, disse o presidente, para o qual a direita parece esgotada e desesperada, como esses boxeadores cansados que começam a dar golpes no vazio e acabam sendo golpeados quando menos esperam.

Disse que a oposição sem liderança, sem lógica, sem horizonte, está entrando em desespero e está tratando de gerar fatos violentos, “estão viajando por algunas partes do mundo tratando de articular uma espécie de eixo contra a Venezuela. Não os percamos da vista”.

Fonte: Cubadebate



http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=183071&id_secao=7

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mao Tse-Tung, o grande timoneiro da revolução chinesa



                   Mao Tse-Tung


O grande timoneiro da revolução chinesa



Mao Tse-Tung (1893 - 1976) foi um teórico chinês, político e líder comunista revolucionário. Ele liderou a República Popular da China desde a sua criação em 1949 até sua morte em 1976. Sua contribuição teórica para o marxismo-leninismo, estratégias militares, e suas políticas comunistas são conhecidas coletivamente como Maoísmo. Mao continua sendo uma figura controversa na atualidade, com um legado importante e igualmente controverso e constante. Na China é visto oficialmente como um grande revolucionário, estrategista, mentor político e militar e salvador da nação. Muitos chineses acreditam também que, através de suas políticas, ele lançou os fundamentos econômicos, tecnológicos e culturais da China moderna, transformando o país de uma ultrapassada sociedade agrária em uma grande potência mundial. Além disso, Mao é visto por muitos como um poeta, filósofo e visionário. Como conseqüência, seu retrato continua a ser caracterizado na Praça Tiananmen e em todos os cantos da China!

Leia:

O livro Vermelho - Mao Tsé-Tung


Passeata contra o regime militar : “Não atirem, somos todos brasileiros”





© Foto de Gervásio Batista. Vanja Orico ajoelhando-se frente a um comboio do exército. Rio de Janeiro, 1968.

De Fernando Rabelo.

A foto  mostra a atriz, cantora, cineasta e ativista política Vanja Orico ajoelhando-se frente a um comboio do exército durante passeata contra o regime militar. “Não atirem, somos todos brasileiros”, dizia a jovem diante dos trogloditas da ditadura. Gostaria da colaboração de vocês para descobrir o autor e a data certa desta foto. Gostaria também de agradecer a Celina Ishikawa que conseguiu resgatar essa foto vasculhando a Internet. Update: Acabei de receber uma mensagem da própria Vanja, que me emocionou muito, identificando o autor: “Obrigado Fernando pela publicação, agradeço de coração os comentários. O jornal foi "A última hora" e o fotógrafo foi o Gervásio Batista. Essa foto foi clicada em 1968. Eu estava seguindo a passeata, quando o comboio avançou e resolvi pará-los, me ajoelhando diante deles gritando: "Não Atirem, Somos Todos Brasileiros", tentando evitar mais mortes. Foi o ato mais importante de minha vida”, escreveu Vanja. O baiano Gervásio Baptista, 88 anos, autor da foto, é um dos poucos fotógrafos brasileiros que cobriu a Guerra do Vietnã. Gervásio iniciou sua carreira aos nove anos de idade, aos doze foi descoberto por um cliente do laboratório fotográfico em que trabalhava e indicado para uma vaga no jornal O Estado da Bahia, onde entrou em contato com o fotojornalismo. Nos anos 50 se mudou para o Rio de Janeiro onde atuou na revista O Cruzeiro, a convite de Assis Chateaubriand. Em 1954, passou a trabalhar para a revista Manchete ficando até o fechamento da revista em 2000. Ele viu de perto a Guerra do Vietnã. “Foi a experiência mais desagradável da minha vida, a pior lembrança. Em Saigon, vi miséria, prostituição e atrocidades, muita coisa que nem fotografei”, afirma Gervásio. Em outras coberturas retratou John Kennedy, Richard Nixon, Juan Domingo Perón, Charles de Gaulle, Che Guevara, Fidel Castro e tantos outros líderes políticos. Gervásio Baptista, um dos mais antigos fotógrafos em atividade no Brasil. Em 2008 Gervásio ganhou retrospectiva da sua obra no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, onde ainda atua como fotógrafo, com a exposição “Gervásio Baptista: 50 anos de fotografia”.



DEM (ex-PFL) X negros: Vitória do Brasil no STF




Ao julgar e decidir de forma unânime a improcedência da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186, movida pelo DEM contra o programa de cotas da Universidade de Brasília, o Supremo Tribunal Federal o fez de maneira exemplar, não deixando dúvidas sobre a constitucionalidade das cotas como ação afirmativa a serviço da materialização da igualdade formal, preconizada pela nossa Carta Magna.

