sábado, 13 de julho de 2013

Che Guevara - O revolucionário - Filme completo




Che Guevara: vida e morte
de um revolucionário
A morte de Che Guevara


"É o meu destino : hoje devo morrer!
Mas não, a força de vontade pode superar tudo!
há obstáculos, eu reconheço!
não quero sair....
Se tenho que morrer será nesta caverna (...).
Morrer, sim, mas crivado de balas, destroçado pelas baionetas
Uma recordação mais duradoura do que meu nome
É lutar, morrer lutando"

Ernesto Guevara de la Serna, janeiro de 1947.

Desde que dois bolivianos, integrantes da guerrilha comandada por Che Guevara instalada na região do Ñacahuazú, a uns 250 quilômetros ao sul de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, desertaram, os militares tiveram quase certeza que aquele a quem denominavam “Ramón”, era de fato o Che. Há dois anos, desde sua carta de despedida, lida publicamente por Fidel Castro, em outubro de 1965, que ninguém, a não ser o alto comando cubano, sabia do seu paradeiro. Em pouco tempo, assessores militares norte-americanos desembarcaram em La Paz, capital da Bolívia, para instruir o mais rápido possível um batalhão de Rangers, adestrados na contra-insurgência, capazes de sair à caça dos guerrilheiros. As certezas da CIA e das autoridades bolivianas, da presença de Che, aumentaram ainda mais quando capturaram, em Muyupampa, um vilarejo no sul do país, no dia 20 de abril de 1967, o intelectual francês Regis Debray, um agente de ligação de Fidel com Che, e o argentino Ciro Bustos. Tornou-se evidente que a presença dos dois estrangeiros se devia a razões de um plano mais vasto de operações militares. Debray, depois de torturado, confessou que “Ramón” era mesmo o Che.

Entrementes, Che havia dividido seus homens - formado em sua maioria por cubanos, alguns bolivianos, um par de peruanos e uma mulher, Tânia, uma teuto - argentina que integrara-se na luta - em duas colunas, a de Joaquim e a dele. O grupo de Joaquim foi exterminado em Vado del Yeso, quando tentava atravessar os rios Acero e Oro. O de Guevara, reduzido a 17 homens, foi cercado, no 11º mês de manobras, num canyon em La Higuera, pelas tropas do capitão Gary Prado, no dia 8 de outubro de 1967. Depois de intenso tiroteio, com sua arma avariada e com a perna trespassada por uma bala, Che Guevara rendeu-se. Sua aparência era assustadora, parecia um mendigo, magro, sujo e esfarrapado. Levaram-no para um casebre em La Higuera que servia como escola rural. Lá, na tétrica companhia dos cadáveres de dois jovens guerrilheiros cubanos, ele passou sua última noite. Foi interrogado pelo ten-cel. Andrés Selich ao qual apenas confessou ter sido derrotado, lamentando que nenhum camponês boliviano tenha aderido aos seus propósitos.

No dia seguinte, 9 de outubro, por rádio, veio a ordem de La Paz para que o executassem. O agente cubano-americano da CIA, Félix Rodrigues, desejava levar Che como prisioneiro para o Panamá para interrogá-lo, mas o Gen. René Barrientos, presidente da Bolívia, fora muito claro.

Coube ao sargento Mário Terán, disparar-lhe uma rajada de balas quando Che ainda estava deitado no chão batido da escola. Morreu aos 39 anos. Removeram-no para Vallegrande onde foi exposto sobre umas pias da lavandeira de um pequeno hospital. Lá amputaram-lhe as mãos para conferir com suas digitais existentes na Argentina. Antes, tiram várias fotos. Surpreendentemente ele, ferido e estirado, parecia-se com uma daquelas telas do Barroco que retratam o Cristo caído. Seu olhar fixo parecia tranqüilo, como se não fosse surpreendido pelo desastre. Consumava-se assim a sua idéia da morte como martírio. Ele, e mais sete outros, foram enterrados numa cova anônima nas proximidades do pequeno aeroporto de Vallegrande, sob o mais absoluto sigilo. Durante os 28 anos seguintes ninguém manifestou-se a respeito, até que o Gen. reformado Mário Vargas Salinas informou ao jornalista Jon Lee Anderson aonde jogaram o cadáver. Depois de dois anos de escavações, peritos cubanos e argentinos, encontraram finalmente seus ossos. Foram transladados para Cuba, onde foram recebidos por Fidel e Raul Castro com honras de estado. Nesses trinta anos que se passaram Che Guevara havia deixado a História para adentrar na Mitologia da América Latina.
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/guevara.htm

sexta-feira, 12 de julho de 2013

"BÓRIS CASOY É PEDOFILO" - DIZ KAJURU




Bóris Casóy, um rico elitista, fascista, racista e pedófilo....

ABAIXO A REDE GLOBO: Ato na Globo

Ato na Globo em Feira de Santana (BA)

Globo vive dias de vidraça

Por Leandro Fortes, na revista CartaCapital:

Enquanto ainda alimenta a fantasia das “manifestações pacíficas” que cobriu, covardemente, do alto dos prédios das cidades, com repórteres postados como atiradores de(a) elite, a Rede Globo se vê, finalmente, diante de uma circunstância que não consegue dominar, manipular e, ao que parece, nem mesmo entender. Aliás, que jamais irá entender, porque se tornou uma instituição não apenas descolada da realidade, mas também do tempo em que vive. Ela e a maior parte dos profissionais que nela trabalham, estes que acreditam ter chegado ao topo da profissão de jornalista quando, na verdade, estão, desde muito tempo, vinculados ao que há de mais obsoleto, atrasado e cafona dentro do jornalismo nacional.

O poder da blogosfera progressista e de esquerda, que tanto incomoda, portanto, a conservadores e direitistas (partindo do pressuposto otimista de que há eventual separação entre eles), lançou-se numa organizada empreitada de apuração jornalística que fez a gigante platinada do Jardim Botânico tremer nas bases e, mais de uma vez, colocar pelo menos um dos joelhos no chão.

A partir de um superfuro do jornalista Miguel do Rosário, do site O Cafezinho, estabeleceu-se na blogosfera uma correia de transmissão informal, mas visceralmente interconectada, sobre o megaesquema de sonegação fiscal montado pelas Organizações Globo que resultou, em 2006, numa cobrança superior a 600 milhões de reais — 183 milhões de imposto devido, 157 milhões de juros e 274 milhões de multa. Foi resultado do Processo Administrativo Fiscal de número 18471.000858/2006-97, sob responsabilidade do auditor Alberto Sodré Zile. Como o auditor constatou crime contra a ordem tributária, abriu a Representação Fiscal para Fins Penais sob o número 18471.001126/2006-14.

