sábado, 15 de dezembro de 2012

Polícia rodoviária, Parati 86 e preconceitos....

                      O "objeto de ódio"  da Polícia Rodoviária do Paraná

Polícia rodoviária, Parati 86 e preconceitos....

Por Carlos Maia

Descia mais uma vez para praia (a trabalho) , litoral paranaense, Matinhos.Belo dia de sol.A cabeça a mil, saindo do agito da capital.Depois de uma viajem tranquila, mais de 100 km, eis que avisto, lá na frente, o posto da polícia Rodoviária , penso comigo; "Putz, vão me parar de novo, outra vez, tal qual fizeram na última viaje minha a praia..
.na subida e na descida!" .

     Não deu outra, o polícial, que mais parecia um robocop tupiniquim, me acenou com a mão para parar " Documentos na mão ,meu amigo" esbravejou ele....lhe passei todos que os recolheu e foi até sua guarita para comprovar a validade dos papéis.Nesses breves 15 minutos que tive de pacientemente aguardar sua volta fiquei me indagando: " Que polícia essa do Paraná?É a terceira vez que me param...sempre o meu carro....uma Parati 86...só pode ser perseguição, discriminação,preconceito social, sou branco, mas sou pobre!!!!É isso, só pode ser isso!Não pode ser coincidência!Quantos carrões passaram por mim nesses 15 minutos?"
     Eis que o guarda retorna me entrega minha papelada e me deseja um bom dia: "vai de boa, amigão" , recomenda ele...Pego meus documentos, e aproveito já que estou parado para trocar um cd e tomar o restante de minha coca, quando dou uma olhadinha pelo meu retrovisor e vejo o mesmo guarda que havia me parado, acenando para mais um carro, mas desta vez, um carrão, se não me engano uma caminhoneta, daquelas importadas, enquanto bebo meu refri , logo penso: "carlos Maia, que bobo é você, tudo prá ti virou motivo de preconceito , discriminação , racismo etc....estamos no Brasil, no Paraná, perto de Curitiba, isso que você AFIRMA  que é preconceito e perseguição não existe, são coisas de sua cabeça!"...
     Acelero meu carro, dou mais uma e última olhadela pelo retrovisor, e vejo os ocupantes do carrão descerem, um a um, pai, mãe e duas crianças...todos negros.












Pedro Cardoso detona a indústria de celebridades da Globo


Pedro Cardoso detona a indústria de celebridades da Globo


Com a ajuda inconsciente de um fotógrafo convidado por Pedro Bial, o ator Pedro Cardoso fala de forma aberta o que muitos gostariam de falar em um meio de comunicação como a Globo. 


No debate sobre a profissão de paparazzo, Cardoso questiona: "aqui falta um personagem, falta o capitalista que paga para quem produz a profissão dele, o cara que paga pela foto que ele tira. Meu inimigo não é ele (opaparazzo), meu inimigo é o cara que contrata esse serviço". 

Voltando-se para uma menina do público, o ator continua: "A minha vida não é melhor do que a dela, nem superior a vida dela e através dessa falsa e ridícula mídia que vende a vida particular das pessoas ninguém está sabendo verdadeiramente quem eu sou. São falsas notícias, como ele mesmo (o fotógrafo paparazzo) disse: artistas que programam com os seus paparazzi particulares falsos encontros... Tudo isso é mentira. Eu aqui, você ali, isso é uma coisa verdadeira. Essa indústria que vende a nossa vida, ela só vende a mentira. Infelizmente uma enorme parte da classe artística, ou pseudo artística, não compreende esse fenômeno e acha que está sendo formador de opinião ao falar sobre qualquer assunto, sobre qualquer coisa. Não é verdade. Isso é tudo mentira. BusinessOnly business!".

