quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Major da PM dá gravata e arrasta mulher durante protesto

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O CONCEITO DE ANIMAL POLÍTICO EM ARISTÓTELES


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Aristóteles observa que o homem é um ser que necessita de coisas e dos outros, sendo, por isso, um ser carente e imperfeito, buscando a comunidade para alcançar a completude. E a partir disso, ele deduz que o homem é naturalmente político. Além disso, para Aristóteles, quem vive fora da comunidade organizada (cidade ou Pólis) ou é um ser degradado ou um ser sobre-humano (divino).
Conforme Aristóteles, o conceito de cidadão varia de acordo com o tipo de governo. Isso porque o cidadão é aquele que participa ativamente da elaboração e execução das leis, sendo estas elaboradas pelo rei (monarquia), por poucos (oligarquia) ou por todos os cidadãos livres (democracia). No entanto, nem todos os que moram na cidade são cidadãos. Aristóteles diferencia habitante de cidadão, pois aqueles apenas moram na cidade, não participam dela, enquanto que esses dos que realmente pensam sobre ela tem o direito de deliberar e votar as leis que conservam e salvam o Estado. Dito de outro modo, cidadão é aquele que tem o poder executivo, legislativo e judiciário. Os velhos e as crianças não são realmente cidadãos. Os velhos pela idade estão isentos de qualquer serviço e as crianças não têm idade ainda para exercer as funções cívicas.
Seguindo a etiologia estabelecida em sua metafísica, Aristóteles concebe, também, as quatro causas que determinam uma comunidade. Estas são agrupamentos de homens unidos por um fim comum, relacionando-se pela amizade e justiça, isto é, por um vínculo afetivo. São características da comunidade:
Causa Material: Lares, vilarejos, etc. É a partir de onde nasce a cidade;
Causa Formal: O regime ou a Constituição que ordena a relação entre suas partes, dando forma a ela;
Causa Eficiente: Desenvolvimento natural. Para Aristóteles a cidade é um ser natural, um organismo vivo;
Causa Final: A finalidade da cidade é a Felicidade, ou seja, alcançar o bem soberano.
Para Aristóteles, “toda comunidade visa um bem”. O bem de que se trata aqui é na verdade um fim determinado. Não se refere ao bem correto, universal, mas a todo ato que tem como finalidade um certo bem. Sendo assim, toda comunidade tem um fim como meta, uma vantagem que deve ser aquela principal e que contém em si todas as outras. Portanto, a maior vantagem possível é o bem soberano.
A comunidade política, afirma Aristóteles, é aquela que é soberana entre todas e inclui todas as outras (Política, 1252 a3-5). Isto significa que a comunidade política é a cidade, que inclui todas as outras formas de comunidade (lares e vilarejos) que a compõe. A cidade é o último grau de comunidade. Além disso, a cidade é soberana dentre todas as comunidades e visa o bem soberano, existindo, portanto, uma analogia.
O fim de cada coisa é justamente a sua natureza, assim como o todo é anterior às partes. Dessa forma, além da comunidade política ser a natureza de todas as outras comunidades, ela é lógica e ontologicamente anterior a estas. Por isso ela deve prevalecer sobre as outras partes. Do mesmo modo, o cidadão é aquele que, por deliberar e criar leis, é um homem melhor do que os outros que não participam do governo, diferenciando, naturalmente os homens entre senhores e escravos.
Portanto, o animal político ou cidadão é o homem livre que goza de direitos naturais por sua competência em comandar, enquanto que aos homens dotados apenas de robustez física e pouco intelecto são aptos para obedecer, e essa analogia se estende a relação entre a soberania da cidade e as comunidades que participam dela com seus fins específicos. A cidade é soberana porque visa o bem comum, soberano. O homem livre é soberano porque é senhor de si.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

'Era Lula' foi a melhor fase da economia brasileira dos últimos 30 anos, diz FGV

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UOL  economia

São Paulo - O período de junho de 2003 a julho de 2008 foi a fase de maior expansão para a economia brasileira das últimas três décadas, indica estudo divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Nesses cinco anos, a indústria se expandiu, as vendas do comércio registraram alta e a geração de emprego e renda cresceram.


