sábado, 8 de junho de 2013

Venezuela realizará poderoso congresso socialista, anuncia Maduro

Do Portal Vermelho


O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (6) a realização de “um poderoso congresso socialista” para o dia 28 de julho de 2014, dia em que Hugo Chávez completaria 60 anos. O presidente conclamou a militância a ir de casa em casa com retratos de Bolívar e de Chávez para impulsionar “uma grande vitória” governista nas eleições de dezembro.


Efe
Maduro e Diosdado
Presidente da Assembleia Diodado Cabello e Nicolás Maduro, durante encontro com o Grande Pólo Patriota
“Este congresso seria convocado, para dizê-lo de maneira correta, em 28 de julho de 2014, quando nosso comandante, pai e guia eterno, Hugo Rafael Chávez Frias, completaria 60 anos”, disse o mandatário em Caracas, durante um encontro com o Grande Pólo Patriota (GPP), formado pelos partidos que apoiam o Governo.

Apontou que este “poderoso congresso socialista” organizado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) deve permitir revisar tudo o que se fez no GPP e fazer “um plano para os próximos dez anos da Revolução Bolivariana”.

Maduro, pediu às bases e ao GPP que instalem mesas de trabalho que permitam "buscar um método revolucionário para ter candidatos unitários em todos os municípios para conseguir uma grande vitória no dia 8 de dezembro".

Ademais, pediu neste encontro que todos os chavistas que estão vivendo no exterior se organizem em patrulhas ou círculos bolivarianos” para se inscrever e militar no PSUV diante das eleições municipais de 8 de dezembro.

Disse, neste sentido, que as organizações chavistas devem revisar as listas que possuem dos potenciais cidadãos que votam pelo governismo e fazer visitas de “casa em casa”, tendo em vista conseguir “uma grande vitória” em dezembro.

A estratégia delineada pelo mandatário prevê que grupos de base do PSUV como as Unidades de Batalha Hugo Chávez realizem estas visitas nos meses de junho, julho e agosto para reencontrar-se com os militantes que possam ter se separado das filas revolucionárias por alguma inconformidade: “há compatriotas que se afastaram por ficar descontentes por alguma razão, pois vamos ao reencontro com quem possa estar descontente, vamos corrigir os erros onde os tenhamos cometido”, destacou Maduro.

“Que consigamos ganhar pelo menos 80% dos municípios deste país”, pediu o presidente, em alusão às eleições municipais.

No dia 8 de dezembro, durante as eleições municipais se elegerão 2.792 cargos públicos: 337 prefeitos e 2.455 postos para os corpos deliberantes: 2.435 dos conselhos municipais, 13 do Distrito Capital e sete do Distrito Alto Apresse, além de 69 cargos de representação indígena.

Com agências Efe e Prensa Latina



http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=215616&id_secao=1

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Protógenes defende lei que pune “denunciação caluniosa”

Do Portal Vermelho

Ao defender a aprovação do projeto de lei que tipifica o crime de denunciação caluniosa com finalidade eleitoral na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, nessa terça-feira (4), o deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) disse que “esse projeto vem em boa hora”, destacando a necessidade do Congresso Nacional de dar resposta a esses casos que tem se tornado frequentes e atingem principalmente os políticos e a Casa.


Protógenes contou sobre a acusação em que foi vítima há duas semanas, “de uma possível denunciação caluniosa maquinada dentro da Procuradoria Geral da República, com falso parecer, da qual participava o procurador Roberto Gurgel e a subprocuradora Cláudia Sampaio”. E disse ainda: “a todo tempo somos demandado a provar que somos honestos e fazemos política com responsabilidade e muitas vezes isso é divulgado de forma criminosa e essa Casa tem que dar uma resposta”, avalia o deputado.

Ele anunciou, na reunião da CCJ, como já havia feito no Plenário da Câmara logo após as denúncias serem publicadas na grande mídia, de que tomou todas as medidas cabíveis para se explicar à população brasileira e aos seus pares (deputados). No entanto, ele questiona se as explicações dadas terão a mesma repercussão que as denúncias. “Será que eu tive o retorno de que tudo isso foi injustiça?”, indaga Protógenes.

“Se fazem isso com um deputado federal, o que não fazem com um cidadão comum, de bem, que trabalha honestamente, vai dormir e acorda sendo chamado de bandido e ladrão”, afirma o deputado.

“Tem que fazer revisão de todos os procedimentos de Roberto Gurgel e Cláudia Sampaio”, diz Protógenes, acusando-os de serem tendenciosos. Ele conta que a subprocuradora, com a concordância do procurador Roberto Gurgel, mudou o seu primeiro parecer em que pedia o arquivamento do processo contra Protógenes no caso da Operação Sathiagraha. Em um segundo parecer, ela volta atrás e recomenda a quebra de sigilo das contas bancárias e telefônicas de Protógenes.

O novo parecer aponta que foram apreendidos R$ 280 mil no apartamento do parlamentar. No entanto, o juiz titular da ação que resultou no inquérito contra Protógenes Queiroz, Ali Mazloum, negou qualquer apreensão de dinheiro nas buscas efetuadas na casa do deputado. “Isto é fantasia. Em nenhum momento apareceu qualquer apreensão de dinheiro. Acho grave uma acusação baseada em informações falsas”, afirmou o juiz.

Protógenes lembrou que o processo corre em segredo de Justiça e foi parar no noticiário nacional de televisão. Isso ocorreu na sexta-feira (24). Na terça-feira (28), o deputado subiu à tribuna da Câmara, em meio a sessão plenária, para defender-se das acusações (assista ao vídeo).

Medidas cabíveis

Como já havia anunciado em discurso no Plenário, Protógenes voltou a enumerar as medidas que adotou para que seja explicada a população essa situação. Para isso, entregou a quebra do sigilo fiscal de 10 anos, sigilo bancário e também apresentará toda a documentação de seu patrimônio - além da declaração de Imposto de Renda, vai mostrar as escrituras públicas dos seus imóveis e a certidão do juiz dizendo que não existe apreensão, o que demonstra que a acusação é “injusta e leviana”.

Ele disse ainda que fará representação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Roberto Gurgel e Cláudia Sampaio “para responderem pelos possíveis ilícitos perpetrados contra um deputado”. Protógenes também entrou com representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que, por ironia, é o próprio Roberto Gurgel quem recebe. “Quem investiga a PGR é a própria PGR”, destacou o parlamentar.

