sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Lei da ditadura: Juiz decide contra manifestações a favor de Lula em Porto Alegre


Assinada pelo juiz Osório Avila Neto proíbe acampamento do MST em Porto Alegre 
Assinada pelo juiz Osório Avila Neto proíbe acampamento do MST em Porto Alegre nas proximidades do TRF-4, onde três desembargadores julgarão Lula em segunda instância.
Da Redação*

FONTE ; FORUMhttps://www.revistaforum.com.br/2017/12/29/lei-da-ditadura-juiz-decide-contra-manifestacoes-favor-de-lula-em-porto-alegre/

29 de dezembro de 2017
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A mobilização em defesa do ex-presidente Lula, programada para o julgamento do dia 24 de janeiro, sofreu um revés. Decisão assinada pelo juiz Osório Avila Neto proíbe acampamento do MST em Porto Alegre nas proximidades do TRF-4, onde três desembargadores julgarão Lula em segunda instância.
“É dado notório que se aprazou para o dia 24 de janeiro o julgamento de recurso penal envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que funciona em prédio lindeiro ao deste foro. Informações de imprensa também dão conta de que movimentos sociais identificados com o ex-presidente mobilizam-se para comparecer no local de julgamento, a fim de promover suas manifestações de apoio ao político”, diz o juiz.
“Protestar é um ato midiático, exige perfeita remessa entre a ação de protesto e o destinatário da agitação. A foto deste grupo protestando em frente ao Tribunal dirá muito mais à coletividade mundial do que a foto deste mesmo grupo em praça a centenas de metros de distância”, prossegue o magistrado.
“Ante o exposto, defiro parcialmente a liminar pleiteada, para o fim de (a) que seja estabelecida área de isolamento para o trânsito e permanência dos manifestantes, correspondente à área formada pelo polígono entre as vias: Rua Edvaldo Pereira Paiva, Avenida Loureiro da Silva e Avenida Augusto de Carvalho; (b) proibir, imediatamente e até três (03) dias após o julgamento do recurso, a formação de acampamento no interior do Parque Maurício Sirotski Sobrinho (Parque Harmonia) e em seus terrenos e estacionamentos lindeiros ao parque e ao Tribunal Regional Federal e às instituições públicas situadas nas adjacências”.
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Embora o Judiciário pareça estar fechado para consumar mais um atentado à democracia brasileira, depois do golpe de 2016, um manifesto com mais de 80 mil assinaturas aponta abusos do Judiciário com a finalidade de excluir Lula – líder em todas as pesquisas – da disputa presidencial de 2018.
Chiqueirinhos
A senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional do PT, criticou duramente a decisão do juiz Osório Avila Neto. “O MPF e essa decisão do Judiciário parecem provocação. Vai acirrar muito os ânimos que já estão exaltados pela injustiça com Lula. Nós sempre fizemos manifestações pacíficas. Agora, não vamos permitir esse atentado ao direito de manifestação”, afirmou. “Ninguém pode colocar manifestações democráticas em chiqueirinhos”, completou.
*Com informações do Brasil 247
Foto: Agência Brasil

Rubem Gonzalez: PACIFISTAS, BUNDÕES OU TRAIDORES?


A imagem pode conter: avião e céu

Ernesto Geisel sabia que sem Forças Armadas fortes, sem uma defesa forte e com indústria independente não poderia existir uma nação soberana, também sabia que isso era impossível lambendo as botas dos imperadores do norte, eles jamais permitiriam um gigante no seu quintal com força e vontade próprias.
Dai rasgou todos os protocolos e tratados militares com o s ianques e partiu com ousadia para um modelo genuinamente brasileiro, com usinas nucleares, enriquecimento de urânio, construção de submarinos e como não poderia deixar de ser uma bela indústria bélica e obviamente a bomba atômica.
O Brasil foi ensinado e doutrinado de Sarney para cá em ser um gigante de merda, um frouxo cuzão, um bunda mole, um pacifista tolo num mundo que se arma e onde só tem paz efetiva quem tem armas suficientes para mante-la, o resto? O resto é uma mistura de salão de danças com aterro sanitário dos países poderosos de verdade.
O mais trágico não foi essa renca de presidentes que no campo da soberania nacional praticamente se equivalem com exceção do Lula que apostou no reaparelhamento das Forças Armadas, porém alinhados com esse ridículo programa de não proliferação de armas nucleares que no melhor estilo piada pronta é gerenciado e mantido por países armados delas até os dentes.
O mais trágico é constatar que primeiramente o regime militar só caiu porque começou a criar uma perigosa vertente de militares nacionalistas e hoje vergonhosamente saber que eles são minoria, frente a uma imensa maioria de Mourões e outros do naipe que vivem por aí com o surrado lema de caça aos comunistas enquanto usam fio dental e rebolam sensualmente para os ianques.
Na foto podemos ver o Sukhoi SU 34 o melhor e mais letal caça bombardeiro do planeta, mas é apenas um de uma longa linhagem de uma família de "voadores de guerra" com o selo de o melhor do mundo, eles são apenas alguns de centenas de vetores de persuasão construídos com tecnologia 100% nacional de um país de origem comunista, de onde veio toda essa base e projetos, e que tem um PIB menor que o Brasileiro.
Ao ver isso e escutar os discursos de empresários fakes, mamadores de verbas do BNDES para colocarem etiquetas de suas empresas em produtos fabricados no sudeste asiático na sua ridícula FIESP, discursos esses cheios de preconceito e ironias de um país que se enfrentar militarmente a Koreia do Norte que tem um PIB menor que o nosso gasto com o judiciário sairá arrasado e jogado na lona como um saco de merda.
Falamos mal do comunismo, tripudiamos do comunismo, nossos milicos se dizem experts em caçar comunistas, se jactam de sentir o cheiro de um a mais de 100 km e no entanto todas as nossas forças armadas reunidas hipoteticamente tivesse que enfrentar um anão vermelho como o país do Kin Jong que coxinha adora fazer piada, seria totalmente aniquilado, seria exterminado e mostraria na prática que os nossos milicos não são bons em caçar comunistas, eles são bons é com quem é fraco e desarmado...