Nesse momento Pedro Bial insinua interromper Pedro Cardoso, mas o o ator não para: "Há uma demanda, mas essa demanda é pela verdade, não é pela mentira". O público aplaude Cardoso que vibra: "Yes!". 
O debate segue quente até que o ator pressiona Bial: "Cadê o dono? Cadê o patrão, o capitalista (que compra as fotos do paparazzo)?". E o que ninguém esperava aconteceu: o próprio fotógrafo é quem revela quem compra suas fotos: "Sim, e o principal site que compra é da TV Globo. E a principa revista que compra é da TV Globo". "É das organizações Globo?", pergunta Bial, e o fotógrafo: "Sim". Desconcertado, Bial emenda: "Olha que delícia a gente poder falar disso aqui". Em seguida o apresentador pede a opinião da outra convidada, Dira Paes, e rapidamente encerra a entrevista sob os protestos de Pedro Cardoso. Imperdível!



O episódio foi ao ar em julho deste ano no programa Na Moral, apresentado por Pedro Bial no período em que o apresentador não estava à frente do realty show Big Brother Brasil

Fonte: Da redação, com agências

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=201042&id_secao=11


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PC chileno celebra 100 anos em ato com 70 mil pessoas


PC chileno celebra 100 anos em ato com 70 mil pessoas


Cerca de 70 mil pessoas participaram, na noite deste domingo (10), de um ato de celebração dos 100 anos do Partido Comunista do Chile, que foi realizado no Estádio Nacional, onde se apresentaram vários artistas, incluindo o cubano Silvio Rodríguez.


Do Portal Vermelho

O evento contou também com a presença de representantes de outros partidos políticos, uma oportunidade que foi usada pelo secretário-geral da PC, o deputado Guillermo Teillier, para fazer um apelo à unidade da oposição, para enfrentar junta as próximas eleições presidenciais e legislativas de 2013.

Durante seu discurso aos participantes, Teillier criticou o governo do presidente Sebastián Piñera, a direita e seus projetos, como a Lei da Pesca, que favorecem apenas os ricos, fato pelo qual exigiu mudanças na economia, que incluam uma maior presença "do Estado e uma reforma tributária. "

Ele também disse que seu partido exige "uma educação público gratuito", e também apoiou a possibilidade de descriminalização do uso da maconha.

"Convocamos a unidade e a luta: de outra forma não se cumprirão essas exigências", disse o secretário geral do PC. Ele também reivindicou a do PC na ampla derrota da direita nas recentes eleições municipais, em que seu partido aumentou o número de prefeitos e vereadores.

"Esta vitória deve persistir nas próximas eleições presidenciais e parlamentares, para o que precisamos, e é a nossa demanda, contar com um programa que nos represente a todos nós, especialmente ao mundo social", concluiu Teillier.

O espetáculo foi aberto pelo cantor cubano Silvio Rodriguez, que passou cerca de uma hora no palco, e em seguida, apresentaram-se artistas nacionais de renome, como Inti Illimani, Illapu, Sol e Lluvia e Manuel García.

"O povo unido jamais será vencido", gritava a multidão, que formava uma ampla gama de fãs jovens e antigos, que recebeu com fervor o cantor e seus cinco acompanhantes. Silvio deu início ao show com "Carta a Violeta Parra", cujos acordes fizeram brotar uma multidão de exclamações, aplausos, bandeiras de Cuba e do Chile, das Juventude Comunista e do povo mapuche, entre outros.

"Hoje enfim estou aqui porque conheci uma pessoa que se chamava Victor Jara. Estou aqui porque eu conheci uma pessoa chamada Gladys Marin. Estou aqui porque eu conheci uma pessoa chamada Isabel Parra. Por isso que eu estou aqui" , disse o cantor cubano.

Depois de fazer uma homenagem merecida a Violeta Parra, Silvio presenteou os participantes com Cita com Angeles, Santiago de Chile, Historia de la silla, Mujeres e Escaramujo.

Por sua parte, a platéia cheia de euforia gritava frases: "Um Chile novo é possível", "O povo unido jamais será vencido", "Viva Silvio", "Vivam Cuba e o Chile."

