segunda-feira, 21 de junho de 2010

JOSÉ Saramago , Deus e os sem terras

"Se, porém, o dito Deus, não fazendo caso de recomendações e conselhos, persistisse no propósito de vir até aqui, sem dúvida acabaria por reconhecer como, afinal, é tão pouca coisa ser-se um Deus, quando, apesar dos famosos atributos de omnisciência e omnipotência, mil vezes exaltados em todas as línguas e dialectos, foram cometidos, no projecto da criação da humanidade, tantos e tão grosseiros erros de previsão, como foi aquele, a todas as luzes imperdoável, de apetrechar as pessoas com glândulas sudoríparas, para depois lhes recusar o trabalho que as faria funcionar - as glândulas e as pessoas. Ao pé disto, cabe perguntar se não teria merecido mais prémio que castigo a puríssima inocência que levou a nossa primeira mãe e o nosso primeiro pai a provarem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. A verdade, digam o que disserem autoridades, tanto as teológicas como as outras, civis e militares, é que, propriamente falando, não o chegaram a comer, só o morderam, por isso estamos nós como estamos, sabendo tanto do mal, e do bem tão pouco."

"Posto diante de todos estes homens reunidos, de todas estas mulheres, de todas estas crianças (sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra, assim lhes fora mandado), cujo suor não nascia do trabalho que não tinham, mas da agonia insuportável de não o ter, Deus arrependeu-se dos males que havia feito e permitido, a um ponto tal que, num arrebato de contrição, quis mudar o seu nome para um outro mais humano. Falando à multidão, anunciou: “A partir de hoje chamar-me-eis Justiça.” E a multidão respondeu-lhe: “Justiça, já nós a temos, e não nos atende. Disse Deus: “Sendo assim, tomarei o nome de Direito.” E a multidão tornou a responder-lhe: “Direito, já nós o temos, e não nos conhece.” E Deus: “Nesse caso, ficarei com o nome de Caridade, que é um nome bonito.” Disse a multidão: “Não necessitamos caridade, o que queremos é uma Justiça que se cumpra e um Direito que nos respeite.” Então, Deus compreendeu que nunca tivera, verdadeiramente, no mundo que julgara ser seu, o lugar de majestade que havia imaginado, que tudo fora, afinal, uma ilusão, que também ele tinha sido vítima de enganos, como aqueles de que se estavam queixando as mulheres, os homens e as crianças, e, humilhado, retirou-se para a eternidade. A penúltima imagem que ainda viu foi a de espingardas apontadas à multidão, o penúltimo som que ainda ouviu foi o dos disparos, mas na última imagem já havia corpos caídos sangrando, e o último som estava cheio de gritos e de lágrimas."

quinta-feira, 10 de junho de 2010




Serra, em pânico, rebola

Serra, em pânico, rebola para responder perguntas embaraçosas
O pré-candidato à presidência da República e de oposição ao governo Lula, José Serra (PSDB), não dançou o rebolation, mas teve que rebolar para responder as perguntas embaraçosas de Sabrina Sato, durante o Pânico na TV deste último domingo (6/06). Sindicalistas e políticos presentes à Conclat (Congresso Nacional da Classe Trabalhadora) também fazem parte da matéria, um verdadeiro desafio ao antipático Serra.
http://www.vermelho.org.br/tvvermelho/noticia.php?id_noticia=131123&id_secao=29

domingo, 6 de junho de 2010

Comunistas...atualidade em Marx


Posição dos Comunistas Frente aos Diferentes Partidos de Oposição
Manifesto do Partido Comunista
"Os comunistas combatem pelos interesses e objetivos imediatos da classe operária, mas, ao mesmo tempo, defendem e representam, no movimento atual, o futuro do movimento. Aliam-se na França ao partido democrata-socialista contra a burguesia conservadora e radical, reservando-se o direito de criticar as frases e as ilusões legadas pela tradição revolucionária.

Na Suíça, apoiam os radicais, sem esquecer que esse partido se compõe de elementos contraditórios, metade democratas-socialistas, na acepção francesa da palavra, metade burgueses radicais.

Na Polônia, os comunistas apoiam o partido que vê numa revolução agrária a condição da libertação nacional, isto é, o partido que desencadeou a insurreição de Cracóvia em 1846."
Na Alemanha, o Partido Comunista luta de acordo com a burguesia, todas as vezes que esta age revolucionariamente: contra a monarquia absoluta, a propriedade rural feudal e o espírito pequeno-burguês.