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

FILME: "STALINGRADO" [RESENHA]


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O drama de guerra lançado em 2013, sucesso de público, a mais rendosa bilheteria russa até o momento, usa a famosa batalha de Stalingrado, de novembro de 1942, mais como pano de fundo do que estivesse preocupada em uma reconstrução histórica, se bem que conte com todos os acompanhamentos que ela teria trazido da realidade, como: armas, fardas, cenários e mortes (embora não se veja corpos em parte, só inteiros)

Fonte:http://identidade85.blogspot.com.br/2015/04/filme-stalingrado-2013.html

Há que se dizer que este é um excelente filme de ação, com direito a estreia do cinema russo no formato IMax 3D, com qualidade superior das imagens, com muitos combates, tiros, demonstrações de força e etc.. 

Claro que os russos são vistos como heróis que enfrentam a ameaça de invasão alemã bravamente até o final. Se bem que também os alemães não apareçam tão caricaturados como se costuma ver por aí. 

O enredo principal trata de seis soldados que recebem a incumbência de defender um prédio que ficava na entrada, de Stalingrado, no caminho das tropas que quisessem tomar a cidade. Ali eles encontram uma moça, única sobrevivente entre os morados daquela construção, que acaba lhes afetando diretamente e que compõe um dos lados da história; história que tem ainda uma outra moradora de Stalingrado que recebia (à princípio de forma indesejada) um oficial alemão em seu abrigo. De qualquer forma os personagens aparecem como lembranças contadas por um bombeiro enquanto socorre um grupo de alemães soterrados em um terremoto.

O idioma original do filme é russo, afinal, ele foi feito por russos, mas a versão de áudio que assisti é dublada em inglês. Nesse caso o engraçado é que o único áudio que permaneceu original é o alemão falado pelos nazistas que ocupam parte da cidade, sendo que as demais falas estão todas em inglês. Isso cria um embaraço, como em um diálogo em inglês por parte dos soldados nazistas, com direito a guia de conversação em mãos, para descobrir se uma moradora (russa) da cidade é judia.

Algumas outras coisas me chamaram a atenção no filme, nem sempre positivamente. É o caso dos soldados russos flamejantes que aparecem no desembarque que abre as memórias do bombeiro sobre a experiência de sua mãe na época da Guerra. Fiquei me imaginando pegando fogo, com olhar heroico, procurando o primeiro inimigo que eu visse pela frente para dividir minhas chamas mortais. Há controvérsias.

Uma outra situação que achei meio no sense no filme foram os combates matrix travados por alguns dos soldados russos no centro da localidade, com direito à tela lenta, golpes de facas, desvios milagrosos e coronhadas superpotentes.

Agora falando especificamente da história "real" em si, sabemos que os personagens do filme não travaram a "batalha final", como o título pretende, embora no contexto da Segunda Guerra o enfrentamento em Stalingrado, com tudo que vem depois do tempo-espaço congelado dessa reconstrução ficcional, tenha representado o limite da expansão nazista. Nessa mesma batalha, de forma ampla, morreram mais de 2 milhões de pessoas, entre militares e civis, e terminou em fevereiro de 1943.

Em resumo, o filme é bom, com muitos efeitos, com uma fotografia de excelente qualidade, tendo os limites apontados acima quanto ao conteúdo histórico ou sua ligação com ele. O fato inegável no fim é que haverá quem veja uma mensagem comunista na melancólica poeira vermelha dos prédios em destruição!

Assista ao trailer

 
 stalingrado livro
Segunda Guerra Mundial - Stalingrado 
A Resistência Heroica Que Destruiu o Sonho de Hitler
Rupert Matthews

Poemas a Stalingrado

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Os dois poemas abordam a coragem e a convicção dos soldados do Exército Vermelho ao avançar contra a Alemanha Nazista.

Leia na íntegra: 

Novo Canto de Amor a Stalingrado

(Pablo Neruda)

Escrevi sobre a água e sobre o tempo,
descrevi o luto e seu metal acobreado,
escrevi sobre o céu e a maçã,
agora escrevo sobre Stalingrado.

