quinta-feira, 28 de maio de 2015

Veja como votaram os partidos e os deputados na PEC do financiamento empresarial de campanhas, o berço da corrupção.

Do Blog do Raoni

Imagem Folha
Na última quarta-feira, 27, a Câmara dos Deputados aprovou colocar na Constituição do Brasil o financiamento empresarial para partidos políticos, um dos principais berços da corrupção no Brasil. Ao todo, 330 deputados votaram a favor da medida.
Apenas quatro partidos se posicionaram totalmente contra e nenhum de seus deputados votaram a favor da medida: PT, PCdoB, PPS e PSOL, este último votou pela obstrução do processo.
O PSB se dividiu e o PDT votou em sua maioria pelo não, com apenas dois parlamentares optando pelo financiamento empresarial.
Já DEM, PRB e PTB votaram completamente a favor deste tipo de financiamento. O PSDB em sua enorme maioria também optou pelo sim, assim como o PSD, PR e o PMDB de Eduardo Cunha.
Blog do Raoni publica a lista completa de como foi a votação por partidos e como cada deputado votou nesta questão, tão crucial para dar um basta na corrupção.
Agora o leitor pode tirar suas próprias conclusões. Você acha correto que empresas, que depois disputam licitações do poder público ou podem ser beneficiadas com medidas de governos e parlamentares, possam financiar com altas somas, partidos políticos que disputam o controle do dinheiro público e da administração?
Isso é correto em sua visão? Na visão de vários partidos que dizem “combater a corrupção” sim.
A lista completa está a disposição dos leitores.
Imagem: Folha de São Paulo.

A marcha do MBL: megalomania e o fiasco do impeachment


De Carta Capital

por Wanderley Preite Sobrinho — publicado 27/05/2015 20h34
A caminhada tragicômica de um grupo que um dia sonhou em derrubar a presidenta da República acabou em um ato esvaziado nesta quarta em Brasília
Divulgação
Tinha tudo para os planos do Movimento Brasil Livre (MBL) darem certo. Primeiro, duas manifestações que, somadas, levaram mais de 2 milhões de pessoas às ruas pedindo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff –segundo os cálculos generosos da Polícia Militar. Logo em seguida, a encomenda de um estudo feito pela oposição para validar juridicamente a cassação da petista. O apoio político e a comoção popular haviam criado o ambiente propício para o que foi vendido como uma manifestação arrojada, nova, diferente de tudo o que se tinha visto no Brasil desde os protestos de 2013. Como resultado, milhares de brasileiros vestindo verde e amarelo se juntariam ao MBL em uma caminhada de 1.175 quilômetros entre São Paulo e Brasília.
O dia, horário e evento no Facebook também foram acertados. Na data, 24 de abril, uma multidão se concentraria no bairro rico de Pinheiros, na zona oeste da capital, onde sairiam em marcha após o Hino Nacional. A história foi bem outra.
Os manifestantes que abarrotaram em festa a avenida Paulista ensolarada nos domingos de 15 de março e 12 de abril caminhariam mesmo por 30 dias? Marchariam mesmo com idade média de 40 anos e o bolso cheio? Cerca de 20% de quem protestou naqueles dias ganhavam mais de 20 salários mínimos por mês, segundo o Datafolha.
Nada disso passou pela cabeça dos líderes do MBL, nem mesmo pela mais conhecida delas, a de Kim Kataguiri, de 19 anos. “[No dia 27 de maio], ocupemos a frente da Câmara para que os congressistas se sintam pressionados a atender a nossa pauta”, convocou o estudante em um vídeo no Facebook em que explicava cada detalhe da “Marcha pela Liberdade”.
Tudo pronto. Dia 24 de abril, meio-dia, praça Panamericana. Ninguém apareceu. Como há sempre aquele atrasadinho, decidiram esperar por mais uma hora. Às 13h, 22 pessoas iniciaram a marcha. Nem o MBL apareceu direito. Kim esperava pelo menos 60 pessoas do movimento, e o total geral foi de um terço disso.