Mas nunca, em nenhum momento, esse partido se descuida de despertar nos operários uma consciência clara e nítida do violento antagonismo que existe entre a burguesia e o proletariado, para que, na hora precisa, os operários alemães saibam converter as condições sociais e políticas, criadas pelo regime burguês, em outras tantas armas contra a burguesia, a fim de que, uma vez destruídas as classes reacionárias da Alemanha, possa ser travada a luta contra a própria burguesia.

É para a Alemanha, sobretudo, que se volta a atenção dos comunistas, porque a Alemanha se encontra nas vésperas de uma revolução burguesa e porque realizará essa revolução nas condições mais avançadas da civilização européia e com um proletariado infinitamente mais desenvolvido que o da Inglaterra no século XVII e o da França no século XVIII e, por conseguinte, a revolução burguesa alemã só poderá ser o prelúdio imediato de uma revolução proletária.
Em resumo, os comunistas apoiam em toda parte qualquer movimento revolucionário contra o estado de coisas social e político existente.

Em todos estes movimentos, põem em primeiro lugar, como questão fundamental, a questão da propriedade, qualquer que seja a forma, mais ou menos desenvolvida, de que esta se revista.

Finalmente, os comunistas trabalham pela união e entendimento dos partidos democráticos de todos os países.

Os comunistas não se rebaixam a dissimular suas opiniões e seus fins. Proclamam abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social existente. Que as classes dominantes tremam à idéia de uma revolução comunista! Os proletários nada têm a perder nela a não ser suas cadeias. Têm um mundo a ganhar.

Proletários de todos os países, uni-vos! "

capítulo 4 do manifesto do Partido Comunista

KARL MARX (1848)

sexta-feira, 4 de junho de 2010


Dilma ganha fácil no Rio.

Quem mandou o PSDB acreditar em pesquisa

Saiu no Jornal do Brasil: Ibope: Dilma amplia vantagem sobre Serra no Rio de Janeiro A mais recente pesquisa IBOPE não deixa dúvida de que Dilma Rousseff entrou em ascensão também no estado do Rio. E com ampla vantagem: nada menos que 17 pontos separam a pré-candidata do PT à Presidência, líder na pesquisa, do tucano José Serra. Na estimulada, Dilma tem 44%, contra 27% de Serra, em segundo, e 10% de Marina Silva (PV), em terceiro. Os números da espontânea também surpreendem. A petista lidera com 19%, 11 pontos à frente do tucano. Para o governo do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) lidera com folga e teria possibilidade de ganhar no primeiro turno se a eleição fosse hoje. Tem 43%, seguido de Anthony Garotinho (PR), com 21%, e Fernando Gabeira (PV), com 12%.

Para o Senado, Crivella (PRB)(E) e Cesar Maia (DEM) lideram, com 26% e 24% respectivamente, no cenário da estimulada. Lindberg Farias (PT) surge em terceiro, com 8%, e Jorge Picciani (PMDB) em seguida, com 4%

Indecisos Chama a atenção índice na espontânea para a Presidência no estado: 51% dos entrevistados não sabem em quem votar.

3º Grau

Dilma tem a preferência dos que têm curso superior: 45%. Nesse grupo, Serra surge na preferência de 26% no estado. Mister (W.) M. A grande surpresa é Wagner Montes (PDT). Ele mudaria o cenário. Incluído na lista, na estimulada aparece em segundo (21%), atrás de Cabral (35%) e à frente de Garotinho (16%). Na espontânea, empata com Gabeira em 3º (2%).

Dentro e fora Cesar Maia é mais forte na capital, com 30% 48% dos seus votos vêm da cidade e região metropolitana. Crivella lidera na metropolitana e interior, de onde extrai 62% de seus votos.

Cenário A pesquisa foi encomendada pelo Sindicato dos Condutores da Marinha Mercante e registrada no TSE (nº 12414/2010.). Foram ouvidas 812 pessoas entre os dias 19 e 21 maio. Margem de erro de 3%.


quarta-feira, 2 de junho de 2010


De impostômetros e sonegômetros

Neste dia 2 "nossa" grande mídia vai se fartar de abrir espaços nos jornais, revistas, rádio, TV, Web... para se colocar “ao lado” da população "indefesa" contra o “absurdo” dos impostos no país.

Abundarão imagens dos painéis espalhados pelas associações comerciais em todo país, que eles “carinhosamente” batizaram de impostômetro, para mostrar que “já atingimos os 500 bilhões de reais arrecadados com impostos.