O presidente do Partido Comunista do Chile, Guillermo Teillier agradeceu a apresentação do trovador cubano e recordou como, apesar de suas músicas estarem proibidas no país durante a ditadura, elas floresceram como rosas vermelhas de resistência e encorajamento para continuar lutando.

"Esse gesto, tão comovente sua parte Silvio, corresponde à solidariedade entre nossos povos, temos a certeza de que vai durar por muito tempo. O Chile segue te admirando e te querendo bem", disse Teillier.

A primeira viagem de Sílvio ao Chile foi em 1972, durante o governo de Salvador Allende, que decide cometeu suicídio em 11 de setembro de 1973.

Durante a ditadura, os militares censuraram seus discos, e só depois de 1990, com a queda de Augusto Pinochet, o artista cubano pode retornar ao Chile. Depois visitou o país em outras oportunidades.

Dentro das figuras do PC, destacaram-se a presidenta da Central Unitária de Trabalhadores (CUT), Barbara Figueroa, assim como os jovens líderes, Camila Vallejo e Camilo Ballesteros, que lideraram o movimento estudantil e agora são cartas do partido que podem ser apresentadas nas eleições parlamentares.

Também foi divulgada uma mensagem enviada pela ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, que atualmente atua nas Nações Unidas, mas as pesquisas a indicam como a figura principal da oposição e provável candidata a retornar à Presidência.

"Eu estou contente que o PC possa comemorar este aniversário em um Chile capaz de superar muitos obstáculos para construir uma convivência livre e democrática", disse o presidente em sua mensagem.

"Apesar das limitações do sistema eleitoral binominal, que é urgente reformar, o PC chegou a uma representação parlamentar legítima, como parte de uma acordo amplo das forças democráticas, que também deu frutos na recente eleição municipal", disse Bachelet.

O PCdoB também partricipou da celebração chilena, enviando representantes ao evento.

Com agências


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=200937&id_secao=7

FARC - Holandesa diz que se sente realizada como guerrilheira


FARC - Holandesa diz que se sente realizada como guerrilheira


A Holandesa Tanja Nijmeijer participa das negociações de paz com o governo colombiano em Havana, Cuba, e age como garota propaganda do grupo.

 por Paulo Aguilera no Bóia Quente 



Tanja Nijmeijer participa das negociações de paz com o governo colombiano em Havana, Cuba


A guerrilheira holandesa Tanja Nijmeijer, que integra a delegação das FARC que participa das negociações de paz com o governo colombiano em Havana, afirmou à AFP que não imagina sua vida fora da organização insurgente, à qual aderiu há uma década.
"Não posso voltar atrás e nem quero voltar atrás", disse Nijmeijer, filóloga de 34 anos, em entrevista exclusiva à AFP na Praça da Revolução, em Havana, diante da imagem do guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara, a quem "todos os membros das FARC adoram", declarou.
"Sinto-me realizada como guerrilheira das Farc e não sei o que teria sido de mim (de outra forma). De repente seria dona de casa, teria três filhos, estaria divorciada, mas isso não teria me realizado da forma que me realiza ser guerrilheira", acrescentou a holandesa, que está em Cuba desde 5 de novembro.
Única integrante europeia conhecida da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Nijmeijer ganha um brilho nos olhos quando fala de seu ingresso, há mais de uma década, na guerrilha mais antiga da América Latina, considerada organização terrorista por Washington e a União Europeia.
"Estou nas FARC porque é a forma de luta que o povo colombiano escolheu, porque não lhe restou outra opção a não ser lutar com armas", afirmou Nijmeijer, que tem como nome de guerra 'Alexandra' e que na guerrilha faz trabalhos de tradução, comunicação e ensino do Marxismo.
"No final das contas, o que me motivou para estar nas fileiras das FARC é que concebo a luta 'fariana' (das FARC) como um centro de luta no mundo e penso que o povo colombiano é uma vanguarda de luta", acrescentou, falando um espanhol fluente com sotaque colombiano.
Ela admitiu que "foi muito dura" sua adaptação à vida na guerrilha e, sobretudo, "à cultura do camponês colombiano. "Tem sido um sacrifício por um lado, mas me sinto muito realizada e muito contente de estar nas fileiras" das FARC. "Estou há dez anos casada com o exército do povo e estou me saindo muito bem", afirmou.
"Em Havana, lutamos sem fuzil"