A análise foi realizada pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos, coordenado pelo ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, e teve participação de mais seis economistas.

Segundo o estudo, que considerou dados a partir de 1980, o bom desempenho da economia começou seis meses após a posse do presidente Lula e se prolongou por 61 meses. O segundo melhor período foi entre fevereiro de 1987 e outubro de 1988, na gestão do ex-presidente José Sarney.

O menor período recessivo, de acordo com o levantamento, foi também no governo atual e durou seis meses: de junho de 2008 a janeiro de 2009, quando o país conviveu com a recessão. Mesmo sendo menos afetado do que outros países, o Brasil sofreu nesse período reflexos da crise financeira internacional.
O maior intervalo de baixo desempenho, classificado de recessivo, por se estender por meses seguidos, ocorreu entre junho de 1989 e dezembro de 1991, prolongando-se até janeiro de 1992, num total de 30 meses. Essa fase crítica começou em meio à campanha pela primeira eleição direta para a Presidência da República depois do regime militar (1964-1985).
De acordo com o estudo, nas três décadas analisadas, o Brasil passou por oito ciclos de negócios entre intervalos de fases boas e ruins. Os períodos recessivos duraram, em média, 15,8 meses e os de expansão, 28,7 meses.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Pesquisa mostra Lula liderando intenções de voto para 2018 no 1º e no 2º turnos


Pesquisa realizada, divulgada nesta quarta-feira (15/2/2017), aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto em todas as simulações, inclusive de segundo turno


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Jornal do Brasil
Pesquisa realizada pelo instituto MDA por encomenda da Confederação Nacional dos Transportes, divulgada nesta quarta-feira (15), aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto em todas as simulações, inclusive de segundo turno.
Em três cenários propostos para o primeiro turno, Lula lidera com percentuais de 30,5% a 32,8%. No primeiro cenário para o primeiro turno, com o ex-ministro Ciro Gomes e o presidente Michel Temer, Lula tem 30,5%, mais do que os 24,8% que registrou na pesquisa de outubro. A ex-senadora Marina Silva (Rede) tem 11,8% ante 13,3% que tinha no levantamento anterior. O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) está em terceiro lugar, com 11,3%, 
No segundo cenário, com o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, Lula tem 31,8%, seguido por Marina (12,1%), Bolsonaro (11,7%), Alckmin (9,1%), Ciro (5,3%) e o empresário Josué Alencar (PMDB), com 1%. 
Na terceira hipótese, sem Temer e sem Ciro, Lula subiu de 27,6% para 32,8%. Em segundo lugar aparece Marina, com 13,9%. Aécio soma 12,1%, e Bolsonaro tem 12%. 
Pesquisa CNT mostra Lula liderando intenções de voto para 2018 no 1º e no 2º turnos
Pesquisa CNT mostra Lula liderando intenções de voto para 2018 no 1º e no 2º turnos
Voto espontâneo
Com relação às intenções de voto espontânea, Lula subiu de 11,4% para 16,6%. Jair Bolsonaro (PSC) subiu de 3,3% para 6,6%, e aparece em segundo lugar. Todos os demais nomes mencionados tiveram queda: Aécio Neves (PSDB) tem 2,2%; Marina Silva (Rede), 1,8%; Michel Temer (PMDB), 1,1%; Dilma Rousseff (PT), 0,9%; Geraldo Alckmin (PSDB), 0,7%; e Ciro Gomes (PDT), 0,4%.
Segundo turno
A pesquisa também aponto cenários para o segundo turno: no primeiro, Lula venceria Aécio Neves por 39,7% a 27,5%. Em outubro o cenário era o inverso: o petista tinha 33,8% e o tucano, 37,1%. No segundo cenário, Aécio teria 34,1% e Temer, 13,1%. Em outro cenário, de Aécio contra Marina, o tucano teria 28,6% e a ex-senadora apareceria com 28,3%. No quarto cenário, Lula venceria Temer por 42,9% a 19%. Em outra hipótese, Marina teria 34,4% e venceria Temer, com 16,8%. No último cenário testado, Lula venceria Marina por 38,9% a 27,4%.
A pesquisa ouviu 2002 pessoas em 138 municípios, entre os dias 7 e 11 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Estratégia e tática além do manual