Para esclarecimentos sobre as denúncias sofridas, Protógenes solicitou à CCJ que o procurador-geral da República compareça à comissão para prestar esclarecimentos. O deputado ainda alertou aos colegas deputados que a manutenção de Cláudia Sampaio no cargo de subprocuradora “contraria a Constituição e deforma o estado democrático de direito. Isso é nepotismo cruzado disfarçado”.

Para entender o caso

A Operação Satiagraha, deflagrada pela Polícia Federal em 8 de julho de 2008, prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta e outros 14 acusados por suspeita de desvio de recursos públicos, corrupção, fraude, gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Durante a operação, agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) atuaram em parceria com a PF na Satiagraha. Para fortalecer sua defesa, Daniel Dantas encaminhou denúncia contra Protógenes, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), alegando irregularidades. Protógenes reagiu, denunciou o fato na Câmara, e o processo subiu para o STF.

No dia 16 de fevereiro de 2012, o casal Carmen Sampaio-Roberto Gurgel opinou pelo não recebimento da denúncia. Quando o MPF opina pelo arquivamento, cessa o processo. Posteriormente, Cláudia dá um segundo parecer voltando atrás e recomendando a quebra de sigilo das contas bancárias e telefônicas de Protógenes.

Ela argumenta que mudou o parecer porque a Polícia Federal teria apreendido R$280 mil em dinheiro vivo na casa de Protógenes, acusação que tanto o deputado quando o juiz da ação nega. Segundo o parlamentar, a PGR teria se baseado em um documento falso. Até agora a PGR não apresentou as provas das acusações feitas a Protógenes.

Da Redação em Brasília
Com agências

Che Guevara " Jurei diante de uma imagem do velho e chorado camarada Stálin"

CHE GUEVARA – JUREI DIANTE DE UMA IMAGEM DO VELHO E CHORADO CAMARADA STALIN

San Jose, Costa Rica
10 de dezembro, 1953
Tia-Tia-minha:
A minha vida tem sido um mar de decisões conflitantes até que eu deixei corajosamente o minha  bagagem e a mochila sobre o ombro e assumi com o companheiro García a estrada sinuosa que nos trouxe aqui.
Em El Paso eu tive a oportunidade de percorrer os domínios da United Fruit convencendo-me mais uma vez de quão terrível são esses polvos capitalistas. Jurei perante uma imagem do velho e pranteado camarada Stalin sem descanso até ver aniquilados esses polvos capitalistas. Em Guatemala, vou me aperfeiçoar e conseguir o que eu preciso para ser um verdadeiro revolucionário. Eu denuncio que, além de médico, sou jornalista e ensino, coisas que me dão (embora poucos) u $ s. Juntamente com os teus anexos, te abraça, te beija e te ama o teu sobrinho, o da saúde de ferro, com o estômago vazio e a fé luminosa no futuro socialista.
Chau
Chancho
Carta do Che à sua tia Beatriz da Costa Rica

Traduzido e enviado pelo camarada Claudio Buttinelli
Original em - Citas Marxistas
De  Comunidade Stálin

Prefeitura comunista (PCdoB) impede aumento da tarifa dos ônibus em Jundiaí

Prefeitura impede aumento da tarifa dos ônibus em Jundiaí


Do Portal Vermelho
O prefeito Pedro Bigardi (PCdoB) anunciou nesta quarta-feira (5) que a tarifa dos ônibus urbanos de Jundiaí não vai sofrer reajuste, mantendo-se nos atuais R$ 3,00. A informação surpreendeu os jornalistas presentes à coletiva de imprensa que, certos que a tarifa ia subir, especulavam entre si qual seria o valor do reajuste.
Jundiaí

Bigardi explicou que essa medida foi possível porque a Prefeitura vai subsidiar, via um projeto de Lei que será enviado à Câmara dos vereadores, os R$ 0,20 de acréscimo no valor das tarifas que estavam previstos em contrato com as empresas de transporte.

“Esse subsídio corresponderá a R$ 3 milhões aos cofres públicos, porém ele não será retirado de nenhum investimento nem vai pesar no bolso do contribuinte graças a toda a economia que conseguimos gerar nas contas da Prefeitura desde o início do mandato”, frisou.

Como exemplo, Bigardi citou uma receita de mais de R$ 2 milhões ao erário em apenas um mês de aplicação do parcelamento dos débitos dos contribuintes da cidade. “Além disso, reduzimos também o valor pago a horas extras dentro da Prefeitura em mais de R$ 2 milhões o que, somado a outros vários fatores de controle da máquina, vem gerando grande economia aos cofres públicos”, afirmou.

Dentro do projeto de Lei que vai gerar o subsídio à tarifa será incluída também previsão de desoneração do ISS para as empresas de transporte para o ano que vem.

Bigardi anunciou também que vários projetos de melhorias para o sistema de transporte público de Jundiaí serão implantados em breve, entre eles aumento do número de ônibus, alargamento de corredores, melhoria da qualidade do transporte escolar e adaptado, reforma física e de serviços nos terminais, entre outras.

“Encaramos o transporte público como um fator essencial para a vida das pessoas. Não é possível a gente continuar com um sistema que tem dificuldade, que tem poucos ônibus, com uma tarifa alta em relação ao sistema que é apresentado. Portanto, estamos buscando formas de baratear a tarifa e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, informou.

Balanço

O prefeito aproveitou a coletiva de imprensa para fazer um pequeno balanço dos cinco primeiros meses de seu governo. “Estou muito feliz porque em pouquíssimo tempo conseguimos muito mais do que a gente imaginava. Aprovamos em Brasília a construção de quatro UPAs, quando nossa previsão era aprovar isso aos poucos, conseguimos o Instituto Federal para Jundiaí, coisa que era só para daqui a dois anos, temos feito um número enorme de pavimentações nas ruas e avenidas da cidade toda, inclusive com a construção de defensas que são essenciais para a segurança das pessoas. E tudo isso está sendo feito pautado no programa de governo que foi apresentado à população em nossa campanha”, garantiu.

Transparência

Segundo Bigardi, a transparência também tem sido a grande marca de seu governo. “Quando mostramos a situação caótica que encontramos, por exemplo, o hospital São Vicente estamos mostrando a realidade. Aquela história de jogar as coisas para baixo do tapete acabou. Aquele papo de que ‘Ah, vocês estão jogando contra a cidade ao mostrar o que está errado’ também acabou. Se tem coisa errada, a gente vai mostrar e vai dizer como vai ser feito para melhorar”, enfatizou.