Para não atrapalhar o trânsito, o grupo foi pela calçada mesmo. Carros e um ônibus, bancado pelo Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força, foram mobilizados para garantir o mínimo conforto a quem pusesse o pé na estrada. Ninguém precisaria levar as mochilas nas costas. Na hora de dormir, os veículos também serviriam de abrigo.
E lá foram eles. Pela rodovia dos Bandeirantes, chegaram a Jundiaí. Naquela cidade, a 57 km da capital, ganharam a rodovia Anhanguera, de onde só saíram para pisar na capital federal. O roteiro incluiu as cidades de Uberlândia, Uberaba, Caldas Novas, Goiânia, Anápolis e cidades satélites de Brasília.

O plano era mobilizar simpatizantes em cada um desses municípios. Pouca gente se animou. Apoio mesmo só de políticos ultraconservadores. No Twitter, o deputado Roberto Freire (PPS-SP) bradou: “Vamos mobilizar todos os partidos de oposição e oposicionistas de todos os partidos para a Marcha e o ato em BSB”.

Onyx Lorenzoni (DEM-RS) chegou a dizer que pretendia participar de um trecho da caminhada, enquanto Ronaldo Caiado (DEM-GO) prometeu receber com festa os manifestantes quando chegassem a Goiânia, sua base eleitoral.

Os dias foram passando, Caiado não deu o ar da graça e a marcha sumiu dos noticiários. A esperança de reunir milhares em frente ao Congresso se esvaiu depois que o parecer jurídico sobre o impeachment da presidenta chegou ao gabinete de Aécio na noite de quarta-feira 20. “Não é agenda para agora”, contemporizou o presidente do PSDB, ao se referir às conclusões do jurista Miguel Reale Júnior, que não viu embasamento jurídico para o impedimento.
Quando pouca gente se lembrava da marcha, Kataguiri e os amigos voltaram às manchetes. Embriagado, José Lino, de 49 anos, colidiu sua caminhonete com outro veículo por volta das 19h do sábado 23 e se viu arremessado contra o acostamento, justamente onde caminhavam os integrantes do MBL.

Kataguiri e Amanda Kailayne Alves, de 28 anos, foram atropelados. Nada grave. Eles foram encaminhados para hospitais da região e medicados. No dia seguinte, Renan Santos (31), outro líder do MBL, compartilhou um vídeo no Facebook politizando o acidente ao revelar sua intenção de averiguar se o motorista era membro do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

Os milhares esperados em frente ao Congresso gritando pelo impeachment de Dilma diante de receptivos presidentes da Câmara e do Senado terminaram em um discurso constrangido do coordenador do MBL Rubens Nunes Filho na terça-feira 26 durante a reunião da bancada do DEM: “Conclamo os senhores que recebam a marcha amanhã, às 14 horas. Que estejam na rampa para nos receber e se possível prestar apoio”. 

Nenhum político juntou-se ao minguado grupo que se reuniu no gramado do Congresso nesta quarta-feira, mas, acompanhados por parlamentares da oposição, o movimento conseguiu se reunir com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e protocolar o pedido de impeachment.
Trinta e três dias depois, 35,6 quilômetros supostamente caminhados por dia (lembre-se do ônibus e carros de apoio) e um final melancólico para um movimento megalomaníaco.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Carina Vitral, a militante comunista rumo à presidência da UNE


Este ano a UNE vai realizar o maior congresso dos últimos tempos. Quase todas as universidades brasileiras foram mobilizadas e mais de 2 milhões de estudantes elegeram, com voto em urna, os 7 mil delegados que participarão do Conune. A UJS já tem a representante que irá concorrer, pela chapa Abre Alas, à presidência da entidade. Trata-se da atual presidenta da UEE-SP, Carina Vitral, que conversou com exclusividade com o Portal Vermelho e contou sobre sua expectativa com este desafio. 


UJS
Carina Vitral é estudante de Economia na PUC-SP e atualmente preside a União Estadual dos Estudantes de São PauloCarina Vitral é estudante de Economia na PUC-SP e atualmente preside a União Estadual dos Estudantes de São Paulo
Apesar da pouca idade, apenas 26 anos, Carina já carrega uma bagagem política expressiva. Estudante de Economia da PUC-SP, a presidenta da União Estadual dos Estudantes de SP (UEE-SP) se prepara agora para receber um novo desafio: assumir a presidência da UNE, a maior e mais representativa entidade estudantil do país. A escolha é feita durante a plenária final do Conune, que será realizado em Goiânia de 3 a 7 de junho.