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Os isolacionistas se caracterizam pelo sectarismo. É um grupamento que sob o pretenso argumento de "não se misturar", de "ser coerente", só admite aliança entre os iguais, ou seja, entre aqueles que professam as mesmas ideias.

Eron Bezerra *

Do Portal Vermelho

Nos momentos de grande tensão a sociedade tende a bipolaridade e a reproduzir esse padrão comportamental em todas as suas relações sociais.


Assim foi no auge da guerra fria com a polarização entre o bloco socialista x e o bloco capitalista; na grande guerra com o antagonismo entre "aliados" e nazi/fascistas; durante a ditadura militar no contraponto entre liberdade e repressão e, agora, obviamente, não poderia deixar de ter a polaridade entre golpistas e não golpistas.

Nesses momentos há duas tendências previsíveis no "manual": o isolacionismo e o aliancismo.

Os isolacionistas se caracterizam pelo sectarismo. É um grupamento que sob o pretenso argumento de "não se misturar", de "ser coerente", só admite aliança entre os iguais, ou seja, entre aqueles que professam as mesmas ideias.

Talvez alguns, pelas limitações teóricas e falta de convicção ideológica, busquem nesse expediente uma espécie de escudo, uma barreira de proteção contra a sua manifesta insegurança, o que explica o "medo" das alianças.

Acabam falando pra si mesmo, sem qualquer repercussão prática para além do seu próprio restrito círculo de atuação. Invariavelmente são muito elogiados pelas correntes conservadoras porque, na prática, não oferecem qualquer risco de alteração do status quo, ou seja, acabam servindo de linha auxiliar da situação posta, por mais que eventualmente não seja esse o desejo. Mas a prática é o critério da verdade.

E os aliancistas são o oposto. Demonstram corretamente a limitação e os equívocos da corrente isolacionista, mas, invariavelmente, caiem no outro extremo na sua prática política cotidiana.

Fazem tantas ponderações e ressalvas a qualquer ousadia fora do manual que acabam se descaracterizando completamente. Elegem a amplitude como um objetivo em si e não um recurso tático para facilitar o eventual cumprimento de um objetivo estratégico. Toda e qualquer ressalva a uma determinada prática ou potencial aliado é rechaçada sob o argumento que “não amplia, contribui para o isolamento do movimento social, etc.”.

Para esses, a palavra ampliar é uma espécie de mantra, algo mesmo messiânico. Desconhecem que em política nem sempre a ampliação se dá por uma somatória mecânica de aliados e sim, na maioria das vezes, quando nossas teses e prática política encontram eco na sociedade, especialmente nas camadas populares.

Ninguém se espanta ao ver um herege caindo em pecado, mas não se admite que um homem de fé cometa tais pecados, o que sugere que, para além dos fatos, o consciente e o inconsciente popular trabalha com o simbólico, o que nem sempre é levado em conta por essas concepções aliancistas. E isso, naturalmente, exige mais do que a leitura do “manual”.

As duas concepções expressam razoável limitação teórica.

Começa pela confusão que fazem entre estratégia & tática que, embora sejam categorias filosóficas distintas, estão interligadas, interdependentes, como a dialética nos ensina. Se uma categoria é absolutizada haverá, inequivocamente, profundas consequências para a viabilização da outra.

E avança na limitação do conceito de aliança que, a rigor, só pode ser feito com quem pensa diferente, uma vez que os que pensam iguais, a rigor, estão agrupados na mesma organização política, seja um partido ou qualquer outra organização social. a aliança é para um objetivo pontual e deve contribuir para acumulação de forças das correntes progressistas.