Fonte: André Lux, no Blog Tudo Em Cima

http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=215407&id_secao=1

PCdoB recebe apoio da OAB a financiamento público de campanha

Do Portal  Vermelho


Em reunião com a bancada do PCdoB na Câmara, nessa quarta-feira (5), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado, manifestou apoio a proposta de financiamento público na campanha eleitoral. A líder do PCdoB na Câmara, deputada Manuela D’Ávila (RS), disse que a defesa da OAB vai ao encontro da defesa intransigente do PCdoB de financiamento exclusivo e público.


OAB
PCdoB recebe apoio da OAB a financiamento público de campanha
O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, destacou a importância da OAB como parceira nos debates e embates no Congresso.
Marcus Vinicius defende o financiamento democrático de campanhas eleitorais como forma de acabar com o caixa dois e impedir a desigualdade entre os candidatos que recebem e os que não recebem financiamento por empresas. “Empresas não podem ter partido político, pois a sua ideologia natural é a busca pelo lucro”, afirmou.

Para Manuela, o Congresso tem centenas de propostas para reforma política para debater e votar, mas a prioridade deve ser o financiamento, que, segundo ela, “é o tema mais grave de todos porque é responsável pelo enfraquecimento da legitimidade política do país”.

O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, destacou a importância da OAB como parceira nos debates e embates no Congresso, pela importância e pela confiança que detém junto à sociedade. “Conte com o PCdoB como um parceiro de primeira hora para fazer mudar a política do país. O Partido se pauta muito pela democratização da nossa sociedade”, afirmou o líder comunista.

Ele também elogiou a atuação da OAB: “A OAB é uma instituição importante para o país. O Brasil vai tendo nessas instituições da sociedade civil uma contribuição muito grande para a nossa democracia. Desses conselhos todos, a OAB sempre teve um grande destaque na história do país”, lembra Renato Rabelo.

Nova fase

O presidente da OAB anunciou uma nova fase de atuação da entidade, onde será dada ênfase a defesa do direito e da categoria, sem abandonar as lutas mais amplas como a reforma política e o financiamento público de campanha, esse último com uma nova abordagem. 

“Estamos implementando a defesa do financiamento democrático de campanha, ou seja, o financiamento público com outra denominação, porque afasta a natural rejeição do nome público e diz mais do que o financiamento quer fazer: que é democratizar o acesso de todos à participação política”, afirmou.

Segundo ele, o financiamento democrático de campanha também tende a permitir a participação de pessoas físicas, com a contribuição de até um salário mínimo. “Seria uma forma da sociedade se envolver, algo mais democrático”, explicou.

Outras bandeiras

O presidente da OAB apresentou outras bandeiras da sua gestão, como o apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que define a competência para investigação criminal pelas polícias federais e civis dos estados e do Distrito Federal. Para ele nenhum poder pode existir sem controle. 

“O poder investigativo há de ser feito pela polícia com o controle do Ministério Público (MP), que não tem o poder de inquérito, mas deve permanecer com poderes no inquérito, com poderes de requerer diligências, fiscalizar a regressão a direitos individuais e fiscalizar a omissão da polícia”, explicita.

Outro ponto apresentado por Marcus Vinícius Furtado diz respeito à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contrária à prisão temporária aprovada no plenário da OAB. “A Ordem entende que a prisão temporária é inconstitucional, porque ela não exige que haja provas de autoria ou de materialidade. É uma prisão feita para investigar”. 

Convites

Marcus Vinícius também falou sobre as audiências públicas que serão realizadas nos dias 17 e 24 de junho, no Supremo Tribunal Federal (STF), para subsidiar o julgamento da ação apresentada pela OAB que questiona dispositivos da Lei dos Partidos Políticos e da Lei das Eleições.

E também convidou os deputados comunistas a participarem, na sede da OAB Nacional em Brasília, do lançamento da Frente Parlamentar dos Advogados, na próxima terça-feira (11), e da homenagem que a entidade prestará aos 25 anos da Constituição Federal, em seminário na quarta-feira (12) com apresentação do tema “25 anos da Constituição brasileira – uma homenagem da advocacia”. 

Da Redação em Brasília
Com informações da OAB e Liderança do PCdoB na Câmara


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=215514&id_secao=1

"Bolsa estupro é retorno à Era Medieval", afirma UBM




Do Portal Vermelho


Às vésperas da visita do papa Francisco ao Brasil, em julho, durante a 26ª Jornada Mundial da Juventude, o país dá sinais de que a onda conservadora que atinge o mundo chegou por aqui. É o que alertam feministas ouvidas pelo Portal Vermelho, que reagiram à aprovação do Estatuto do Nascituro na Comissão de Finanças da Câmara. Para impedir seu avanço, elas se rearticulam e preparam atos em todo país. Abaixo-assinado recebe milhares de adesões nesta quinta-feira (6).


Na quarta-feira (5), a Comissão deu seu aval para a proposta, conhecida pelo movimento de mulheres também como bolsa estupro. De acordo com o texto, fica estabelecida a proteção jurídica à pessoa desde a concepção, antes mesmo de seu nascimento e garantida, inclusive, uma pensão alimentícia do pai, se identificado, ou do Estado. O projeto agora será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ser votado em Plenário.

“Nos posicionamos contrárias a esse projeto. O texto atenta contra a autonomia da mulher sobre o seu próprio corpo e, com isso, mantém a instituição do patriarcado, que domina a partir dos seus mecanismos e conexões com as classes dominantes. É preciso que haja o enfrentamento ao patriarcado e às sociedades de classes que dominam a opinião pública. Temos uma histórico de luta e, agora, o movimento de mulheres precisa resgatar esses direitos”, declarou Lúcia Rincon, que integra o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), ligado à Secretaria Nacional de Política para Mulheres.

Na manhã desta quinta-feira (6), o CNDM divulgou uma nota se posicionando contra o PL 489/07, de autoria do ex-deputado Luiz Bassuma e Miguel Martins. “O Estatuto do Nascituro viola os direitos das mulheres e descumpre preceitos constitucionais de previsão e indicação de fonte orçamentária, objeto de discussão naquela Comissão”, diz um trecho do comunicado.