Comunista convicta, Carina é o quadro mais jovem do Comitê Central (CC) do Partido Comunista do Brasil e vê com bons olhos essa confiança que o Partido deposita em sua juventude. “Eu tenho a honra de ser do CC e isso mostra que o PCdoB é um partido que empodera seus jovens e suas mulheres”, afirma.

Ainda na adolescência, Carina já se interessava por política e atuava em entidades estudantis e assistenciais de sua cidade no litoral paulista. Foi por meio desta militância que conheceu a UJS e o PCdoB e ingressou no movimento estudantil.


Durante sua militância, Carina sempre esteve à frente da luta por mais direitos para a juventude |FotoUJS
Mas foi preciso uma viagem à Venezuela para ela conhecer os comunistas brasileiros. Durante o Fórum Social Mundial de 2006 ela entrou em contato com a esquerda do Brasil e de lá pra cá fez da militância uma atividade cotidiana. “Quando eu conheci a luta de classes eu me tornei, de uma militante de esquerda em uma militante comunista. Eu me apaixonei pela UJS e pelo PCdoB devido à convicção política, é essa ousadia que me faz até hoje ter bastante orgulho do meu partido e a minha contribuição na luta pelo socialismo é através dos movimentos sociais, uma das tantas frentes de atuação do PCdoB”.

Carina iniciou o curso de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina e, já neste período assumiu uma grande responsabilidade. Foi a diretora da pasta de Universidades Privadas da UNE durante a gestão do presidente Daniel Iliescu, de 2011 a 2013. “Neste período a minha geração viu o Reuni (Reestruturação e Expansão das Universidade) ser consolidado, foi uma gestão muito combativa”.

Durante este mandato a jovem comunista adquiriu experiência para cada vez mais longe em suas tarefas no movimento estudantil. Depois de deixar a pasta na UNE assumiu a presidência da UEE-SP, a qual exerce atualmente. Neste meio tempo transferiu o curso para São Paulo e passou a viver na capital paulista.


Carina Vitral e Dilma Rousseff durante a campanha presidencial de 2014 | Foto: Arquivo pessoal
De fala tranquila e desenvoltura destacada, Carina não parece hesitar diante do desafio que tem a enfrentar, sabe muito bem o que significa ser a voz da juventude brasileira. “A gente sabe que vai precisar de muita mobilização para conquistar um novo ciclo de direitos para a juventude, mas também vai precisar de muita sabedoria porque num momento de instabilidade política você não pode jogar água no moinho da direita ou fazer uma entidade poderosa como a UNE ser instrumentalizada para servir a interesses que não são avançados na sociedade”, destaca.
Atualmente a UNE é presidida pela também comunista Virgínia Barros. Esta será a primeira vez, caso Carina seja eleita, que o cargo será ocupado sucessivamente por duas mulheres.

Reforma política e ampliação da Educação Pública


O movimento estudantil brasileiro foi protagonista na resistência à ditadura militar e pela redemocratização do país. Também sempre esteve à frente da luta por reformas estruturantes com ideias avançadas. “Imagine se na época da ditadura militar quem estivesse à frente da UNE fossem pessoas de direita e a entidade tivesse apoiado o golpe dos militares? Ou se agora, se não fosse a esquerda, se não fosse uma política acertada que estivesse à frente da entidade, a UNE, uma organização tão histórica no Brasil poderia estar apoiando a ideia de golpe. É um desafio muito grande porque a UNE acaba sendo a porta-voz da juventude brasileira e é importantíssimo que ela se mantenha com ideias avançadas”, explica Carina.

