sábado, 4 de abril de 2020

UOL: Porta-voz do governo chinês diz que militares dos EUA podem ter levado vírus à China

10.mar.2020 - Xi Jinping, presidente da China, visita a cidade de Wuhan, epicentro do novo coronavírus. Ele visitou centros de controle e de prevenção do novo vírus na cidade e parabenizou médicos, voluntários e militares pela ajuda aos doentes  - Xinhua/Xie Huanchi
10.mar.2020 - Xi Jinping, presidente da China, visita a cidade de Wuhan, epicentro do novo coronavírus. Ele visitou centros de controle e de prevenção do novo vírus na cidade e parabenizou médicos, voluntários e militares pela ajuda aos doentesImagem: Xinhua/Xie Huanchi
Xi Jinping, presidente da China, visita a cidade de Wuhan, epicentro do novo coronavírus. Ele visitou centros de controle e de prevenção do novo vírus na cidade e parabenizou médicos, voluntários e militares pela ajuda aos doentes Imagem: Xinhua/Xie Huanchi Da Reuters, em Pequim 12/03/2020 12h21

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, escreveu no Twitter nesta quinta-feira que militares dos EUA podem ter levado o coronavírus à cidade chinesa de Wuhan, a mais atingida pelo surto.... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2020/03/12/porta-voz-do-governo-chines-diz-que-militares-dos-eua-podem-ter-levado-virus-a-china.htm?fbclid=IwAR0kIuu1BA2B9nYKGPVth9-1VOta6mULV47Ty9EC0sx2JESKf9sRPu2P8ZM&cmpid=copiaecola

"Quando o paciente zero começou nos EUA? Quantas pessoas estão infectadas? Quais são os nomes dos hospitais? Pode ser o Exército norte-americano que levou a epidemia a Wuhan. Seja transparente! Torne público seus dados! Os EUA nos devem uma explicação!", disse Zhao em inglês....



 - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2020/03/12/porta-voz-do-governo-chines-diz-que-militares-dos-eua-podem-ter-levado-virus-a-china.htm?fbclid=IwAR0kIuu1BA2B9nYKGPVth9-1VOta6mULV47Ty9EC0sx2JESKf9sRPu2P8ZM&cmpid=copiaecola

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Drauzio: 'Esquece sua vida normal, vai demorar muito tempo para voltar'



Alvo de ataques, Drauzio Varella ajuda União em processo sobre ...

.."Tínhamos visão benigna da epidemia, mas estamos numa situação de guerra. Esquece a vida normal, ela não vai existir por muito tempo. Não vai ser normal porque não poderá ser. Daqui a quanto tempo vai acontecer? Não tenho ideia, ninguém tem ideia. Na prática, estamos aí, quando começou? Em dezembro, em janeiro sabemos de lá. Tem três meses, é impossível fazer previsões sobre o futuro", acrescentou o médico, defendendo o Sistema Único de Saúde (SUS) no combate ao novo coronavírus (a partir de 53min no vídeo).... 

De VivaBem, em São Paulo 
02/04/2020 14h09

Drauzio: 'Esquece sua vida normal, vai demorar muito tempo para voltar'




Alvo de ataques, Drauzio Varella ajuda União em processo sobre ...

.."Tínhamos visão benigna da epidemia, mas estamos numa situação de guerra. Esquece a vida normal, ela não vai existir por muito tempo. Não vai ser normal porque não poderá ser. Daqui a quanto tempo vai acontecer? Não tenho ideia, ninguém tem ideia. Na prática, estamos aí, quando começou? Em dezembro, em janeiro sabemos de lá. Tem três meses, é impossível fazer previsões sobre o futuro", acrescentou o médico, defendendo o Sistema Único de Saúde (SUS) no combate ao novo coronavírus (a partir de 53min no vídeo).... 