Encherão a boca e farão boquinhas pra denunciar “a maior carga tributária do mundo”.

Reportagens sairão do forno ensinando os telespectadores o quando eles pagam de impostos.

Entrevistarão nossa “laboriosa” oposição que, franzindo a testa para expressar seriedade, “lamentarão” que “...se ao menos os impostos fossem bem utilizados..."

E não faltarão os mais conspícuos para a repetição da velha cantilena: "vejam a situação da saúúúdie, vejam a situação da educaçããão, vejam a situação da seguraaança...


Por outro lado certamente não veremos, nem leremos, nem ouviremos nada sobre o montante de impostos que boa parte do empresariado (entre eles, os barões da mídia) sonega anualmente.

Há um site [http://www.etco.org.br/sonegometro.php] que mostra o sonegômetro. Em tempo real, pode-se acompanhar a estimativa do desvio e o que poderia ser feito com esse montante. Poderiam, por exemplo, ser construídas, até este momento em que escrevo, 4.703.817 casas populares. Aumenta cerca de uma a cada segundo.

Preparem-se para as canalhices do dia.

terça-feira, 1 de junho de 2010


ANTES UM FIM HORRÍVEL QUE UM HORROR SEM FIM?

A hipótese mais pessimista confirmou-se, e o impensável aconteceu: uma flotilha de seis barcos levando civis desarmados e ajuda humanitária foi atacado com força letal em águas internacionais por comandos israelenses, resultando na morte de pelo menos dez pessoas – mas há relatos que falam em vinte mortos e três vezes mais feridos. Os suspeitos de sempre já se espalharam pela mídia, dizendo que isso era de esperar, culpando os mortos pelas mortes e acusando as vítimas de terem atacado comandos israelenses portando armas de guerra com cabos de vassoura e facas de cozinha, forçando os pobres rapazes a abrir fogo a queima-roupa com as suas armas automáticas para se defenderem. Israel, dizem eles, não podia permitir que os navios da flotilha chegassem a Gaza, furando um bloqueio legítimo de um território habitado por 1,8 milhão de bandidos e terroristas. Deixando de lado a questão da legitimidade e da legalidade do bloqueio de Gaza pelos israelenses e admitindo, para facilitar a discussão, que as leis internacionais dão-lhes o direito de deter a flotilha pelos meios que se fizessem necessários, por que foi preciso enviarem comandos para tomar de assalto os navios antes do amanhecer, em águas internacionais, em descarada violação dessas mesmas leis internacionais? Havia outros meios de deter os navios sem correr o risco de matar civis. Poderam, para ficar apenas num exemplo óbvio, esperar que eles chegassem em águas territoriais de Israel, desabilitar os sistemas de comando dos barcos e rebocá-los calmamente para um dos seus portos, acusando a todos os passageiros de entrada ilegal no país e deixando-os guardados por um tempo até esfriarem a cabeça. Ninguém poderia acusá-los de coisa alguma e eles ainda poderiam dar umas boas risadas às custas do fiaco da flotilha. Em vez disso, preferiram abordar a bala seis barcos com setecentos civis desarmados a bordo, em águas internacionais, juntando a pirataria ao homicídio. Todos sabemos, sobretudo depois que eles foram praticar tiro-ao-alvo com civis de Gaza em 2008, que a noção de relações públicas dos israelenses é meio bizarra, mas isto parece ser demais mesmo para eles: matar palestinos é coisa corriqueira, já estamos acostumados. Matar brancos europeus é inaudito. O que aconteceu? Será que estão perdendo o controle? Será que a gangue governante deles está decidida a dar razão aos que dizem que são loucos? Não. Há metodo na loucura deles: estão mandando um recado prà gente. Com a maré da opinião pública mundial voltando-se contra as práticas delinquentes eles, frente à derrota certa da iniciativa conjunta deles com os EUA de imporem mais sanções ilegais ao Irã, vendo o seu arsenal nuclear condenado por unanimidade por 189 países em uma declaração que atéos seus aliados mais próximos foram forçados a assinar e prestes de serem arrastados aos tribunais internacionais pelo que fizeram em Gaza em 2008, os israelenses nos estão dizendo que farão o que for preciso para defender os seus interesses – e que não ligam a mínima para o que o mundo acha deles. Vão abater a tiros que ficar no caminho deles, vão invadir os vizinhos quando lhes der na telha, vão enviar submarinos com ogivas nuclearres para o litoral iraniano e *vão usá-los* se for preciso. Nada pode detê-los. Este é recado dos vinte mortos em alto mar: não mexam conosco, podemos tudo. Está claro que a população israelense, mergulhada em uma barragem de propaganda que os convenceu de que *eles* são as vítimas e que o mundo todo está atrás do couro deles, não vai fazer nada para deter os bandidos que os governam e, ao contrário vão elegê-los de novo até o fim dos tempos. De modo que já está mais que na hora de a comunidade internacional tome uma atitude firme e unida contra as loucuras deles. Se os EUA não assumem as suas responsablidades de pôr um freio nos seus aliados ensandecidos, outros deverão fazer isso por eles. Urgentemente. Antes que nos arrastem a todos para o Armageddon que parecem desejar tão ardentemente.