As noivas já guardam no seu lenço
raios de meu amor enamorado,
meu coração agora está no solo,
na fumaça e na luz de Stalingrado.

Já toquei com as mãos a camisa
do crepúsculo azul e derrotado:
agora toco a própria luz da vida
nascendo com o sol de Stalingrado.

Sinto que o velho-jovem transitório
de pluma, como os cisnes adornado,
despe a roupagem de seu mal notório
por meu grito de amor a Stalingrado.

Ponho minh`alma onde quero.
E não me nutro de papel cansado
temperado de tinta e de tinteiro.
Nasci para cantar a Stalingrado.

Minha voz esteve com teus inúmeros mortos
contra teus próprios muros esmagados,
minha voz soou como o sino e o vento
vendo-te morrer, Stalingrado.

Agora americanos combatentes
brancos e escuros como a romã,
matam no deserto a serpente.
Já não estás a sós, Stalingrado.

França volta às velhas barricadas
com pavilhão de fúria hasteado
sobre as lágrimas recém derramadas.
Já não estás a sós, Stalingrado.

E os grandes leões da Inglaterra
voando sobre o mar de furacões
cravam as garras na parda terra.
Já não estás a sós, Stalingrado.

Hoje abaixo de suas montanhas de escarmento
não estão apenas os teus enterrados:
tremendo está a carne de teus mortos
que tocaram tua frente, Stalingrado.

Teu aço azul de orgulho construído,
seu cabelo de planetas coroados,
teu baluarte de pães divididos,
tua fronteira sombria, Stalingrado.

Tua Pátria de louros e martírios,
o sangue no teu esplendor nevado,
o olhar de Stalin sobre a neve
tingida com teu sangue, Stalingrado.

As condecorações que teus mortos
colocaram sobre o peito transpassado
da terra, o estremecimento
da morte e da vida, Stalingrado.

O sal profundo que de novo traz
ao coração do homem estremecido
com a rama de vermelhos capitães
saídos de teu sangue, Stalingrado.

A esperança que se rompe em seus jardins
como a flor da árvore esperada,
a página gravada de fuzis,
as letras de sua luz, Stalingrado.

A torre que concebes nas alturas,
os altares de pedra ensanguentados,
os defensores de tua idade madura,
os filhos de tua pele, Stalingrado.

As águias ardentes de tuas pedras,
os metais por tua alma amamentados,
os adeus de lágrimas imensas
e as ondas de amor, Stalingrado.

Os ossos dos assassinos feridos,
os invasores de pálpebras fechadas
e os conquistadores fugitivos
atrás de sua centelha, Stalingrado.
Os que humilharam a curva do Arco
e as águas do Sena transpuseram
com o consentimento do escravo,
se detiveram em Stalingrado.

Os que a bela Praga sobre lágrimas,
sobre o emudecido e o traído,
passaram pisoteando suas feridas,
morreram em Stalingrado.

Os que na gruta grega esculpiram
a estalactite de cristal quebrado
em seu clássico azul escasso,
agora onde estão, Stalingrado?

Os que a Espanha incediaram e dividiram
deixando o coração encarcerado
dessa mãe de ensinos e guerreiros,
se puseram a seus pés, Stalingrado.

Os que na Holanda, água e tulipas
salpicaram no lodo ensanguentado
e derramaram o açoite e a espada,
agora dormem em Stalingrado.

Os que na branca noite da Noruega
Um uivo de chacal soltaram
incendiando esta gelada primavera,
emudeceram em Stalingrado.

Horror a ti pelo que o ar traz,
o que se há de cantar e o cantado,
horror por tuas mães e teus filhos
e teus netos, Stalingrado.
Horror ao combatente da névoa,
horror ao comissário e ao soldado,
horror ao céu por traz da tua lua,
horror ao sol de Stalingrado.

Guarda-me um pedaço de violenta espuma,
guarda-me um rifle, guarda-me um arado,
e que o coloquem em minha sepultura
com uma espiga vermelha de teu estado,
para que saibam, se há alguma dúvida,
que morri amando-te e que me tens amado,
e se não estive combatendo em tua cintura
deixo em tua honra esta granada escura,
este canto de amor a Stalingrado.


Stalingrado

(Carlos Drummond de Andrade)

Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!
O mundo não acabou, pois que entre as ruínas
outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora,
e o hálito selvagem da liberdade
dilata os seus peitos, Stalingrado,
seus peitos que estalam e caem,
enquanto outros, vingadores, se elevam.

A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais.
Os telegramas de Moscou repetem Homero.
Mas Homero é velho. Os telegramas cantam um mundo novo
que nós, na escuridão, ignorávamos.
Fomos encontrá-lo em ti, cidade destruída,
na paz de tuas ruas mortas mas não conformadas,
no teu arquejo de vida mais forte que o estouro das bombas,
na tua fria vontade de resistir.