Para impedir o avanço no Congresso Nacional, a conselheira destacou a importância do papel do Conselho e das parlamentares na atuação dentro do Congresso Nacional. “Vamos nos rearticular para impedir esse PL que além de ser um retrocesso na conquista de direitos, é inconstitucional”, avisou Lucia Rincon, lembrando que garantir direito à vida do embrião em detrimento da vida da mulher fere direitos constitucionais à saúde, à liberdade, à igualdade e à não discriminação.

“Está ocorrendo uma verdadeira caça às bruxas no Congresso. É um retorno à Era Medieval, onde centenas foram queimadas e crucificadas. E, para pressionar lá dentro [Congresso Nacional], é preciso mobilizar aqui fora. O movimento, que sempre lutou pelo empoderamento da mulher e igualdade de gênero, deve ir às ruas, escolas, universidades para debater com a sociedade e denunciar os retrocessos que podem ocorrer”, completou Elza Campos, coordenadora nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM). 

Tanto Elza, quanto Lúcia lembram que desde quando o PL surgiu, em 2007, as mulheres vem travando o debate, como o caso dos anencéfalos. No entanto, elas lembram que a pauta de gênero é pouco abordada pela mídia e, quando é, não são ouvidas as organizações feministas. “O movimento vem cumprindo seu papel de denunciar. Mas, falta visibilidade. As notícias da imprensa burguesa defendem a manutenção do patriarcado e dão espaço a grupos religiosos que defendem projetos como esse”, completou Lúcia Rincon. 

O Estado é laico
As organizações de mulheres também denunciam que o PL fere o Estado Laico instituído no país. Para elas, está claro que o texto defende o que é pregado por doutrinas religiosas.

“Essa pauta conservadora é uma realidade do Congresso Nacional hoje. A aprovação é uma tentativa de setores religiosos de impedir o direito de cidadania das mulheres e até contraria pesquisas que mostram que a sociedade é majoritariamente favorável ao aborto legal, no caso de estupro principalmente”, afirmou Yury Puello Orozco, da equipe de coordenação da organização Católicas pelo Direito de Existir.

Ela lembrou, ainda, a condição da mulher vítima de estupro: “Para receber pensão essa mulher terá que dizer que sofreu um estupro, se submeter a um processo. Ou seja, ela será duplamente violentada: na vida e no papel. Além disso, de uma certa forma, você está remunerando o estuprador”. 

Yury lembrou que existe uma onda conservadora no mundo, citando casos atuais como na Europa onde alguns direitos também vêm sendo questionados. Mas a militante ressalta que há focos de resistência, como em El Salvador, na América Central, onde ocorreu o recente caso da jovem Beatriz, de 22 anos, que estava grávida de um bebê anencéfalo e corria risco de morte por ser portadora de lúpus e de uma insuficiência renal grave. Lá, o aborto é proibido em todos os casos. Mas, após forte pressão do movimento feminista internacional, ela foi submetida a uma cesariana na segunda-feira (3) para a retirada do feto.

No entanto, Yury Puello lembrou que as religiões possuem diferentes correntes e que não são todas que possuem traços conservadores. “Dentro do catolicismo existem diferentes correntes. Tanto as organizações que são mais progressistas, quanto às que vão na linha do atual papa Francisco”, explicou. “Ora se ele se diz um papa que defende os pobres, gostaríamos de entender de quais pobres ele está falando, porque ao defender a vida desde sua concepção como tem feito, deixa de lado o direito das mulheres, que são, em sua maioria, pobres que não têm acesso à atenção básica de saúde e de prevenção”, posicionou-se a integrante das Católicas pelo Direito de Existir, referindo-se à feminização da pobreza.

Mobilização 
O movimento de mulheres organiza para o sábado (15) atos em todo país contra o Estatuto do Nascituro. Entre as organizações que já confirmaram estão a Marcha Mundial de Mulheres e a Marcha das Vadias. “Precisamos de uma nova estratégia e uma presença forte para contrapor esse cenário conservador. Uma nova forma de linguagem vem somar às reivindicações históricas das mulheres”, opinou Yury sobre os movimentos mais contemporâneos como a Marcha das Vadias.

“Temos mais um espaço de denúncia contra o modelo cultural baseado no patriarcado e consequentemente no machismo", defendeu Elza Campos.

E a mobilização para impedir o avanço do PL parece já ter seus primeiros resultados. Uma petição na página Avaaz.org foi lançada no final de abril deste ano para mobilizar a sociedade contra a proposta do Estatuto do Nascituro. No dia 9 de maio, 4 mil pessoas haviam assinado. Na manhã desta quinta (6), depois da aprovação na Comissão da Câmara, haviam 27 mil adesões. Até o final desta matéria, o número chegou a 55.466. 

Acesse a petição aqui .

Deborah Moreira
Da redação do Vermelho

quinta-feira, 6 de junho de 2013

“Femen é uma empresa, não um movimento social”, diz ex-líder do grupo no Brasil

Do Blog do Praga

Após fechamento da filial do movimento no Brasil, Sara Winter nega ter usado indevidamente o dinheiro da matriz ucrania
As meninas do autointitulado movimento sextremista Femen, fundado na Ucrânia em 2008, conseguiram atrair a atenção midiática global nos seus cinco anos de atuação, mas também arrebanharam detratores por todo o mundo. Queridinhas dos marmanjos e dos editores – o topless das beldades vende como água –, as ativistas estão mais uma vez no centro de uma polêmica.

Na semana passada, o movimento sofreu uma reviravolta com o fechamento de sua filial brasileira, das mais ativas do grupo. Em nota oficial, a sede ucraniana retirou o direito da líder brasileira Sara Winter de usar o nome Femen, a palavra sextremismo e símbolos do movimento, como o logotipo e a coroa de flores. O Femen Internacional alega que Sara teria usado indevidamente o dinheiro que elas enviaram para a ativista.

Reprodução/Facebook

Com o fim do Femen Brazil, Sara Winter pretende criar dois novos grupos


A reportagem de Opera Mundi teve acesso às transferências feitas para o Brasil em nome de Anna Hutsol (fundadora do grupo) e contabilizou exatos 3,05 mil dólares (aproximadamente R$ 6,1 mil) entre junho de 2012 e fevereiro deste ano. Foram feitas quatro transferências que, segundo Sara, foram usadas para passagens aéreas e organização de protestos.

Hutsol ameaçou ainda “revelar o real motivo que fez Sara entrar no Femen”. A brasileira, por sua vez, diz que desde fevereiro ouve a mesma ameaça das ucranianas, mas não sabe a que elas se referem.