sábado, 29 de maio de 2010



Na foto, um editorialista do PiG

( Pig, Partido da Imprensa Golpista)

O PiG (*) anda preocupadíssimo com a “profunda divergência” que separa o Brasil dos Estados Unidos, no Irã.


O Editorial do Estadão, na página 3 de hoje, é uma demonstração disso: a Colônia com medo da Metrópole.


É o pessoal “pequenininho”, diria a Dilma; o do “complexo de vira-latas”, para o Nelson Rodrigues.


“Quando todas as coisas tiverem sido ditas e feitas”, como gostava de dizer o sábio George W. Bush, se verá quem tem razão.


Vamos ver se a Hillary tem guts para invadir o Irã.


Até lá, o PiG (*) e seus “embaixadores de pijama”, como diz o Mauro Santayana, vão usar a aposentadoria paga pelo Erário para falar mal do Brasil na Globo News.


Amigo navegante, não perca o seu tempo com o PiG e seus colonistas (**).


O Brasil não precisa de aval da Hillary para fazer política externa.


“Esse pessoal ainda não percebeu que as coisas mudaram”, diz o Mino Carta. “Não sei se para melhor, mas mudaram”.


Por exemplo: o Brasil detém uma das maiores reservas de urânio do mundo.


Só três países no mundo têm urânio e sabem beneficiá-lo: Estados Unidos, Rússia e Brasil.


Sorry, periferia, diria o Ministro Samuel Pinheiro Guimarães.


Amigo navegante, vá ao Blog do Planalto (clique aqui e visite o blog), e leia sobre o III Fórum da Aliança de Civilizações, que se realizou no Museu de Arte Moderna do Rio (sob a inspiração do Pão de Açúcar, plantado na Baia de Guanabara - sorry periferia).


Lá está o discurso que o presidente Lula pronunciou sobre a questão nuclear.


(Isso você não lerá no PiG (*) )


Sexta-feira, 28 de maio de 2010

Acreditamos que a energia nuclear deve ser um instrumento para a promoção do desenvolvimento, não uma ameaça

Durante discurso por ocasião da abertura do III Fórum da Aliança de Civilizações, nesta sexta-feira (28/5), no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio, o presidente Lula enfatizou que “a energia nuclear deve ser um instrumento para a promoção do desenvolvimento, não uma ameaça”. Segundo ele, “são absurdas as teses sobre uma suposta fratura de civilização no mundo, que conduziria inexoravelmente a conflitos. Essas teorias são criminosas quando utilizadas como pretexto para ações bélicas ditas “preventivas”.”

“O Brasil aposta no entendimento, que faz calar as armas. Investe na esperança, que supera o medo. Faz da democracia política, econômica e social sua única arma. Minha experiência como líder sindical ensinou-me que posições inflexíveis só ajudam a confrontação e afastam a possibilidade de soluções de paz, que as maiorias aspiram. Com esses princípios viajei a Tel Aviv e Ramalá buscando paz. Com esse propósito o primeiro-ministro Erdogan [Turquia]e eu fomos a Teerã buscar, com o presidente Ahmadinejad, uma solução negociada para um conflito que ameaça muito mais do que a estabilidade de uma região importante do planeta”, afirmou.

Ouça aqui a íntegra do pronunciamento do presidente Lula por ocasião da abertura do III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações.

Leia aqui a íntegra do discurso do presidente Lula.