De VivaBem, em São Paulo 
02/04/2020 14h09

Covas são cavadas em cemitério de São Paulo por conta da pandemia

Covas rasas são cavadas em cemitério de São Paulo na Vila Formosa para a calamidade funerária causada pelo COVID-19, imagens de 30/03/20, vídeo de 01/04/20.
Não se trata de fake news como algumas pessoas vêm acusando em diversas redes sociais, são cenas reais, que canais de televisão também transmitiram o vem ocorrendo no cemitério da Vila Formosa.
Via Plantão Covid-19 (@plantaocovid19br)

Acesse bit.ly/CovasRasasEmSP
CORONAVIRUS | Covas em cemitério de São Paulo por conta da pandemiaVia Plantão Covid-19 (@plantaocovid19br)Covas rasas são cavadas em cemitério de São Paulo na Vila Formosa para a calamidade funerária causada pelo COVID-19, imagens de 30/03/20, vídeo de 01/04/20.Não se trata de fake news como algumas pessoas vêm acusando em diversas redes sociais, são cenas reais, que canais de televisão também transmitiram o vem ocorrendo no cemitério da Vila Formosa.Leia em: http://reporterpopular.com.br/covas-sao-cavadas-em-cemiterio-de-sao-paulo-por-conta-da-pandemia/
Posted by Repórter Popular on Thursday, April 2, 2020

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Empresário que defende Bolsonaro e o fim do isolamento perde o filho para o coronavírus

Matheus é o paciente com coronavírus mais jovem do país a morrer até agora
"...Em outra, um banner diz: “Foi só Bolsonaro falar em voltar trabalhar que a petezada tá tudo bravo…(sic)”
O empresário Manoel Balbino, proprietário de uma pequena fábrica de bolos em Natal (RN), perdeu seu filho, Matheus Aciole, de apenas 23 anos, em decorrência de complicações da covid-19.
Matheus é o paciente com coronavírus mais jovem do país a morrer até agora.
‌‌Balbino é relativamente assíduo nas redes sociais e fez ao menos duas postagens em apoio à postura do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) desmerecendo a crise do coronavírus.
Em uma delas, Balbino posta um card que compara a crise da gripe suína com a recente, do coronavírus. A postagem minimiza o risco do coronavírus e avisa: “Entenda como a mídia esquerdista manipula sua vida.”
Em outra, um banner diz: “Foi só Bolsonaro falar em voltar trabalhar que a petezada tá tudo bravo…(sic)”.
Matheus Aciole morreu, no início da noite desta terça-feira (31), em um hospital privado da capital potiguar. De acordo com as autoridades locais de saúde, Aciole era obeso e apresentava pré-diabetes, fatores considerados de risco para o novo coronavírus.
Ele tinha o sonho de abrir um bistrô para colocar em prática o que aprendeu nas faculdades de Gastronomia e Nutrição.





Em outra, um banner diz: “Foi só Bolsonaro falar em voltar trabalhar que a petezada tá tudo bravo…(sic)”.



Matheus Aciole morreu, no início da noite desta terça-feira (31), em um hospital privado da capital potiguar. De acordo com as autoridades locais de saúde, Aciole era obeso e apresentava pré-diabetes, fatores considerados de risco para o novo coronavírus.

Apologia a uma ciência que supere o “achismo”

O que é absolutamente paradoxal é o fato de conseguirmos visualizar um gráfico que mostra o aumento do conhecimento científico – e de um maior poder de difusão desse conhecimento – e, ao mesmo tempo, o aumento da estupidez humana
Reduzir o “achismo” da empresa - Blog Fundação Vanzolini
fonte: Le Monde Dplomatique/ Brasil
por Giam C. C. Miceli
21 de dezembro de 2018