Com o desligamento da matriz, Sara partiu para o ataque e não poupou críticas às líderes ucranianas. “O Femen Ucrânia funciona como uma empresa ou uma agência de marketing. Não é um movimento social. Elas já podem ter tido boas e reais intenções, mas hoje em dia é tudo completamente corrupto”.

Sara confirmou ainda a acusação feita em setembro do ano passado pela ex-ativista do Femen Brazil Bruna Themis. Em entrevista exclusiva, Bruna explicou que uma das razões para a sua saída teria sido a exigência da sede na Ucrânia de que as ativistas não estivessem acima do peso. Na época, Sara negou a acusação. Agora, no entanto, voltou atrás e explica que o Femen “quer sempre ativistas ‘lindas’ na linha de frente por questões de marketing”.

Segundo Sara, “a atitude é extremamente machista e reforça a sociedade patriarcal”. O Femen Ucrânia diz que esta é uma forma de atrair as pessoas para o feminismo.

Uma conversa pela Internet entre Sara e Inna Shevchenko (líder ucraniana), divulgada recentemente, revela a preocupação de Inna com a forma das ativistas. “(O protesto) da embaixada eussa não ficou sexy porque as calcinhas eram pequenas e as meninas aparentavam estar mais gordas do que são na vida real. Preste atenção nisso”, escreveu a ucraniana à brasileira.

Em outro chat na rede social Vkontatke, a mais popular da Ucrânia, Inna explica a Sara que “o feminismo clássico já morreu”. Segundo ela, as feministas fazem conferências, mas não conseguem compartilhar a ideologia com a sociedade. Sara disse que “ela (Inna) não entende que o feminismo não nasceu há 40 anos” e considera desrespeitoso dizer que o movimento clássico já morreu. “O Femen não deve se achar melhor que o feminismo clássico. Isso é também oprimir e praticar o preconceito. Ele ainda existe em vários lugares, embora eu concorde que a maioria deles seja dentro da universidade”.



Trecho da conversa de Sara com líder ucraniana que diz que feminismo clássimo morreu


Em entrevista a Opera Mundi em setembro do ano passado, Sara havia dito que o “feminismo no Brasil é elitista e hermético”, gerando muitas críticas entre as feministas tradicionais.

A origem do dinheiro do Femen Internacional também é questionada por Sara. “Quando eu estava na Ucrânia (junho/2012), percebi que as organizadoras gostavam muito de ostentar alguns bens. Não sabemos quem financia o movimento ucraniano”, declarou. Sara afirmou ainda que o grupo ganhava no ano passado aproximadamente 20 mil dólares (R$ 41 mil) por mês. “Foi o que eu ouvi quando estava lá. É difícil acreditar que esse dinheiro seja da venda de camisetas e boobsprints (carimbos de seios)”.
As desavenças entre Sara e as líderes da Ucrânia não são recentes. Desde o princípio, discordâncias a respeito de pontos centrais, como a legalização da prostituição, revelavam a falta de coesão do movimento. A Ucrânia afirma que a prostituição é sempre uma opressão à mulher e que a atividade deve ser combatida, enquanto a sucursal brasileira defendia a legalização ou fazia declarações vagas.

Outra crítica da brasileira é em relação a um suposto autoritarismo da matriz. “O movimento é controlado com braço de ferro pela Ucrânia e é todo baseado em hierarquia. Os outros escritórios não têm autonomia nenhuma”, explicou Sara. “Não vou dizer que todo o movimento é uma farsa porque isso seria descreditar o esforço de outras ativistas honestas, mas aconselho a que ninguém confie nas organizadoras que se autointitulam líderes do movimento”, conclui.

Fim do Femen Brazil

Para as ativistas do Femen Brazil, o fechamento da filial nacional foi uma surpresa. “Não sabíamos o que acontecia na matriz. A gente não tinha ideia do que existia por trás delas. Se a Sara estava de acordo com as ideias de autopromoção da Ucrânia, deveria ter feito tudo o que elas mandavam. E se não gostasse de algo, saísse”, declarou Amanda Regina, uma das ex-membros do Femen Brazil. “Se era esta merd* desde o início, por que a Sara trouxe isso (o movimento) para cá?”, questionou. Depois da declaração, Amanda resolveu perdoar Sara e assinou uma nota conjunta apoiando a ex-líder.

Sara se defende das acusações de ter agido de má-fé e de esconder os problemas do movimento aos membros da sucursal brasileira. “Eu tinha esperança de tornar o Femen Brazil independente da Ucrânia e que, com o tempo, as pessoas percebessem que nós eramos diferentes, bem intencionadas e com mais conteúdo que as ucranianas”, declarou.
Reprodução/Facebook

Outros movimentos feministas do Brasil sempre criticaram os protestos realizados pelo Femen no país


Juliana Freitas, mais conhecida como Pink, outra ex-Femen Brazil, acredita que Sara enganou muitas meninas. “Ela foi suja e mentirosa. Deveria ter sido honesta e avisado a todas no que estávamos nos metendo. Por isso eu não duvido que ela possa ter ‘roubado’ a grana das meninas”, contou.

Entre as feministas brasileiras que atuam fora do Femen, o fim da filial nacional foi comemorado. “O Femen usa o suposto ativismo em benefício próprio. Elas não ajudam a construir nada e só querem mídia. Além disso, a maioria de suas ativistas são o protótipo da padronização da beleza que encontramos na sociedade”, declarou Anna Rocha, uma das vozes mais críticas ao Femen na blogosfera do Brasil.