Paulo Henrique Amorim


Em tempo: o Conversa Afiada, porém, acha que o Brasil deve ter tantas bombas atômicas quanto Israel. Mas, não acha que o Brasil, se tivesse, devesse vender bomba atômica ao regime do apartheid da África do Sul, como tentou fazer o presidente de Israel, Shimon Peres. Como demonstrou o jornal inglês The Guardian (clique aqui e leia

Do blog Conversa Afiada

http://www.conversaafiada.com.br/mundo/2010/05/29/lula-e-a-energia-nuclear/

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Eliane Cantanhêde “apanha” dos blogs Para a Colunista do Jornal Folha de São Paulo, o povo fede!
Reproduzo artigo do jornalista Rodrigo Vianna, do excelente blog Escrevinhador:

O leitor menos habituado com o mundo jornalístico talvez nem saiba: todas as redações de jornal, TV ou rádio possuem um departamento de "rádio-escuta".

São profissionais que passam o dia escutando o que as emissoras de rádio e TV publicam sobre todos os assuntos; e fazem relatórios para os chefes: "A Jovem Pan deu entrevista com o delegado do 36º DP"; "o SBT conseguiu ouvir o traficante do morro do Borel"; "a Dilma deu entrevista para o Datena".

É um serviço importante para orientar os chefes de redação. Pra saber de onde virão os furos. E para correr atrás da bola antes que seja tarde demais.

O curioso é que na internet a rádio-escuta é feita pelos leitores. É um serviço gratuito e eficiente.

Por exemplo: o leitor Mirabeu Leal (um ágil rádio-escuta) informa que a jornalista Eliane Cantanhêde (aquela da "massa cheirosa" na convenção do PSDB) fez, na rádio CBN, uma grave denúncia contra blogueiros (que ela esqueceu de nominar): "Eu apanho deles. Então, a gente fica apanhando, apanhando...”.

É tanta surra (segundo a jornalista) que Mirabeau chega a perguntar se a "cheirosa" não vai procesar os blogueiros com base na Lei Maria da Penha.

O comentário da jornalista "cheirosa" - como diz o Mirabeu - foi feito durante um programa da CBN para discutir a campanha eleitoral na internet.

A CBN (do Sistema Globo de Rádio), como se sabe, é uma rádio imparcial e independente. Sem qualquer ligação com o Serra!

E a Eliane, também, como se sabe, não tem qualquer ligação com marqueteiros tucanos.

Quanto à jornalista, acho que ela se leva muito a sério. Na verdade, no episódio da "massa cheirosa" ela não "apanhou". Foi tratada como piada. Só isso.

Pelo relato que Mirabeu nos faz (confesso que não tive tempo de ouvir todo o programa), a CBN e seus cheirosos passaram um recibo danado: estão preocupados com o contraponto oferecido pela internet.

Como comentei outro dia: eles têm o exército convencional, nós fazemos guerrilha.

Não devemos subestimar o poder de fogo (ainda imenso) do PIG. Mas podemos registrar: eles estão incomodados. Isso estão. Com certeza.

E vão continuar apanhando, apanhando, apanhando...
http://altamiroborges.blogspot.com/2010/04/eliane-cantanhede-apanha-dos-blogs.htmlDo Blog do Miro :

terça-feira, 25 de maio de 2010


Serra tira os sapatinhos para os EUA

O presidenciável demotucano José Serra vai aos poucos soltando suas asinhas. Quando sua pré-candidatura foi oficializada, no início de abril, ele se fingiu de bonzinho. Evitando se confrontar com a alta popularidade do presidente Lula, afirmou que manteria o que há de positivo no atual governo e lançou o bordão adocicado “O Brasil pode mais” – que logo foi encampado pela TV Globo numa desastrada propaganda subliminar. Mas o “Serrinha paz e amor” não se sustenta. É pura estratégia eleitoral, coisa de marqueteiro esperto para embalar um produto falsificado.

Na semana passada, num evento com empresários de Minas Gerais, José Serra começou a fazer a demarcação dos projetos em disputa da eleição de outubro. Ele criticou o Plano de Aceleração do Crescimento, o que reforça a confissão à revista Veja do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, de que o PAC será extinto. Também afirmou que irá “rever o papel” do BNDES. O que chamou a atenção no seu discurso, porém, foi o ataque ao Mercosul. Para ele, o bloco regional “atrapalha as relações comerciais do Brasil”. O discurso deve ter agradado aos seus amos dos EUA.

“Alinhamento automático” com o império

De há muito que a política externa do presidente Lula, mais altiva e ativa na defesa da soberania nacional, é motivo de duras críticas da oposição neoliberal-conservadora. Os demotucanos nunca engoliram a prioridade dada ao Mercosul e à integração regional; tentaram sabotar o ingresso da Venezuela no bloco regional e são inimigos declarados dos governos progressistas da região; não se pronunciaram contra o golpe militar em Honduras, mas condenaram o governo por dar abrigo ao presidente deposto. Para eles, como revela José Serra, a integração latino-americana atrapalha.