Em momentos de defensiva estratégica e tática, como estamos vivendo no momento, a aplicação correta da política é o grande desafio. Quanto mais a direita avança, mais as alianças devem ser ampliadas, buscando, a um só tempo, ampliar o espaço do movimento popular e preservar as correntes progressistas. Esse é o desafio que se põe para todos nós. Exige, repito, mais do que a replicação mecânica das normas do manual.

Se Lenin tivesse seguido o manual não teria feito a Nova Política Econômica na nascente União Soviética e talvez tivesse sepultada a 1ª experiência socialista no nascedouro.

O manual dicotômico também jamais permitiria que Stalin celebrasse um pacto de não agressão com Hitler, o que lhe permitiu ganhar tempo para se armar e rechaçar o então poderoso exército alemão de volta até Berlin, quando o exército vermelho fez tremular nos mastros alemães a bandeira vermelha.

E para não ficar apenas em exemplos além-pátria, recordemos que se não tivéssemos recorrido ao colégio militar e feito aliança com vários próceres da ditadura militar talvez não tivéssemos, até hoje, encontrado o caminho da reconstrução nacional, que novamente está ameaçado.

Quando a confusão for grande lembre-se de algo simples: sempre que o inimigo estiver unido, coeso, é ruim pra você. E não precisa dizer vice versa, é óbvio.
* Professor da UFAM, Doutor em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, Coordenador Nacional da Questão Amazônica e Indígena do Comitê Central do PCdoB.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O efeito mais triste do golpe: Banco Mundial prevê explosão de pobreza no Brasil

Efeito tragicamente irônico do golpe. Os mesmos que são contra o bolsa família agora terão de pagar, via impostos, muito mais bolsas famílias, por causa do aumento da pobreza, ou então lidar com um aumento da miséria absoluta para níveis recordes.

Escrito por , Postado em Redação


Do site O Cafezinho
(Foto: Sebastião Salgado, o fotógrafo mais famoso do Brasil, conhecedor dos problemas sociais do país, um homem de esquerda e admirador de Lula. A foto mostra o conflito entre trabalhadores de Serra Pelada e a polícia militar, em 1986)
Efeito tragicamente irônico do golpe. Os mesmos que são contra o bolsa família agora terão de pagar, via impostos, muito mais bolsas famílias, por causa do aumento da pobreza, ou então lidar com um aumento da miséria absoluta para níveis recordes.
***
Bando Mundial: Brasil terá ao menos 2,5 milhões de ‘novos pobres’ até o fim do ano
Postado em 13 de fevereiro de 2017 às 8:46 am
Do Globo (via DCM):
Estudo inédito do Banco Mundial, ao qual o GLOBO teve acesso, aponta que o número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil aumentará entre 2,5 milhões e 3,6 milhões até o fim deste ano. Denominados de “novos pobres” pela instituição internacional, porque estavam acima da linha da pobreza em 2015 e já caíram ou cairão abaixo dela neste ano, eles são na maioria adultos jovens, de áreas urbanas, com escolaridade média e que foram expulsos do mercado de trabalho formal pelo desemprego.
Se quiser estancar o crescimento da pobreza extrema aos níveis de 2015, base mais atual de dados oficiais sobre renda, o governo terá que aumentar o orçamento do Bolsa Família este ano para R$ 30,4 bilhões no cenário econômico mais otimista e para R$ 31 bilhões no quadro mais pessimista, aponta relatório do Banco Mundial. Para 2017, o programa de transferência de renda tem R$ 29,8 bilhões garantidos.
Como o benefício do Bolsa Família varia conforme a composição familiar, número e idade dos dependentes, presença ou não de gestantes, entre outros aspectos, os técnicos da instituição internacional fizeram uma análise complexa para estimar o ajuste necessário no programa. Segundo as projeções, de 810 mil a 1,1 milhão de famílias serão elegíveis para receber o benefício este ano, o que demandará o orçamento adicional calculado.
Por meio de simulações, o relatório projetou a taxa de pobreza extrema no país, calculada em 3,4% em 2015, com e sem o incremento no Bolsa Família. Se o programa não aumentar, aponta o Banco Mundial, a proporção de brasileiros em situação de miséria subirá para 4,2% este ano no cenário otimista e para 4,6% no pessimista. Caso a cobertura seja ampliada, conforme recomendado, a taxa terá um leve crescimento para 3,5% e 3,6%, nos dois quadros econômicos traçados.
(…)