As ex-Femen querem agora aproveitar a popularidade conquistada no Brasil para o desenvolvimento de novos projetos. Sara pretende fundar outros dois grupos com algumas das ex-participantes. Um deles é o “Filhxs de Julieta”, que contará com uma equipe para responder a e-mails de mulheres que tenham problemas amororos, de violência ou com qualquer mágoa. “Vamos responder com muito amor e empatia”, explica. O outro movimento se chamará “Bastardxs” e pretende ser um “Femen adaptado ao contexto brasileiro”. O Femen Internacional pretende abrir uma nova filial no Brasil nos próximos seis meses

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Gomyde já assumiu o comando do PCdoB do Paraná



Interventor Ricardo Gomyde.
Interventor Ricardo Gomyde.
O diretor do Ministério do Esporte, Ricardo Gomyde, assumiu nesta quarta-feira (5) o comando do PCdoB no Paraná.
O esportista encabeça triunvirato ao lado do médico José Ferreira Lopes, o Doutor Zequinha, e de André Bezerra, representante da direção nacional do partido.
A intervenção nacional no PCdoB substituiu a antiga direção estadual, que era pilotada pelo vereador Nilton Bobato, de Foz do Iguaçu, por 15 integrantes.
A nova direção, já sob o comando de Gomyde, terá o prazo de 120 dias para realizar as convenções estadual e a do município de Curitiba — o principal colégio eleitoral do Paraná.
O blog apurou que a ideia dos interventores é recolocar o partido na rota política dentro do campo da presidenta Dilma Rousseff.
Abaixo a nova direção do Paraná e de Curitiba:
1. Ricardo Gomyde (coordenador)
2. José Ferreira Lopes ZEQUINHA (coordenador)
3. André Bezerra (coordenador)
4. Adriano Soares Matos MU
5. Aleiel Machado
6. Antonio Eduardo Branco
7. Arilton Feres
8. Denilton Laurindo
9. Doris Margareth
10. Elton Barz
11. Fábio Oliveira Bernardo
12. Joel Benin
13. Mário Ferrari
14. Paulo Pedron
15. Roberto Niero PIMPÃO

terça-feira, 4 de junho de 2013

O radical classe média : O medíocre



 Do Blog Pragmatismo Político

O Radical Classe Média se imagina como o que resta de bom no Brasil. Não raro, flerta com o fascismo

Há uma figura pitoresca que costuma habitar a classe média tradicional brasileira. Ela pode ser encontrada na universidade, nos protestos políticos, nos shoppings centers, na high society, entre os mais escolarizados, tanto nos movimentos de esquerda, como nos de direita. Na verdade, é uma radicalização da visão específica de uma classe. Vou expor algumas de suas características.
classe médai brasil caricatura
Uma caricatura do radical classe média. (Foto: Carta Potiguar)
Vale lembrar que o modo de vida apontado abaixo é um tipo idealizado do caráter do “Radical Classe Média”, podendo, portanto, uma pessoa comum reunir uma maior ou menor quantidade de tais inclinações, se associar intensamente ou dissociar do modelo.
O Radical Classe Média:
Geralmente, o radical classe média se apresenta como politizado, para, na verdade, repetir os velhos cacoetes do senso comum da política – é contra partidos;
Mais. Todo político é ladrão. Alias, para o Radical Classe Média, o problema do Brasil não é o da desigualdade, mas o da corrupção. Por isso, não perde a oportunidade de comparar a nossa suposta natural propensão para a malandragem com a sonhada condição positiva dos EUA, ou numa perspectiva intelectualizada, dos países escandinavos;
Nesse sentido, a eleição não passa de uma chantagem. Tanto faz quem vai ganhar – “é tudo igual mesmo”. O Radical Classe Média, quando não é capturado pelo moralismo e/ou suposta superioridade gerencial de um bonachão, prega o voto nulo;


O Radical Classe Média não gosta muito de se “misturar”. Quer exclusividade. No fundo, ele não suporta que ônibus coletivo passe nas praias “nobres” de sua cidade. Ou, em sua versão intelectual, defende a criação de “espaços” para os mais “humildes”;

Para o Radical Classe Média, as instituições devem aprender a se relacionar com ele, já que o dito cujo apresenta muitas especificidades;
Instituição a favor dele é democracia. Contra ele? Fascismo;
Seguranças-policiais-trabalhadores devem fazer cursos de capacitação só para aprenderem a se relacionar com ele;
Ele é anarquista para os deveres, mas não para os direitos;
Ele é contra impostos, mas quer que tudo funcione a seu favor;
Um bom Radical Classe Média critica o inchaço do Estado, mas sempre tem alguém da família, gozando de acesso privilegiado ao próprio Estado – um cargo, um contrato, etc;
O Radical Classe Média não tem diploma de graduação. Ele tem diploma de nobreza. E o “resto”? É resto, alienado. Ele se vê como o (único) “intelectual orgânico”…;
Ele é terminantemente contra o bolsa-família, a quem ele chama de bolsa-esmola, pois produz preguiçosos e premia quem nunca “quis” estudar;
Para o Radical Classe Média, quem não sabe escrever o português corretamente deveria ser impedido de votar, de expor sua opinião num blog ou jornal. Enfim, de argumentar;
Pensar é sinônimo de dominar a gramática. Do contrário, o dito cujo se encontra no nível dos animais irracionais;
Para ele, às vezes, o problema do Brasil é porque o pobre-analfabeto – ele chama de “não esclarecido” – não sabe votar. Uma cientista política advinda da USP teria um bom conceito radical de classe média para isso – ausência de “sofisticação política”;
Na versão intelectualizada, o Radical Classe Média é um crítico do jeitinho brasileiro, gosta de ler Nietzsche, Foucault, Deleuze, Guatarri. É um crítico do “micropoder”, dos “fascismos da norma”, conceitos mobilizados para negar qualquer coisa que lhe cobre alguma contrapartida social;
Há também aquelas versões do Radical Classe Média que tornam Karl Marx, ou o socialismo, numa questão de superioridade ético-moral;
O Radical Classe Média é um supercidadão. Os demais… subcidadãos;
Afinal, o Radical Classe Média estudou. Merece mais do que os simples mortais.
O Radical Classe Média se imagina como o que resta de bom no Brasil. Não raro, flerta com o fascismo.
Por Daniel Menezes, em CartaPotiguar

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Austríaco escapa de acidente, vai à igreja agradecer e morre esmagado por altar

Do Blog do Praga

Caso ocorreu em Viena, segundo a imprensa britânica.
Gunther Link, de 45 anos, morreu imediatamente.

O austríaco Gunther Link, um católico devoto de 45 anos, escapou da morte quando ficou preso em um elevador. Em seguida, foi a uma igreja agradecer a Deus, mas o altar de pedra caiu sobre ele e o matou, segundo o jornal britânico "Telegraph". 

O caso ocorreu na Igreja Weinhaus, em Viena, capital austríaca. Link teve morte instantânea, segundo o jornal.

"Ele era um homem muito religioso, ficou assustado quando ficou preso no elevador e rezou para se livrar", disse Roman Hahslinger, porta-voz da polícia. 

"Pouco depois, ele saiu do elevador e foi direto à igreja para agradecer", disse o policial. "Ele aparentemente abraçou um pilar de pedra em que o altar estava apoiado, e o altar caiu sobre ele, matando-o na hora." 