Presença nauseante nos telejornais da Globo e nas páginas dos jornalões e revistonas direitistas, os embaixadores tucanos Celso Lafer, Rubens Barbosa e Luiz Felipe Lampreia sempre pregaram o retorno à política de FHC do “alinhamento automático” com os EUA. No episódio recente da ameaça do governo Lula de retaliar produtos ianques em oposição ao seu protecionismo, alguns deles saíram em defesa dos EUA. Eles temem qualquer postura mais soberana diante do império. São contra a política de diversificação comercial do Brasil, contra a ênfase nas relações Sul-Sul.

Complexo de vira-lata dos demotucanos

Este é o time do candidato José Serra. Essa é a sua orientação para a política externa. Na prática, a oposição neoliberal-conservadora sonha com o retorno ao “alinhamento automático”. Mercosul e outras iniciativas visando quebrar o unilateralismo imperial seriam enterradas com a eleição do demotucano. O Brasil regrediria para o triste período de FHC, de total subserviência às potências capitalistas – do complexo de “vira-lata”. Serra tenta se afastar da imagem desgastada de FHC, mas sua política externa seria idêntica – não como farsa, mas como tragédia no mundo atual.

Para entender o que representaria este retrocesso vale a pena ler o livro “As relações perigosas: Brasil-Estados Unidos (de Collor a Lula, 1990-2004)”, do renomado historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira. Ele comprova, como farta documentação, como a política externa regrediu nos oito anos de reinado de FHC. Neste período nefasto, o país só não aderiu ao tratado neocolonial dos EUA, a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), devido à reação da sociedade. Esta resistência também evitou que Alcântara, no Maranhão, virasse uma base militar ianque.

Tratamento humilhante para o Brasil

Entre outros casos vexatórios da política de FHC, Moniz Bandeira relata a sumária exoneração do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) do Itamaraty, por este ter alertado o governo para os graves riscos da Alca. Cita a atitude acovardada do ex-ministro Celso Lafer diante das pressões dos EUA para afastar o embaixador brasileiro José Maurício Bustani da direção da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), ligada à ONU, por este ter tentado evitar a guerra genocida no Iraque. Lembra ainda os discursos do ex-ministro de FHC propondo a participação do Brasil no genocídio no Iraque com base no draconiano Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR).

O ápice dessa postura subserviente se deu quando o diplomata aceitou tirar seus sapatinhos nos aeroportos dos EUA. “Em 31 de janeiro de 2002, Celso Lafer, ministro das Relações Exteriores do Brasil, sujeitou-se a tirar os sapatos e ficar descalço, a fim de ser revistado por seguranças do aeroporto, ao desembarcar em Miami. Esse desaire, ele novamente aceitou antes de tomar o avião para Washington, e mais uma vez desrespeitou a si próprio e desonrou não apenas o cargo de ministro, como também o governo ao qual servia. E, ao desembarcar em Nova York, voltou a tirar os sapatos, submetendo-se, pela terceira vez, ao mesmo tratamento humilhante”.

Subserviência ou soberania nacional?

Com base nas suas pesquisas, Moniz Bandeira garante que a eleição de Lula deu início a uma guinada na política externa, retomando a trajetória seguida por Vargas e outros nacionalistas. Ele lembra os discursos do então candidato contra a Alca, a indicação de Celso Amorim e de Samuel Pinheiro para o seu Ministério de Relações Exteriores, a prioridade às negociações do Mercosul, os esforços para a construção de um bloco regional sul-americano e a frenética investida na diversificação das relações com outros países em desenvolvimento – como China, Índia e Rússia. Cita ainda os duros discursos contra a ocupação do Iraque e o veto à base ianque em Alcântara.

Para o autor, após a longa fase de subserviência ao império, as relações do Brasil com os EUA voltaram a ficar tensas. Ele registra os vários discursos hidrófobos da direita estadunidense e não descarta manobras ardilosas e violentas para sabotar o atual projeto de autonomia nacional. Mas se mostra confiante na habilidade e ousadia da atual equipe do Itamaraty. Reproduzindo artigo do jornal O Globo, ele afirma que “há tempos (Celso Amorim) avisou a embaixadora dos EUA que não há força no mundo capaz de fazê-lo tirar os sapatos durante a revista de segurança dos aeroportos americanos. ‘Vou preso, mas não tiro o sapato’”. Conforme indica Moniz Bandeira, este é o dilema do Brasil na atualidade: subserviência ou soberania nacional?

http://altamiroborges.blogspot.com/2010/04/serra-tira-os-sapatinhos-para-os-eua.html

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Zé serra, O Nosferatu e Mirim, a Leitão...da Globo...