Na sequência, outros três dos mais ativos blogueiros do País, os jornalistas Luiz Carlos Azenha, Rodrigo Vianna e Fernando Brito, respectivamente, do Viomundo, O Escrevinhador e do Tijolaço, estabeleceram uma sequência formidável de fatos que deram um corpo sólido à história levantada por O Cafezinho:

1) A multa da Receita, de mais de 600 milhões de reais (1 bilhão de reais, em valores atualizados), de 2006, é referente a sonegação fiscal praticada na compra, pela TV Globo, dos direitos de transmissão da Copa de 2002. Envolve, ainda, ligações com dois criminosos internacionalmente conhecidos: João Havelange, ex-presidente da FIFA, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF.

2) Em 2007, uma funcionária da Receita Federal, Cristina Maris Meinick Ribeiro, foi denunciada pelo Ministério Público Federal por ter dado sumiço no processo contra a Globopar, controladora das Organizações Globo, por sonegação fiscal.

3) Como não poderia deixar de ser nesses casos, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, deu sua contribuição às trevas: foi ele que relatou o habeas corpus que soltou a funcionária da Receita, depois da ação de CINCO advogados junto ao STF.

Sempre tão poderosa e segura de seus privilégios, as Organizações Globo entraram nessa briga mais ou menos como Anderson Silva diante de Chris Weidman, no octógono de Las Vegas. Acharam que estavam diante de adversários menores e insignificantes, mas, como se sabe, a soberba é o sentimento imediatamente anterior à queda.

Em apenas três semanas de contínua e criteriosa apuração da blogosfera, a Globo se perdeu em versões sem sentido e recuos de informação, admitiu a culpa da sonegação e justificou-se com um pagamento alegado, mas nunca provado. Teve, pela primeira vez desde que foi criada no ventre da ditadura militar, que se pronunciar publicamente sobre uma denúncia contra si, desgostosa de que isso tenha acontecido fora de seu espectro de dominação, a velha e reacionária mídia nacional, da qual é líder e paradigma. A poderosa vênus platinada teve que responder, primeiro, ao O Cafezinho, de Miguel do Rosário, e depois às redes sociais, ao País, enfim.

Soubemos, assim, que as Organizações Globo, que vivem de concessões públicas e verbas oficiais, ao serem confrontadas com a informação sobre o roubo do processo pela funcionária da Receita Federal, divulgaram uma nota dizendo terem tido uma “grande surpresa” ao saberem da ação criminosa perpetrada por Cristina Maris Meinick Ribeiro.

Então, está combinado assim:

1) Cristina, funcionária de carreira da Receita, enlouqueceu em uma manhã de 2006 e, do nada, apenas movida pela índole de anjo e pela vontade de ajudar a pobre Rede Globo, decidiu por conta própria roubar e desaparecer com o processo de sonegação fiscal de 600 milhões de reais da família Marinho. Depois, conseguiu pagar, sozinha, cinco advogados para arranjar um habeas corpus com o inefável Gilmar Mendes;

2) Em seguida, o Ministério Público Federal, então comandado pelo procurador-geral da República Antonio Fernando Souza, denunciou Cristina Ribeiro pelo sumiço da papelada, que resultou na condenação da referida servidora a 4 anos e 11 meses de cadeia, segundo sentença da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Isso em 2007, tudo na surdina, sem que um único procurador da República tenha se preocupado a vazar um fato grave desse para a imprensa ou, no limite, para jornalistas com atuação independente na blogosfera. Nada comparável à fúria e à disposição do mesmo Antonio Fernando ao dar publicidade à denúncia do “mensalão”, notícia, desde então, incorporada à grade de programação da Globo como um coringa usado tanto em época de eleição como nos espasmos de epilepsia antipetista, aliás, recorrentes na emissora.

Talvez, de tanto viver na dimensão onírica de suas telenovelas, ou na falsa percepção que alguns dos seus sorridentes jornalistas têm do mundo real, a Rede Globo ache, de fato, que é possível fazer o contribuinte acreditar de que ela nada tem a ver com o roubo do processo da Receita Federal. Afinal, somos todos uma nação de idiotas plugados no Caldeirão do Huck, certos de que, ao morrermos, teremos nossas almas levadas ao céu pela nave espacial da Xuxa.

Ou seja, os de lá não aprenderam nada com o debate Lula x Collor, em 1989, nem com a bolinha de papel de José Serra, em 2010, duas farsas desmascaradas, cada qual a seu tempo, pela História. Não perceberam que a internet acabou com a era das fraudes de comunicação no Brasil e no mundo.

Apostam as últimas fichas na manada que reuniram em cinco décadas de monopólio de um império movido a entretenimento e alienação. Mas esse gado que foi alegremente tangido por vinhetas e macacas de auditório ganhou, com o fenômeno da rede mundial de computadores, novas porteiras e, com elas, uma perspectiva real de liberdade.

O silêncio envergonhado e vergonhoso dos tristonhos oligopólios de mídia brasileiros sobre uma notícia tão grave é, antes de tudo, revelador das nossas necessidades.

Fico imaginando qual seria a capa dos jornalões e das revistas coirmãs se fosse Lula a dever mil réis de mel coado à Receita Federal. E se descobrissem, no curso da apuração, que um militante aloprado havia lhe feito o favor de roubar o processo judicial a respeito. As massas seriam, no mínimo, conclamadas a linchar o ex-presidente e pedir as Forças Armadas nas ruas.

Por essa razão, enquanto o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, se dispõe a ir às páginas amarelas da Veja se colocar – e ao governo do PT – de joelhos perante quadrilhas ligadas a bicheiros e a esquemas de sonegação fiscal, a ação periférica da blogosfera rouba o protagonismo que antes era dessa autointitulada “grande imprensa”.

E, para tal, faz apenas o que tem que ser feito: jornalismo.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Com unidade, centrais sindicais levam milhares às ruas

Do Portal Vermelho


O Dia Nacional de Lutas mobilizou milhares de trabalhadores e trabalhadoras em todo o país com atos descentralizados em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e São Paulo. 

