sábado, 4 de fevereiro de 2017

Procurador apaga perfil de ódio contra Dona Marisa

Procurador que celebrou morte de Marisa falava em tocar gasolina e fogo em Dilma



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Os urubus e as mortes de Dona Marisa


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"...Primeiro, porque a mataram de forma lenta e perversa, indigna, quando a envolveram em crimes de corrupção – quem? Sérgio Moro e bando – em compra de apartamento que jamais possuiu. E mais pedalinhos para os netos! Ainda nessa primeira morte a .."



Urariano Mota *

Do Portal Vermelho

EM 2005, QUANDO FALECEU MIGUEL ARRAES PUBLIQUEI NO LA INSIGNIA, NA ESPANHA:


“Os obituários que sempre esvoaçam e rondam a agonia dos grandes homens desta vez falharam no alcance e na sua mira. Urubus, de boa visão e argúcia, desta vez os obituários erraram o cadáver do brasileiro que se vai. E não exatamente por falta de tempo e de informações.”

O que publiquei antes, também se aplica agora, de modo mais cruel em relação a Dona Marisa, a companheira da vida de Lula. Primeiro, porque a mataram de forma lenta e perversa, indigna, quando a envolveram em crimes de corrupção – quem? Sérgio Moro e bando – em compra de apartamento que jamais possuiu. E mais pedalinhos para os netos! Ainda nessa primeira morte a mataram quando viu caluniarem para a humilhação Lula Amado do Brasil. Dessa primeira morte é inescapável a culpa da grande pequena mídia, que acusa primeiro e apura depois, que publica maldosas hipóteses como fatos consumados, na base do “se não furtou, alguém furtou para ele”. E mais a perseguição nos processos da Lava Jato, onde o criminoso Lula é visto como o chefe secreto da corrupção de todos os tempos no Brasil. Dessa sua primeira morte, mídia, Moro e demais assemelhados têm uma inescapável culpa. Que enviem condolências e sinais de respeito apenas mostram que a hipocrisia respeita a virtude na aparência.

Depois, mataram Dona Marisa de modo mais rápido, quando a tiveram à mercê de cuidados na maca, no hospital Sírio. E aqui, os médicos que desonram o Brasil, que retiram o nosso povo do convívio civilizado, tiveram o seu grande final. A queda mais baixa, que os nivela a seus irmãos nazistas e dos tempos da ditadura brasileira. Começaram pela canalhice de divulgar imagens da tomografia de Dona Marisa. Digamos assim, foi até uma canalhice menor, à altura dos seus braços que esvoaçam corpos indefesos como asas de urubu. Nessa divulgação e chacota, faltaram, perdoem a impropriedade da expressão, ao Juramento de Hipócrates:

“Prometo que aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém...

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto”.

Mas como aconselhava a ironia de Machado de Assis, “suje-se gordo”. Ou suje-se grande, doutor. Então veio o que ultrapassou o Juramento que nunca levaram a sério: o neurocirurgião Richam Faissal Ellakkis comentou com a galera do seu bando: “Esses fdp vão embolizar ainda por cima. Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela”.

O doutor Richam Faissal El Hossain Ellakkis – esse é o nome inteiro do delinquente – não falou sem conhecimento do mal que poderia fazer ou que fez. Ele é especialista em NEUROCIRURGIA VASCULAR E BASE DE CRÂNIO, portanto, falou com absoluta propriedade do crime que gostaria de cometer ou cometeu. Ele passou do Juramento de Hiócrates. Prometeu a execução de um assassinato com ares de de boche, d escárnio, contra mais que a mulher de Lula Amado do Brasil: falou que mataria uma pessoa que precisava de socorro médico. E não lhe faltam antecedentes criminais. Em 2015 foi condenado em sentença judicial, como se vê em rápida pesquisa:

“ACIDENTE DE TRÂNSITO- DJALMA ALEIXO DE LUNA E OUTRO X RICHAM FAISSAL EL HOSSAIN ELLAKKIS. Tópico Final R. Sentença de Fls.73/74: “ ANTE O EXPOSTO, julgo PROCEDENTE o pedido formulado nesta ação para o fim de condenar RICHAM FAISSAL EL HOSSAIN ELLAKKIS a pagar a DJALMA ALEIXO DE LUNA a quantia de R$ 939,56 (novecentos e trinta e nove reais e cinquenta e seis centavos), atualizada pela correção monetária, de acordo com os índices da Tabela Prática do Tribunal de Justiça de São Paulo, e acrescida de juros de mora de 1% ao mês, ambos contados a partir do evento danoso ( 11/08/2015) , em conformidade com as Súmulas433 e544 do Superior Tribunal de Justiça, declarando extinto o processo, nos termos do art.4877, I, doCódigo de Processo Civill”.