É bem provável que todos nós, sobretudo de alguns poucos anos até hoje, tenhamos escutado a seguinte frase: “É só minha opinião”. É provável, também, que o termo “só” seja acompanhado por um sorriso arrogante, sugerindo que o “só” não seja tão “só” assim. É um “só” que atropela evidências, anos de pesquisa e a própria ciência como um todo.
Evidências não nos faltam: Terra plana, a vacina como vilã e o “marxismo cultural”, expressão criada por alguém que nunca leu uma linha escrita por Karl Marx, além de ser uma expressão que até hoje carece de uma definição mais precisa. O que vem a ser isso?
Thomas Kuhn busca estruturar a evolução das ciências com base no conceito de paradigma, que, de modo simples, pode ser definido como um corpus científico aceito durante determinado período. Mas será que esses períodos podem ser fatiados? Seria possível afirmar que as rupturas ao longo do tempo excluem métodos e pensamentos antecedentes? O historiador Michel De Certeau, por sua vez, enfatiza a existência de uma comunidade científica que detém o poder de conceder o veredito às pesquisas tidas como adequadas e válidas em nossa sociedade. Em outras sociedades e grupos, os parâmetros para se definir o que é válido ou não perpassa outros processos, não esqueçamos. Enquanto o primeiro traça uma relação entre o conhecimento produzido e o tempo que esse conhecimento é considerado legítimo, o segundo destaca os rituais que concedem o estatuto de validade aos saberes produzidos.
Vale a pena mencionar o livro “A Condição Pós-Moderna”, do geógrafo David Harvey. O autor afirma que um dos pontos a marcar a transição da modernidade para a pós-modernidade é a dúvida diante de uma metanarrativa, ou seja, uma narrativa que daria conta do todo passa a ser questionada.
Temos, hoje, pesquisas que passam a valorizar aspectos antes desprezados pelas ciências: intuição, emoções diversas, fé, vínculos identitários, dentre outros. Isso não quer dizer que essas pesquisas são menos científicas, mas sim, que temos uma ciência mais abrangente (ou menos fechada) que vem acolhendo outras perspectivas, outros agentes e outras interpretações do mundo.
Uma ciência menos fechada, menos excludente e menos preconceituosa continua sendo ciência, na medida em que permanecem métodos, verificações, elaborações de enunciados e, como afirmou De Certeau, os rituais que determinam a aprovação ou a reprovação de uma determinada análise.
Algo que difere totalmente do que foi dito anteriormente reside em grupos que acham. “A Terra é plana” ou “vacina faz mal” são frases que estão totalmente fora de qualquer circuito são de pensamento. São simples devaneios, e o mais preocupante é que esses devaneios ganham adeptos. Temos um grupo de pessoas, e não é um grupo pequeno, realmente acreditando nessas coisas. E o mais estranho é a dificuldade que temos em localizar os autores desses enunciados. Como dito no artigo anterior, temos muitas pessoas que, diante de uma escolarização precária, buscam discursos fáceis. É uma paixão assassina por simplismos.
São discursos que pulam etapas e que sugerem um raciocínio (termo benevolente) quase infantil. “Meu filho tomou vacina – meu filho vomitou após tomar vacina – vacina faz mal à saúde” ou “Não sinto a curvatura do planeta Terra, logo o planeta é plano”. Vivenciamos, hoje, um misto de creche com mesa de bar, mesmo com todos os avanços.
O que é absolutamente paradoxal é o fato de conseguirmos visualizar um gráfico que mostra o aumento do conhecimento científico – e de um maior poder de difusão desse conhecimento – e, ao mesmo tempo, o aumento da estupidez humana. A proporção inversa seria a lógica da coisa: mais conhecimento, menos estupidez. O que tempos: mais conhecimento, mais estupidez.
Temos, ainda hoje, uma ciência excludente e que não está ao alcance de todas as pessoas. Infelizmente, esse é um dado da nossa realidade. Mas, mesmo décadas atrás, quando o acesso ao conhecimento era ainda mais restrito, as pessoas se vacinavam e todos, mesmo aqueles sem um grau elevado de escolarização, sabiam que a Terra não era plana. Poderiam não saber o que é um geoide, mas plana, sabiam que não era.
Então não podemos falar só que o problema se deve à escolarização precária. Trata-se de algo muito mais perverso que isso. Temos oportunistas que manipulam essas pessoas, já que a ideia de crítica como critério básico para o avanço do conhecimento e da ciência não existe. Quem são esses oportunistas?
Giam C. C. Miceli é professor da rede municipal de Itaboraí, licenciado em Geografia, com pós em Educação e mestrado em História da Educação.