A mídia “vira-lata” e o acordo Brasil-Irã

Apesar da bronca recente que levou do irritadiço José Serra, a jornalista Miriam Leitão mantém-se uma seguidora canina das teses demo-tucanas. No programa Espaço Aberto, da Globo News desta quinta-feira (20), ele entrevistou dois “renomados especialistas” sobre o acordo Brasil-Irã: Luiz Felipe Lampreia e Sérgio Amaral. Excitada com as opiniões emitidas, ela só não informou aos ingênuos telespectadores que ambos são tucanos de carteirinha, serviram ao entreguista FHC e hoje viraram as estrelas da TV Globo no combate hidrófobo à política externa do governo Lula.

Ex-porta-voz e ex-ministro de FHC, Sérgio Amaral nem disfarçou o seu ressentimento e inveja. Para ele, o Brasil não deveria se meter nos conflitos na região. Explicitando o seu servilismo, ele tentou desqualificar o “atual protagonismo” do Itamaraty, afirmando que isto pode prejudicar as relações com os EUA. Repetindo os relatórios da CIA, também garantiu que o Irã é uma ameaça à paz mundial – mas não falou uma linha sobre as ogivas e as ações belicistas do governo ianque. Mais “diplomático”, Lampreia, outro serviçal de FHC, também ridicularizou o acordo Brasil-Irã.


leia a matéria completa:

http://altamiroborges.blogspot.com/2010/05/midia-vira-lata-e-o-acordo-brasil-ira.html

sábado, 22 de maio de 2010


Agora a Miriam Leitão corta os pulsos!!



A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, atingiu sua melhor marca até hoje numa pesquisa Datafolha e está empatada com José Serra (PSDB). Ambos estão com 37%.

O levantamento foi realizado ontem e anteontem com 2.660 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos

Marina Silva (PV) aparece com 12%. Os que votam em branco, nulo ou em nenhum somam 5%. Indecisos são 9%.

Na comparação com a última pesquisa Datafolha, realizada em 15 e 16 de abril, Dilma teve uma alta de sete pontos percentuais --de 30% para 37%. Já Serra caiu cinco pontos, saindo de 42% para os mesmos 37%.

Essa é a primeira vez que ambos aparecem empatados no Datafolha, que traz outros números positivos para a petista.

TV e Lula

"O principal fato que pode ser apontado como responsável por essa alta da candidata é o programa partidário de TV que o PT apresentou recentemente", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

Na semana passada, o PT foi à TV com vários comerciais de 30 segundos e com seu programa mais longo, de dez minutos. A estrela dessa investida de marketing foi Dilma Rousseff, com Lula como cabo eleitoral.

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não são apresentados a uma lista com os nomes dos candidatos, a curva da intenção de voto de Dilma continuou a descrever uma sólida curva ascendente.

Ela tinha 8% em dezembro. Em abril, estava com 13%. Agora, foi a 19% e está isolada em primeiro lugar. José Serra pontuou 14% --ele também vem subindo nesse quesito, mas em ritmo mais lento.

Ainda na pesquisa espontânea, há também 5% que dizem ter intenção de votar em Lula, que não pode ser candidato.

Outros 3% declarar querer votar no "candidato do Lula". E 1% respondem "no PT" ou no "candidato do PT".

Em tese, portanto, o potencial de voto espontâneo em Dilma pode ser de 28% --os seus 19% e mais outros 9% dos que desejam votar em Lula, em quem ele indicar ou em um nome apresentado pelo PT.

2º turno e rejeição

Quando são colocados na lista de candidatos os concorrentes de partidos pequenos, o cenário não se altera muito. Dilma e Serra continuam empatados, cada um com 36%. Marina tem 10%. E só dois nanicos pontuam: José Maria Eymael (PSDC) e Zé Maria (PSTU).

Dilma também colheu bom resultado na rejeição: seu índice caiu de 24% para 20% enquanto o de Serra subiu de 24% para 27%. Marina também teve um resultado positivo, pois sua rejeição caiu de 20% para 14%.

Na projeção de segundo turno, os dois estão tecnicamente empatados: a petista tem 46% contra 45% do tucano.

Em abril, Serra aparecia dez pontos à frente da petista nesse quesito, com 50% a 40%.