Deborah Moreira, do Portal Vermelho*, em São Paulo



Foto: CTB

Nesta quinta-feira (11), na capital paulista, as centrais reunidas mobilizaram diversas categorias que se unificaram em um grande ato na Avenida Paulista.

Dentre as reivindicações das centrais estão: a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais; o fim do Fator Previdenciário; a valorização dos servidores públicos; a reforma agrária e apoio ao pequeno agricultor; a saúde; a educação; o transporte público de qualidade; a liberdade de manifestação e expressão; moradia digna para todos.

Em São Paulo, o Dia começou já de madrugada com mobilizações nas portas das fábricas. Trabalhadores metalúrgicos, da construção civil, comerciários, dos Correios, motoboys, professores e servidores públicos realizaram atos em diversos pontos do estado. Segundo informações do Sid Metalúrgicos de São Paulo, pelo menos 100 mil trabalhadores da categoria realizaram atos em 37 pontos diferentes.

A partir do meio dia, os trabalhadores se reuniram na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo – Masp, onde os dirigentes sindicais se revezaram nos discursos em uma grande carro de som.


Trabalhadores tomam a Avenida Paulista pelas reformas estruturais. Foto: CTB

Para Nivaldo Santana, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), esse é um momento histórico na luta dos trabalhadores. “O mais simbólico é a união das centrais sindicais, da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Movimento Sem Terra (MST), e outras entidades em defesa da democracia e dos diretos dos trabalhadores. É uma vitória do movimento social organizado consciente, com pautas definidas e luta reconhecida”, declarou Nivaldo, lembrando que o ato ocorreu dentro da expectativa dos organizadores.

Além das mudanças políticas necessárias, o dirigente ressaltou a importância de fazer pressão sobre o governo para que as reivindicações dos trabalhadores sejam atendidas, incorporando também as demandas que vem das ruas. 


Dia Nacional de Lutas na Avenida Paulista em São Paulo.

As centrais e movimentos sociais unificados prometem realizar novas manifestações, inclusive uma greve geral, caso o governo não atenda efetivamente as reivindicações. 

“Se fizermos um ato agora e voltarmos para casa achando que o governo vai atender, não vai adiantar. Nós não devemos sair das ruas, não somente os trabalhadores organizados, mas também toda a sociedade brasileira”, declarou Adi dos Santos Lima, presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), que mobilizou 18 regiões em todo o estado, como Ribeirão Preto, Vale do Paraíba e as cidades do ABC Paulista.

Representantes de diversos partidos políticos participaram da manifestação com suas bandeiras. “Essa é a hora de colocar o Brasil para frente nas questões estruturais, como a reforma política democrática e o melhor atendimento da população nas redes de saúde, educação e transporte público. Essas bandeiras fazem parte da luta dos trabalhadores, por isso, permanece sendo uma pauta muito atual”, frisou Jamil Murad, presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB-SP).


Dia Nacional de Lutas na Avenida Paulista, em São Paulo.

Também marcaram presença no ato, a Marcha Mundial das Mulheres, a União Brasileira de Mulheres (UBM),a  Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), o Movimento Pelo Direito à Moradia (MDM), a Unegro, entre outras entidades do movimento social.

Gênero

O Movimento de mulheres também esteve presente no ato, lembrando que os pontos de reivindicação definidos pelas centrais devem ser transversais à questão de gênero. “As mulheres trabalhadoras sempre defenderam que a agenda dos movimentos sindical deve ser transversalizada para questão de gênero. Como a redução da jornada, que influi diretamente na redução da dupla jornada que a mulher enfrenta, como também o fim do fator previdenciário, que prejudica mais a trabalhadora que ganha menos”, explicou Raimunda Gomes, Doquinha, secretária Nacional da mulher da CTB.

Ela também lembrou que a defesa dos 10 % do PIB (Produto Interno Bruto) para a Educação e a Saúde impactam diretamente na vida da mulher. “Com mais recursos para a saúde há mais chances de ampliar os programas específicos de saúde para a mulher. Já em relação a educação, mais verba significará um número maior de vagas em creches e escolas”.

Juventude nas ruas

A juventude também marcou presença, representada por movimentos como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União da Juventude Socialista (UJS), a Juventude do PT, o Levante popular da Juventude, a União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). “A UEE-SP vai estar nas ruas juntos com a juventude para impulsionar as mudanças que a gente precisa”, declarou Carina Vitral, presidenta da UEE-SP.


Vic Barros, presidenta da UNE, ao seu lado o presidente da CTB Wagner Gomes. Foto: UNE

Virginia Barros, presidenta da UNE, falou da importância da integração da pauta dos trabalhadores com a pauta da juventude. “É um dia histórico, por que juntos, trabalhadores e estudantes, estão nas ruas para reivindicar mudanças progressistas para o Brasil. Entre as diversas pautas que nos unifica, cito como centrais a defesa do trabalho descente, a defesa da reforma política, que acabe com o financiamento privado de campanha, e a defesa dos 10 % do PIB para a Educação”, destacou Vic, como é conhecida.

Para ela, a mobilização desta quinta-feira demonstra que a juventude e o povo brasileiro estão nas ruas por que querem mudanças. “Nunca saímos das ruas. E vamos seguir neles. É na sala de aula que aprendemos e é nas ruas que os estudantes ensinam”, finalizou a dirigente estudantil. 

*Colaborou Joanne Mota


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=218341&id_secao=8

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Convocados pelas centrais, trabalhadores promovem atos por todo o país nesta quinta



centrais-sindicais
Convocados pelas centrais sindicais (CTB, CUT, UGT, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas e FS) , trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias de todos os estados brasileiros estão mobilizados para participar nesta quinta-feira (11) do Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações.
O movimento inclui uma série de paralisações e manifestações por todo o Brasil, com o propósito de pressionar o governo e o empresariado a aprovar apauta de reivindicações da classe trabalhadora.
Em São Paulo a mobilização central acontece na Avenida Paulista, a partir das 12h, no Vão Livre do Masp e de lá os trabalhadores e trabalhadoras decidem se saem em passeata pelas ruas da cidade.

No Rio de Janeiro as centrais sindicais e o Movimento dos Sem Terra (MST) convocam para um ato unificado na Candelária, centro do Rio, a partir das 15 horas. Estudantes do Fórum de Lutas contra o Aumento da Passagem também aprovaram a adesão ao movimento. Eles deverão seguir até a Cinelândia pela Avenida Rio Branco. Também está programado para o fim da tarde um protesto em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, com concentração marcada para as 17h no Largo do Machado, na zona sul do Rio.