Saber que resistes.
Que enquanto dormimos, comemos e trabalhamos, resistes.
Que quando abrimos o jornal pela manhã teu nome (em ouro oculto) estará firme no alto da página.
Terá custado milhares de homens, tanques e aviões, mas valeu a pena.
Saber que vigias, Stalingrado,
sobre nossas cabeças, nossas prevenções e nossos confusos pensamentos distantes
dá um enorme alento à alma desesperada
e ao coração que duvida.

Stalingrado, miserável monte de escombros, entretanto resplandecente!
As belas cidades do mundo contemplam-te em pasmo e silêncio.
Débeis em face do teu pavoroso poder,
mesquinhas no seu esplendor de mármores salvos e rios não profanados,
as pobres e prudentes cidades, outrora gloriosas, entregues sem luta,
aprendem contigo o gesto de fogo.
Também elas podem esperar.

Stalingrado, quantas esperanças!
Que flores, que cristais e músicas o teu nome nos derrama!
Que felicidade brota de tuas casas!
De umas apenas resta a escada cheia de corpos;
de outras o cano de gás, a torneira, uma bacia de criança.
Não há mais livros para ler nem teatros funcionando nem trabalho nas fábricas,
todos morreram, estropiaram-se, os últimos defendem pedaços negros de parede,
mas a vida em ti é prodigiosa e pulula como insetos ao sol,
ó minha louca Stalingrado!

A tamanha distância procuro, indago, cheiro destroços sangrentos,
apalpo as formas desmanteladas de teu corpo,
caminho solitariamente em tuas ruas onde há mãos soltas e relógios partidos,
sinto-te como uma criatura humana, e que és tu, Stalingrado, senão isto?
Uma criatura que não quer morrer e combate,
contra o céu, a água, o metal, a criatura combate,
contra milhões de braços e engenhos mecânicos a criatura combate,
contra o frio, a fome, a noite, contra a morte a criatura combate,
e vence.

As cidades podem vencer, Stalingrado!
Penso na vitória das cidades, que por enquanto é apenas uma fumaça subindo do Volga.
Penso no colar de cidades, que se amarão e se defenderão contra tudo.
Em teu chão calcinado onde apodrecem cadáveres,
a grande Cidade de amanhã erguerá a sua Ordem.

Leia também: 
Konstantin Simonov: Espere por mim
Do Portal Vermelho

Guerra Sagrada: De pé, imenso país, de pé para a Batalha Mortal



Reprodução
"Glória ao nosso grandioso povo, povo vencedor!" (frase de Stálin em cartaz veiculado durante a 2ª Guerra Mundial)"Glória ao nosso grandioso povo, povo vencedor!" (frase de Stálin em cartaz veiculado durante a 2ª Guerra Mundial)
As circunstâncias que levaram à música e à sua apressada apresentação são simples: a União Soviética fora invadida, em 22 de junho de 1941, pela Alemanha nazifascista, e a canção serviu como uma ode à resistência. Os versos foram terminados em 24 de junho de 1941 e Aleksandrov imediatamente compôs a música, em um caderno de notas, que foi repassado para os músicos aprenderem rapidamente as notas. A primeira apresentação se deu na estação de trem Bielorússia, quando foi cantada cinco vezes seguida, segundo testemunhas, para soldados que partiam para o fronte.

Há muitas versões estrangeiras da canção. Os alemães a conhecem por Der Heilige Krieg (com versos de Stephan Hermlin) e os húngaros como Fel, küzdelemre. A canção foi tocada em todas as paradas do Dia da Vitória, tanto na União Soviética quanto na Rússia atual.

Guerra Sagrada
A.V.Aleksandrov, V. Lebediev-Kumátch.

De pé, imenso país
De pé para a batalha mortal
Contra o obscuro fascista
E suas hordas bestiais
--
(Em coro 2x)
Deixe que nossa ira
Nos arrebate como as ondas
Uma guerra popular está em marcha!
A Guerra Sagrada!
--
Vamos repelir os estranguladores
De ideias nobres,
Estupradores, saqueadores,
Torturadores do gênero humano
--
(Em coro 2x)
Deixe que nossa ira
Nos arrebate como as ondas
Uma guerra popular está em marcha!
A Guerra Sagrada!
--
As asas escuras não ousarão
Voar sobre a Pátria Mãe.
E seus vastos campos
O inimigo não ousará pisotear!
--
(Em coro 2x)
Deixe que nossa ira
Nos arrebate como as ondas
Uma guerra popular está em marcha!
A Guerra Sagrada!
--
Meteremos uma bala na testa,
do podre e imundo fascista.
Ergueremos um forte sepulcro,
para o lixo da humanidade!
--
(Em coro 2x)
Deixe que nossa ira
Nos arrebate como as ondas
Uma guerra popular está em marcha!
A Guerra Sagrada!

Ouça duas versões da canção, em russo e em chinês:




Leia também:
Cinco filmes sobre a vitória da União Soviética contra o NazismoA Grande Guerra patriótica em dez cartazesPoemas a StalingradoKonstantin Simonov: Espere por mim

Do Portal Vermelho, Humberto Alencar

Máximo Gorki, o escritor da revolução proletária


Do Portal Vermelho

  
Para Gorki “não existem ideias fora do homem”, que é o “criador de todas as coisas, o criador de milagres e o futuro senhor de todas as forças da natureza. As mais belas coisas deste mundo são as criadas pelo trabalho, por hábeis mãos, e todos os nossos pensamentos e nossas ideias nascem do processo do trabalho”.