Fonte: UOL :http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u739076.shtml

domingo, 16 de maio de 2010

Deu no Correio Braziliense:

Pela primeira vez, Dilma passa Serra em pesquisa de intenção de votos

A pré-candidata do PT à Presidência da República, a ex-ministra Dilma Rousseff, aparece pela primeira vez à frente do pré-candidato do PSDB, o ex-governador de São Paulo, José Serra, em pesquisa de intenção de votos feita pelo Instituto Vox Populi.

O levantamento traz a petista com 37% das intenções de voto, em empate técnico com Serra, que tem 34% na pesquisa estimulada. A margem de erro do levantamento é de 2,2%, para mais ou para menos.

Dois mil eleitores, moradores de 117 cidades (nas cinco regiões brasileiras), foram ouvidos no levantamento. Num eventual segundo turno, Dilma e Serra também estariam tecnicamente empatados, com 40% e 38%, respectivamente, dentro, portanto, da margem de erro de 2,2%.

A pesquisa de intenção de voto espontâneo – quando o eleitor abordado pelos pesquisadores diz em quem vai votar – também aponta a liderança de Dilma Rousseff. Ela aparece com 19% das intenções de voto, enquanto Serra tem 15%. Em janeiro, cada candidato obteve 9% das intenções de votos espontâneos.

A candidata do PV, a ex-ministra Marina Silva, consolidou-se na terceira posição da pesquisa estimulada de intenção de voto, com 7%. O levantamento de votos espontâneos mostra o presidente Lula em terceiro lugar, com 10% das intenções de voto, o que confirma a popularidade do presidente (mesmo sem poder se candidatar a um terceiro mandato, Lula é citado pelos eleitores).

As regiões onde Dilma Rousseff é mais lembrada são o Nordeste (44%) e o Norte (41%). Serra lidera no Sul (44%) e está tecnicamente empatado com a petista no Sudeste.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 7 de maio de 2010, sob o número 11.266/2010. As duas mil pessoas foram entrevistas entre os dias 8 e 13. O Correio publica todos os detalhes do levantamento na edição impressa de a

FONTEhttp://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/05/16/vox-populi-dilma-ja-esta-na-frente-bye-bye-serra-2010/

domingo, 9 de maio de 2010


PiG (partido da Imprensa golpista) afunda primeiro petroleiro de Suape

Dilma e Lula estiveram juntos ontem em Ipojuca (PE) (Suape – PHA). Participaram no lançamento do primeiro navio feito pelo estaleiro Atlântico Sul, encomendado pela Transpetro (Petrobrás – PHA).”O navio trás o nome de "almirante João Candido", o o navegador negro que no começo do século se insubordinou contra as
chibatadas que os escravos levavam naquele período nas embarcações evento que ficou conhecido na história como "Revolta da Chibata"....(O petroleiro, que vem sendo considerado um marco na retomada da indústria naval brasileira, tem 274 metros de comprimento, capacidade de transportar 1 milhão de barris de petróleo e foi encomendado pela Transpetro, empresa de logística e transporte do grupo Petrobras. O custo foi de R$ 300 m"
Tudo o que saiu na Folha (**) foi, pág. A8, sobre “Lula e Dilma ironizam convite de Serra ao PT” :
Saiu no Estadão, na pág. A8, num texto de título “TV estatal evita exibir infração eleitoral de Lula” :
“O presidente Lula aproveitou o lançamento do primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Transpetro, para fazer campanha da petista….”
Na última flor do Fáscio, a única referência é um anúncio de página dupla da Camargo Corrêa, uma das sócias do Estaleiro Atlântico Sul.
O jornal nacional ignorou a matéria.
O jornal nacional e o PiG (*) ignoraram a homenagem que o Presidente Lula receberá como o “campeão mundial do combate à fome”.
Paulo Henrique Amorin, do site: http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/05/08/pig-afunda-primeiro-petroleiro-de-suape/

Pig (Partido da Imprensa Golpista) diz:Preservamos a "liberdade de expressão"

A liberdade só existe para os ricos para os pobres a exploração. E liberdade de expressão é chacota. Existe exemplo de alguma grande mídia de massas q não seja de de -Direita neste país? Ora, se a liberdade de expressão é ditada por uma única voz ideológica, então não é democracia é ditadura, não de uma casta, não de burocratas, nao do Estado, mas de uma classe minoritária sobre a massa de oprimidos. Essa é a Ditadura Burguesa. Ditadura sobre os proletários democracia sobre os burgueses.