Na Paraíba as centrais sindicais, movimento estudantil e popular, definiram um calendário de atividades que inclui uma grande mobilização em João Pessoa, Campina Grande e Patos. Em João Pessoa, serão realizadas atividades na Universidade Federal da Paraíba, com palestra sobre o reflexo das mobilizações na conjuntura política, econômica e educacional do Brasil, precisamente no dia 10, às 10h, no Auditório da Reitoria e no dia 11 pela manhã será realizado um ato em frente ao Hospital Universitário.  Os trabalhadores da Cagepa, que estão em greve, engrossarão as manifestações em todo o Estado, e sairão em caminhada até a Integração, onde o governador pretende privatizar e terminará com um ato público na Praça João Pessoa.

Em Campina Grande (PB) foi realizada uma plenária na última segunda-feira (08) com os movimentos sociais no Auditório do Sindicato dos Bancários e foi dado prosseguimento a panfletagem e no dia 11 pela manhã haverá concentração na Maciel Pinheiro saindo em caminhada até a Praça da Bandeira onde será realizado um ato público. Em Patos, sertão do Estado, às 15h, será realizada uma assembleia com os servidores públicos municipais e em seguida uma caminhada com realização de ato público em frente à Prefeitura.

No Piauí a atividade acontece a partir das 14h, na Praça da Liberdade, com a promoção de uma oficina de cartazes e ponto de apoio na barraca da CTB. 

No Paraná as mobilizações começam desde a madrugada em uma série de localidades de Curitiba, Região Metropolitana e interior do estado. Na capital, haverá ainda ato público na Praça Rui Barbosa a partir das 16h00, reunindo populares, trabalhadores e militantes de todas as centrais sindicais. Manifestações também estão programadas para as cidades de Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Ponta Grossa, Francisco Beltrão e Paranaguá.
No Maranhão, a concentração será na Praça Deodoro, Centro de São Luís, a partir das 15h, com caminhada pelas ruas centrais da cidade. Além da pauta nacional, os manifestantes irão cobrar pautas locais como abastecimento de água e saneamento ambiental para toda população maranhense, concursopúblico em todas as esferas, combate à corrupção e à impunidade no Maranhão, reforma urbana já, pelo cumprimento da Lei do Piso nas redes municipais e estadual de educação, pela auditoria da dívida pública, fim do foro privilegiado, por 10% do PIB para a educação e  saúde, pela mudança da política econômica do governo para favorecer os trabalhadores e a juventude, contra os despejos forçados de moradores sem teto no Maranhão e contra os conflitos de terra patrocinados pelo latifúndio e o agronegócio.

marcha2 peqNo Mato Grosso do Sul, a mobilização acontece em Campo Grande. A concentração, de mais de 15 mil trabalhadores, será na Praça do Rádio às 9 horas. Com carros de som, bandeiras, faixas e cartazes, eles descem pela Avenida Afonso Pena em direção ao centro da cidade, com o propósito de somar forças com os demais movimentos, em todos os Estados. A passeata descerá pela Avenida Afonso Pena, em direção à Rua 14 de Julho e seguem por essa via até a Rua Barão do Rio Branco, retornando à Praça do Rádio onde continuam as manifestações com carro de som e palavras de ordem. Ricardo Martinez Froes, presidente da CTB-MS, reforçou a importância do movimento sindical e social nessa demonstração de força da classe trabalhadora sul-mato-grossense. “Exigimos mudanças urgentes e imediatas, que possam atender aos anseios de uma Nação cansada de corrupção e impunidade”, afirmou.
Em Mato Grosso, em Cuiabá, os manifestantes se concentram a partir das 16h, na Praça 08 de Abril (Praça do Chopão) seguindo em caminhada a Praça Alencastro, onde será realizado um ato politico ecultural.
No Amazonas, serão realizados diversos atos na cidade, como na Bola da Suframa no Distrito Industrial, em frente a Assembleia Legislativa do Amazonas na parte da manhã. E no período da tarde mobilização no cruzamento Sete de Setembro com a Eduardo Ribeiro, no Centro, onde serão esperados mais de 10 mil trabalhadores de diversas categorias.

Na mobilização no Rio Grande do Sul já está confirmada a participação dos rodoviários, metroviários, comerciários, metalúrgicos, professores, bancários, funcionários públicos, vigilantes, zeladores, trabalhadores da construção civil, aposentados e estudantes. As atividades se iniciarão na madrugada do dia 11. Haverá concentração em três principais pontos de Porto Alegre: Rótula do Papa, Rótula Postão IAPI e Estátua do Laçador, que seguirão em caminhada, se encontrando no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, onde está previsto um grande ato por volta das 16h.

Em Caxias do Sul as atividades iniciam na madrugada, com concentração posterior às 8h30min na Praça Dante Alighieri. A partir disso, os organizadores irão definir as atividades para o restante do dia. A estimativa é de reunir pelo menos 5 mil pessoas. Haverá bloqueio de vias e atividades em frente a fábricas. O comando da mobilização não informa o local das atividades.

Em Santa Catarina ficou definido que haverá mobilizações em cinco regiões do Estado de Santa Catarina (Florianópolis, Chapecó, Criciúma, Itajaí e Lages). Em Florianópolis, o ato deve acontecer em frente ao TRT e de lá a mobilização segue para o maior terminal da capital, o Ticem, no Centro da cidade. Mobilizando mais de 20 mil pessoas.  Em Chapecó a atividade começa nas cidades da região, posteriormente cada cidade fará a concentração nos trevos de acesso a cidade. Às 16h os manifestantes irão para o “símbolo econômico” da cidade, a empresa BRF e irão em caminhada até a praça Coronel Bertazzo no centro. Estimativa de público de 10 mil pessoas. Em  Criciúma o movimento deve começar no trevo de acesso a Criciúma e em carreata os manifestantes seguem até Laguna, na BR 101, onde devem fechar a cabeceira da ponte. Já em  Itajaí terá início com a concentração às 13h, na BR 101, km 116. Posteriormente segue em caminhada pela SC 470 até a BR 101, no viaduto que liga a cidade de Itajaí a Blumenau. A previsão de particpação é de 10 mil pessoas.