Globo News responde ao Blog da Cidadania

globo news resposta

“Assim que ouvirem Lula ou Dilma coloquem no ar na hora, ao vivo, interrompendo qualquer programa, no plantão. Depois a gente assiste ao resto. Lula e Dilma têm de ser denunciados na frente de qualquer outro delatado”.

Do Blog da Cidadania

Por  Eduardo Guimarães

Na última sexta-feira (10/02), esta página publicou a matéria Globo cria força-tarefa para atacar Lula e Dilma semana que vem , contendo denúncia de que o ministro do STF Edson Fachin iria levantar o sigilo sobre delações feitas por funcionários da Odebrecht e a Globo News iria destacar só delações contra Lula e Dilma Rousseff.
Segundo a denúncia, a diretora da Globo News Eugênia Moreyra teria determinado que, assim que as delações fossem liberadas, força-tarefa de jornalistas da emissora que estaria sendo montada buscaria no material menções aos ex-presidentes Lula e Dilma e divulgaria imediatamente essas menções em edição extraordinária da Globo.
A repercussão da matéria foi grande devido à verossimilhança da denúncia. Não por conta da editora supracitada, mas por conta do comportamento de grandes meios de comunicação em relação ao PT e, em particular, aos ex-presidentes Lula e Dilma.
No início da tarde desta segunda-feira (13/02), a diretora Eugênia Moreyra envia e-mail a este Blog contestando a reportagem. A contestação segue abaixo e, em seguida, a posição deste Blog sobre essa contestação.
Senhor Editor Eduardo Guimarães,
Li com perplexidade e absoluta indignação o seu post “Globo cria força-tarefa para difamar Lula e Dilma”. A GloboNews não tem a menor ideia de quando o sigilo sobre os 950 depoimentos de executivos da Lava-Jato seria liberado.
Ao contrário do que o senhor afirma, não tenho encontro algum em Brasília com o objetivo de receber tais depoimentos. É ridículo imaginar que algum órgão de imprensa receba o material com exclusividade.
Minha história profissional é digna e não permitirei que ela seja manchada com as injúrias e difamações que marcam o seu texto. Se e quando os depoimentos forem divulgados, receberão o tratamento jornalístico adequado: tudo, de todos os partidos, será divulgado.
A GloboNews é apartidária. O texto, portanto, mente, sem pudor, ao afirmar que eu dei as seguintes ordens:
“Assim que ouvirem Lula ou Dilma coloquem no ar na hora, ao vivo, interrompendo qualquer programa, no plantão. Depois a gente assiste ao resto. Lula e Dilma têm de ser denunciados na frente de qualquer outro delatado”.
Isso é falso, ultrajante, difamatório e injuriante. E vai contra todos os princípios jornalísticos que a GloboNews pratica diariamente. Nada vai ao ar na emissora sem antes ser avaliado e analisado por completo.
Tenho uma história profissional digna, sem manchas, e pretendo defendê-la de todas as formas possíveis. Mentiras como as publicadas em seu texto mereceriam apenas o meu desprezo. Mas em respeito aos meus amigos, aos meus colegas de trabalho e ao público da GloboNews, eu as repudio publicamente.
Eugenia Moreyra.
Eu, Eduardo Guimarães, nunca nem mesmo tinha ouvido falar da senhora Eugênia Moreyra. Não existe qualquer motivo pessoal para atacá-la.
Como jornalista, porém, a senhora Eugênia Moreira sabe muito bem que não só a empresa na qual trabalha como muitos outros grandes meios de comunicação vêm publicando vazamentos seletivos contra o PT há anos, sobretudo no âmbito da Operação Lava Jato.
Eu poderia reproduzir mil e uma reportagens das Globos e de vários outros grandes veículos contendo reproduções seletivas de delações contra petistas enquanto outras delações contra políticos de outros partidos ficavam ocultas pelo sigilo das investigações.
Aliás, tanto o ex-presidente Lula quanto a ex-presidente Dilma Rousseff vêm se queixando há anos de parcialidade não só das Organizações Globo, mas, também, de vários outros grandes impérios de mídia edificados à sombra da ditadura militar que escravizou o Brasil por duas décadas.
Aliás, as Organizações Globo até pediram desculpas pela parcialidade em prol da ditadura…
Outra prática jornalística comum nos grandes meios de comunicação é divulgar denúncias de fontes que preferem ou requerem anonimato. Basta que esses veículos vejam credibilidade na fonte para divulgarem o que disse.
Nada que ver com a Globo News, mas, só como exemplo, há alguns anos um grande jornal paulista deu espaço para um desafeto do ex-presidente Lula acusá-lo de ser um estuprador de menores, por incrível que pareça.
Garanto à senhora Eugênia Moreyra que apenas divulguei denúncia que recebi de fonte crível e que disponho dessa denúncia por escrito, mostrando que atuei de forma jornalística no sentido de divulgá-la.
E claro que defenderei o sigilo da fonte, como a Constituição Federal garante.
Tomara que nada disso se concretize, porque as injustiças cometidas pelas Globos contra os ex-presidentes supracitados já é bastante e suficiente.
Seja como for, atendo ao pedido da assessoria da senhora Eugênia Moreyra de dar à posição dela o mesmo destaque dado à denúncia que este Blog recebeu e divulgou. Não é sempre que a grande imprensa dá aos que denúncia o mesmo espaço para se defenderem.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Fascistas do MBL tumultuam Câmara de SP

