sábado, 23 de março de 2013

O Bolsa Família e a revolução feminista no sertão


Da revista Marie Claire


A antropóloga Walquiria Domingues Leão Rêgo testemunhou, nos últimos cinco anos, a uma mudança de comportamento nas áreas mais pobres e, talvez, machistas do Brasil. O dinheiro do Bolsa Família trouxe poder de escolha às mulheres. Elas agora decidem desde a lista do supermercado até o pedido de divórcio



O dinheiro do Bolsa-Família trouxe poder de escolha às mulheres do sertão (Foto: Editora Globo)
Uma revolução está em curso. Silencioso e lento - 52 anos depois da criação da pílula anticoncepcional - o feminismo começa a tomar forma nos rincões mais pobres e, possivelmente, mais machistas do Brasil. O interior do Piauí, o litoral de Alagoas, o Vale do Jequitinhonha, em Minas, o interior do Maranhão e a periferia de São Luís são o cenário desse movimento. Quem o descreve é a antropóloga Walquiria Domingues Leão Rêgo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Nos últimos cinco anos, Walquiria acompanhou, ano a ano, as mudanças na vida de mais de cem mulheres, todas beneficiárias do Bolsa Família. Foi às áreas mais isoladas, contando apenas com os próprios recursos, para fazer um exercício raro: ouvir da boca dessas mulheres como a vida delas havia (ou não) mudado depois da criação do programa. Adiantamos parte das conclusões de Walquiria. A pesquisa completa será contada em um livro, a ser lançado ainda este ano.
MULHERES SEM DIREITOS
As áreas visitadas por Walquiria são aquelas onde, às vezes, as famílias não conseguem obter renda alguma ao longo de um mês inteiro. Acabam por viver de trocas. O mercado de trabalho é exíguo para os homens. O que esperar, então, de vagas para mulheres. Há pouco acesso à educação e saúde. Filhos costumam ser muitos. A estrutura é patriarcal e religiosa. A mulher está sempre sob o jugo do pai, do marido ou do padre/pastor. “Muitas dessas mulheres passaram pela experiência humilhante de ser obrigada a, literalmente, ‘caçar a comida’”, afirma Walquiria. “É gente que vive aos beliscões, sem direito a ter direitos”. Walquiria queria saber se, para essas pessoas, o Bolsa Família havia se transformado numa bengala assistencialista ou resgatara algum senso de cidadania.

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BATOM E DANONE
“Há mais liberdade no dinheiro”, resume Edineide, uma das entrevistadas de Walquiria, residente em Pasmadinho, no Vale do Jequitinhonha. As mulheres são mais de 90% das titulares do Bolsa Família: são elas que, mês a mês, sacam o dinheiro na boca do caixa. Edineide traduz o significado dessa opção do governo por dar o cartão do benefício para a mulher: “Quando o marido vai comprar, ele compra o que ele quer. E se eu for, eu compro o que eu quero.” Elas passaram a comprar Danone para as crianças. E, a ter direito à vaidade. Walquiria testemunhou mulheres comprarem batons para si mesmas pela primeira vez na vida. Finalmente, tiveram o poder de escolha. E isso muda muitas coisas. 
O DINHEIRO LEVA AO DIVÓRCIO E À DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE FILHOS?
“Boa parte delas têm uma renda fixa pela primeira vez. E várias passaram a ter mais dinheiro do que os maridos”, diz Walquiria. Mais do que escolher entre comprar macarrão ou arroz, o Bolsa-Família permitiu a elas decidir também se querem ou não continuar com o marido. Nessas regiões, ainda é raro que a mulher tome a iniciativa da separação. Mas isso começa a acontecer, como relata Walquiria: “Na primeira entrevista feita, em abril de 2006, com Quitéria Ferreira da Silva, de 34 anos, casada e mãe de três filhos pequenos,em Inhapi, perguntei-lhe sobre as questões dos maus tratos. Ela chorou e me disse que não queria falar sobre isso. No ano seguinte, quando retornei, encontrei-a separada do marido, ostentando uma aparência muito mais tranqüila.”
A despeito do assédio dos maridos, nenhuma das mulheres ouvidas por Walquiria admitiu ceder aos apelos deles e dar na mão dos homens o dinheiro do Bolsa. “Este dinheiro é meu, o Lula deu pra mim (sic) cuidar dos meus filhos e netos. Pra que eu vou dar pra marido agora? Dou não!”, disse Maria das Mercês Pinheiro Dias, de 60 anos, mãe de seis filhos, moradora de São Luís, em entrevista em 2009.
Walquiria relata ainda que aumentou o número de mulheres que procuram por métodos anticoncepcionais. Elas passaram a se sentir mais à vontade para tomar decisões sobre o próprio corpo, sobre a sua vida. É claro que as mudanças ainda são tênues. Ninguém que visite essas áreas vai encontrar mulheres queimando sutiãs e citando Betty Friedan. Mas elas estão começando a romper com uma dinâmica perversa, descrita pela primeira vez em 1911, pelo filósofo inglês John Stuart Mill. De acordo com Mill, as mulheres são treinadas desde crianças não apenas para servir aos homens, maridos e pais, mas para desejar servi-los. Aparentemente, as mulheres mais pobres do Brasil estão descobrindo que podem desejar mais do que isso.
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2012/11/o-bolsa-familia-e-revolucao-feminista-no-sertao.html