Em Pernambuco mais de 60 mil pessoas são esperadas pelas centrais sindicais nos dois atos programados no Estado. O primeiro será pela manhã, no Complexo Portuário de Suape. À tarde, a partir das 14h, os trabalhadores se reúnem na Praça do Derby, área Central do Recife, de onde saem em caminhada até a Assembleia Legislativa (Alepe), na Boa Vista, para entregar uma pauta com reivindicações nacionais e locais.
Em Natal, o Dia Nacional de Lutas vai se unificar as centrais, movimentos sociais e estudantis para promover ato público pelas ruas da cidade. A concentração está marcada para às 9h, no cruzamento das Avenidas Salgado filho com Bernardo Viera, na Zona Leste, nas proximidades do shopping Midway Mall. Servidores municipais, bancários, petroleiros e rodoviários são algumas das categorias que deverão cruzar os braços para participar do ato nas ruas. Dois outros atos estão na agenda do dia antes da passeata pelas ruas. O primeiro deles às 7h em frente a sede da Petrobras no Estado, para protestar contar o leilão do petróleo e às 9h em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, o maior do RN, pela valorização da saúde pública.

Na Bahia a manifestação sairá do Campo Grande, às 11h, rumo à Praça Municipal. O diretor executivo da CTB, Adilson Araújo, lembra que o movimento do dia 11 foi decidido há tempos. "Embora possamos estar em sintonia com as mobilizações de rua, vamos mostrar que nós temos bandeiras e não nos envergonhamos de levá-las para as ruas", declarou. Ele esclareceu que há anos estão engavetados no governo federal os pleitos que as centrais levarão para as ruas como reforma agrária, a redução da jornada de trabalho e destinação de 10% do PIB para a saúde e educação.

Em Salvador estão confirmadas as manifestações e paralisações no centro da cidade e nos grandes shoppings a partir das 8hs.

Em Fortaleza a manifestação acontece a partir das 9h, com concentração na Praça do Ferreira. Os manifestantes sairão em caminhada até a sede do Banco Central. São esperadas cinco mil pessoas no ato político.      

No Distrito Federal, a CTB participa em parceria com o Sindvacs (Sindicato dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde e Agentes Comunitários de Saúde ) e as demais centrais de uma caminhada que sairá da Biblioteca Nacional, a partir das 15h, em direção ao Congresso Nacional.      

Em Minas Gerais as manifestações estão mobilizando os sindicatos filiados às centrais de todas as categorias, nas principais cidades-pólo do Estado. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a grande manifestação será na Praça Sete, na Capital, a partir das 8h. “É fundamental que os trabalhadores e trabalhadoras participem em massa dos atos públicos. Nosso objetivo é levantar as bandeiras de lutas da classe trabalhadora e incorporar as reivindicações que vêm das ruas”, disse Marcelino Rocha, presidente da CTB-MG.

Mensalão do Barbosão(STF):Barbosa recebeu R$ 580 mil em benefícios atrasados

Do site da Folha  ( PIG   )

Crítico dos gastos do Judiciário, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, recebeu R$ 414 mil do Ministério Público Federal por conta de controverso bônus salarial criado nos anos 90 para compensar, em diversas categorias, o auxílio-moradia concedido a deputados e senadores.

Chamado de PAE (Parcela Autônoma de Equivalência), o benefício já foi repassado para 604 membros do Ministério Público Federal, incluindo Barbosa. O pagamento consumiu R$ 150 milhões.
Embora legalizados, auxílios do gênero provocaram polêmicas ao longo dos anos. A mais recente é travada no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), presidido por Barbosa. Em breve, o conselho vai analisar uma proposta que pede a suspensão do pagamento de auxílio-moradia a juízes trabalhistas.
No mês passado, o CNJ autorizou o pagamento de cerca de R$ 100 milhões a oito tribunais de Justiça nos Estados relativos a auxílio-alimentação. Barbosa foi contrário, e sua posição contra os penduricalhos salariais ganhou amplo destaque. Ele chamou de "esdrúxula" e "inconstitucional" a resolução do CNJ.
O ministro ironizou o benefício ao dizer que "não cabe a cada Estado estabelecer auxílio-moradia, auxílio-funeral ou auxílio-paletó".
Em 2010, o próprio Barbosa foi relator de pedido da Associação dos Juízes Federais que buscava reconhecimento do direito dos juízes ao auxílio-moradia em ação no STF.
Ao negar a liminar, o ministro escreveu que o auxílio "não serve para complementar a remuneração do magistrado federal, mas sim para indenizá-lo por despesas que surgem da sua designação para o exercício em localidade distante".
Em 2000, a Procuradoria Geral da República estendeu aos procuradores os efeitos de resolução do STF que determinava o pagamento da PAE aos ministros do tribunal. Em 2002, a resolução virou lei.
Além desse auxílio, o presidente do STF recebeu, em 2007, R$ 166 mil (ou R$ 226,8 mil, em valores corrigidos) mediante a conversão em dinheiro de 11 meses de licenças-prêmio não gozadas.
Esse benefício, não mais em vigor, permitia que um servidor recebesse três meses de folga a cada cinco anos de vínculo empregatício. A ideia era estimulá-los a efetivamente tirarem as folgas, mas muitos, como Barbosa, preferiram não usá-las, deixando que elas se acumulassem.
Em outubro de 2007, o Conselho Nacional do Ministério Público autorizou a conversão em dinheiro, no ato da aposentadoria, das licenças-prêmio e férias não gozadas.
Somando os dois benefícios, o presidente do STF recebeu do Ministério Público Federal R$ 580 mil referentes ao período em que ele foi procurador. Corrigido pelo IPCA, o total atinge R$ 704,5 mil.
OUTRO LADO
A assessoria do STF informou que Barbosa, após ser empossado na corte, "viu-se impossibilitado" de tirar licenças a que tinha direito e "requereu, com êxito, ao procurador-geral da República" o pagamento delas, o que teria sido feito também "por antigos membros do MPF que ingressaram na magistratura".
A resposta é diferente da fornecida pela Procuradoria Geral da República, que afirmou: "A conversão do saldo de licença-prêmio não foi feita a pedido do servidor, mas por decisão administrativa".
Sobre a PAE, o STF informou que "o presidente esclarece que não recebeu nada ilegal, e nada além do que foi recebido por todos os membros do Judiciário do país, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União".