Filho de uma serva e de um rebocador de barcos no rio Volga, Gorki nasceu em 16 de março de 1868 e foi batizado como Aleksei Maksimovitch Pechkov. Desde os 10 anos teve que trabalhar para viver: foi descarregador no porto, jardineiro, corista de teatro, ajudante de sapateiro, pintor de ícones, vendedor de frutas, ferroviário e, sobretudo, padeiro.

Sem frequentar escolas, tudo o que aprendeu lhe foi ensinado pelo que chamou ironicamente de “minhas universidades”: a vida.

Pechkov adotou o pseudônimo de Gorki (significa “amargo”) em Tifilis, ao publicar sua primeira novela, em 1892. Considerado o maior escritor soviético, Gorki vai além do realismo tradicional e, escritor eminentemente proletário, abriu uma nova fase na literatura, dando continuidade ao grande realismo burguês do século XIX, de Balzac, Stendhal e Flaubert. Ele inaugurou um realismo de tipo novo, que alguns chamaram de “socialista”. O povo pobre e marginalizado é o personagem central de sua obra.

O “realismo socialista” tornou-se referência oficial - à revelia de Gorki – no I Congresso de Escritores Soviéticos (1934), sob a batuta de Alexei Zdanov, que se tornou desde então num verdadeiro autocrata da cultura soviética. Naquele congresso, Zdanov fez um discurso, baseado num esrito de Gorki, e usado amplamente como base para a edificação da doutrina estética oficial do realismo socialista.

Para Gorki, a luta titânica de seu povo e sua conscientização no conflito contra o czarismo, pela paz e contra o capitalismo, é o tema permanente. Ele está presente, por exemplo, em um de seus livros mais importantes, A Mãe (1906), cuja ação se passa na revolução malograda de 1905. E, por isso mesmo, se destinava a não deixar esmorecer o ímpeto popular. “Esse livro vem precisamente a tempo”, comentou Lênin, o líder da Revolução Russa.

A confiança na revolução, dirigida pelo partido dos operários, não transparece apenas na literatura de Gorki. Foi uma característica essencial de sua personalidade, que cedo o levou aos grupos revolucionários e ao marxismo. Na juventude, conheceu deportados e degredados políticos e soube que existia gente que lutava para transformar aquele mundo de miséria, pobreza, opressão e imensa exploração. Ele próprio foi vítima de prisões e perseguições.

Sua atividade literária ligou-se intimamente à luta política e revolucionária. Um verso de “O anunciador da tempestade” (Cantemos a loucura dos bravos) virou verdadeiro apelo revolucionário a iluminar sua obra. Em 1903, já era um escritor de renome, se aproximou dos bolcheviques, aprofundando sua diferença em relação aos intelectuais liberais.

Em 1905, publicou, no diário bolchevique A Vida Nova suas “notas sobre o espírito pequeno burguês”, onde denunciou a vacilação e ridicularizou o comodismo e subjetivismo dessa camada social. Sua atividade contra o governo czarista o levou ao exílio, que só terminou com a Revolução Russa de 1917. Buscou animar a vida intelectual, principalmente com a atividade cultural dos operários e do povo. Após a Revolução, em 1918, tornou-se Comissário do Povo para a Melhoria das Condições de Existência dos Cientistas.

Em 1921 adoeceu e, por insistência de Lênin, foi tratar-se no exterior, voltando à URSS em 1928, sendo então muito homenageado. O contato com a obra do regime socialista, que lançava as bases de uma vida nova para o povo russo, fez Gorki lançar-se ainda com mais vigor na defesa dos interesses do proletariado revolucionário.

O romancista passou a compor obras autobiográficas e de reminiscências, que muitos consideram aquilo que de melhor ele escreveu. Dedicou-se também a animar os jovens autores soviéticos, “atira-se para essa corrente literária que não cessa de aumentar, lê manuscritos, prefacia, corrige, explica, discute linha por linha e, não conseguindo responder a cada um, escreve cartas coletivas dirigidas a grupos” de escritores operários, registrou Nina Gourfinkel no livro Gorki.

Gorki dedicou-se à defesa e edificação de uma vida nova fazendo aquilo em que era mestre, escrevendo e ensinando a escrever. Numa longa carta para escritores estrangeiros, em 1932, ele falou da força operária na criação de novas formas de vida e fez uma pergunta que completa aquela sua profissão de fé no homem citada no início deste artigo: “De que lado estão vocês, os mestres da cultura? Com a força operária da cultura, pela criação de formas novas de vida, ou contra essa força, pela conservação da casta de espoliadores irresponsáveis, da casta podre da cabeça aos pés, que continua agindo em virtude da lei da inércia?”