Nomeada pelas FARC uma de suas delegadas para o diálogo com o governo do presidente Juan Manuel Santos, que esta quarta-feira continuava pelo terceiro dia consecutivo no Palácio das Convenções de Havana, Nijmeijer assegurou que a organização guerrilheira está preparada para lutar pela paz "com ou sem fuzil".
"Nós lutamos com fuzil ou sem fuzil e estamos aqui em Havana para lutar sem fuzil. Queremos lutar por um processo de paz, queremos que o povo colombiano possa viver em paz", disse Nijmeijer, a integrante da delegação insurgente mais perseguida por jornalistas da América Latina e da Europa em Havana.
"Para mim é uma honra estar aqui, uma honra poder contribuir com o processo de paz na Colômbia, e quanto a Cuba, aqui me sinto bem (...) Cuba é linda", afirmou Nijmeijer, que teve a sua nomeação como porta-voz interpretada como um golpe de imagem das Farc no exterior.
A guerrilheira, que viajou a Cuba depois que a Promotoria colombiana suspendeu duas ordens de captura contra ela, uma pelo crime de rebelião e outra com fins de extradição, espera que através das negociações "por fim se possa fazer a paz" na Colômbia, mas "uma paz com justiça social, com educação para todo o povo".
Nijmeijer é acusada nos Estados Unidos do sequestro, em 2003, de três empreiteiros americanos, que foram libertados em uma operação das forças militares da Colômbia em 2008 juntamente com a ex-candidata à Presidência Ingrid Betancourt, de nacionalidade colombiana e francesa. Uma saudação aos indignados do mundo.
Nijmeijer, que afirmou em Havana o desejo de viajar à Holanda para explicar "o porquê da luta na Colômbia", elogiou os movimentos dos "indignados" em todo o mundo, cuja luta considerou "muito importante". "Quero parabenizar todos os jovens do mundo que estiverem lutando neste momento, aos operários na Grécia, a todos os movimentos sociais que há no mundo, porque estas lutas são muito importantes nesta época", disse a guerrilheira.
Este diálogo que governo e as FARC celebram em Havana é a quarta tentativa de paz entre as partes. O processo conta com o apoio de Noruega e Cuba, como países garantes, e de Venezuela e Chile, como acompanhantes. Na Colômbia opera também a guerrilha guevarista Exército de Libertação Nacional (ELN), que pode começar também um processo de paz com o governo Santos, segundo declarou o grupo insurgente em um comunicado publicado na segunda-feira da semana passada.


Postado por Carlos Maia ás 13:57


domingo, 9 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer fala sobre Stálin: Quando a verdade se impõe


Oscar Niemeyer fala sobre Stálin: Quando a verdade se impõe


Estou no Rio, em meu apartamento em Ipanema, alheio à agitação que hoje, 31 de dezembro, afeta toda a cidade. Recebo, pelo telefone, o abraço de fim de ano de meu amigo Renato Guimarães, lembrando-me, com entusiasmo, do livro sobre Stálin que, meses atrás, lhe emprestei. 
Por Oscar Niemeyer na Folha de S. Paulo


Uma obra fantástica do historiador inglês Simon Sebag Montefiore, sobre a juventude de Stálin, que tem alcançado enorme sucesso na Europa, reabilitando a figura do grande líder soviético, tão deturpada e injustamente combatida pelo mundo capitalista.

E fico a pensar como essa publicação me chegou às mãos por um amigo, o arquiteto argelino Emile Schecroun, que hoje reside na capital francesa. E vale a pena comentar um pouco da vida desse querido companheiro, que, ao ter início a luta entre a França e a Argélia, deixou o PCF em Paris, onde vivia, para filiar-se ao partido comunista argelino e combater no seu país de origem, ao lado de seus irmãos, por sua libertação. E contar como sua mulher foi torturada e ele, um dia, preso e enviado sob algemas para a França.