Por Olívia Santana* 


Ao atirar na política de cotas o DEM acertou em si próprio. Representado pela advogada Roberta Kaufmann, esta se mostrou despreparada nos argumentos que usou na tentativa de deslegitimar e provar a ilegalidade do sistema. Insistiu na repetida tese de que o problema do negro é econômico, e não de discriminação racial. Uma falácia, já que a exploração de classe e o racismo, que recaem sobre o negro e os indígenas, se reforçam mas não se confundem, nem se anulam. 

A advogada do DEM se apoiou na polêmica pesquisa de Danilo Pena para tentar provar que, se no terreno da genética todos somos semelhantes, não se pode definir quem é negro no Brasil, escorregando em outra falácia, omitir raça como construção social. Seguiu acusando os defensores das cotas de querer fazer do país uma nova Ruanda e a Seppir - Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, de ser o ministério do racismo institucional, ou seja, recorrendo a metáforas frágeis se não preconceituosas e pouco analíticas.

A tese da advogada foi facilmente desconstruída pela brilhante atuação da Doutora Indira Qaresma, advogada da UNB, dos amicus curiae, contrários a ADPF 186, e, principalmente, pelo denso e preciso voto do relator, o ministro Lewandowski. 

Este sustentou-se mais demoradamente na Constituição Federal e nos tratados internacionais dos quais o país é signatário, a exemplo da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial - CERD (1966), ratificada pelo Brasil em 1968 e da Declaração de Durban, aprovada em 2001 na III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Xenofobia e Formas Conexas de Intolerância. Evidenciou-se que a exclusão econômica do negro tem forte componente de discriminação racial, que o racismo no Brasil não incide na origem das pessoas, mas sim na aparência delas; que os critérios utilizados pelas universidades para promover a política de cotas, longe de nos levar à condição de uma nova Ruanda, já está nestes mais de 10 anos produzindo uma nova realidade educacional para milhares de estudantes negros, índios e brancos pobres.

Não podemos esquecer que houve um holocausto negro nas Américas por mais de três séculos, tendo o Atlântico como testemunha ou como sepultura de milhares dos que sucumbiram ainda em pleno mar. O Brasil é irremediavelmente parte desta história e tem hoje a maior população de afrodescendentes do mundo. 

O ministro Lewandowski foi muito feliz ao lembrar que as cotas e ações afirmativas não são uma mera importação americana. Tal sistema iniciou-se na Índia em 1935, com a edição do Government of India Act, promovido por lideranças como Mahatma Gandhi, para garantir a inclusão social dos Dalits e Adivasis. As ações afirmativas nos EUA foram impulsionadas pela memorável Marcha por Liberdade e Trabalho, que mobilizou 250 mil ativistas, liderada, entre outros, pelo sindicalista Philip Randolph e por Martin Luther King, exigindo direitos civis. No Brasil as cotas começaram com a Lei do Boi (LEI Nº 5.465/68), que assegurava 50% das vagas nos cursos de agronomia para os filhos de fazendeiros, aí sim um privilégio. 

"A meritocracia sem igualdade de pontos de partida é apenas uma forma velada de aristocracia", disse o ministro Marco Aurélio de Mello aos que teimam em querer manter a universidade como uma ilha, incapaz de cumprir a sua função social de receber os diferentes filhos do povo.
É fato que as novas gerações não são responsáveis pelo nosso tenebroso passado, mas somos todos responsáveis por remover as barreiras do racismo, das desigualdades e democratizar profundamente a nação. Como bem disse Joaquim Barbosa, há um ciclo de acumulação de desvantagens que mantêm o negro nos extratos sociais mais baixos.
Portanto, o julgamento no STF teve a dimensão de decidir sobre o presente considerando o histórico que nos desiguala. Todo respeito a Corte, mas há que se observar que a própria composição dela, com apenas um negro em um universo de brancos, muitos de sobrenomes incomuns (Lewandowski, Peluso, Weber, Fux, Toffoli...), demonstra, por si só, que a igualdade entre negros e brancos no Brasil, não será alterada pela lei natural das coisas.

