sexta-feira, 17 de março de 2017

Milhões nas ruas para derrotar o governo




As grandes ações de massa reapareceram para o povo e os trabalhadores demonstrarem, nas ruas, sua rejeição ao governo golpista de Michel Temer e à grave ofensiva que promove contra direitos históricos dos brasileiros.
Editorial do site Vermelho:

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O dia 15 de março de 2017 inscreve-se na história da luta política como aquele em que as grandes manifestações de massa foram retomadas no Brasil. Categorias como professores, metroviários, condutores de ônibus, bancários, servidores públicos e metalúrgicos, com apoio dos estudantes e militantes de diversos movimentos sociais, tiveram papel central no sucesso deste Dia Nacional de Paralisação.

Mais de um milhão de brasileiros saíram às ruas para derrotar o governo usurpador e suas ameaças contra direitos duramente conquistados pelo povo. As imagens e fotos divulgadas – muitas delas pelas redes sociais e por este Portal Vermelho – não deixam dúvidas sobre a grande extensão da manifestação que ocorreu hoje no Brasil.

As grandes ações de massa reapareceram para o povo e os trabalhadores demonstrarem, nas ruas, sua rejeição ao governo golpista de Michel Temer e à grave ofensiva que promove contra direitos históricos dos brasileiros.

O mote que levou as nove centrais sindicais, com apoio decisivo da Frente Brasil Popular, da Frente Povo Sem Medo e diversas organizações do movimento social, a mobilizarem multidões, de forma organizada, em cidades e capitais de pelo menos vinte estados, foi a defesa da Previdência Social e do direito à aposentadoria, que estão sob intensa ameaça do governo ilegítimo, que pretende impor ao país uma “reforma” que, na prática, impedirá que os trabalhadores tenham esse benefício.

Até mesmo uma parcela daqueles que haviam se mobilizado pelo golpe contra a presidenta Dilma Rousseff parece ter compreendido a verdadeira natureza do ataque contra a democracia ocorrido em 2016, e saiu às ruas em defesa de seus direitos ameaçados pela sanha neoliberal do governo golpista.

Esta é a melhor demonstração da firme disposição dos brasileiros em defender a democracia e não aceitar nenhum recuo nos direitos que já foram conquistados. Derrotar a “reforma” que tira direitos do povo e dos trabalhadores; defender a aposentadoria; lutar contra a terceirização e a “reforma” trabalhista que extingue a legislação do trabalho – estas são as inquietações dos brasileiros.

No caso da reforma da Previdência a rejeição tem se aprofundado não apenas por parte do movimento social e da oposição como também entre partidos da base governista. Instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e mais 160 entidades da sociedade civil expressaram preocupação com as restrições ao direito à aposentadoria. O governo teme sofrer uma grande derrota e por isso tenta apressar a votação no Congresso Nacional.

Impor uma derrota ao governo na reforma da Previdência tem um sentido estratégico na atual conjuntura. Para isso é preciso potencializar muito mais a rejeição ao governo ilegítimo e a disposição de luta dos trabalhadores e do povo. É preciso que as manifestações se redobrem. Ao invés de um milhão, milhões de brasileiros precisam ir às ruas contra as investidas que Temer pretende enfiar goela abaixo dos brasileiros.

A luta social volta a ocupar as ruas e é fundamental para fortalecer a ação oposicionista e fragilizar ainda mais a base de apoio do governo. Além das manifestações é necessária uma ação cotidiana em cada cidade, nas bases dos parlamentares governistas temerosos de perder apoio de seus eleitores ameaçados de perder o direito à aposentadoria.

Cada dia tem grande importância na luta contra o governo golpista e a batalha da reforma previdenciária é fundamental para a construção de uma ampla frente em defesa do Brasil, da democracia e dos direitos do povo.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Karnal mostra o tamanho da rejeição a Moro

Karnal foi simplesmente massacrado nas redes sociais por aparecer ao lado de Moro. A reação do público atingiu tal proporção que Karnal retirou do Facebook a foto infame.

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:


Meme que viralizou nas redes

O caso Karnal comprovou uma coisa que muita gente contesta: o tamanho da rejeição de Sérgio Moro.

Se alguém ainda tinha dúvida, ficou claro que Moro está longe de ser uma unanimidade.

Karnal foi simplesmente massacrado nas redes sociais por aparecer ao lado de Moro. A reação do público atingiu tal proporção que Karnal retirou do Facebook a foto infame.

Fora os analfabetos políticos da direita xucra, Moro é malvisto hoje por muitos brasileiros. Não falo apenas dos petistas e nem só, num universo maior, dos progressistas em geral.

Muitas pessoas do centro, a princípio animadas ou até entusiasmadas com Moro, foram mudando de opinião quando foi ficando evidente o caráter brutalmente tendencioso e parcial da Lava Jato.

Moro não se empenhou, a partir de certo momento, em sequer fingir que é um juiz isento. Sua foto com Aécio numa festa da IstoÉ é uma prova disso. Numa sociedade mais avançada, aquele flagrante seria suficiente para ele ser afastado das investigações por conduta inadequada a um juiz.

Em muitos ambientes Brasil afora, Moro será hoje vaiado como Temer.

A decisão de Karnal de remover a foto foi uma bofetada moral em Moro. E talvez um choque de realidade, se ele ainda se julgava um semideus.

Ele enganou durante algum tempo muita gente. Mas tanto abusou que as pessoas acordaram para a farsa que ele é.

O caso Karnal demonstra isso integralmente.