Virgínia Barros, atual presidenta da UNE, Dilma, Barbara Melo, presidenta da Ubes, Tamara Naís, presidenta da ANPG, Carina Vitral, presidenta da UEE-SP e Angela Meyer, presidenta da Upes
Apesar de ter como principal bandeira a reforma universitária, a UNE nunca se esquivou do debate político e social como um todo, sempre esteve presente em lutas históricas importantes, como é o caso da campanha “O petróleo é nosso”, ou as “Diretas Já!”. Atualmente a UNE engrossa as fileiras em defesa de uma reforma política democrática. Junto a outras entidades, compõe a Coalizão Pela Reforma Política, uma lei de iniciativa popular que defende, entre outras pautas, o fim do financiamento privado de campanha. O congresso nacional não é só conservador, ele tem, em si representantes de interesses econômicos muito específicos. Ao invés de ser a Casa do Povo, o espelho do povo e das ideias avançadas, eles [parlamentares] são um espelho de interesses econômicos bastantes alheios ao próprio povo, então, a UNE vai ter no próximo período esta luta”, explica.
 
Carina acredita que para mudar a correlação de forças é preciso fortalecer a unidade dos movimentos sociais e defende a mobilização popular, com muita passeata nas ruas e nas universidades. “O PCdoB lidera uma iniciativa para a formação de uma frente ampla dos partidos de esquerda e a UNE vai ter um papel decisivo nisso porque hoje a entidade já tem na composição de sua diretoria uma ampla expressão de forças políticas reais da sociedade. Eu penso que a entidade pode ser a representante juvenil dessa experiência unitária dos movimentos sociais”.

Carina Vitral comemorou o aniversário do ex-presidente Lula em 2014
De acordo com Carina, nos desafios da próxima gestão da UNE também estão incluídas as lutas em defesa da Petrobras e da indústria nacional, da democracia e da soberania do voto popular que elegeu a presidenta Dilma. Além disso, a entidade vai fortalecer a luta pela reforma universitária. “Vamos defender a consolidação da expansão das universidades federais, um maior investimento na assistência estudantil porque o perfil do universitário mudou no último período e uma ampliação acadêmica. É verdade que a gente ampliou e democratizou o acesso, mas a gente precisa repensar a universidade como um todo”.

Carina afirma que muito do que se avançou na democratização do acesso à universidade se deu por meio de vagas em universidades privadas, por isso acredita ser necessário haver uma regulação maior nessas instituições. A dirigente estudantil defende também uma maior fiscalização com relação ao custo de tarifas e mensalidades que em muitas universidades podem ser consideradas abusivas.

A questão da mercantilização da educação não é um problema só no Brasil, vários outros países da América Latina passam por problemas até mais graves que aqui, como é o caso do Chile, onde não existe faculdade pública. A UNE está alinhada a outras entidades estudantis da América Latina une esforços nesta luta comum com os estudantes dos países vizinhos. 


Do Portal Vermelho, Mariana Serafini

Termina primeira etapa da votação da Reforma Política na Câmara



Do Portal Vermelho


Acabou a primeira sessão de votação da Reforma Política, nesta terça-feira (26). O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou o sistema eleitoral distrital, chamado de "distritão",  proposto pelo relator da PEC da reforma política, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Rejeitou ainda o voto distrital misto, a lista preordenada e a constitucionalização do financiamento privado de pessoas jurídicas às campanhas eleitorais.


Foto: Luis Macedo/Câmara
Deputados em votação nesta terça-feira (26).Deputados em votação nesta terça-feira (26).
No modelo do “distritão”, os deputados e vereadores seriam eleitos apenas de acordo com a quantidade de votos recebidos. Assim, apenas os candidatos mais votados em cada estado seriam eleitos. Todo o estado seria uma única circunscrição eleitoral.

Até o momento, a Câmara manteve o modelo atual, com o sistema proporcional, que leva em conta os votos recebidos individualmente pelos candidatos de um partido e os recebidos pela legenda. Esses votos são usados para um cálculo de quantas vagas cada partido conseguirá preencher.

Antes de derrubar o “distritão”, também foram derrotados o voto distrital misto e a lista preordenada. No final da sessão, já depois da meia-noite, também foi rejeitada a emenda que introduzia na Constituição o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. O tema do financiamento continuará a ser analisado.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mais uma vez atropelou os procedimentos e contra todo o bom senso, usando poderes discricionários, prorrogou à exaustão o prazo da votação sobre o financiamento de campanha para assegurar o quórum e a vitória da tese que corresponde aos seus interesses. Foi derrotado.