Gorki havia conquistado o direito de colocar esta questão central da cultura de nosso tempo de maneira tão inequívoca. Sua vida e sua obra o autorizavam a isso.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Empresa De LUCIANO HUCK E ACCIOLY Era A Ponta Pra Esquema De Propina De AÉCIO

  A identificação do titular da conta ainda não foi revelada, mas Valladares diz que está vinculada ao empresário Alexandre Accioly, padrinho de um dos filhos de Aécio. O que o jornal não cita é que, de acordo com informações da mídia, ACCIOLY ERA SÓCIO DE LUCIANO HUCK na rede de academias Body Tech, como pode ser lido aqui. - Matéria do jornal O Globo, DESTE SÁBADO (23), diz que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (ANDRADE GUTIERREZ REFORÇA SUSPEITAF) encontraram novos indícios que, de acordo com os investigadores, o senador tucano Aécio Neves, recebeu R$ 50 milhões, repassados pela Odebrecht (R$ 30 milhões) e pela Andrade Gutierrez (R$ 20 milhões). A propina teria sido para atuar em nome de empreiteiras na construção da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia.
De acordo com o jornal, a Odebrecht sustenta a acusação com comprovantes bancários, entregues nos últimos meses, que, segundo a empresa, comprovam depósitos para o senador tucano, por meio de uma conta de offshore em Cingapura, que havia sido citada por um de seus ex-executivos, Henrique Valladares, em depoimento à PGR.
A identificação do titular da conta ainda não foi revelada, mas Valladares diz que está vinculada ao empresário Alexandre Accioly, padrinho de um dos filhos de Aécio. O que o jornal não cita é que, de acordo com informações da mídia, Accioly era sócio de Luciano Huck na rede de academias Body Tech, como pode ser lido aqui.
Aécio nega as acusações. Accioly rejeita com veemência a afirmação do delator, o único que sustentava, até aqui, seu envolvimento.
ANDRADE GUTIERREZ REFORÇA SUSPEITA

Nos últimos meses, no entanto, ex-integrantes da Andrade Gutierrez levaram à Lava-Jato informações que miram novamente em Accioly: em depoimento à PF, o ex-executivo e delator da empreiteira, Flávio Barra, confirmou o repasse de R$ 20 milhões a Aécio por meio de um contrato com a Aalu Participações e Investimentos, empresa controladora da rede de academias Bodytech.
Segundo o relato de Barra, a empresa, que leva as iniciais dos dois sócios, firmou um contrato de R$ 35 milhões com a Andrade para mascarar propina paga pela empreiteira ao tucano, em 2010. O valor seria uma contrapartida pela defesa, por parte de Aécio, então governador de Minas, da participação da Andrade no consórcio de construção da Usina. O delator não soube dizer por que a empresa transferiu R$ 15 milhões além do valor previamente acertado.
Ao GLOBO, Accioly confirmou o repasse, mas negou se tratar de propina, e sim investimento da Andrade Gutierrez na rede de academias. Segundo ele, a Andrade nunca recebeu dividendos e “permanece como acionista” da holding controladora da Bodytech, por meio de uma Sociedade em Conta de Participação (SCP) com a empresa Safira Participações, que pertence ao grupo mineiro.
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A Andrade, por sua vez, negou a alegação de Accioly. Em nota, informou que “não é e nunca foi sócia na rede de academias” e que sua relação com o empresário se restringiu à aquisição, em 2010, de uma “opção de compra futura de ações” que jamais teria sido exercida e, por isso, perdeu a validade.
As duas empresas foram informadas sobre a apresentação de versões contraditórias entre si, mas mantiveram o posicionamento original. A relação entre Andrade e a holding que controla a Bodyech não é explicitada nas demonstrações contábeis das empresas, o que contraria recomendações do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Na segunda semana de abril deste ano, mesma época em que foi tornada pública a íntegra da delação da Odebrecht, vinculando o nome de Accioly a pagamentos para Aécio, a Andrade fez uma alteração na Junta Comercial elevando o capital social da Safira de R$ 5 mil para R$ 35 milhões. É o mesmo valor repassado em 2010 para Accioly. A Andrade não quis informar se o dinheiro investido foi devolvido, nem comentar as razões da alteração contratual.
Em seu depoimento, Barra afirmou ter tido conhecimento da relação do contrato com um pagamento a Aécio alguns anos depois da assinatura e disse não ter sido responsável por operacionalizar o repasse. Também colaborador e ex-executivo da Andrade, Rogério Nora citou em depoimento o nome de Sérgio Andrade, um dos sócios da empreiteira, como o responsável por tratar deste assunto diretamente com Aécio.
Apesar de ter firmado acordo de leniência em 2016 e ter 11 ex-executivos entre colaboradores da Lava-Jato, a Andrade Gutierrez não havia apresentado às autoridades episódios de corrupção envolvendo o ex-governador de Minas. O tema passou a integrar uma nova rodada de conversas com a PGR e faz parte do recall do acordo, atualmente em negociação, e é considerado sensível pela empresa, por envolver um dos sócios do grupo.

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Revista Forum Com informações do Globo
Por Redação Click Política Última Atualização 24 dez, 2017

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Quem é a policial que detonou Bolsonaro na rede social?

