sábado, 15 de abril de 2017

'Pastor' Everaldo batizou Bolsonaro


Por Altamiro Borges

Em vídeo postado nesta semana na internet, o deputado federal Jair Bolsonaro aparece todo risonho festejando o fato de não ter sido citado na corrosiva "Lista de Fachin", o ministro relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). No seu estilo fascista, o provocador finge disparar tiros contra os adversários políticos que foram delatados pelos lobistas da Odebrecht. A aparente alegria, porém, pode esconder um baita medo. Afinal, o Partido Social Cristão (PSC), que ajudou a bancar a sua eleição, também está envolvido no milionário esquema de propina da empreiteira. Jair Bolsonaro, um velho oportunista, agora detona a legenda, mas esconde que em maio do ano passado foi "batizado" pelo Pastor Everaldo em pleno Rio Jordão, em Israel. Qual foi o custo do ritual "religioso"?


As denúncias contra o PSC, chefiado pelo falso pastor, são graves. Segundo matéria do Estadão desta quarta-feira (12), "o ex-presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Luiz Ayres da Cunha, e o diretor Renato Amaury de Medeiros afirmaram em depoimento à Lava Jato que houve doação não contabilizada no valor de R$ 6 milhões da empreiteira à campanha de Everaldo Dias Pereira, o Pastor Everaldo (PSC-RJ), para a eleição presidencial em 2014. Conforme aponta a petição enviada pelo relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin, há 'menção à pessoa de Rogério Ognibeni Vargas como operador dos repasses, com o envolvimento do ex-deputado federal Eduardo Cunha'".

Já o site G1, do Grupo Globo, postou nesta quinta-feira (13) mais detalhes sobre as motivações para o pagamento da propina. "O executivo Fernando Reis afirmou em depoimento de delação premiada que a Odebrecht orientou em 2014 o então candidato a presidente Pastor Everaldo a ajudar o candidato do PSDB, Aécio Neves, em um debate entre os presidenciáveis realizado durante a campanha. Reis não informa qual foi o debate nem se Aécio tinha conhecimento do pedido. Segundo ele, o objetivo da empresa com a manobra foi 'dar mais visibilidade' para o candidato tucano durante o debate e ajudá-lo a garantir vaga no segundo turno para disputar com a então presidente Dilma Rousseff".

Tanto o Estadão como o G1 evitaram mencionar o nome de Jair Bolsonaro, que foi eleito com ajuda do PSC. Só para refrescar a memória, vale citar uma matéria do jornal Extra, que também pertence à famiglia Marinho, publicada em 12 de maio de 2016:  

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Enquanto votação do impeachment acontecia, Bolsonaro era batizado em Israel

Enquanto o Senado pegava fogo com a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) mergulhava nas águas do Rio Jordão, no nordeste de Israel. Ferrenho opositor da petista, ele foi batizado no local nesta quarta-feira. A assessoria de imprensa do parlamentar confirmou a celebração da cerimônia religiosa. As imagens do batismo de Bolsonaro foram compartilhadas em redes sociais.

No vídeo, que tem pouco mais de 40 segundos de duração, é possível ver Bolsonaro - que é católico, segundo sua assessoria - vestindo uma túnica branca. Ele é chamado pelo pastor Everaldo, presidente do PSC e responsável pela cerimônia e logo tem início o batismo:

- E aí, Bolsonaro, você acredita que Jesus é o filho de Deus?

- Acredito.

- Você crê que Ele morreu na cruz?

- Sim.

- Que Ele ressuscitou?

- Sim.

- Está vivo para todo o sempre?

- Sim

- É o salvador da humanidade?

- Sim.

- Mediante a sua confissão pública, eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Depois de mergulhar Bolsonaro nas águas, o pastor faz uma brincadeira.

- Peso pesado (risadas) - diz.

O deputado, então, se afasta agradecendo os aplausos:

- Obrigado, obrigado.

O Rio Jordão foi onde, segundo a Bíblia, Jesus Cristo foi batizado.

Comemoração

Bolsonaro continua em Israel e, de lá, publicou um post comemorando o afastamento de Dilma:

"Afastamento de Dilma:

Do Mar da Galiléia/Israel, Bolsonaro parabeniza a todos os brasileiros que lutaram por esse momento".

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Coreia do Norte está pronta para responder “com guerra total” a ataque dos EUA



COREIA DO NORTE

"Estamos prontos para responder a uma guerra total com uma guerra total", afirmou o número dois do regime de Pyongyang. A Coreia do Norte exibiu um suposto míssil balístico intercontinental.