Duas ou três vezes por ano Emile vem ao Rio me ver. Quer falar de política, lembrar dos velhos camaradas de Paris. Às vezes eufórico, contente com o que vai acontecendo pela Europa; outras, como na última ocasião em que me visitou, preocupado com a crise que envolve o PCF, na iminência de ter que alugar um andar da sede que projetei. 

Tentei intervir, propondo uma entrada independente que servisse de acesso aos que vão utilizar aquele pavimento... Mas logo meu amigo reage, certo de que a situação política tende a melhorar, de que os jovens da França continuam atentos ao que passa pelo mundo, prontos a protestar contra tudo o que ofende a dignidade humana.

E volto a lembrar daquele livro, a figura de Stálin ainda muito jovem, sua paixão pela leitura, o seu interesse nos problemas da cultura, das artes e da filosofia, sempre a cantar e dançar alegremente com seus amigos.

É claro que a juventude russa já sofria a influência de escritores como Dostoiévski, Tolstói e Tchecov, a protestar contra a miséria existente, revoltados com a violência do regime czarista. Muitos, a exemplo de Dostoiévski, enviados para a prisão na Sibéria, onde durante anos ficaram detidos. Depois, como tantas vezes ocorre, a vida a levar o jovem Stálin à luta política, que, apaixonado, o ocupou até a morte.

E o livro relata as prisões sucessivas que ocorreram em plena juventude, as torturas que presenciou, enfim, tudo que marcou a sua atuação heroica na luta contra o capitalismo.

Ponho-me a folhear a obra, surpreso em constatar que o seu autor, depois de enorme pesquisa que se estendeu a arquivos da Geórgia, somente há muito pouco tempo franqueados a pesquisadores, levantou informações inéditas importantes sobre a vida de Stálin.

É bom lembrar que não se trata de autor de esquerda, mas de alguém que, pondo de lado suas posições político-ideológicas, soube interpretar uma juventude diferente, marcada pela inquietação cultural, que levou Stálin à posição de revolucionário e líder supremo da resistência contra o nazismo. Muito animado, Renato me diz que, seguindo a linha política de sua editora, esse vai ser um dos livros que com o maior interesse irá publicar.

A tarde se estende lentamente. Em breve o povo estará nas ruas a cantar – alguns esquecidos de que a miséria em que tantos vivem não se justifica, outros, como nós, confiantes em que um dia o mundo será melhor.

Artigo publicado na Folha de S. Paulo em 9 de janeiro de 2009

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=200824&id_secao=1

O fascismo cotidiano de 'Veja"


























































É assim que o panfletóide nazi-fascistóide "Veja' tratou de noticiar a morte do camarada Oscar Niemeyer.








Cuba e a bandeira contra o imperialismo na visão de Niemeyer


Cuba e a bandeira contra o imperialismo na visão de Niemeyer


Na Praça Central da Universidade de Ciências Informáticas em La Habana, a especial amizade entre Oscar Niemeyer e a revolução cubana está materializada em formas ovaladas de aço, compondo um monumento contra o bloqueio

Por Maria do Carmo Luiz Caldas Leite

Do Portal Vermelho


Niemeyer odia por igual al capitalismo y al ángulo recto. Contra el imperialismo, no es mucho lo que puede hacer. Pero contra el ángulo recto, opresor del espacio, triunfa su arquitectura libre y sensual y leve como las nubes(Eduardo Galeano).
A obra, que carrega a densidade do gênio, simboliza a resistência ao imperialismo esculpido como Golias – o monstro ameaçador –, frente a David, alçando sua bandeira, sempre altiva e determinada. Um dos derradeiros trabalhos do arquiteto reflete justamente os laços fraternos compartilhados com Fidel e a solidariedade às lutas do povo cubano, o mesmo que sempre soube transformar os reveses em vitórias, segundo Niemeyer.
 