Câmara devolve mandato de deputados do Partido Comunista do Brasil cassados em 1948


Do Portal Vermelho

Os deputados do Partido Comunista do Brasil cassados em 1948 tiveram seus mandados restituídos após aprovação do projeto da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) na noite desta quarta-feira (20) na Câmara dos Deputados. O projeto de resolução, promulgado em seguida pelo 1º vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-RS), que presidia a sessão, declara nula a resolução da Câmara, adotada em 10 de janeiro de 1948, que extinguiu os mandatos dos deputados do Partido Comunista do Brasil.
Agência Câmara
PCdoB comemora devolução de mandato de deputados cassados em 48
Jandira é a autora do projeto.
Para a deputada Jandira Feghali, que não conteve as lágrimas ao final da votação, a aprovação desse projeto é um “fato histórico”. Ela agradeceu o apoio de todos os líderes partidários. “É muito gratificante ser a autora de um projeto que resgata simbolicamente os mandatos dos parlamentares do Partido Comunista do Brasil”, afirmou.

A deputada Manuela d´Ávila (RS), líder do PCdoB na Câmara, fez um discurso, dizendo que homenageava a todos esses deputados no mês em que o seu partido faz 91 anos e tem em sua história ideais e pessoas que lutam pela democracia e pelos direitos humanos.

Deputados cassados

“Eu faço uma homenagem a todos eles e à luta pelos direitos humanos, a mesma que eles fariam para que a Câmara dos Deputados continue viva, lutando pela democracia”, disse Manuela, estendendo a homenagem a Jandira, que assistia, em lágrimas, os discursos que se sucederam em comemoração ao fato.

O ato de cassação – considerado incoerente e ilegítimo perante a Constituição Federal democrática de 1946 – atingiu o mandato de 14 parlamentares eleitos em 1945, pelo Partido Comunista do Brasil, para a Assembleia Constituinte de 1946 e cumulativamente para Câmara pelos quatro anos subsequentes.

Estes parlamentares foram personalidades marcantes da história e da cultura brasileira, como o grande romancista Jorge Amado, Carlos Marighella, Maurício Grabois e João Amazonas, personagens históricos da luta pela democracia brasileira através de bravas resistências ao Estado Novo e à ditadura militar de 1964-1985.

Além destes deputados, também, foram cassados, por terem sido eleitos pelo Partido Comunista do Brasil: Francisco Gomes, Agostinho Dias de Oliveira, Alcêdo de Moraes Coutinho, Gregório Lourenço Bezerra, Abílio Fernandes, Claudino José da Silva, Henrique Cordeiro Oest, Gervásio Gomes de Azevedo, José Maria Crispim, Oswaldo Pacheco da Silva.

Decisão arbitrária

O ato de cassação, segundo conta Jandira na justificativa do seu projeto, remonta a 7 de maio de 1947, quando o Superior Tribunal Eleitoral, durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, por três votos a dois, cancelou o registro do Partido Comunista do Brasil, numa decisão arbitrária, desde sempre considerada um erro judiciário que manchou o regime democrático consagrado pela Constituição de 1946.