Do Portal Vermelho com agências

PCdoB expulsa prefeito que apoiou o PSDB em Minas Gerais

Do Portal Vermelho


PCdoB decide por unanimidade pela expulsão de prefeito em Minas

Mariana Viel
 Ao centro, prefeito Denilson da Silveira escuta a decisão da Comissão de Controle do PCdoB-MG, coordenada pelo relator Fernando Máximo Ao centro, prefeito Denilson da Silveira escuta a decisão da Comissão de Controle do PCdoB-MG, coordenada pelo relator Fernando Máximo

Às vésperas da realização da 10ª Conferência Nacional do PCdoB, a ser realizada em São Paulo entre os dias 29 e 31 de maio, a direção do Comitê Estadual do Partido em Minas Gerais decidiu pela expulsão do membro da direção estadual e prefeito do município de Francisco Sá, Denilson da Silveira, mais conhecido como Denilsão, por descumprimento da disciplina partidária durante as eleições de 2014.


O Processo Disciplinar 01/2015 foi aberto em decorrência de denúncia feita pelo ex-vereador de Montes Claros, Lipa Xavier, designado pelo comitê estadual para acompanhar as eleições no Norte do estado. De acordo com a denúncia, o prefeito realizou campanha para candidato a deputado federal de outro partido, desobedecendo a orientação partidária estabelecida em Convenção Eleitoral à qual Denilsão participou. Além disso, para deputado estadual ele apoiou uma candidata do PSDB.

Em sua defesa, Denilsão reconheceu o apoio aos candidatos citados na denúncia, mas justificou que precisava adotar essa estratégia para garantir a governabilidade do município apoiando candidatos locais.

O relator do processo na Comissão de Controle, Fernando Máximo, em seu voto destacou a gravidade do ato praticado, sendo o prefeito um membro da direção estadual do Partido e participante de todos os fóruns e discussões que estabeleceram a tática eleitoral adotada para as eleições de 2014. Em reunião do Comitê Estadual do PCdoB após exposição e leitura do processo, foi decido por unanimidade a penalização de expulsão do prefeito Denilson da Silveira do Partido.

PCdoB em defesa dos princípios 
Para o deputado federal Wadson Ribeiro, presidente do partido em Minas Gerais, a aprovação da expulsão é uma demonstração do cuidado do partido com seu projeto programático e ideológico. “Nesse momento em que o partido em Minas cresce, amplia o seu espaço institucional na Assembleia, no governo e se prepara com a entrada de novos quadros para o pleito eleitoral de 2016, medidas como essa mostram a responsabilidade com os princípios ideológicos que regem os 93 anos de história do PCdoB”, defende.

Em Minas, o PCdoB vive momento de franco crescimento, com a formação constante de novos quadros, tendo pela primeira vez na Assembleia Legislativa uma bancada com três deputados: Celinho do Sinttrocel, Ricardo Faria e Geraldo Pimenta. Também pela primeira vez o partido tem um secretário de estado na composição do governo do estado, representado pelo deputado Mário Henrique Caixa. O PCdoB também está à frente da Prefeitura de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, que desde de 2013 é administrada pelo ex-deputado estadual Carlin Moura.

Na Câmara Federal, a bancada do partido hoje conta com a atuação comprometida e combativa dos parlamentares mineiros Wadson Ribeiro e Jô Moraes.

Veja abaixo a nota pública sobre a decisão do Comitê Estadual do PCdoB Minas Gerais sobe o caos:


Nota Pública


A direção do Comitê Estadual do PCdoB de Minas Gerais, reunida no dia 16 de maio de 2016, aprovou por unanimidade o parecer da Comissão de Controle em relação ao Processo Disciplinar 001/2015, que pede a aplicação da sanção de expulsão do Partido, prevista pelo artigo 39, alínea “f” do Estatuto Partidário, ao senhor Denilson da Silveira, membro da direção estadual e prefeito do município de Francisco Sá, por descumprimento de disciplina partidária durante o pleito eleitoral de 2014.

Belo Horizonte, 16 de maio de 2015.