 
Esta universidade apresenta matrículas superiores a 5 000 estudantes de graduação procedentes de todas as regiões da ilha e a quantidade de trabalhadores supera os 2 000, distribuídos em diferentes funções. Conta com um extenso conjunto de áreas vinculadas às atividades docentes, de pesquisas aplicadas, investigativas e de serviços à comunidade. O centro faz parte do Programa Batalha de Ideias, um movimento de massificação da cultura e da educação, desencadeado em dezembro de 1999. As ações do projeto, que busca oferecer uma cultura geral e integral a todos os cubanos, incluem estratégias para eliminar as desigualdades, que possam ter sido geradas como consequência do período de crise deflagrado pelo desmoronamento do antigo campo do leste europeu e da extinção da URSS, dar prioridade às ações voltadas aos setores vulneráveis da população, obter uma sociedade sem desempregados e sem presos e garantir não somente igualdade de oportunidades, mas também de possibilidades. Dentro dessas circunstancias surgiu a ideia de converter o território ocupado pela antiga Base de Lourdes em universidade, seguindo a tradição cubana de converter quartéis em escolas, vigente desde o triunfo revolucionário de 1º de janeiro de 1959.
Na busca de um discurso único, na clara intenção de difundir a ideia segundo a qual as formas atuais de globalização seriam irreversíveis, junto a Fidel, Niemeyer foi contabilizado como um dos “últimos comunistas” do mundo. A agenda de prioridades, ditadas pela lógica econômica desigual e excludente, parece não coincidir com a universalização dos valores éticos e do pleno exercício da cidadania, que emanam do legado de Niemeyer.

Há algum tempo, quando perguntaram como gostaria de ser lembrado, Niemeyer disse que desejaria em sua lápide uma frase simples: “Brasileiro, arquiteto que viveu entre amigos, crendo no futuro.” O imperialismo não perdoa nem a Cuba e nem a Fidel, mas terá num belo dia que render-se à perfeição dos edifícios, monumentos, esculturas, escolas e igrejas, parte marcante das paisagens de muitos países do mundo, como Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Itália e Argélia, entre outros. Resta-nos a esperança, alimentada pela crença em um mundo melhor, pleno de beleza e solidariedade, a grande lição de Niemeyer.


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=200828&id_secao=7

*Maria do Carmo Luiz Caldas Leite é professora de Física, Mestre em Educação e membro da direção do PCdoB de Santos.]

Urgente: Chávez será submetido a cirurgia; Venezuela pode ter nova eleição




Chávez será submetido a cirurgia; Venezuela pode ter nova eleição



Com o favor de Deus, como nas ocasiões anteriores, sairemos vitoriosos e marcharemos adiante", declarou neste sábado (8) o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, depois de informar que será submetido a uma nova cirurgia. Os últimos exames detectaram a presença de células malignas na mesma região do corpo em que foi diagnosticado um tumor em 2011.


O chefe de Estado, acompanhado pelo vice-presidente Nicolás Maduro e alguns ministros, informou no Palácio Miraflores que partirá para Cuba nesta segunda-feira (10) para ser submetido a um novo tratamento cirúrgico, e expressou que como sempre continua aferrado a Cristo para superar esta nova etapa que a vida lhe apresentou.

Durante seu pronunciamento transmitido em rede nacional de rádio e televisão, o presidente da Venezuela sublinhou que a Revolução Bolivariana não depende de um só homem, já que é um coletivo, e que o povo venezuelano a assumiu como tal.

"Atravessamos etapas, afortundamente esta Revolução não depende de um só homem, apareceu uma liderança coletiva", acrescentou.

Chávez também fez um chamado pelo fortalecimento da unidade popular e de todas as forças revolucionárias. "Digo isto porque os adversários não descansarão na intriga, sobretudo em circunstâncias como estas. Unidade, unidade. Hoje temos a pátria mais viva do que nunca. Viva a pátria!" – enfatizou.

Emocionado, Chávez fez referência à segurança e à convicção da unidade de todos os patriotas venezuelanos na defesa da pátria e de sua Revolução.