...foi eleito pelo “ético” DEM. Além das posições políticas reacionárias – ele já anunciou que apresentará projeto pelo fim das cotas raciais nas faculdades, entre outras barbaridades –, o demo infantil também tem se mostrado um provocador barato...

Por Altamiro Borges

O vereador Fernando Holiday, um dos líderes das marchas golpistas do “Fora Dilma” e chefete do sinistro Movimento Brasil Livre (MBL), tem desempenhando um papel asqueroso na Câmara Municipal de São Paulo – para qual foi eleito pelo “ético” DEM. Além das posições políticas reacionárias – ele já anunciou que apresentará projeto pelo fim das cotas raciais nas faculdades, entre outras barbaridades –, o demo infantil também tem se mostrado um provocador barato. Na semana passada, dois dos seus assessores invadiram reuniões organizadas pelo PT para agredir verbalmente os seus participantes.

A denúncia foi feita nesta sexta-feira (10) pela vereadora petista Juliana Cardoso, conhecida por sua combatividade. Na primeira provocação, os fascistas mirins invadiram um encontro do seu mandato com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). “A intenção final foi escrachar o senador. Por isso, levamos o companheiro em grupo até o seu carro para que ele pudesse sair em segurança”, relata a parlamentar. Na segunda, os dois fanáticos invadiram uma reunião fechada na sala da liderança do PT na Câmara Municipal. Os asseclas de Fernando Holiday estavam munidos de celulares e câmeras fotográficas e tentaram constranger os participantes.