    A policial civil Mariana Lincoln Von Sohsten Rezende não tinha nem nascido quando As Panteras fez sucesso na televisão e, por isso, ela não vê muito sentido quando alguém a compara com uma das detetives que, na ficção, eram implacáveis com o crime. Mas as semelhanças existem: ela é bonita e quem a conhece diz que seus olhos brilham quando sai de trás da mesa, onde conduz inquérito como escrivã no primeiro distrito de Osasco, e vai para a rua em diligência com os investigadores. Perdeu a conta das pessoas que prendeu, mas não se esquece de como ficou com a boca seca, o coração acelerado e as mãos suadas ao trocar tiros em operação para prender traficantes. Em Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo, um investigador foi baleado ao seu lado. Ela continuou atirando e houve baixas do outro lado. “Já matou alguém?”, pergunto. “Não sei, prefiro não saber”, acrescenta.

Quem é a policial que detonou Bolsonaro na rede social. Por Joaquim de Carvalho

 

Mariana

Do site Diario do Centro do Mundo
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/manuela-davila-pedira-informacoes-brigada-militar-do-rs-sobre-sargenta-que-ameacou-militantes-pro-lula/
A policial civil Mariana Lincoln Von Sohsten Rezende não tinha nem nascido quando As Panteras fez sucesso na televisão e, por isso, ela não vê muito sentido quando alguém a compara com uma das detetives que, na ficção, eram implacáveis com o crime. Mas as semelhanças existem: ela é bonita e quem a conhece diz que seus olhos brilham quando sai de trás da mesa, onde conduz inquérito como escrivã no primeiro distrito de Osasco, e vai para a rua em diligência com os investigadores. Perdeu a conta das pessoas que prendeu, mas não se esquece de como ficou com a boca seca, o coração acelerado e as mãos suadas ao trocar tiros em operação para prender traficantes. Em Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo, um investigador foi baleado ao seu lado. Ela continuou atirando e houve baixas do outro lado. “Já matou alguém?”, pergunto. “Não sei, prefiro não saber”, acrescenta.
Matar e morrer faz parte do roteiro de quem escolheu ser policial, e, no caso dela, só a vocação explica. Filha de empresário, que também é professor universitário, Mariana é de uma família tradicional de Osasco, na Grande São Paulo, e pertence à classe média, média alta. Formou-se em Direito e entrou na polícia, aprovada em concurso. A mãe era professora de Português quando, aos 50 anos de idade, para incentivar uma amiga que queria ser policial, prestou concurso para investigadora. A mãe de Mariana passou, a amiga não, e como o salário de investigadora era mais alto do que o de professora, foi para a polícia, apesar de ter 1m50. Ficou nove anos lá até se aposentar, sempre em trabalhos internos. Já Mariana, aprovada para um cargo onde a rotina é o trabalho interno, gosta mais é de sair para diligências, o que é perfeitamente legal em se tratando de investigações relacionadas aos inquéritos em que atua.
“Amo ser policial”, diz ela, que tem um Instagram com 25 mil seguidores, onde posta muita foto relacionada a seu trabalho. Por isso, não é exagero dizer que se tornou musa na profissão. Há algumas semanas, ela foi com o marido para Curitiba, onde ele disputou e venceu a final de um campeonato mundial de luta marcial. O marido (é segundo casamento dela), é professor de luta marcial, nas modalidades Taekwondo e Hapkidô. Quando uma seguidora da capital paranaense soube que ela iria para lá, insistiu para que ficassem hospedados na casa dela. “Ela e o marido (os dois policiais) nos trataram como se fôssemos da família, muito gentis”, diz. Mariana conta que a decisão de publicar um post em que detona Bolsonaro foi o resultado de um incômodo de dias, semanas, talvez meses, com alguns seguidores na rede social pedindo a ela que se posicionasse. “O cara (Bolsonaro) é um doente, faz mal ao Brasil, mas tem gente que não conhece nada de polícia e acha que ele vai resolver. Não vai. Eu tinha que publicar. Se não publicasse, não seria eu”, afirma.
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O post de Mariana viralizou, e ela recebeu apoios e críticas. “Muitos policiais me apoiaram. Incrível. Eu diria a maior parte. Quem me criticou é gente que não é policial, mas pensa que é. Ou gostaria de ser. Vigilante, segurança, gente que não sabe que, para combater o crime, não é preciso ter carta branca para matar. A polícia já mata, e muito, e, pior, morre também. E o crime só aumenta. Policial sem energia é como arma descarregada, mas o que precisamos é de inteligência e condições adequadas para investigar”, afirma.
Um bolsominion cometeu a imprudência de postar na página dela: “Cala a boca, sua anta, tu já viu policial sem uma .40 na cintura prender ladrão? Então cala sua boca o retardada!! Mulher sem uma arma é o mesmo que uma criança, mulher não impõe respeito!! Se toca o criatura escrota”, disse. Mariana respondeu: “Eleitor do Bolsonaro não decepciona nunca, né!? Preconceituoso, mesquinho, e quando entra numa discussão sadia não tem argumentação fundamentada. Você é um doente”, escreveu, e fez um desafio, que o valentão não aceitou: “Vem aqui conversar comigo e fala na minha cara que uma mulher não tem capacidade de ser Policial (com P maiúsculo mesmo) nem usar uma arma de fogo, seu merda”.
Na postagem seguinte, ela postou uma foto, em que uma mão com unhas bem feitas, aliança, anel, coloca uma pistola na mesa, ao lado do distintivo da polícia, um boné em cima de uma caveira e uma caneca cor de rosa. E escreve: “Segue o baile”.
Mariana sempre chamou sua atenção por opiniões fortes. “Gostei muito do PT no passado, por causa da ideologia, de ver aquela gente lutando por coisas justas. Acho que o PT se perdeu um pouco, mas continuo de esquerda, digamos assim, porque sonho com o Brasil menos desigual”, afirma.
Ela é amiga de Márcia Abreu, ex-mulher do prefeito de Osasco, Emídio de Souza, do PT, e por causa dela, em 2004, aceitou ser candidata a vereadora. Estava filiada ao PTB, coligado ao Partido dos Trabalhadores, e só fez parte da chapa para atingir a cota das mulheres. Não fez campanha e, ainda assim, teve quase 300 votos. “Não sou política, nunca fui, mas pela amizade que tinha e tenho com a Márcia fiz parte da chapa”, conta.
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Aos 38 anos, ela diz que a vida dela se divide em trabalhar na delegacia, cuidar das duas filhas e do marido e ir a barzinho com ele e os amigos sempre que pode. Não decidiu ainda em quem vai votar em 2018 para presidente, mas já sabe em quem não votar, em hipótese alguma. “Não voto no doente, esse não fez nada pelo Brasil, engana as pessoas, propaga o ódio. Estou fora”, diz.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Coincidência? Julgamento de Lula acontece exatamente um ano após Dona Marisa ser internada com um AVC

