sexta-feira, 31 de maio de 2013

Indígena morre baleado durante reintegração de posse no MS

Do Portal  Vermelho


Um indígena morreu na manhã desta quinta-feira (30) após ser baleado no peito em um conflito durante uma reintegração de posse no município de Sidrolândia, região leste do Mato Grosso do Sul. 


Policiais federais, militares e mais de 500 indígenas da etnia terena entraram em confronto por volta das 8 horas, quando um mandado era cumprido nas fazendas de Cambará e Buriti, a cerca de 170 quilômetros de Campo Grande.

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O confronto aconteceu no momento em que a força policial entrou nas fazendas, que são vizinhas. Outras pessoas se feriram. Informações dos líderes indígenas dão conta de que outros três índios também foram baleados, porém não correm risco de morte.

Bastante nervoso, um indígena, que não quis se identificar, relatou que cerca de 50 policiais federais e da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) chegaram às 6h da manhã. Ele relata que foram pegos de surpresa, pois aguardavam serem intimados da decisão por um oficial de justiça.

A aldeia tem ao menos 3 mil índios e ocupa a fazenda desde o dia 15 de maio. Eles reivindicam 17 mil hectares da aldeia Buriti que estão na posse de fazendeiros e que foram identificados em 2011 como terra indígena.

Informações das agências


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=214948&id_secao=8

REVOLUÇÃO: Nicolás Maduro anuncia las "Milicias Obreras Bolivarianas"

"300 mil, 500 mil, 1 milhão, 2 milhões de trabalhadores e trabalhadoras armados para defender a pátria e o socialismo bolivariano da Venezuela!"

Nicolás Maduro


terça-feira, 28 de maio de 2013

"O Vermelho assume o papel de guia na luta dos comunistas"

Do Portal Vermelho

“A Rádio Vermelho desenvolveu um brilhante e necessário trabalho, que muniu com as informações necessárias para o embate político quem a acompanhou ao longo deste ano”, externou durante entrevista Mário César Fonseca (na foto), ouvinte da Rádio Vermelho e presidente do PCdoB em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo 
"Como um ouvinte que está sempre ligada na Rádio, observei que ela contribuiu para intensificar o trabalho de todos que constroem o Portal Vermelho,que já conta com mais de uma década de funcionamento e que se insere no contexto de fortalecimento dos meios alternativos de comunicação no Brasil. Meios esses que contribuem para o desvendamento do que é proposto pela chamada mídia burguesa", destacou Mário César.

Segundo ele, a mídia burguesa joga um peso muito grande na realidade política do país. "Essa mídia burguesa está a serviço dos interesses econômicos e políticos de uma minoria da nossa sociedade, do grande capital financeiro, do imperialismo. E quando observamos experiências como o Portal VermelhoTV Vermelho e a Rádio Vermelho, isso nós dá fôlego para intensificar a nossa luta, pois observamos a amplificação de uma opinião alternativa do que é colocado".
Mário explicou que quando o Partido defende em seu Programa a Reforma da Mídia, é porque ele tem o domínio de que não avançaremos na luta enquanto os meios de comunicação estiverem a serviço de um pensamento conservador, retrógrado e que atende aos interesses de poucos. "As estruturas conservadoras se opõem ao processo de mudanças, se opõem a perspectiva de construção de uma nova sociedade. E o que oPortal Vermelho, bem como a Rádio e TV, realiza é o enfrentamento desse pensamento, numa luta de ideias diária, ou seja, ele assume um papel de guia na luta dos comunistas".

Papel da mídia alternativa

Para o dirigente, os meios alternativos de comunicação tem o importante papel de pautar a agenda dos movimentos sociais na luta pela regulamentação do setor, na perspectiva da democratização dessa mídia burguesa.

Ele lembra que "a velha mídia milita contra tudo que se refira à mudança nas estruturas conservadores de poder. Ela milita contra a integração na América Latina, mas está a favor dos interesses imperialistas; ela milita contra a democratização do Estado brasileiro".

Sobre o debate em torno na regulamentação, Mário César frisa que regular não é controlar. “Valendo-me da opinião da presidenta Cristina Kirchner, queremos um marco legal para as comunicações, não para controlar os meios, mas para evitar que a nossa sociedade seja contralada. É preciso por um fim a investida desta velha mídia, que nada mais faz do que desempenhar um papel nefasto ao longo da história do nosso país, mas, sobretudo, no momento atual".