Denunciado pelos atos abusivos, que poderiam até resultar na abertura de um processo por quebra de decoro, o vereador do DEM afirmou que os seus capachos, integrantes do MBL, só ingressaram no local para “entrevistar” o senador. Não dá para tolerar estas atitudes intolerantes dos fascistoides deste grupelho sinistro, que podem transformar a Câmara Municipal em um campo de ódio e violência. Confira abaixo a nota da vereadora Juliana Cardoso e o texto de repúdio da executiva municipal do PT:

*****

Hoje, dia 10 de fevereiro, enquanto fazíamos uma reunião com o Senador Lindbergh Farias, assessores do vereador Fernando Holiday invadiram a sala, munidos de celulares e câmeras para gravar uma reunião particular do meu mandato com a presença do Senador, fazendo provocações chulas e agredindo verbalmente nossos assessores.

A intenção final era escrachar o Senador Lindbergh, por isso o levamos em grupo até o seu carro para que ele pudesse sair em segurança.

Não satisfeitos, os mesmos assessores de Holiday, horas depois, ligaram para a GCM da Câmara Municipal chamando-os para o 6º andar avisando que lá haveria uma "ocorrência". Então, eles foram até o 6º andar e invadiram por três vezes uma reunião particular do mandato que estava ocorrendo na sala da Liderança do PT a portas fechadas, eles abriram a porta e começaram a gravar a reunião e agredir verbalmente nossos assessores com provocações.

Estes dois assessores, Arthur Moledo do Val e Weslley Viera, já invadiram no ano passado o gabinete do ex-vereador Jamil Murad em ação muito similar, segundo a GCM da Câmara Municipal.

Estamos extremamente indignados com esta situação que foi obviamente premeditada.

Lembramos que este episódio não atinge só o meu mandato, trata-se de uma atitude premeditada de coação, constrangimento e agressão física. Trata-se de desrespeito claro à democracia e ao regimento da casa. Se não há resposta das instituições para uma ação clara de profunda agressão, não teremos qualquer liberdade para fazer oposição, o que é inerente ao regime democrático. Ou não estamos mais em um regime democrático?

Pedimos a todos que puderem que nos apoiem neste momento de ataque ao nosso direito de ocupar e resistir neste espaço que nos foi dado por 34.949 mil eleitores.

*****

Nota da executiva municipal do PT

A Executiva Municipal do PT SP se solidariza com o mandato da vereadora Juliana Cardoso, que foi alvo ontem de uma ação violenta por parte de assessores do Vereador do DEM e líder do MBL, Fernando Holiday, durante atividade do PT na Câmara Municipal.

No momento que vivemos um golpe contínuo a classe trabalhadora em nosso país e o estado de exceção se amplia com a perseguição aos movimentos sociais, sindical e a todos e todas que lutam por democracia, manutenção dos direitos sociais duramente conquistados, a invasão de uma reunião do partido ontem, que não é isolada, mostra a escalada da intolerância em nosso país, devendo ser veemente repudiada por toda sociedade, pois não contribui para o estado democrático de direito e o respeito a divergência de opiniões numa casa legislativa.

O ataque a vereadora Juliana Cardoso é um ataque ao Partido dos Trabalhadores, que não baixará a cabeça para aqueles que não sabem viver numa democracia.

Perde a Câmara de vereadores como um todo pois desvirtua seu papel de legislar e fiscalizar em prol de toda população de São Paulo.

Todo apoio à vereadora Juliana Cardoso

São Paulo, 11 de fevereiro de 2017.

Datafolha, Doria e a bolha midiática

Vaidoso e egocêntrico, a playboy João Doria – o Júnior – deve estar transbordando de 

Por Altamiro Borges

Vaidoso e egocêntrico, a playboy João Doria – o Júnior – deve estar transbordando de alegria. A pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (12) aponta que 44% dos paulistanos consideram a sua gestão na prefeitura boa ou ótima. Outros 33% acham o seu governo regular e apenas 13% avaliam que é ruim ou péssimo – 10% não opinaram. A sondagem serve para acariciar o ego do novo prefeito, estimula seu apetite para voos mais altos e gera até ciumeira nos velhos tucanos que sempre torceram o bico para o novato. Mas ela não representa muita coisa – ou melhor, não representa nada. É pura jogada de marketing!