Comitê Estadual do PCdoB de Minas Gerais

Aécio diz temer que o distritão seja "caminho mais rápido para o retrocesso"


De Brasília
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou nesta terça-feira (26) o distritão, sistema eleitoral incluído na reforma política por demanda do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O tucano disse que fará apelo às lideranças do PSDB no Congresso para se opor à proposta de Cunha. "Reúno agora os líderes e vice-líderes do meu partido para que a minha posição e a posição formal do PSDB (seja) contra o distritão, que tem por consequência a fragilização definitiva dos partidos políticos e a individualização do exercício do mandato", disse. "Não parece que uma reforma política que venha com esse nome de reformar e reformar para melhorar possa permitir um retrocesso dessa dimensão", afirmou.
No distritão, deputados e vereadores mais votados em cada Estado e municípios seriam eleitos, sem a transferência de voto dentro dos partidos ou voto de legenda nas eleições proporcionais. A crítica é que esse modelo, existente em poucos países - como o Afeganistão -, estimularia o personalismo, concentrando votos em candidatos famosos e com mais recursos para publicidade, enfraquecendo os partidos e a representação de minorias no Congresso.
Aécio participou na tarde desta terça-feira da Marcha dos Prefeitos, onde foi recebido sob aplausos e criticou a presidente Dilma Rousseff, que não comparecerá ao evento por cumprir agenda no México. Segundo ele, Dilma está "sitiada" e sem diálogo com os municípios, o que a levou a evitar o encontro com os prefeitos.

Misto

O tucano, derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, defendeu o modelo eleitoral distrital misto. Essa versão combinaria o sistema distrital, com a vitória dos mais votados por região, com o proporcional, mantendo o voto em partido. Segundo Aécio, o PSDB deve fazer frente ao distritão defendendo o modelo misto. "Estou fazendo um apelo ao PSDB que, se não for aprovado o distrital misto, que se coloque contra o distritão", disse.
Aécio evitou o confronto direto com o presidente da Câmara ao ser questionado se concordava com os críticos de Cunha, que o chamaram de autoritário por encerrar a comissão mista que discutia a reforma para votar a matéria de forma fatiada diretamente no plenário da Câmara. "Ele defende as posições dele, tenho de respeitar e defender as nossas. Por isso, estou sendo muito explícito em relação à questão do distritão, que acho que resolve individualmente o que alguns parlamentares acham que tem de ser resolvido", disse. O PSDB tem se aproximado de Cunha em matérias que contrariam os interesses do governo.
No ato com prefeitos na capital federal, Aécio defendeu também o financiamento de campanha por empresas privadas. Segundo ele, é preciso apenas regular a maneira como as doações ocorrem, com limites de recursos destinados apenas aos partidos e não aos candidatos. "A gente não pode cair nesse conto de que o financiamento jurídico é o sinal definitivo de corrupção. Acho que temos de estabelecer os parâmetros, que seja esclarecido para a sociedade o financiamento jurídico, que me parece o mais adequado", afirmou.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Fidel Castro: Nosso direito de sermos marxistas-leninistas


O líder histórico da Revolução cubana expressa, quando se comemora o 70º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica, a sua profunda admiração pelo heroico povo soviético, que prestou colossal serviço à humanidade. A reflexão foi escrita na última quinta-feira (7).


Montagem/Vermelho
  
Leia abaixo a íntegra da reflexão de Fidel:

Depois de amanhã, 9 de maio, se comemorará o 70º aniversário da Grande Guerra Patriótica. Dada à diferença de horário, quando elaboro estas linhas, os soldados e oficiais do Exército da Federação Russa estarão, cheios de orgulho, desfilando na Praça Vermelha de Moscou com os rápidos e marciais passos que os caracterizam.

Lênin foi um genial estrategista revolucionário que não vacilou em assumir as ideias de Marx e levá-las a cabo em um país imenso e somente em parte industrializado, cujo partido proletário se converteu no mais radical e audaz do planeta depois da maior matança que o capitalismo havia promovido no mundo, onde pela primeira vez os tanques, as armas automáticas, a aviação e os gases asfixiantes apareceram nas guerras, e até um famoso canhão capaz de lançar um pesado projétil a mais de cem quilômetros participou na sangrenta contenda.

Daquela matança surgiu a Liga das Nações, uma instituição que devia preservar a paz e não conseguiu sequer impedir o avanço acelerado do colonialismo na África, grande parte da Ásia, Oceania, Caribe, Canadá, e um grosseiro neocolonialismo na América Latina.