De imediato, o Partido Comunista do Brasil recorreu ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão. Nesse ínterim foi editada a Lei nº 211, de 7 de janeiro de 1948, que objetivou extinguir o mandato dos parlamentares vinculados a legendas partidárias que tiveram cassadas o respectivo registro.

Com base nessa lei – sancionada após a diplomação e posse dos deputados – a Mesa da Câmara declarou extintos os mandatos dos 14 deputados legitimamente eleitos e empossados no dia 10 de janeiro de 1948, em Resolução publicada no Diário do Congresso de 11 de janeiro de 1948.

Um pouco de história

“Todo esse processo configura uma nódoa na história da Câmara dos Deputados. Um estigma à espera de ser reparado”, disse ainda a deputada, lembrando que em 1985, o então presidente da República, José Sarney, recebeu, no Palácio do Planalto, o constituinte comunista de 1946, João Amazonas, acompanhado do então deputado federal pelo PMDB baiano, Haroldo Lima, e ali foi anunciada a volta da legalidade do Partido Comunista. “O Executivo se redimiu, assim, da postura antidemocrática assumida em 1948”, disse.

Em 23 de junho de 1988, o Tribunal Superior Eleitoral deferiu a concessão do registro definitivo do Partido Comunista do Brasil. O Judiciário revogou, assim, o equívoco de 1947. Mas nada ainda havia sido feito em relação aos mandatos dos parlamentares do Partido Comunista do Brasil, arbitrariamente extintos em 1948.

“Além da mácula jurídica e da inconstitucionalidade existentes na Resolução da Mesa da Câmara dos Deputados, há também uma mácula política de um ato antidemocrático de cassação de parlamentares eleitos pelo povo. Esta proposta busca reparar esse duplo erro, fazendo Justiça à história e à nação brasileira”, concluiu Jandira.

De Brasília
Márcia Xavier
http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=208916&id_secao=1



sexta-feira, 22 de março de 2013

A popularidade de Dilma e PIG


Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se você tivesse que formar sua opinião sobre o governo Dilma Rousseff através do que fica sabendo pela grande mídia, as informações que ela lhe deu sobre o Brasil ao longo dos primeiros três meses deste ano o induziriam a pensar que o país está no fundo do poço.

Afinal, só para ficarmos em 2013 podemos nos lembrar de que a dita “grande imprensa”, entre o muito de desolador que divulgou, “noticiou” que:

1 – O país estaria às portas de um racionamento de energia elétrica.

2 – Durante o governo Dilma a economia cresceu de forma medíocre, com “pibinho”.

3 – O governo não irá conseguir preparar o país para a Copa do Mundo do ano que vem.

4 – A inflação estaria fora de controle e prestes a explodir.

5 – Lula e Dilma “afundaram” a Petrobrás.

(…)

Por certo, leitor, você deve se lembrar de outras desgraças que a mídia diz que estariam prestes a se abater sobre o Brasil ou que já teriam se abatido. Vale a pena, inclusive, você dar a sua contribuição para a lista de desgraças anunciadas por essa mídia.

Diante da artilharia midiática contra os três governos petistas que o Brasil vem assistindo desde 2003, portanto, a cada pesquisa sobre a popularidade de Lula, antes, ou sobre a de Dilma, agora, causa surpresa que a popularidade deles nunca tenha caído.

Não foi diferente com a pesquisa CNI-Ibope publicada na última terça-feira; a aprovação pessoal de Dilma bateu novo recorde (79%) e a de seu governo, idem (63%).

A explicação mais óbvia é a de que os brasileiros não dão crédito ao que dizem grandes jornais, revistas, telejornais e portais de internet, sobretudo os ligados às famílias Marinho, Frias, Civita e Mesquita.

Todavia, colunistas e comentaristas desses veículos encontraram outra explicação após a divulgação da pesquisa Ibope em tela. Segundo eles, a presidente Dilma deve sua popularidade recorde à mídia que, dia após dia, trata de dizer sobre seu governo tudo o que enumerei acima.

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Quanto mais apanha, mais Dilma cresce


O colunista e blogueiro de O Globo Ricardo Noblat, por exemplo, é um desses caras-de-pau. Confira abaixo, perplexo leitor.

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E a imprensa golpista, hein?