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RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA
Crítico dos gastos do Judiciário, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, recebeu R$ 414 mil do Ministério Público Federal por conta de controverso bônus salarial criado nos anos 90 para compensar, em diversas categorias, o auxílio-moradia concedido a deputados e senadores.
Chamado de PAE (Parcela Autônoma de Equivalência), o benefício já foi repassado para 604 membros do Ministério Público Federal, incluindo Barbosa. O pagamento consumiu R$ 150 milhões.
Embora legalizados, auxílios do gênero provocaram polêmicas ao longo dos anos. A mais recente é travada no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), presidido por Barbosa. Em breve, o conselho vai analisar uma proposta que pede a suspensão do pagamento de auxílio-moradia a juízes trabalhistas.
No mês passado, o CNJ autorizou o pagamento de cerca de R$ 100 milhões a oito tribunais de Justiça nos Estados relativos a auxílio-alimentação. Barbosa foi contrário, e sua posição contra os penduricalhos salariais ganhou amplo destaque. Ele chamou de "esdrúxula" e "inconstitucional" a resolução do CNJ.
O ministro ironizou o benefício ao dizer que "não cabe a cada Estado estabelecer auxílio-moradia, auxílio-funeral ou auxílio-paletó".
Em 2010, o próprio Barbosa foi relator de pedido da Associação dos Juízes Federais que buscava reconhecimento do direito dos juízes ao auxílio-moradia em ação no STF.
Ao negar a liminar, o ministro escreveu que o auxílio "não serve para complementar a remuneração do magistrado federal, mas sim para indenizá-lo por despesas que surgem da sua designação para o exercício em localidade distante".
Em 2000, a Procuradoria Geral da República estendeu aos procuradores os efeitos de resolução do STF que determinava o pagamento da PAE aos ministros do tribunal. Em 2002, a resolução virou lei.
Além desse auxílio, o presidente do STF recebeu, em 2007, R$ 166 mil (ou R$ 226,8 mil, em valores corrigidos) mediante a conversão em dinheiro de 11 meses de licenças-prêmio não gozadas.
Esse benefício, não mais em vigor, permitia que um servidor recebesse três meses de folga a cada cinco anos de vínculo empregatício. A ideia era estimulá-los a efetivamente tirarem as folgas, mas muitos, como Barbosa, preferiram não usá-las, deixando que elas se acumulassem.
Em outubro de 2007, o Conselho Nacional do Ministério Público autorizou a conversão em dinheiro, no ato da aposentadoria, das licenças-prêmio e férias não gozadas.
Somando os dois benefícios, o presidente do STF recebeu do Ministério Público Federal R$ 580 mil referentes ao período em que ele foi procurador. Corrigido pelo IPCA, o total atinge R$ 704,5 mil.
OUTRO LADO
A assessoria do STF informou que Barbosa, após ser empossado na corte, "viu-se impossibilitado" de tirar licenças a que tinha direito e "requereu, com êxito, ao procurador-geral da República" o pagamento delas, o que teria sido feito também "por antigos membros do MPF que ingressaram na magistratura".
A resposta é diferente da fornecida pela Procuradoria Geral da República, que afirmou: "A conversão do saldo de licença-prêmio não foi feita a pedido do servidor, mas por decisão administrativa".
Sobre a PAE, o STF informou que "o presidente esclarece que não recebeu nada ilegal, e nada além do que foi recebido por todos os membros do Judiciário do país, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União".

terça-feira, 9 de julho de 2013

Mensalão da Globo: FUNCIONÁRIA DA RECEITA SUMIU COM PROCESSO DA GLOBO

As tramoias da direita contra Dilma


http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Leonardo Boff, na revista Fórum:

É notório que a direita brasileira especialmente aquela articulação de forças que sempre ocupou o poder de Estado e o tratou como propriedade privada (patrimonialismo), apoiada pela mídia privada e familiar, estão se aproveitando das manifestações massivas nas ruas para manipular esta energia a seu favor. A estratégia é fazer sangrar mais e mais a Presidenta Dilma e desmoralizar o PT e assim criar uma atmosfera que lhes permite voltar ao lugar que por via democrática perderam.
Se por um lado não podemos nos privar de críticas ao governo do PT (e voltaremos ao tema), mas críticas construtivas, por outro, não podemos ingenuamente permitir que as transformações politico-sociais alcançadas nos últimos 10 anos sejam desmoralizadas e, se puderem, desmontadas por parte das elites conservadoras. Estas visam a ganhar o imaginário dos manifestantes para a sua causa que é inimiga de uma democracia participativa de cariz popular.

Seria grande irresponsabilidade e vergonhosa traição de nossa parte, entregar à velha e apodrecida classe política aquilo que por dezenas de anos temos construído, com tantas oposições: um novo sujeito histórico, o PT e partidos populares, com a inserção na sociedade de milhões de brasileiros. Esta classe se mostra agora feliz com a possibilidade de atuar sem máscara e mostrando suas intenções antes ocultas: finalmente, pensa, temos chance de voltar e de colocar esse povo todo que reclama reformas, no lugar que sempre lhe competiu historicamente: na periferia, na ignorância e no silenciamento. Aí não incomoda nem cria caos na ordem que por séculos construímos mas que, se bem olharmos, é ordem na desordem ético-social.

Esta pretensão se liga a algo anterior e que fez história. É sabido que com a vitória do capitalismo sobre o socialismo estatal do Leste europeu em 1989, o Presidente Reagan e a primeira ministra Tatscher inauguraram uma campanha mundial de desmoralização do Estado, tido como ineficiente e da política como empecilho aos negócios das grandes corporações globalizadas e à lógica da acumulação capitalista. Com isso visava-se a chegar ao Estado mínimo, debilitar a sociedade civil e abrir amplo espaço às privatizações e ao domínio do mercado, até conseguir a passagem de uma sociedade com mercado para uma sociedade de puro mercado no qual tudo, mas tudo mesmo, da religião ao sexo, vira mercadoria. E conseguiram. O Brasil sob a hegemonia do PSDB se alinhou ao que se achava o marco mais moderno e eficaz da política mundial. Protagonizou vasta privatização de bens públicos que foram maléficos ao interesse geral.

Que isso foi uma desgraça mundial se comprova pelo fosso abissal que se estabeleceu entre os poucos que dominam os capitais e as finanças e a grandes maiorias da humanidade. Sacrifica-se um povo inteiro como a Grécia, sem qualquer consideração, no altar do mercado e da voracidade dos bancos. O mesmo poderá acontecer com Portugal, com a Espanha e com a Itália.