Aí está o começo do perfil do grande doutor Richam Faissal, que apenas sujou-se gordo, de modo mais aberto, no crime contra Dona Marisa, que estava à sua mercê no hospital.

No artigo para o La Insignia em 2005 eu terminava com esta citação de um discurso de Miguel Arraes:

"Como homem público, tenho que esperar tudo, sem queixa, porque é minha obrigação ir pra cadeia, se é pra manter a minha posição de defesa do povo e não capitular diante dele. É minha obrigação ir pro exílio, se não posso ficar na minha terra. É minha obrigação manter a posição, manter firmemente a posição que pode mudar o nosso país e melhorar as condições de Pernambuco."

O que poderá dizer Dona Marisa, nesta hora em que se vai na sua última morte? - Punam-se de modo exemplar os criminosos deste Brasil. 

* Jornalista do Recife. Autor dos romances “Soledad no Recife”, “O filho renegado de Deus” e “A mais longa juventude”. 

Roza Shanina , a revolucionária

Comunista,Inteligente, bonita e mortal: atiradora soviética foi responsável pela morte de 59 nazistas em 1945

Roza Shanina foi uma atiradora soviética que participou da Segunda Guerra Mundial e matou cerca de cinquenta e nove nazistas durante a Batalha de Vilnius. Shanina entrou para o exército após a morte de seu irmão em 1941 e se dedicou para ser atiradora na linha de frente. Elogiada pelo seu trabalho, Shanina era capaz de atingir precisamente seus inimigos.

Em 1944, um jornal canadense descreveu Shanina como “o terror invisível da Prússia Oriental”. Ela se tornou a primeira atiradora Soviética a ser condecorada com a Ordem da Glória.

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Foto Coloridas de Roza Shanina

De acordo com o relatório do Major Degtyarev, entre 6 e 11 de abril, Shanina matou 13 soldados inimigos. Até maio de 1944, seu registro aumentou para 17 mortes. Shanina foi elogiada por ser precisa e valente. No mesmo ano, em 9 de junho, o retrato de Shanina foi destaque na primeira página do jornal soviéticoUnichtozhim Vraga.
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Quando a Operação Bagration começou na região de Vitebsk, em 22 de junho de 1944, foi decidido que as atiradoras seriam retiradas. Elas voluntariamente continuaram a apoiar o grupo, e Shanina pediu para ser enviada para a linha de frente. Embora seu pedido tenha sido recusado, ela foi mesmo assim. Ela queria participar de um batalhão e se apresentar ao comandante do 5º Exército, Nikolai Krylov. Para isso, Shanina escreveu duas vezes para Joseph Stalin com o mesmo pedido.

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Roza Shanina (à esquerda), Evdokia Fëdorovna Krasnoborova e o correspondente de guerra do jornal “destruir o inimigo” Fridlyansky.

Em seu diário, no dia 16 de janeiro de 1945, Shanina escreveu que, apesar de desejar estar em um lugar mais seguro, alguma força desconhecida estava puxando-a para a linha de frente. Ela também escreveu que não tinha medo e que concordou em ir a um combate corpo a corpo.

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Roza Shanina e Alexndra Maksimovna Ekimova.


Em 27 de janeiro Shanina ficou gravemente ferida enquanto protegia um oficial de artilharia que estava ferido. Apesar das tentativas de salvá-la, morreu no dia seguinte perto do estado de Richau. Ela foi enterrada debaixo de uma árvore de pera às margens do rio Alle – agora chamado de Lava.

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Roza Shanina e seu líder A. Zaur.

Em 1964, a descoberta do diário de Shanina criou um grande interesse pela história da atiradora. O jornal Severny Komsomoletsprocurou pessoas que a conheceram para contar um pouco sobre ela. 

Ruas em Arkhangelsk, Shangaly e Stroyevskoye foram nomeados com seu nome, e a aldeia de Yedma tem um museu dedicado à Shanina. Além disso, a escola em que ela estudou entre 1931 e 1935 tem uma placa comemorativa em sua homenagem.
[ Rare Historical Photos ] [ Fotos: Reprodução / Rare Historical Photos ]

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Companheira de Lula por quatro décadas, Marisa Letícia tem morte cerebral

Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve morte cerebral na manhã desta quinta-feira 2, em São Paulo, em decorrência de complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) do tipo hemorrágico