Quando nós do movimento negro brasileiro fomos a Durban, levamos na bagagem a estratégia de denunciar o racismo à moda brasileira e buscávamos a aprovação de políticas de Estado voltadas para a sua eliminação. Vemos hoje que o país tem avançado desde aquele momento e nenhuma guerra civil se instalou. Perderam o DEM e o já combalido senador Demóstenes Torres, que há um ano, naquele mesmo Tribunal, debochara das violências sexuais sofridas pelas mulheres negras, durante o escravismo. A vitória das cotas fortalece a cidadania dos jovens negros e nos desafia a lutar ainda mais por um sistema de ensino público qualificado e decente para todos os brasileiros e que os negros tenham oportunidades de participar do desenvolvimento, ocupando, finalmente, posições estratégicas no mundo acadêmico e em outros nichos de poder. 

* Olívia Santana é vereadora do PCdoB em Salvador e Ouvidora-Geral da Câmara de Vereadores de Salvador

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=182162&id_secao=1



Comunista Inácio Arruda lidera pesquisa Ibope para Prefeitura de Fortaleza



Portal Vermelho

O senador Inácio Arruda (PCdoB) lidera, com 26%, a preferência dos eleitores na disputa para a Prefeitura de Fortaleza, segunda a pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (9). O ex-deputado federal do DEM Moroni Torgan tem 23% das menções, o deputado estadual Heitor Férrer (PDT) tem 19% e Marcos Cals (PSDB) 15% das intenções de voto. Num universo de 504 eleitores pesquisados, a margem é de 4%, o que indicaria uma disputa acirrada entre os líderes da pesquisa.
Pesquisa do Ibope Inteligência realizada entre os dias 28 e 30 de abril indica a possibilidade de uma disputa bastante acirrada para a Prefeitura de Fortaleza. Os pré-candidatos com maior expressão neste momento, de acordo com a pesquisa, são Inácio Arruda e Moroni Torgan, seguidos de perto por Heitor Férrer e Marcos Cals.
Neste momento, em que não há nenhuma definição oficial dos candidatos que concorrerão às próximas eleições, foram testados quatro cenários de intenção de voto, considerando possíveis nomes para esta disputa. Na primeira simulação, em que foram apresentados os nomes de sete possíveis pré-candidatos, aparecem tecnicamente empatados o senador Inácio Arruda (PCdoB) com 26% das intenções de voto, Moroni Torgan (DEM) com 23% das menções e, no limite da margem de erro, Heitor Férrer (PDT) e Marcos Cals (PSDB), respectivamente com 19% e 15% das intenções de voto. Renato Roseno (PSOL) tem 7% das menções, enquanto Elmano Freitas (PT), preferido da atual prefeita Luizianne Lins, e Roberto Cláudio (PSB) são citados por 1% dos eleitores de Fortaleza. Brancos e nulos somam 5% dos entrevistados e 3% se declaram indecisos.

Simulação de outros cenários

Em um segundo cenário testado, o pré-candidato do PSB, Roberto Cláudio, foi substituído por Ferruccio Feitosa, do mesmo partido. Nesta simulação, o senador Inácio Arruda e o candidato do DEM, Moroni Torgan, aparecem tecnicamente empatados com 25% e 23% das intenções de voto, respectivamente. Em um segundo patamar estão Heitor Férrer, com 18%, e Marcos Cals, com 14% das menções. Renato Roseno é citado por 8% dos entrevistados, enquanto Elmano Freitas e Ferruccio Feitosa obtêm 2% das menções. Os eleitores que afirmam a intenção de votar em branco ou de anular o seu voto representam 5% do eleitorado e 2% ainda se declaram indecisos com relação ao seu voto.

Num terceiro cenário testado, o pré-candidato Elmano Freitas é substituído pelo deputado estadual Artur Bruno (PT). O candidato do PCdoB aparece empatado tecnicamente com o candidato do DEM, mas amplia para 5% sua diferença, com 27% e 22% das intenções de voto, respectivamente. Heitor Férrer e Marcos Cals obtêm índices próximos de intenção de voto, com 16% e 14%, respectivamente. Renato Roseno é citado por 7% dos eleitores, Artur Bruno por 5% e Ferruccio Feitosa tem 2% das intenções de voto. O número de eleitores que declaram a intenção de votar em branco ou de anular o seu voto representam 5% do eleitorado, enquanto 2% ainda se declaram indecisos.

No quarto e último cenário testado nesta pesquisa, o pré-candidato Ferruccio Feitosa foi substituído por Roberto Cláudio. Neste cenário, Inácio e Moroni mais uma vez aparecem empatados tecnicamente, com 27% e 23% das intenções de voto dos eleitores de Fortaleza. Em seguida, Heitor Férrer e Marcos Cals obtêm 16% e 13% das menções, respectivamente. Renato Roseno é citado por 7% dos eleitores, Artur Bruno por 6% e Roberto Cláudio tem 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somam 5% dos entrevistados, enquanto 2% declaram-se indecisos.