O corpo de Link foi encontrado por paroquianos que chegaram à igreja no dia seguinte para assistir a uma missa. 

As impressões digitais da vítima foram encontradas no altar. O caso vai ser investigado.

Danilo Gentili, do CQC, explica que ser racista é legal.




DANILO GENTILI, DO CQC, EXPLICA QUE SER RACISTA É LEGAL.


Do Blog O Amortecedor


Só não façam piadas sobre idiotas que aí eu me ofendo.
Só não façam piadas sobre idiotas que aí eu me ofendo.
Danilo Gentili é descendente de italianos, branco, classe-média, famoso, profissionalmente bem sucedido. Ele provavelmente não teve oportunidade de ser vítima de preconceito, ao longo de sua vida. Por ser humorista, ele acha que o riso deve estar acima de qualquer coisa. O mesmo que acham os jornalistas da liberdade de expressão, os publicitários da de criação etc. Pra fazer rir, vale tudo. Até ser racista. Ele escreveu um texto ironizando a questão racial no Brasil, um assunto que eu, e tanta gente mais séria que ele, achamos fundamental. Pior: foi previsível, como geralmente são os racistas que bradam contra o que eles chamam de “patrulha do politicamente correto”. Porque agora, dizem os racistas, o legal é ser politicamente incorreto, falar o que quiser, ofender as minorias, fazer pouco dos oprimidos. Com as palavras, como se as palavras não machucassem, como se fossem inofensivas. Ora bolas, nós que lidamos com palavras, sabemos o poder que elas têm. Para o bem e para o mal. Já o Danilo Gentili acha que o humor dele é mais importante que tudo, que fazer piada sobre a condição do negro não é reproduzir o preconceito ancestral contra essas pessoas. É só ser engraçado. E ser engraçado é o que há. Porque se é piada, tá valendo, não é sério mesmo.
Lá no textinho, o humorista, além de demonstrar toda sua ingenuidade, desfila aqueles velhos argumentos que nós já estamos cansados de rebater:
1) que não existem raças, logo classificar as pessoas por raças é racismo
(e o incrível desdobramento disso: negros não deviam se ofender quando comparados a macacos).
Eu já disse isso. Biologicamente não existem raças. Socialmente, ou seja, no mundo real em que eu e vc vivemos, existem, e são classificadas em escalas hierárquicas, em que o negro está quase sempre subordinado ao branco. Ignorar essa hierarquia e essa desigualdade é justamente o que pretende o “racismo à brasileira”: se negar para se perpetuar. Somos todos humanos, dizem seus ideólogos, não existem raças, quem fala de raça, quem se entende parte de uma (no nosso caso, a negra) é racista. (diz Gentili: Se você me disser que é da raça negra preciso dizer que você tambem é racista) Esse discurso pretende tornar a questão da raça uma não-questão e botar a culpa do problema na vítima. E nós, que não gostamos de nos calar, somos vistos como  racistas, por sempre trazermos à tona esses problemas. Como hoje em dia é feio parecer racista, usa-se o humor para perpetuar a ideia de que, ora bolas, essa galera que fica aí acusando preconceito, se fazendo de vítima, reclamando de racismo, são eles os próprios racistas. Porque todo mundo sabe que chamar um negro de macaco é pejorativo, remetemo-nos ao tempo em que se negava condição humana ao negro, que assemelhavam-no a um “ser inferior”. Mas o Gentili não, quer pagar de legal, de politicamente incorreto, e fica fazendo piadinha dizendo que, SE FOSSE COM ELE, adoraria ser chamado de macaco. Mas, oi, não é com vc. Sorte sua. Você provavelmente não teve que lidar com problemas de auto-estima por causa da cor da sua pele, e de seus traços físicos. Problemas que não decorrem necessariamente da cor e dos traços em si, mas do julgamento que o mundo faz deles. Porque, alô, traços negróides tão num nível inferior na escala estética ocidental. São quase os mesmos traços do macaco, segundo o senso comum. E é muito daí que vem a comparação entre os negros e os símios. Ignorar isso é desonestidade intelectual, ou falta de intelecto, não sei o que é pior.
2) não há problema em chamar um preto de preto.
É feio se fazer de desentendido. É claro, óbvio e evidente que existe uma diferença abissal entre as palavras preto e negro. Uma rápida consulta à gramática mais próxima sobre sentidos conotativo e denotativo talvez resolva o problema. Preto foi, é, e pelo visto, sempre será usado num sentido pejorativo, em geral com vistas a ofender ou demonstrar uma valoração inferior ao que tá em volta da palavra. “Preto safado”, “coisa de preto”, “preto de merda” etc reforçam a ideia. Negro não, é mais neutro, não traz consigo a carga ofensiva que seu sinônimo carrega. Ora porra, não é um problema com as palavras em si, mas em como elas foram e são usadas ao longo da história. A escolha de preto ou negro nos diz muito sobre o sentido que o falante quis empregar no enunciado. E eu me sinto um idiota explicando isso a um brasileiro, a alguém que convive com essas palavras desde sempre, que sabe, com toda a clareza que elas são muito mamuito diferentes, que dizem coisas diferentes. E que não são apenas palavras, como piadas não são apenas piadas. Tudo isso tá carregado de conteúdo simbólico, muitas vezes preconceitos que, travestidos do riso e de “simples palavras” se reproduzem e não são questionados.
3) ser politicamente correto é ser imbecil e superficial.
E eu acho que devem ser questionados sim, evitados e combatidos. Eu acho que as palavras e atitudes nossas devem sim ser politicamente corretas. E por que não seriam? Pensar sobre as palavras que usamos e deixar de usá-las se não forem adequadas é louvável, é hábito que devemos cultivar. Se rimos da piada racista, homofóbica e discriminatória é porque carregamos em nós um pouco desse conteúdo nefasto. Conscientemente é difícil perceber isso, principalmente se fazemos parte do outro lado, dos que não sofrem com o preconceito na pele. E aí “politicamente correto” vira coisa de maluco, de gente preciosista que não tem nada o que fazer e fica enchendo o saco. Mas da feita que nos colocamos no lugar do outro, no lugar do ofendido, passamos a perceber a carga destruidora que uma simples piada pode ter na vida de alguém. Porque é feio ficar fazendo piadinha com o sofrimento alheio.
Por fim, a observação do seu Gentili no final do post racista:
Antes que diga “Não devemos fazer piadas com negros, nem com gordos, nem com gays, nem com ninguém” Te digo: “Pode colocar meu nome aí nas páginas brancas da sua lista negra, mas te acho chato pra caralho”.
Claro, porque fazer piada com negros, gordos e gays é só uma brincadeira inofensiva né? Quem não gosta disso é só “chato pra caralho”. Quem vive da reprodução do preconceito é que é legal, porque se furta ao debate e ainda fica repetindo asneiras em rede nacional e recebendo aplausos. Impunemente. Que tal perguntar pros negros, pros gordos e pros gays o que eles acham das piadas? Não né? Na plateia do circo nunca estão os parentes do elefante que se equilibra ridicularmente nas tábuas e esferas. Engraçados são os outros.
http://amortecedor.wordpress.com/2009/08/06/danilo-gentili-do-cqc-explica-que-ser-racista-e-legal/