Por Ricardo Noblat

A imprensa golpista – ou seja: aquela que critica o governo e por isso vive na mira do PT – está falhando gravemente.

Divulgada há pouco, a pesquisa Ibope informa: a população avaliou que o noticiário está mais favorável ao governo do que na pesquisa anterior.

Para 38% dos entrevistados, as notícias são mais positivas para Dilma – em dezembro, eram 24%.

Para 34%, o noticiário nem lhe é favorável nem desfavorável – praticamente o mesmo percentual do levantamento anterior, quando 35% tinham essa percepção.

A pesquisa foi feita entre os dias 8 e 11 deste mês. Foram ouvidos 2.002 eleitores, em 143 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.


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Apesar da artilharia incessante, dos insultos – um colunista da Veja chama Dilma de “neurônio solitário” – e das mistificações e invenções como a do “racionamento” iminente, o colunista de O Globo se vale de uma percepção popular que a pesquisa expressou para negar o que ele mesmo publica “de baciada” diariamente.

O fato, porém, é que a maioria não consegue avaliar o viés do noticiário simplesmente porque não lhe dá bola – não lê, não assiste e, quando lê ou assiste, não acredita.

Noblat só tem razão em um ponto: “A imprensa golpista está falhando gravemente” em sua cruzada interminável para convencer os brasileiros de que o país é mal governado.

Esse, aliás, é o diagnóstico de outro colunista do Partido da Imprensa Golpista (PIG), agora da Folha de São Paulo.

Fernando Rodrigues, em coluna publicada ontem na Folha, atribui à oposição a artilharia anti governista, como se o seu jornal e seus congêneres antipetistas não endossassem os ataques oposicionistas em colunas, editoriais, “reportagens” etc.

Abaixo, o diagnóstico mais comedido, porém igualmente cara-de-pau, do colunista da Folha.

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Oposição descalibrada

Fernando Rodrigues

BRASÍLIA – No terceiro dia de Itália, Dilma Rousseff finalmente conseguiu 24 segundos cumprimentando o papa Francisco. Garantiu presença nos telejornais. Hoje, terá uma reunião mais longa com o pontífice. E tome mídia espontânea a favor.

Enquanto isso, no Brasil, saiu uma pesquisa Ibope sobre a popularidade da administração da presidente.

Em dezembro, 62% achavam o governo da petista “bom” ou “ótimo”. Agora, a taxa é de 63%. No Nordeste, a avaliação deu um salto expressivo, acima da margem de erro: de 80% para 85% de aprovação.

Múltiplos fatores sustentam a alta popularidade de Dilma. Embora óbvio, não custa repetir um dos principais: o nível de desemprego continua em patamar histórico muito baixo.

Mas a pesquisa Ibope revela algumas curiosidades menos evidentes. Por exemplo, 20% dos brasileiros acham o governo Dilma melhor do que o de Lula.

Esse percentual nunca foi tão alto e, pela primeira vez, é superior aos 18% que acham a administração Dilma inferior à de Lula. É a criatura aos poucos superando o criador.

Outro dado chama a atenção: a percepção das pessoas sobre o noticiário a respeito do governo Dilma. Pela primeira vez desde o início do mandato da petista, há mais brasileiros achando que a abordagem é mais positiva (38%) do que neutra (34%) ou negativa (11%).

A oposição dirá que os entrevistados são influenciados pela recente avalanche de propaganda do governo. Brasil sem Miséria e remédios de graça são duas campanhas que martelam a cabeça dos brasileiros na TV no momento.

Pode ser. Mas os três pré-candidatos a presidente de oposição -Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede)- têm recebido espaço farto para atacar a gestão Dilma na mídia. Em vão. O discurso não sensibilizou os eleitores. A estratégia anti-Dilma parece ainda bem descalibrada.


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Que a estratégia da oposição está “descalibrada”, não é novidade e não é de hoje. Está assim há dez anos – desde 1º de janeiro de 2003. Até por isso é que essa oposição perdeu as três últimas eleições presidenciais e vem se desidratando no Congresso.

Todavia, seria pedir demais que esses colunistas caras-de-pau reconhecessem que, por mais que seus patrões tentassem e tentem, não conseguiram e não conseguem desmoralizar nem Lula, nem Dilma? Um pouco de honestidade os ajudaria a não se desmoralizarem tanto.