Com menos de dois meses de mandato, o novo prefeito investiu pesado na sua imagem. Ele se fantasiou de gari, andou de cadeira de roda, colocou máscara para apagar grafites e não parou de tagarelar em entrevistas. Neste esforço publicitário, o experiente apresentador de televisão montou uma equipe própria de filmagem e despejou recursos nas redes sociais. Ele também contou com os holofotes da mídia chapa-branca de São Paulo, principalmente dos canais de tevê – sabe-se lá a que preço. É evidente que toda esta exposição renderia frutos, principalmente em uma megalópole com tantos “midiotas” por metro quadrado.

A própria pesquisa aponta que esta estratégia de marketing tem dado resultado nestes primeiros dias de gestão. “Uma agenda extensa que inclui reuniões das 7h às 22h em seu gabinete, além de atividades midiáticas de zeladoria resumem a receita para apresentar aos paulistanos a imagem de um trabalhador a favor da cidade neste início de mandato. Os números do Datafolha mostram, por exemplo, que 71% o consideram muito trabalhador... Para registrar essa marca, o prefeito utiliza sua página numa rede social, com mais de um milhão de seguidores. Nela, divulga de visitas a hospitais a intervenções com roupa de gari, ‘em sinal de humildade’, como justifica. Ele é considerado humilde por 66% dos entrevistados”, analisa a Folha.

Mas nem todos os paulistanos são seduzidos por estas ações demagógicas e midiáticas. A sondagem mostra que entre aqueles com renda familiar mensal de até dois salários mínimos, a aprovação de João Doria é de 35%. Entre os que têm renda superior a dez salários mínimos, a aprovação sobe para 66%. A pesquisa também aponta que muitos já o enxergam como o prefeito dos ricaços: 35% avaliam que ele dá mais atenção aos bairros ricos, contra 20% que afirmam que ele está preocupado com os pobres. Em recente matéria, a própria Folha mostrou que ele abandonou a periferia e priorizou a agenda com empresários.

Nem mesmo as bravatas do “gestor moderno”, que firma parcerias com empresas para ajudar São Paulo, está convencendo os paulistanos. Para 73% dos entrevistados, os falsos filantropos só topam contribuir porque têm interesse em seus próprios negócios com a prefeitura. Apenas 20% acham que as doadoras querem ajudar a cidade. Ou seja: a turma está desconfiada. As próximas ações do demagogo João Doria é que definirão a sua popularidade. É bom lembrar que em abril de 2013, após cem dias de gestão, o prefeito Fernando Haddad (PT) tinha 31% de aprovação, segundo o mesmo Datafolha – índice que despencou para 17% no final da sua gestão. A vida é muito cruel para os prefeitos paulistanos.

Como alerta Eduardo Scolese, editor de “Cotidiano” da Folha, “o mandato é de quatro anos, portanto comemorar um mês de sucesso de crítica seria prematuro. Todo esse exibicionismo irá se virar contra o prefeito, se, por exemplo, crescerem os acidentes nas marginais, os pacientes que fizerem exames médicos entrarem numa longa fila de cirurgias e as prometidas milhares de vagas em creches não avançarem. Por isso, Doria corre. Ele sabe que a tarifa de ônibus congelada e a paciência do paulistano não são eternos”. A conferir as próximas pesquisas, inclusive as do “Datafalha”.

Em tempo: Em artigo publicado no Jornal GGN, intitulado “O prefeito marqueteiro e o jornalismo merchandising”, o colunista Sérgio Saraiva alerta para os interesses sinistros do Datafolha. “A pesquisa é extemporânea e o porquê está no próprio texto da matéria: ‘O levantamento atual não permite comparações com os prefeitos anteriores, já que pesquisas de avaliação nos últimos mandatos foram feitas somente após os cem primeiros dias de gestão’. Ora, se a própria Folha reconhece que a pesquisa é prematura, por que foi executada?”. De fato: muito estranha esta sondagem do “Datafalha”. Será que rolou algo por debaixo do pano?