Fotógrafo emociona e choca ao clicar mulheres pós câncer de mama

Do Portal Vermelho


David Jay, é um renomado fotógrafo de moda acostumado a fotografar as mais belas mulheres do mundo. Há três anos atrás, uma de sua melhores amigas, com apenas 29 anos, foi diagnosticada com câncer de mama. Jay acompanhou de perto a luta de sua amiga para vencer a doença e desde então, fotografou mais de 100 jovens mulheres sobreviventes dessa mesma enfermidade. 


David Jay
Câncer de mama
Projeto “SCAR” (Survivor Cancer) retrata a difícil batalha de mulheres que resistiram a essa implacável doença e seguiram suas vidas adiante
O projeto intitulado, “SCAR” (Survivor Cancer), retrata cruelmente a difícil batalha dessas mulheres que resistiram a essa implacável doença e seguiram suas vidas adiante.

As imagens são fortes. As cicatrizes deixadas pelas operações sofridas para as retiradas das mamas, marcaram mais que a pele dessas mulheres, porém, esses não foram motivos suficientes para que deixassem se despir e mostrassem ao mundo a importância de se aumentar a consciência de todos, sobre os exames médicos preventivos.

O ensaio foi dedicado as mais de 10 mil mulheres, entre 18 e 40 anos, que sofreram dessa doença no ano de 2011. Confira algumas imagens abaixo:




















Fonte: Revista Fotomania

Congresso em Goiânia: Virginia Barros é eleita presidenta da UNE



“A juventude está viva e pronta para continuar suas lutas”. Declarou a reportagem do Portal Vermelho, Virginia Barros (a Vic), presidenta eleita da União Nacional dos Estudantes (UNE), durante o 53º Congresso Nacional da UNE, que ocorreu entre os dias 29 de maio e 2 de junho, na cidade de Goiânia, no estado de Goiás. 

Joanne Mota, de Goiânia para o Portal Vermelho


Virginia Barros, que  compõe a chapa Movimento Bloco na Rua, que é encabeçado pela União da Juventude Socialista (UJS), recebeu nestas eleições 68,3% dos votos dos 3.764 delegados crediciados. 

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Foto: UNE

Segundo dados atualizados da direção da UNE, participaram do Congresso mais de oito mil estudantes, representando cerca de 800 municípios. A UNE destaca que esta edição do Congresso mobilizou cerca de 98% das instituições de ensino do país.

A presidenta eleita destacou ser “muito simbólico os estudantes alçarem, à presidência da UNE, uma mulher”. Ela lembra que, além dela, somente mais quatro mulheres ocuparam esse cargo, o que demonstra os desafios das mulheres na luta por maior representatividade nos espaços de poder.

E constatou: “Empoderar as mulheres nos espaços de poder, seja instituído seja nos movimentos sociais, além de ser uma demanda urgente que está dada para a sociedade, de forma que consigamos naturalizar a presença das mulheres nesses espaços”, destacou Vic.


Foto: Joanne Mota

Sobre os desafios a serem enfrentados a partir de hoje, a nova dirigente da UNE destacou que a principal bandeira da UNE será a luta pela destinação de 10% do PIB [Produto Interno Bruto], 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação.

"Recebemos o bastão de uma gestão que já obteve grandes conquistas. Seguiremos no combate para ampliar essas conquistas. De modo que bandeiras como a luta contra a desnacionalização da educação, o reforço da luta pelo reforço da política de cotas, a luta pela reforma politica e dos meios de comunicação serão bandeiras que continuarão dando o tom da luta da UNE.

Daniel Iliescu reafirmou o significado de conduzir à direção da UNE mais uma mulher. "Nossa companheria (Vic) conduzirá com grande êxito as lutas da UNE".

Ao passar o bastão para a nova presidenta, Daniel falou sobre a importância que a UNE ganhou nos últimos anos e destacou a pluralidade que a entidade possui. "A UNE é um se forjou como espaço fértil para as lutas políticas, a juventude tem muito a fazer e a UNE está ciente disso. A Vic liderará as nossas lutas e ampliará ainda mais a força da UNE", pontuou.

O presidente da União da Juventude Sociaalista (UJS), André Tokarski, salientou que a UJS buscou se conectar com as lutas do movimento estudantil e o resultado alcançado nesse Congresso é resultado da luta de uma juventude conectada com as lutas e que está ciente dos desafios do nosso Brasil. 

Segundo o dirigente da juventude socialista, "a militância está de parabéns. Ela se mobilizou nos 27 estados, colocou o bloco na rua, para refletir sobre as lutas da juventude e o resultado alcançado é fruto do esforço dessa militância aguerrida".

E lembra “Junto com o Movimento Bloco na Rua, a UJS foi mais uma vez protagonistas nessa mobilização para a construção do Congresso da UNE e elegemos uma representante de todo o movimento estudantil brasileiro. A Vic ao tempo que é combativa e formuladora ela também é uma mulher que é atenciosa e que ouve a opinião dos estudantes. Tenho convicção de que por ser mulher, a nossa nova presidenta da UNE vai ampliar a representação da UNE nos rumos do debate da Educação”, disse Tokarski ao Vermelho.

UNE 2013/2015

A nova direção é composta por 81 diretores assumem cargos na entidade, sendo que 17 participam da diretoria executiva, ocupando posições como presidência, vice-presidência, secretaria geral, diretoria de universidades públicas, diretoria de universidades particulares, diretoria de comunicação ou diretoria jurídicax militantes estudantis de xxx regiões do país.

Por que a juventede não para



http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=215070&id_secao=8