Para o dirigente, "a mídia alternativa, e Rádio Vermelho e o nosso Portal, contribui para fortalecer essa luta, que vai além da democratização, ela busca o desenvolvimento soberano e democrático do nosso país. O Brasil precisa se inspirar nos modelos desenvolvidos na América Latina e enfrentar de maneira mais decidida a questão dos meios de comunicação no país. O PCdoB entende isso, nós militantes entendemos isso, e essa é a nossa defesa".

Ouça a íntegra da entrevista:

 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Dono da Revista Veja, Roberto Civita morre aos 76 anos


Empresário enfrentava complicações decorrentes de uma cirurgia abdominal. O velório está marcado para esta segunda-feira (27), a partir das 11h, em Itapecerica da Serra (SP)



Presidente do Grupo Abril, Roberto Civita morreu aos 76 anos na noite deste domingo, às 21h41, devido a falência de múltiplos órgãos. Ele estava internado havia três meses no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para a correção de um aneurisma abdominal. Segundo o iG apurou, Civita apresentava complicações de saúde havia mais de 70 dias , desde que foi operado para a colocação de um stent – recurso usado para o tratamento de aneurisma na artéria aorta. 




Luis Nassif: A morte de Roberto Civita


Acaba de falecer Roberto Civita. Foi o principal responsável por ter trazido os padrões jornalísticos norte-americanos para o Brasil, convencendo o pai a criar revistas informativas.

Por Luis Nassif, em seu blog


A primeira foi a Realidade. Segundo jornalistas que trabalharam com ele, como Luiz Fernando Mercadante, o jovem Civita tinha tino jornalístico, sabia trabalhar com talento as fórmulas importadas dos Estados Unidos.

Algum tempo depois, a Veja, copiando o modelo de jornalismo-produto norte-americano.

O padrão vinha do Times. Consistia em trabalhar a notícia como se fosse um produto da dramaturgia. Na segunda-feira, havia reunião de pauta em que se escolhiam as matérias que fossem mais atraentes para os leitores. A pauta era montada de acordo com critérios que tornassem a notícia atraente. Depois, os repórteres saíam atrás de declarações que convalidassem as teses defendidas pela revista.

Teve alguns períodos áureos. O primeiro, com Mino Carta. Depois de três anos para se firmar, atingiu o ponto de equilíbrio e nos anos 70 já se tornara a mais influente publicação brasileira.

Apesar do estilo superficial – próprio para atingir a dona de casa de Botucatu (como era o lema da revista -, a revista primava pelas pautas criativas, pelo texto rigoroso embora um tanto parnasiano nas aberturas, pela capacidade de enfiar enorme quantidade de informações (nem todas essenciais) em textos curtos.

Após a saída de Mino, a revista manteve a influência e cresceu em tiragem, acompanhando o crescimento da economia brasileira.

Nos anos 90, assim como o restante da grande imprensa, experimentou seu período de maior brilho, após ajudar a construir e a demolir a imagem de Fernando Collor.

Brilhante na criação de um universo de revistas especializadas ou temáticas, Roberto Civita falhou na transição para a era digital.

Com ACM, conseguiu concessões de TV a cabo, montou alguns canais, que não lograram se desenvolver. A experiência em TV foi um desastre financeiro. Teve oportunidade de montar o primeiro grande portal brasileiro, o BOL, tendo muito mais conteúdo para expor do que a UOL, da Folha. Mas não possuía a agilidade demonstrada por Luis Frias, à frente da UOL.

Com poucos lances, Frias propôs a fusão UOL-BOL, assumiu a gestão da nova empresa e, mais à frente, aproveitou a enorme liquidez do mercado financeiro para adquirir a metade da Abril. Hoje a UOL deve valer bem mais do que a Abril inteira.

Um dos principais obstáculos para a transição da Abril foi a resistência de um corpo de conselheiros de Civita, fortemente amarrados à tradição do papel. Mesmo quando a Internet tornara-se irreversível, a Abril não acordou. Pelos menos a duas empresas de tecnologia que foram oferecer sistemas para ela – uma das quais, a IBM – a resposta dos executivos é que a Abril iria apostar todas suas fichas em gibis e revistas para a classe C.

O advento do jornalismo online acabou consagrando outros portais, a própria UOL, o G1 e dois entrantes, o Terra e o iG.