A crise econômico-financeira de 2008 instaurada no coração dos países centrais que inventaram esta perversidade social, foi consequência deste tipo de opção política. Foram os Estados que tanto combateram que os salvaram da completa falência, produzida por suas medidas montadas sobre a mentira e a ganância (greed is good), como não se cansa de acusar o prêmio Nobel de economia Paul Krugman. Para ele, estes corifeus das finanças especulativas deveriam estar todos na cadeia como criminosos. Mas continuam aí faceiros e rindo.

Então, se devemos criticar a nossa classe política por ser corrupta e o Estado por ser ainda, em grande parte, refém da macro-economia neoliberal, devemos fazê-lo com critério e senso de medida. Caso contrário, levamos água ao moinho da direita. Esta se aproveita desta crítica, não para melhorar a sociedade em benefício do povo que grita na rua, mas para resgatar seu antigo poder político especialmente, aquele ligado ao poder de Estado a partir do qual garantia seu enriquecimento fácil. Especialmente a mídia privada e familiar, cujos nomes não precisam ser citados, está empenhada fervorosamente neste empreitada de volta ao velho status quo.

Por isso, as demonstrações devem continuar na rua contra as tramoias da direita. Precisam estar atentas a esta infiltração que visa a mudar o rumo das manifestações. Elas invocam a segurança pública e a ordem a ser estabelecida. Quem sabe, até sonham com a volta do braço armado para limpar as ruas.

Dai, repetimos, cabe reforçar o governo de Dilma, cobrar-lhe, sim, reformas políticas profundas, evitar a histórica conciliação entre as forças em tensão e o oposição para juntas novamente esvaziar o clamor das ruas e manterem um status quo que prolonga benefícios compartilhados.

Inteligentemente sugeriu o analista politico Jeferson Miolo em Carta Maior (07/7/2013):”Há uma grave urgência política no ar. A disputa real que se trava nesse momento é pelo destino da sétima economia mundial e pelo direcionamento de suas fantásticas riquezas para a orgia financeira neoliberal. Os atores da direita estão bem posicionados institucionalmente e politicamente…A possibilidade de reversão das tendências está nas ruas, se soubermos canalizar sua enorme energia mobilizadora. Por que não instalar em todas as cidades do país aulas públicas, espaços de deliberação pública e de participação direta para construir com o povo propostas sobre a realidade nacional, o plebiscito, o sistema político, a taxação das grandes fortunas e do capital, a progressividade tributária, a pluralidade dos meios de comunicação, aborto, união homoafetiva, sustentabilidade social, ambiental e cultural, reforma urbana, reforma republicana do Estado e tantas outras demandas históricas do povo brasileiro, para assim apoiar e influir nas políticas do governo Dilma”?

Desta forma se enfrentarão as articulações da direita e se poderá com mais força reclamar reformas políticas de base que vão na direção de atender a infra-estrutura reclamada pelo povo nas ruas: melhor educação, melhores hospitais públicos, melhor transporte coletivo e menos violência na cidade e no campo.

Vamos atrás do processo da Globo

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Acabo de registrar, no portal do Serviço de Informações ao Cidadão, um requerimento, protocolado sob o número 16853.001170/2013-33, solicitando a informação sobre o paradeiro físico, as últimas movimentações e o responsável pela guarda dos processos abertos por sonegação fiscal contra a Rede Globo.

Diante das informações publicadas hoje, é um dever de cidadão, que vai além do dever profissional de jornalista.

A solicitação:

Informação sobre o paradeiro físico e o responsável pela guarda dos processos 18471.000858/2006-97 e 18471.001126/2006-14, ambos da Receita Federal do Brasil e os seus últimos andamentos e as datas em que ocorreram. Esclareço que não solicito matéria de natureza fiscal, mas apenas o paradeiro dos referidos instrumentos processuais públicos, a fim de prevenir situação tipificada no Art.377 do Código Penal Brasileiro.
Pela lei, sancionada em 2011 pela Presidenta Dilma Rousseff, o Ministério da Fazenda tem 20 dias corridos de prazo para responder.

Notem que o pedido esclarece que não quer informações de natureza fiscal, sobre as quais seria possível alegar sigilo, mas tão-somente a localização física do processo – não é possível, como registra o protocolo da Receita, que esteja “em trânsito”, no limbo, há sete anos – a responsabilidade física sobre ele e as datas das últimas movimentações.

Tudo para prevenir a ocorrência do crime de supressão de documento público, previsto no Art. 377 do Código Penal brasileiro.

Embora isso seja decisão individual, que pode ser seguida por quem assim o deseje, clicando aqui e se cadastrando no portal do Governo. Feito o requerimento, o andamento estará disponível para consulta na própria internet.

Também abri um “abaixo-assinado” para que todos os que solicitarem a informação deixarem registrado seu nome. É uma maneira de não nos “desaparecerem” também.

A lei, dizem os advogados, é erga omnes. Isto é, para todos. Inclusive para a população saber que fim levou o processo de sonegação fiscal da Globo.

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Cinco estados protestam contra a Globo

Imagem do Facebook
Do jornal Brasil de Fato:

Na próxima quinta-feira (11), dia em que os trabalhadores irão para as ruas em todo o país, movimentos sociais vão realizar atos contra o monopólio da Rede Globo em cinco estados. São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Rio Grande do Sul e Sergipe se mobilizarão a favor da democratização dos meios de comunicação.
Os principais veículos controlaram cerca de 70% das verbas publicitárias repassadas no primeiro ano e meio do governo Dilma. Sozinha, a Globo abocanhou 35% destes recursos. Além disso, a empresa de comunicação detém poder de veto na definição dos canais da NET e da SKY, que possuem 80% do mercado midiático nacional.

Apesar das críticas ao monopólio da comunicação, o governo federal mantém-se calado quando o assunto é a democratização da comunicação. Os cinco pactos lançados, no dia 24 de junho, pela presidenta Dilma Rousseff – equilíbrio fiscal, mobilidade urbana, saúde, educação e reforma política – em nada interferem na concentração que marca o sistema midiático brasileiro.