Carta Capital

por Redação — publicado 02/02/2017 11h06, última modificação 02/02/2017 12h08
Em comunicado em sua página oficial no Facebook, ex-presidente confirma doação de órgãos
Ricardo Stuckert / Instituto Lula
Marisa Letícia
'A pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou', desabafou Lula
Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve morte cerebral na manhã desta quinta-feira 2, em São Paulo, em decorrência de complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) do tipo hemorrágico.
Às 10h29 da manhã, a página oficial de Lula no Facebook anunciou a doação de órgãos de Marisa. "A família Lula da Silva agradece todas as manifestações de carinho e solidariedade recebidas nesses últimos 10 dias pela recuperação da ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia Lula da Silva", diz a mensagem. "A família autorizou os procedimentos preparativos para a doação dos órgãos."
Em boletim médico divulgado pouco antes, o hospital Sírio Libanês afirmou que foi realizado pela manhã um "Doppler transcraniano, sendo identificada ausência de fluxo cerebral". Diante do resultado, com autorização da família, afirmou o hospital, "foram iniciados procedimentos para doação de órgãos".
O desligamento dos aparelhos, e a confirmação da morte oficial, acontece após o procedimento de doação dos órgãos. 
De humilde família de sitiantes, que migraram da Itália para o Brasil, Marisa Letícia nasceu em 7 de abril de 1950 em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Aos nove anos, começou a trabalhar como babá na casa de um sobrinho do pintor Cândido Portinari.
Quatro anos mais tarde, tornou-se operária de uma fábrica de chocolates. Casou-se pela primeira vez com o motorista Marcos Cláudio da Silva, com quem teve um filho. O garoto não chegou a conhecer o pai, assassinado enquanto dirigia o táxi da família. A jovem mãe perdeu o marido enquanto estava no quarto mês de gestação.
Marisa conheceu Lula em 1973, ao ir para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo carimbar documentos da pensão que recebia. O ex-presidente costuma contar que, quando soube que a esbelta mulher de 23 anos era viúva, fez questão de deixar cair um documento que mostrava que ele também era viúvo. O episódio serviu de justificativa para iniciar a conversa, que não tardou a evoluir para um longevo relacionamento.
Os frutos da união de mais de 40 anos são os três filhos do casal: Fábio, Sandro e Luís Cláudio. O ex-presidente também adotou o primeiro filho de Marisa Letícia, Marcos Lula, que tinha apenas dois anos quando o então líder sindical a conheceu.
Inicialmente avessa à política, Marisa preocupava-se com a segurança de Lula quando eclodiram as greves do ABC Paulista. Em 1980, chegou a liderar uma passeata das mulheres em apoio aos sindicalistas presos no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), que integrava o aparato repressivo da ditadura. Nesse mesmo ano, participou de um curso de Introdução à Política Brasileira, promovido pela Pastoral Operária de São Bernardo, e filou-se ao recém-criado Partido dos Trabalhadores
Dedicada à família, Marisa teve uma atuação discreta nas primeiras disputas eleitorais de Lula. Em 2002, com os filhos já adultos, pôde se dedicar com mais afinco à campanha presidencial do marido. Em 1º de janeiro de 2003, tornou-se primeira-dama do Brasil.
Nos últimos meses, Marisa vinha sofrendo ao lado de Lula a pressão das investigações da Operação Lava Jato. Em dezembro, também ao lado do ex-presidente, foi convertida em ré pelo juiz federal Sergio Moro, sob a acusação de lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia, o casal adquiriu um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo, com recursos da empreiteira Odebrecht. A acusação é negada com veemência pela defesa de Lula, que diz que imóvel é alugado.
"A pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou. Mas isso não vai fazer eu ficar chorando pelos cantos. Vai ficar apenas batendo na minha cabeça, como mais uma razão para que a luta continue", desabafou Lula na segunda-feira 30, durante um encontro com representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens. Foi a primeira aparição pública do ex-presidente após a mulher sofrer o AVC.
Casamento
Em maio de 1974, seis meses após se conhecerem, Lula e Marisa se casaram (Acervo/Instituto Lula)
A evolução da doençaMarisa Letícia sofreu uma forte queda de pressão na manhã de 24 de janeiro. Chegou a receber os primeiros cuidados em um hospital de São Bernardo do Campo, mas logo foi transferida ao Sírio-Libanês, na capital paulista. Ao chegar, foi submetida a uma cirurgia de emergência, para a oclusão de um aneurisma que havia se rompido. Desde então, passou a maior parte do tempo sedada, em coma induzido.
O aneurisma é a dilatação anormal de uma artéria que irriga o cérebro. Ele costuma ocorrer em regiões enfraquecidas da parede de um vaso sanguíneo. Quando ocorre o rompimento, o sangramento pode provocar danos irreversíveis às células localizadas ao redor da lesão.