Espontânea

O Ibope Inteligência também perguntou em quem os entrevistados votariam para prefeito espontaneamente, ou seja, sem a apresentação de nomes de candidatos. Nesta situação, 60% dos entrevistados declaram não saber em quem votariam ou não opinam sobre sua preferência. Moroni aparece com 6% das citações, seguido por Heitor Férrer e Marcos Cals, com 5% das menções cada um, e por Inácio Arruda, com 4%. A atual prefeita Luizianne Lins é citada por 3% dos entrevistados, assim como o candidato do PSOL, Renato Roseno. Os demais candidatos obtêm 1% ou menos das intenções de voto.

Influência de apoios

Os entrevistados foram questionados sobre a influência de apoio de algumas lideranças políticas na decisão do seu voto. Para 76% dos eleitores, o apoio do ex-presidente Lula aumentaria muito ou um pouco a vontade de votar em um candidato à prefeitura de Fortaleza. No caso da presidente Dilma, 69% declaram que seu apoio influenciaria muito ou um pouco na decisão de voto, enquanto 41% fazem esta afirmação em relação ao governador Cid Gomes e 44% quanto ao apoio do ex-deputado Ciro Gomes. O ex-senador Tasso Jereissati e o ex-governador Lucio Alcântara influenciariam positivamente a decisão de voto de 33% dos eleitores, enquanto a atual prefeita influencia positivamente a decisão de 18% dos eleitores.

Avaliação da administração municipal

A administração da prefeita Luizianne Lins é avaliada positivamente por cerca de 1/5 dos eleitores fortalezenses (20%, soma dos índices ótima ou boa), enquanto 32% classificam-na como regular e 48% como ruim ou péssima.

Já na pergunta de aprovação da administração, 2/3 dos eleitores (66%) desaprovam a forma como Luizianne vem administrando Fortaleza e 30% aprovam a sua gestão. Não confiam em Luizianne 66% dos entrevistados e 29% declaram confiar na prefeita.

Avaliação das administrações estadual e federal

A administração do governador Cid Gomes é avaliada de maneira positiva (ótima/ boa) por 44% dos eleitores, como regular por 42%, e de forma negativa por 12% (índice dos que avaliam como ruim ou péssima). Quando perguntados se aprovam o governo de Cid Gomes, 60% dos eleitores afirmam que apoiam o seu governo, contra 32% que afirmam não aprovar a administração. Os eleitores que confiam no Governador representam 56% do eleitorado e 36% não confiam.

A administração da presidente Dilma Rousseff é avaliada como ótima ou boa por 7 em cada 10 entrevistados (73%), como regular por 21% e como ruim ou péssima por apenas 5% dos eleitores de Fortaleza. Entre os entrevistados, 88% aprovam a forma como a presidente administra o país, enquanto 10% desaprovam. Em relação à confiança, 85% dos fortalezenses confiam na presidente, enquanto 13% afirmam que não confiam.

FICHA TÉCNICA DA PESQUISA (JOB Nº 0946 | 2012)

Período de campo: a pesquisa foi realizada entre os dias 28 e 30 de abril de 2012.
Tamanho da amostra: foram entrevistados 504 eleitores.
Margem de erro: é de quatro pontos percentuais, considerando um grau de confiança de 95%.
Solicitante: pesquisa contratada pelo Diretório Estadual do Partido Socialista Brasileiro – PSB – CE
Registro eleitoral: registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, sob protocolo nº CE-00001/2012.



Fonte: Ibope

http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=182834&id_secao=61

Mundo não vai acabar em 2012, dizem maias


Do portal vermelho 


Uma equipe de cientistas achou um calendário maia do século 9 que não prevê o fim do mundo para 21 de dezembro de 2012.


A data só assinala uma mudança de época pelo regresso de um antigo governante, indicaram pesquisadores da Universidade de Boston, que encontraram o texto nas ruínas de Xultun, Guatemala.

Esse documento prevê mais sete mil anos de vida, indicaram os cientistas. A interpretação de que essa civilização assinalasse o fim do mundo para o 2012 é errônea, consideram os pesquisadores.

De acordo com William Saturno, autor principal do estudo, as tabelas astronômicas descobertas têm quatro longas cifras que representam um ciclo chamada baktun de 2,5 milhões de dias.