Apenas 20 anos depois, outra espantosa guerra mundial foi desencadeada na Europa, cujo preâmbulo foi a Guerra Civil na Espanha, iniciada em 1936. Depois da esmagadora derrota nazista, as nações depositaram suas esperanças na Organização das Nações Unidas, que se esforça para criar a cooperação que ponha fim às agressões e às guerras, onde os países possam preservar a paz, o desenvolvimento e a cooperação pacífica dos Estados grandes e pequenos, ricos ou pobres do planeta.

Milhões de cientistas poderiam, entre outras tarefas, incrementar as possibilidades de sobrevivência da espécie humana, já ameaçada com a escassez de água e alimentos para bilhões de pessoas em um breve lapso de tempo.

Já somos 7 bilhões e 300 milhões de habitantes no planeta. No ano de 1.800 havia apenas 978 milhões; este número se elevou a 6 bilhões e 70 milhões no ano 2.000; e em 2.050, segundo cálculos conservadores, haverá 10 bilhões.

Agora, menciona-se que chegam à Europa Ocidental embarcações repletas de emigrantes que são transportados em qualquer objeto que flutue, um rio de emigrantes africanos, do continente colonizado pelos europeus durante centenas de anos.

Há 23 anos, em uma Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, expressei: “Uma importante espécie biológica está em risco de desaparecer pela rápida e progressiva liquidação de suas condições naturais de vida: o homem”. Não sabia então quanto estávamos próximos disso.

 
Soldados do Exército Vermelho depõem armas e brasões da Alemanha Nazista na Parada da Vitória em 1945, em Moscou. (Arquivo histórico)
Ao comemorar-se o 70ª aniversário da Grande Guerra Patriótica, desejo fazer constar nossa profunda admiração pelo heroico povo soviético que prestou à humanidade um colossal serviço.

Hoje é possível a sólida aliança entre os povos da Federação Russa e o Estado de mais rápido avanço econômico do mundo: a República Popular da China; ambos os países com sua estreita cooperação, sua avançada ciência e seus poderosos exércitos e valentes soldados constituem um escudo poderoso da paz e da segurança mundial, a fim de que a vida de nossa espécie possa ser preservada.

A saúde física e mental e o espírito de solidariedade são normas que devem prevalecer, ou o destino do ser humano, este que conhecemos, se perderá para sempre.

Os 27 milhões de soviéticos que morreram na Grande Guerra Patriótica, o fizeram também pela humanidade e pelo direito de pensar e de ser socialistas, ser marxistas-leninistas, ser comunistas, e de sair da pré-história.

Fidel Castro Ruz
7 de maio de 2015, às 22h14

Fonte: Granma
Tradução de José Reinaldo Carvalho, editor do Portal Vermelho

O radical classe média : O medíocre




 Do Blog Pragmatismo Político

O RADICAL CLASSE MÉDIA SE IMAGINA COMO O QUE RESTA DE BOM NO BRASIL. NÃO RARO, FLERTA COM O FASCISMO

Há uma figura pitoresca que costuma habitar a classe média tradicional brasileira. Ela pode ser encontrada na universidade, nos protestos políticos, nos shoppings centers, na high society, entre os mais escolarizados, tanto nos movimentos de esquerda, como nos de direita. Na verdade, é uma radicalização da visão específica de uma classe. Vou expor algumas de suas características.
classe médai brasil caricatura
Uma caricatura do radical classe média. (Foto: Carta Potiguar)
Vale lembrar que o modo de vida apontado abaixo é um tipo idealizado do caráter do “Radical Classe Média”, podendo, portanto, uma pessoa comum reunir uma maior ou menor quantidade de tais inclinações, se associar intensamente ou dissociar do modelo.
O Radical Classe Média:
Geralmente, o radical classe média se apresenta como politizado, para, na verdade, repetir os velhos cacoetes do senso comum da política – é contra partidos;
Mais. Todo político é ladrão. Alias, para o Radical Classe Média, o problema do Brasil não é o da desigualdade, mas o da corrupção. Por isso, não perde a oportunidade de comparar a nossa suposta natural propensão para a malandragem com a sonhada condição positiva dos EUA, ou numa perspectiva intelectualizada, dos países escandinavos;
Nesse sentido, a eleição não passa de uma chantagem. Tanto faz quem vai ganhar – “é tudo igual mesmo”. O Radical Classe Média, quando não é capturado pelo moralismo e/ou suposta superioridade gerencial de um bonachão, prega o voto nulo;