A última aposta da Abril foi tentar ganhar protagonismo político imitando o estilo de Rupert Murdoch. A campanha contra o desarmamento revelou um perfil de leitor classe média intolerante, preconceituoso, conservador até a medula. E a Abril, que sempre buscou o leitor classe média alta, apostou todas suas fichas no novo modelo.

Foi a primeira a trazer o estilo de jornalismo tosco e virulento da Fox News. E a cometer assassinatos de reputação em larga escala, cujos casos mais conhecidos foram as guerras do Opportunity e de Carlinhos Cachoeira.

Alguns anos atrás, em péssima situação financeira, a Abril recebeu aporte de capital do grupo Nasper, da África do Sul, mais 20% de empresas offshare de Delaware, afrontando a legislação brasileira. Posteriormente, quando vendeu a TV A para a Telefônica, as duas holdings desapareceram do bloco de controle da empresa.

Nos últimos anos, o grupo passou a investir todas suas sobras de caixa no setor educacional. Com a morte do seu líder, o futuro da Abril torna-se incerto.

“Foi um desagravo Lobão ter atacado mortos e torturados”

Do Portal Vermelho


O artista Paulinho Fluxus foi preso no sábado (18) no show de Lobão, na Virada Cultural, por conta de uma intervenção artística. Ele iluminou Lobão por alguns minutos com laser. Era um desagravo por conta das declarações de Lobão que afirmou recentemente que “os torturadores só arrancaram umas unhazinhas durante a ditadura militar”.


 
Paulinho Fluxus: “Foi um desagravo por Lobão ter atacado mortos e torturados da ditadura”
O cantor Emicida também fez discursos politizados, comentou sobre a greve dos professores e "mandou um recado" ao cantor Lobão, que se apresentou no mesmo dia, sábado (18), em outro palco . "Um jornalista me perguntou o que eu achava de um certo cara do rock, que lançou um livro. Sabe o que esse cara é? Um 'zoião' que fica prestando atenção no negócio dos outros", disse ao dedicar a música "Zoião".

Recentemente, Lobão lançou o livro "Manifesto do Nada na Terra do Nunca", no qual dispara críticas a vários setores, entre eles, artistas de rap brasileiro como Mano Brown, dos Racionais MC's.

Lançando o livro Manifesto do Nada na Terra do Nunca,o músico Lobão atacou diversas personalidades brasileiras. Em trechos da publicação, o cantor chama Dilma Rousseff de “torturadora” e o cantor Roberto Carlos é referido como “múmia deprimida”. Os ataques respingaram também nos rappers do Racionais MCs, descritos como “braço armado do PT”.

Mano Brown, líder do grupo paulistano de rap, foi ao Twitter responder alguns fãs que questionaram qual seria sua postura após o ataque de Lobão.

Veja a resposta de Mano Brown: “Conheci o Lobão em 1996. Cumprimentei e depois disso nunca mais o vi. Sinceramente não tenho o que falar da pessoa dele. Estranho o Lobão falar de mim sem nunca ter me conhecido. Não entendo a postura dele agora. Ele pregava a ética e a rebeldia. Age como uma puta para vender livro. Nos anos 80 as ideias dele não fizeram a diferença para a gente aqui da favela. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém, nem ele comigo. O Lobão está sendo leviano e desinformado. Tô sempre no Rio de Janeiro, se ele quiser resolver como homem, demorô! Do jeito que aprendi aqui“.

Respondendo ao Twitter de Mano Brown, a produtora Paula Lavigne também se pronunciou: “Você segura o Lobão que vai ter uma fila pra bater! kkkkk Até eu fui esculhambada! Vamos cobrar royaltes desse livro”.

O rapper Emicida também se manifestou pelo Twitter. “Pela quantidade de gente me pedindo opinião, logo concluo, tem algum infeliz desinformado falando besteira sobre o hip hop em algum lugar.”

Na entrevista, Lobão disse que “Emicida, Criolo, todos têm essa postura, neguinho não olha, não te cumprimenta. Vai criar uma cizânia que nunca teve, ódios [raciais] estão sendo recrudescidos de razões históricas que nunca aconteceram aqui. Estão importando Black Panthers, Ku Klux Klan. Tem essa coisa de “branquinho, perdeu, vamos tomar seu lugar”. Como permitem esse discurso?”.

Da redação, com agências


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=214083&id_secao=8