O julgamento em segunda instância do o ex-presidente, cujo o processo tramitou em tempo recorde, foi marcado para o dia 24 de janeiro – exatamente um ano após a ex-primeira-dama dar entrada no hospital e ser diagnosticada com AVC. Ela faleceu 9 dias depois
Por Redação
do site Forum
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) marcou o julgamento do recurso do ex-presidente Lula do processo pelo qual foi condenado por Sérgio Moro para o dia 24 de janeiro.  Coincidência ou não, nesta data fará exatamente um ano que a ex-primeira dama, dona Marisa Letícia, deu entrada no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, com um AVC hemorrágico. Ela veio a falecer 9 dias depois.
Algo parecido já aconteceu logo após a morte de Dona Marisa Letícia. Na ocasião, o juiz Sérgio Moro marcou uma audiência com Lula no dia da missa de sétimo de dia de morte da ex-primeira-dama.
Quanto ao julgamento de Lula, que pode confirmar a condenação pelo caso do “triplex do Guarujá” e torná-lo inelegível, é resultado do processo que tramitou mais rápido em toda a Lava Jato.
“Pelo levantamento que fizemos, foi uma tramitação recorde. O que está em discussão é a isonomia de tratamento dada a Lula. Ele deveria ser tratado como todos os outros réus”, criticou um dos advogados de Lula, Cristiano Zanin.

Gilmar agora diz que pode cassar Lula por abuso de poder na campanha

Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, disse na segunda (11) que Lula, se eleito, pode vir a ser cassado não apenas por questões envolvendo a legalidade de seu registro de campanha, mas também por alguma denúncia de abuso de poder econômico.

Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN - Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, disse na segunda (11) que Lula, se eleito, pode vir a ser cassado não apenas por questões envolvendo a legalidade de seu registro de campanha, mas também por alguma denúncia de abuso de poder econômico.
 
Antecipando um eventual terceiro turno - da mesma forma que ocorreu quando da reeleição de Dilma Rousseff - Gilmar disse que será preciso apurar quem anda financiando as caravanas e outras agendas públicas de Lula.
 
"Há estruturas aí que já passam da linha, jatinhos, deslocamentos de caravanas, ônibus, reunião organizada de pessoas e tudo mais. Tudo isso precisa ser avaliado. Acho que esse vai ser o tema do tribunal já em fevereiro", comentou. 
 
O mesmo serviria para o deputado federal Jair Bolsonaro, que tem feito até viagens internacionais. 
 
"Aqui não há só essa pergunta sobre a legalidade. Quem está financiando? Isso pode levar ao reconhecimento de abuso de poder econômico, que pode levar à própria cassação do diploma. É preciso ter muito cuidado com isso. Mas isso está sendo registrado, embora nós tenhamos evitado –eu fui voto vencido– a aplicação de uma sanção", disse.
 
Gilmar fez referência a uma ação rejeitada pelo TSE que cobrava medidas contra a antecipação de campanha por parte de Lula e Bolsonaro.
 
Os comentários de Gilmar foram feitos durante sua passagem por Washington, para assinatura de um convênio com a Organização dos Estados Americanos, para que a instituição acompanhe as eleições de 2018 no Brasil. Segundo reportagem da Folha, a OEA deve "conhecer melhor o sistema brasileiro e apresentar contribuições para o seu aperfeiçoamento.