O presidente expressou que nesta nova batalha existem riscos inegáveis e instou o povo a seguir elevando bem alto a bandeira da Revolução Bolivariana e da pátria.

Chávez advertiu para a possibilidade de ocorrer alguma situação que o impeça de continuar exercendo suas atividades como chefe de Estado. Nesse caso, seria obrigatório um novo processo eleitoral para a escolha do presidente. Nessa hipótese, disse Chávez, o vice-presidente Nicolás Maduro seria o candidato da Revolução Bolivariana para dirigir os destinos da pátria de Bolívar junto ao calor do povo.

O mandatário nacional realçou que na Venezuela "Chávez é um grande coletivo", que como na campanha presidencial, "Chávez é o coração do povo".

Chávez manifestó que sua vida foi marcada por “viver em meio a milagres”, como foi a Revolução Bolivariana, que devolveu a independência e a soberania ao povo venezuelano.

O presidente comentou que desde junho de 2011 vem enfrentando este problema de saúde "com muita mística, fé, esperança, com muita dedicação no plano individual e familiar", e inclusive tem "enfrentado manipulações, misérias humanas, mas acima de tudo com a fronte erguida, como nação e como indivíduo".

"Foi tomada a decisão de submeter-me a uma nova intervenção cirúrgica", expressou, depois de recordar que em fevereiro de 2012 tinha sofrido uma recaída que foi enfrentada e superada com êxito.

Chávez explicou que neste momento as dores que sente "são de alguma importância" e estão sendo tratadas com sedativos, como parte da fase preoperatoria para a próxima intervenção cirúrgica.

O ministro da Comunicação e Informação, Ernesto Villegas, convidou o povo venezuelano a reunir-se neste domingo (9) em todas as praças do país que levam o nome de Simon Bolívar para manifestar solidariedade com o presidente da República, Hugo Chávez.

Agência Venezuelana de Notícias; tradução da redação do Vermelho

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=200868&id_secao=7

Vídeo,Antônio Abujamra: Voltaire quando do terremoto de Lisboa






Antônio Abujamra declama texto de Voltaire, quando do terremoto de Lisboa, no século 18.

Ó infelizes mortais, ó terra deplorável.
Ó ajuntamento assustador de seres humanos! Eterna diversão de inúteis dores!
Filósofos alienados que proclamam: — tudo vai bem. Venham contemplar essas ruínas horrendas, esses destroços, esses farrapos, essas cinzas malditas, essas mulheres e essas crianças amontoadas sob mármores partidos, seus membros espalhados.
Cem mil desafortunados que a terra devora, que sangrando, dilacerados, e ainda palpitando, enterrados sob seus tetos, sucumbem sem socorro, no horror de tormentas findando seus dias!
Diante dos gritos de suas vozes moribundas, do horror de suas cinzas ainda crepitantes, vocês dirão: é a consequência de leis eternas que um Deus livre e bom resolveu aplicar?!
Vocês dirão, vendo esse amontoado de vítimas: Deus vingou-se, e a morte deles é o preço de seus crimes?!
Que crime, que falta cometeram essas crianças esmagadas e sangrentas sobre o seio materno? Lisboa, que não mais existe, teria mais vícios que Londres, que Paris, submersas em delícias?
Lisboa está destruída e dança-se em Paris.
Espectadores tranquilos, intrépidos espíritos, contemplando a desgraça desses moribundos, vocês procuram  — em paz — as causas do desastre: Tudo vai bem — dizem vocês — e tudo é necessário.
Por acaso o universo, sem esse abismo infernal, sem submergir Lisboa, estava sendo pior?
Voltaire


Vídeo: Tudo é ofensivo


  • sto é ofensivo. Aquilo é ofensivo. Ele é ofensivo. Ela é ofensiva. Eles são ofensivos. Nós somos ofensivos. Todos são ofensivos. Sem ofensa. Não quis ofender. Você se ofendeu? Eu me ofendi.

  • fonte: TheAmazingAtheist