Já ao anunciar outras medidas, no dia 1º de julho, após reunião com a equipe ministerial, mais uma vez a presidenta não quis interferir no assunto que mexe com os grandes setores empresariais de comunicação. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, teria dito na reunião com Dilma que não é hora de se travar uma discussão sobre a regulação da mídia. Já para a revista Veja, em entrevista concedida em meio ao furacão de protestos que tomou o Brasil, Bernardo fez coro com aqueles que igualam a regulação da mídia à censura, deixando claro com quem busca dialogar efetivamente.

Tais declarações foram criticadas pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que chegou a dizer que o ministro desprezou as vozes que ecoaram em todas as ruas nas últimas semanas. Segundo o FNDC, a democratização das comunicações é uma das bandeiras principais de luta da sociedade civil em todo o país. O movimento aponta nas atitudes e na fala do ministro a insistência em evitar a regulamentação dos meios de comunicação no Brasil.

Acompanhe o horário e o local em que irão ocorrer os atos contra a Globo:

- São Paulo (SP): Concentração às 17h na Praça General Gentil Falcão e depois rumo à Globo.

- Rio de Janeiro (RJ): Concentração ao final do ato das centrais sindicais, na Cinelândia.

- Belém (PA): Concentração as 8:30 em frente a Prefeitura.

- Porto Alegre (RS): Concentração às 15h em frente a Globo.

- Aracaju (SE): Concentração às 13h na praça Fausto Cardoso.


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"Espionagem viola soberania e direitos humanos", afirma Dilma

Do Portal Vermelho



“A posição do Brasil nessa questão é muito clara e muito firme: não concordamos com interferências dessa ordem no Brasil e em qualquer outro país”, declarou a presidenta Dilma Rousseff, no início da noite desta segunda-feira (8), à imprensa, ao se pronunciar denúncia de monitoramento de informações de cidadãos brasileiros pelo governo norte-americano. 


Dilma ainda declarou que esse episódio de espionagem no país "é violação de soberania e de direitos humanos". Segundo a mandatária, "se houver participação de outros países e outras empresas que não aquelas brasileiras, seguramente é violação de soberania, sem dúvida. Como é violação de direitos humanos", disse a presidente.

Em nota divulgada nesta segunda, o Ministério da Justiça informou que a Polícia Federal vai investigar as denúncias sobre o monitoramento internacional de comunicações eletrônicas e telefônicas no Brasil.

Ainda segundo a nota, o ministro José Eduardo Cardozo determinou a abertura de inquérito para atender a pedido do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Em ofício encaminhado à pasta, Bernardo registra preocupação com as notícias sobre uma rede de vigilância global que atingiria o Brasil.

De acordo com o ministro das Comunicações se as ações de inteligência forem confirmadas isso pode representar uma ofensa ao sistema jurídico brasileiro, especialmente ao princípio da inviolabilidade do sigilo das comunicações.

A presidenta Dilma deixou claro que o governo brasileiro não concorda com nenhuma interferência nas comunicações feita por qualquer país. “Vamos apresentar uma proposta à Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), uma vez que um dos preceitos fundamentais é a garantia da liberdade de expressão, mas é também a garantia de direitos individuais, principalmente o direito à privacidade, que aliás, é garantido na nossa Constituição”, acrescentou.

O Senado também se pronunciou sobre o assunto. Em nota, divulgada também nesta segunda-feira (8), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), externou que o Congresso Nacional também investigará a denúncia. Para o parlamentar, as denúncias são “graves, preocupantes e devem ser investigadas em profundidade”.

Ao ler a nota, Calheiros informou que as comissões de Relações Exteriores (CRE) da Casa e de Controle de Atividades de Inteligência, com atuação mista com a Câmara dos Deputados, deverão investigar o assunto e “esclarecer ao Brasil o ocorrido”. 

Segurança na rede

Ainda durante a entrevista, que ocorreu durante o lançamento do ‘Programa Mais Médicos’, a presidenta Dilma destacou a necessidade de mudanças na legislação brasileira que regulamenta a internet. 
“Vamos dar uma revisada no Marco Civil da Internet, porque achamos que uma das questões que devem ser observadas é a do armazenamento dos dados. Muitas vezes, os dados são armazenados fora do Brasil, principalmente os dados do Google. Queremos prever a obrigatoriedade de armazenagem de dados de brasileiros no Brasil”, indicou Dilma.

Na Câmara, onde a ministra de Relações Institucionais Ideli Salvatti anunciou a intenção de colocar em votação o Marco Civil da Internet, o presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) declarou que não sabe quando a matéria entrará em votação. Segundo ele, nesta terça-feira (9) acontecerá uma reunião com o relator na tentativa de fechar um texto consensual sobre o assunto.
“[O projeto] entrou e saiu de pauta várias vezes porque não havia um acordo. Então, como não quero que se repita, estou marcando com o relator, amanhã de manhã, um encontro para ver que se ele consegue fazer um texto acordado para que a Casa possa aprovar, porque é muito importante para o país”, disse Alves.

Entenda o caso

De acordo com a reportagem, publicada neste domingo (7) pelo Jornal O Globo, as comunicações do Brasil estavam entre os focos prioritários de monitoramento pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), segundo documentos divulgados pelo ex-agente norte-americano Edward Snowden. 

Os dados eram monitorados por meio de um programa de vigilância eletrônica altamente secreto chamado Prism.

Segundo informações publicadas no mesmo diário, pelo menos até 2002, funcionou em Brasília uma das estações de espionagem nas quais funcionários da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) e agentes da CIA trabalharam em conjunto.

O texto de "O Globo" também mostra que existe um conjunto de documentos da NSA, datados de setembro de 2010, cuja leitura pode levar até a conclusão de que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência em algum momento. O jornal, porém, diz que não foi possível confirmar a informação e nem se esse tipo de prática continua.

Tais documentos da NSA foram vazados pelo técnico em informática Edward Snowden, que trabalhou para a CIA durante os últimos quatro anos. Em junho, o jornal britânico "The Guardian" publicou reportagens com as primeiras revelações de Snowden sobre o monitoramento de milhões de telefones e de dados de usuários de internet em todo o mundo.
Outro lado

Também nesta segunda-feira (8), o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, declarou à imprensa que as notícias publicadas sobre o monitoramento de informações de brasileiros pelo governo norte-americano apresentaram uma imagem “que não é correta”.

Shannon reuniu-se, na tarde desta segunda, com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para discutir o assunto e disse que o governo americano está “contestando as preocupações do governo do Brasil”.

Da Redação,
Com agências