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/03/a-popularidade-de-dilma-e-pig.html#more

Quanto mais apanha, mais Dilma cresce


Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A presidente Dilma Rousseff é um fenômeno de popularidade: quanto mais apanha da mídia e da oposição, mais ela cresce nas pesquisas.

Esta é uma velha tese do caro leitor Everaldo Alencar, um dos mais assíduos e bem humorados comentaristas aqui do Balaio. Faz tempo que ele vem dizendo isso, e pedindo para baterem mais.

Mesmo com a inflação em alta e o crescimento em ponto morto, na nova pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira, Dilma e seu governo bateram novos recordes. A aprovação do seu governo bateu em 63% de ótimo ou bom, enquanto a popularidade da presidente chegava a 79%, um índice que nem Lula nem FHC alcançaram no primeiro mandato.

Mais do que isso: os maiores índices foram registrados no Nordeste, exatamente o reduto do governador pernambucano Eduardo Campos, o novo queridinho da mídia grande em busca de um candidato para chamar de seu e bancar em 2014. Lá, o índice de ótimo e bom do governo Dilma passou de 68% para 72%.

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Todos os números desta pesquisa são altamente favoráveis a Dilma, no momento em que a imprensa mais bate nela, dia sim noutro também, o que apenas serve para provar que a opinião pública pouco tem a ver com a opinião publicada dos seus blogueiros e colunistas.

Entre as notícias mais citadas pelos eleitores pesquisados, estão duas positivas (redução das tarifas de luz e do preço da cesta básica), enquanto o aumento da gasolina, notícia negativa para o governo, foi lembrada por apenas 3%.

Aos números:

* A confiança na presidente Dilma subiu de 73% para 75%.

* Os brasileiros otimistas em relação ao futuro do governo passaram de 62% para 65% (apenas 8%, os de sempre, estão pessimistas).

* As áreas mais positivas do governo foram combate à fome e à pobreza (64%) e meio ambiente e combate ao desemprego (57%).

* Na outra ponta, a área mais negativa do governo (para 67% dos entrevistados) continua sendo a saúde, mas caiu o número de insatisfeitos (na pesquisa anterior, eram 74%).

* Para 38% dos entrevistados, o noticiário está mais positivo para o governo do que na pesquisa anterior (24%) e outros 27% consideraram o noticiário predominantemente negativo.

A pesquisa CNI/Ibope foi a campo entre os dias 8 e 11 deste mês e ouviu 2002 eleitores em 143 municípios.

Se agradou ao Palácio do Planalto, esta pesquisa certamente deve estar preocupando os estrategistas dos partidos de oposição. Já ficou provado que só bater no governo não funciona.


http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/03/quanto-mais-apanha-mais-dilma-cresce.html

“Insustentável”. Feliciano vai cair?




Por Altamiro Borges

A situação do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), famoso por suas posições homofóbicas e racistas, tornou-se “insustentável”. Quem fez esta afirmação hoje foi o presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Em entrevista, ele cobrou uma rápida solução para a grave crise que paralisa a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) e que desgasta ainda mais a imagem do parlamento brasileiro. Nesta quarta-feira, novamente os trabalhos da comissão foram interrompidos por protestos.



“A Comissão de Direitos Humanos, até pela sua importância, não pode ficar nesse impasse... Essa casa tem que primar pelo equilíbrio, serenidade, objetividade e pelo trabalho parlamentar. E do jeito que está ficou insustentável a situação, que eu acredito que será resolvida até terça-feira da semana que vem. Agora passou a ser também responsabilidade do presidente da Câmara”, afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves. A entrevista sinaliza que o rancoroso deputado-pastor pode ser defenestrado nos próximos dias.
Marco Feliciano ainda tentar aparentar valentia. Em entrevista à rádio Estadão, ele jurou que não renunciará “de maneira alguma” à presidência da CDHM da Câmara Federal. Ele se disse vítima de perseguição, esquecendo-se que as críticas a sua postura partem dos setores da sociedade que são demonizados por suas pregações preconceituosas e de estímulo ao ódio. Sua insistência, porém, só tem gerado maiores constrangimentos. No próprio Partido Social Cristão, muitos já defendem a sua renúncia.