Também aparecem símbolos astronômicos que representam ciclos astronômicos correspondentes aos planetas Marte e Vénus, bem como aos eclipses lunares. Outras simbologias em cor vermelha, ao que parece, são notas e correções aos cálculos realizadas pelos sábios dessa civilização.

Os maias "nunca disseram que haveria uma grande tragédia ou um colapso do mundo em 2012, eles não pensavam dessa maneira", assinalou Rodrigo Liendo, do Instituto de Investigações Antropológicas da Universidade Nacional Autônoma de México (UNAM).

Este especialista falou em uma reunião realizada em Chiapas no ano passado na qual analisou o tema devido ao alvoroço causado pela previsão.

Fonte: Prensa Latina

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=182995&id_secao=10



quinta-feira, 10 de maio de 2012

Inédito: 20 Golpistas do PIG (Partido da Imprensa Golpista) de primeiro, segundo e terceiro escalão


Saiba quem são os golpistas da imprensa, um a um, de primeiro, segundo e terceiro escalão:






Vinte  golpistas do PIG (Partido da imprensa Golpista)...Alguns de primeiro, outros de segundo e terceiro escalão...todos em comum uma coisa: Golpistas!São jagunços da direita  no Brasil.Suas  opiniões, sempre carregadas de sarcasmo contra a luta do povo, preconceito contra suas organizações e desprezo por suas lutas e seus líderes.Tosos eles, fazem a cabeça de nosso povo cotidianamente, mas aos poucos estamos os desmascarando, contando ao nosso povo, quem são seus opressores e quem os defende, vamos continuar assim...vamos execrá-los publicamente....

www.blogdocarlosmaia.blogspot.com  Carlos Maia

Paraná: Exigência de curso superior para ingresso na PM é derrubada


Exigência de curso superior para ingresso na PM é derrubada  

             PM com estudos?  No Paraná  Beto não quer!

 Há duas semanas, o tema causou grande polêmica após o governador Beto Richa (PSDB) ter declarado que policiais com formação superior seriam insubordinados

Há duas semanas, o tema causou grande polêmica após o governador Beto Richa (PSDB) ter declarado que policiais com formação superior seriam insubordinados
  
A comissão especial da Assembleia Legislativa que analisa a proposta de emenda à Constituição Estadual (PEC) a respeito das polícias do Paraná aprovou nesta quarta-feira (9) relatório retirando a obrigatoriedade de curso superior para ingresso nas corporações do estado. Na votação, prevaleceu o parecer pela manutenção do texto original do governo contra uma emenda do deputado Professor Lemos (PT) que estabelecia a exigência de terceiro grau nesses casos.
O petista adiantou que tentará reverter a decisão quando a PEC for à votação em plenário, provavelmente na semana que vem.
Há duas semanas, o tema causou grande polêmica após o governador Beto Richa (PSDB) ter declarado que policiais com formação superior seriam insubordinados.
Em entrevista à rádio CBN Curitiba, o tucano disse que “uma pessoa com curso superior muitas vezes não aceita cumprir ordens de um oficial ou um superior, uma patente maior”. Apesar de ter se desculpado pelo “deslize”, Richa manteve a posição de que não é possível restringir a entrada na PM apenas para agentes com formação superior. “Não podemos restringir e discriminar jovens que queiram entrar na Polícia Militar. Depois de entrar, aí sim, nós vamos incentivar para que eles possam ter uma formação superior”, garantiu.
Nesta quarta, na comissão especial da Assembleia, prevaleceu a vontade do Executivo. Segundo o relator da matéria, deputado Pedro Lupion (DEM), não se pode impedir, por exemplo, que jovens egressos do serviço militar entrem na polícia por não terem curso superior. Ele destacou ainda que o curso de formação de oficiais ministrado na Academia do Guatapê, em Curitiba, foi transformado nesta quarta-feira em curso de graduação em Segurança Pública, o que permitirá aos cadetes a obtenção de formação superior dentro da corporação.
Tanto Lemos quanto representantes das classes policiais, no entanto, discordam da posição do governo e defendem a manutenção da Emenda 29, aprovada em 2010, que exige curso superior para ingressar nas polícias do estado. Para o coronel Elizeo Ferraz Furquim, presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas (Amai), o curso superior para a formação do policial tornaria a relação do profissional com a comunidade -- e dentro do próprio quartel - mais humana. “O conhecimento tira aquele caricato ranço militar”, disse em recente entrevista à Gazeta do Povo