Kim Jong-il presidiu ao desfile organizado para celebrar o aniversário de Kim Il-sung, avô do atual líder norte-coreano e considerado o fundador da Coreia do Norte
ED JONES/AFP/Getty Images
Autores
  • Agência Lusa
A Coreia do Norte está preparada para dar resposta nuclear a qualquer ataque nuclear, disse este sábado em Pyongyang o número dois do regime, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter recentemente prometido “tratar” do “problema” norte-coreano.
Estamos prontos para responder a uma guerra total por uma guerra total, e estamos preparados para responder a qualquer ataque nuclear com um ataque nuclear à nossa maneira”, afirmou Choe Ryong-Hae durante uma cerimónia realizada antes do desfile militar organizado para comemorar o 105.º aniversário do nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-Sung.
Kim Jong-un presidiu ao desfile organizado para celebrar o “Taeyangjeol” (“Dia do sol”), o aniversário de Kim Il-sung, avô do atual líder norte-coreano e considerado o fundador da Coreia do Norte, o primeiro líder da dinastia que controla o país há mais de 70 anos. Tropas e equipamentos militares desfilaram, como é tradição, na praça Kim Il-Sung, epicentro da capital norte-coreana.
A questão da Coreia do Norte foi abordada por Donald Trump, esta quinta-feira, depois de os EUA terem largado uma bomba não-nuclear no Afeganistão.
A Coreia do Norte é um problema, o problema será tratado”, disse o presidente dos EUA.
No dia seguinte, a Rússia afirmou estar preocupada com a escalada de tensão entre a Coreia do Norte e os EUA e pediu aos dois países contenção e que evitem qualquer ação que possa ser interpretada como uma “provocação”.
As ameaças de Donald Trump levaram a China a alertar que um conflito entre os EUA e a Coreia do Norte “pode rebentar a todo o momento”. Numa conferência de imprensa, esta sexta-feria, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, considerou que quem quer que desencadeie um conflito “deverá assumir a responsabilidade histórica e pagar o preço”.

Pyongyang exibe possível novo míssil de longo alcance

No dia que marca o 105.º aniversário do nascimento de Kim Il-sung, o regime fez desfilar pelo centro de Pyongyang e sobre camiões um tipo de projétil nunca antes exibido em público e que poderá ser um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) de combustível sólido, escreve a agência Efe.

Peritos na matéria estão a analisar as caraterísticas deste novo projétil que, advertem, poderá ser falso, já que não é a primeira vez que o regime exibe em desfiles maquetas falsas de mísseis que está a desenvolver.
No início do ano, o líder norte-coreano, Kim Jong-un advertiu que o país estava a ultimar o desenvolvimento de um ICBM que seria capaz de atingir território norte-americano.
Hoje, além de mostrar mísseis de médio alcance Musudan e o misterioso e temido KN-08, que é lançado a partir de uma plataforma móvel e ainda não foi testado com êxito, desfilaram na praça Kim Il-sung vários dos últimos desenvolvimentos do regime como o Pukguksong-1 e Pukguksong-2, exibidos em público pela primeira vez.
O primeiro foi um míssil balístico lançado a partir de um submarino (SLBM) e o segundo, um projétil de médio alcance lançado a partir de uma plataforma móvel e que foi testado pela primeira vez em fevereiro e voltou a ser testado a 05 de abril, um ensaio que levou Washington a responder com o envio de um porta-aviões com propulsão nuclear para a península.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

COREIA DO NORTE MANDA EVACUAR CAPITAL E ESTARIA PRONTA PARA GUERRA COM EUA

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Lista de Fachin detona covil de Temer

Ainda de acordo com o jornal, "os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, são os políticos com o maior número de inquéritos a serem abertos: 5, cada. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com 4. 

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Por Altamiro Borges


O site do jornal Estadão postou com exclusividade na tarde desta terça-feira (11) a bombástica "lista" de Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que determina a abertura de inquérito contra nove ministros do usurpador Michel Temer e contra 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes da Câmara Federal e do Senado. A "lista" pode implodir de vez o covil golpista. O clima em Brasília é de tensão e muitos analistas da própria mídia chapa-branca já preveem que o "presidente" terá muitas dores de cabeça nos próximos dias. Ele mesmo havia afirmado recentemente que exoneraria os denunciados no escândalo. O Judas manterá sua palavra?