Numa reunião da bancada do PSC, segundo relato do jornal O Globo, o deputado Hugo Leal (RJ) teria dito que Marco Feliciano detona a sigla com a sua teimosia. “Você é cantor, vende CDs, faz palestras. O problema não é você defender o que pensa, mas a forma como está fazendo. Só você ganha com isso. Dessa forma, está sendo ruim para o partido e para a Câmara”. No meio deste tiroteio, novas e velhas denúncias surgem contra o parlamentar. Segundo o noticiário, ele agora terá de responder a uma ação por estelionato no STF.

Para complicar ainda mais a “insustentável” situação, um vídeo que circulou na internet nesta semana mostra o deputado atacando os que criticam a sua eleição para a presidência da CDHM. Ele chama de “rituais macabros” os atos contra a sua indicação. Pelo andar da carruagem, o deputado - que já se comparou à dissidente cubana Yoani Sánchez – está com os seus dias contados. Um pouco mais de pressão e ele cai – o que seria uma vitória pontual para os que defendem os direitos humanos e uma derrota sentida para os setores conservadores e preconceituosos da sociedade.

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/03/insustentavel-feliciano-vai-cair.html

Aécio Neves vai para a UTI?


Do Blog do Miro
Por Altamiro Borges

A cambaleante candidatura de Aécio Neves corre o risco de morrer na praia – do Rio de Janeiro, já que não há praia em Minas Gerais. A sua situação se complica a cada dia que passa. José Serra ressurgiu da tumba e decidiu peitá-lo de frente. Rejeita que ele seja indicado presidente do PSDB e questiona sua própria postulação, dada como “natural” pelo “guru” FHC. O governador paulista Geraldo Alckmin também acionou uma blitz contra o senador mineiro. Duas notinhas de Mônica Bergamo, na Folha de ontem, confirmam os percalços:


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FAMÍLIA
José Serra afasta qualquer possibilidade de se reconciliar pessoalmente com Aécio Neves, embora militem no PSDB. O ex-governador de São Paulo acha que o mineiro está por trás do livro "A Privataria Tucana", de 2011, em que negócios de sua filha, Veronica, foram esquadrinhados. Não perdoa.

FAMÍLIA 2
O autor, Amaury Ribeiro Jr., diz em um dos capítulos do livro que foi escalado por um jornal de Minas, ligado a Aécio, para levantar informações sobre arapongas que Serra teria supostamente colocado no encalço do mineiro. A partir daí, começou a pesquisar os negócios da família do paulista. Diz, no entanto, que fez isso por conta própria, “usando da liberdade conferida aos repórteres especiais” da publicação em que trabalhava.

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As bicadas no ninho tucano são antigas, mas elas ficaram mais sangrentas nos últimos dias. Aécio Neves nunca confiou em José Serra e não se empenhou na campanha presidencial do desafeto em 2010. Na época, ele reivindicou a realização de prévias no PSDB, mas foi tratorado pelo paulista. Agora, a vingança é maligna. É José Serra quem exige as prévias internas para definir o candidato da fraturada sigla. De quebra, os seus apaniguados ainda espalham boatos de que o paulista poderá abandonar o ninho tucano.

Hoje, na mesma Folha serrista, a jornalista Eliane Cantanhêde publicou mais uma notinha devastadora. “José Serra e Eduardo Campos se encontraram sigilosamente em São Paulo. E não foi para falar de flores. Já tem gente até sonhando com uma chapa geográfica e sinuosa: Campos e Serra. Em política, nada é impossível”. A “colunista” se mostra assustada com o aumento da popularidade de Dilma e aposta na fragmentação como única forma de garantir o segundo turno. Nesta conta, Aécio Neves não surge como principal aposta!

A mesma conta deve tumultuar os cálculos de Geraldo Alckmin. Ele parece mais preocupado com sua delicada situação em São Paulo. Várias pesquisas apontam a queda da sua popularidade e uma “fadiga de material” que pode encerrar a prolongada hegemonia tucana no governo estadual. Diante deste cenário, o seu maior esforço é para manter o tucanato paulista unido – o que significa consolidar a trégua com os serristas e ampliar o seu leque de alianças. Não é para menos que ele abriu mais espaço para o PSB no seu governo.