O Radical Classe Média não gosta muito de se “misturar”. Quer exclusividade. No fundo, ele não suporta que ônibus coletivo passe nas praias “nobres” de sua cidade. Ou, em sua versão intelectual, defende a criação de “espaços” para os mais “humildes”;

Para o Radical Classe Média, as instituições devem aprender a se relacionar com ele, já que o dito cujo apresenta muitas especificidades;
Instituição a favor dele é democracia. Contra ele? Fascismo;
Seguranças-policiais-trabalhadores devem fazer cursos de capacitação só para aprenderem a se relacionar com ele;
Ele é anarquista para os deveres, mas não para os direitos;
Ele é contra impostos, mas quer que tudo funcione a seu favor;
Um bom Radical Classe Média critica o inchaço do Estado, mas sempre tem alguém da família, gozando de acesso privilegiado ao próprio Estado – um cargo, um contrato, etc;
O Radical Classe Média não tem diploma de graduação. Ele tem diploma de nobreza. E o “resto”? É resto, alienado. Ele se vê como o (único) “intelectual orgânico”…;
Ele é terminantemente contra o bolsa-família, a quem ele chama de bolsa-esmola, pois produz preguiçosos e premia quem nunca “quis” estudar;
Para o Radical Classe Média, quem não sabe escrever o português corretamente deveria ser impedido de votar, de expor sua opinião num blog ou jornal. Enfim, de argumentar;
Pensar é sinônimo de dominar a gramática. Do contrário, o dito cujo se encontra no nível dos animais irracionais;
Para ele, às vezes, o problema do Brasil é porque o pobre-analfabeto – ele chama de “não esclarecido” – não sabe votar. Uma cientista política advinda da USP teria um bom conceito radical de classe média para isso – ausência de “sofisticação política”;
Na versão intelectualizada, o Radical Classe Média é um crítico do jeitinho brasileiro, gosta de ler Nietzsche, Foucault, Deleuze, Guatarri. É um crítico do “micropoder”, dos “fascismos da norma”, conceitos mobilizados para negar qualquer coisa que lhe cobre alguma contrapartida social;
Há também aquelas versões do Radical Classe Média que tornam Karl Marx, ou o socialismo, numa questão de superioridade ético-moral;
O Radical Classe Média é um supercidadão. Os demais… subcidadãos;
Afinal, o Radical Classe Média estudou. Merece mais do que os simples mortais.
O Radical Classe Média se imagina como o que resta de bom no Brasil. Não raro, flerta com o fascismo.
Por Daniel Menezes, em CartaPotiguar

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Chico Buarque posa com camisa de campanha contra redução da maioridade penal


Chico Buarque posa com a camiseta de campanha contra a redução da maioridade penal - Reprodução

Foto foi divulgada nas redes sociais de grupo que condena proposta que tem sido rediscutida

POR 


RIO - O cantor Chico Buarque posou com uma camisa da campanha que condena a proposta de redução da maioridade penal. A foto foi postada na noite de quinta-feira na página do grupo “Amanhecer Contra a Redução”. Na camisa, vem escrito o dizer “Redução não é a solução”.

O grupo fez recentemente atos em praças de todo o país para condenar a proposta de redução da maioridade penal. A manifestação consistia em fazer com que as praças amanhecessem decoradas com as cores laranja e lilás e cartazes com frases que condevavam a redução da idade para a responsabilização de crimes.
Chico Buarque chegou junto contra a redução! Por que amanhã há de ser outro dia!”, postou o grupo junto à foto de Chico Buarque.
Junto com o texto, o grupo colocou a hashtag “#AfastaDeMimEssaRedução”, um trocadilho com a música “Cálice”, de composição de Chico Buarque.
ataque ao ciclista Jaime Gold, na Lagoa, esquentou a discussão sobre redução da maioridade penal. Ele morreu após ser esfaqueado. A Polícia Civil apreendeu um adolescente suspeito de ter cometido o crime.


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