Segundo a matéria do Estadão, o grupo de acusados "faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, não aparecem nesse conjunto porque não possuem mais foro especial. O 'Estado' teve acesso aos despachos do ministro Fachin, assinados eletronicamente no dia 4 de abril. Também serão investigados no Supremo um ministro do Tribunal de Contas da União, três governadores e 24 outros políticos e autoridades que, apesar de não terem foro no tribunal, estão relacionadas aos fatos narrados pelos colaboradores".

Ainda de acordo com o jornal, "os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, são os políticos com o maior número de inquéritos a serem abertos: 5, cada. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com 4. O governo do presidente Michel Temer é fortemente atingido. A PGR pediu investigações contra os ministros Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia, Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional, Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores, Blairo Maggi (PP), da Agricultura, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, Roberto Freire (PPS), da Cultura, e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços".

Entre os crimes mais frequentes descritos pelos delatores da Odebrecht estão os de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica. Há também descrições de formação de cartel e fraude em licitações. O próprio Estadão, que faz de tudo para blindar o chefão da máfia, foi forçado a relatar que "Michel Temer (PMDB) é citado nos pedidos de abertura de dois inquéritos, mas a PGR não o inclui entre os investigados devido à 'imunidade temporária' que detêm como presidente da República. O presidente não pode ser investigado por crimes que não decorreram do exercício do mandato". Será que o usurpador resistirá a mais este escândalo? Como a mídia golpista e chapa-branca vai tratar a "lista de Fachin" nos próximos dias? A conferir!

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terça-feira, 11 de abril de 2017

Após perguntas sobre Aécio, Moro dá pití e encerra a entrevista nos EUA

O vídeo, publicado nesta segunda (10) pela BBC Brasil, mostra Moro incomodado com as perguntas espinhosas que foram pipocando ao longo do bate-papo, a ponto de pedir que pedir para que a entrevista fosse encerrada antes do previsto.


fonte http://www.plantaobrasil.net/news.asp?nID=97165&po=s

Entrevista completa: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39552295

“Como a Lava Jato consegue descobrir o maior esquema de corrupção do Brasil, mas não consegue controlar os vazamentos?”

Não foi “um equívoco” quebrar o sigilo do blogueiro Eduardo Guimarães, com a desculpa de que ele não é jornalista?

O senhor não se arrepende de tirar foto sorrindo ao lado de Aécio Neves (PSDB), dando “munição” àqueles que alegam que a Lava Jato é parcial e usada como instrumento político? O senhor não vê conflito ético nesse episódio?


O que acha da proposta de Rodrigo Janot para criminalizar a famosa carteirada (uso de cargo público para obter vantagem pessoal) e abuso de imprensa (exploração de meios de comunicação, por autoridades que atuam em investigações e julgamentos, para divulgar casos e antecipar juízo de culpa sobre o acusado/investigado)?

As perguntas que o jornalista Ricardo Senra, correspondendo da BBC Brasil em Washington, fez em um encontro exclusivo com Sergio Moro, durante a passagem do juiz símbolo da Lava Jato pela Harvard Business School, em Cambridge, deixou o magistrado visivelmente desconfortável.

O vídeo, publicado nesta segunda (10) pela BBC Brasil, mostra Moro incomodado com as perguntas espinhosas que foram pipocando ao longo do bate-papo, a ponto de pedir que pedir para que a entrevista fosse encerrada antes do previsto. 



O desconforto de Moro começou quando o jornalista pergunta se ele não acha um “conflito ético” ter tirado fotos ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, quando ambos são citados em delações da Lava Jato.

Moro respondeu, sorrindo, que não, pois o senador tem foro privilegiado e não tem qualquer possibilidade de ser julgado na primeira instância. Tampouco teriam, ali naquele evento com Temer, discutido qualquer caso que envolvesse a Lava Jato.

Depois dessa rodada, Moro foi questionado sobre a proposta da Procuradoria Geral da União para o projeto de lei contra abuso de autoridade. Apesar de ter participado de vários encontros promovidos no Congresso para debater o tema, Moro limitou-se a responder que não estava “suficientemente informado” sobre a proposta para emitir opinião.

Foi aí, por volta dos 6 minutos de vídeo, que ele olhou o relógio e disparou: “Vamos fazer o seguinte, viu? Mais uma pergunta e a gente encerra.”

Durante a entrevista, Moro também negou que a Lava Jato tenha caráter parcial; disse que alguns dos vazamentos criticados, na verdade, não foram vazamentos porque eram informações relacionadas a processos que deveriam ser de conhecimento público (caso de Lula) e negou-se a responder sobre a repercussão negativa da condução coercitiva de Eduardo Guimarães, pois trata-se de investigação pendente.