Geraldo Alckmin já manteve dois encontros reservados com Eduardo Campos e indicou como seu “conselheiro” o presidente estadual do PSB, Márcio França. O pragmático deputado participa das reuniões privadas semanais com o tucano e não esconde sua alegria. “Há muita gente no PSDB que é simpático à candidatura do Eduardo Campos. Portanto, a aproximação com o governador Alckmin é boa para os dois lados”, festeja Márcio França. Ela só não é boa para Aécio Neves, que deve estar curtindo uma baita ressaca e poderá ter a sua candidatura levada em breve para a UTI.


http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/03/aecio-neves-vai-para-uti.html

quinta-feira, 21 de março de 2013

PCdoB faz campanha de rádio e TV com temas do Programa Socialista


Do Portal Vermelho


A partir desta quinta-feira (14) e nos dias 16, 28 e 30 de março, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) fará uma campanha de rádio e TV por meio de cinco diferentes mensagens de 30 segundos cada. 


No mês de aniversário de 91 anos do Partido, que são comemorados em 25 de março, o PCdoB terá cinco minutos diários onde, resumidamente, contará sua história de luta e de conquistas em mais de 90 anos. No dia 28, será transmitido em cadeia nacional de rádio e TV o programa de 10 minutos.

As mensagens em vídeo terão a participação do presidente nacional do partido, Renato Rabelo, do ministro do Esporte Aldo Rebelo, do presidente da Embratur, Flávio Dino, do senador cearense Inácio Arruda e da deputada federal gaúcha, Manuela D’Àvila.

As mensagens abordam aspectos do programa partidário como a luta pela democracia plena, a soberania nacional, o desenvolvimento, o progresso social e a integração latino-americana. A luta pelas reformas democráticas, contra as desigualdades e pelo fortalecimento das lutas sociais também são abordados nos quadros. Em sua fala, o presidente do PCdoB ainda aborda as conquistas que o povo brasileiro já obteve nestes últimos dez anos, com governos progressistas.


Leia também:

Diógenes Arruda:Quanto mais acesa é a luta, tanto mais inescrupulosos são os métodos da reação contra nosso Partido


Com o slogan “É isso que o PCdoB defende nestes mais de 90 anos. Uma mesma cara, uma mesma história, um mesmo partido”, o PCdoB tenta mostrar ao grande público que este é um partido que trilha o caminho da justiça social, da democracia e do desenvolvimento, um partido comunista que objetiva o socialismo com a cara do Brasil.

Veja todas as inserções em sequência:



Confira cada uma das inserções separadamente:
Aldo Rebelo - Inserção PCdoB em 13/03/2013
Flávio Dino - Inserção PCdoB em 13/03/2013
Inácio Arruda - Inserção PCdoB em 13/03/2013
Manuela D’Àvila - Inserção PCdoB em 13/03/2013
Renato Rabelo - Inserção PCdoB em 13/03/2013
Da redação, Eliz Brandão e Carla Santos

Mais Vídeos Nossos aqui.


Genocidas da ditadura homenageiam o novo Papa Francisco




Acusados de crimes severos na ditadura argentina homenageiam novo papa Francisco em julgamento. Grupo de militares julgados por atrocidades na prisão clandestina de La Perla trajavam lacinhos com cores do Vaticano

Um grupo militares acusados de crimes contra a humanidade durante a ditadura argentina (1976-1983) apareceu nesta quinta-feira (14/03) em audiência realizada em um tribunal na cidade de Córdoba, trajando broches do Vaticano no lado esquerdo do terno, em alusão à eleição ocorrida um dia antes do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio para o novo papa da Igreja Católica.
papa francisco ditadura militar
Acusados de crimes na ditadura  homenageiam novo papa em julgamento. (Reprodução: Conurbano Online)
A rede de televisão C5N e o jornal La Mañana, de Córdoba (noroeste da Argentina), mostraram as imagens dos acusados com os broches, em forma de pequenos laços, nas cores amarelo e branca – as mesmas do Vaticano. O gesto gerou protestos entre os presentes na sala.
Bergoglio, agora rebatizado de Francisco, é apontado por investigadores da ditadura como colaboracionista e de manter laços com os órgãos repressores durante o regime militar – sua escolha foi criticada por ativistas de direitos humanos. A eleição de Bergoglio para comandar a Igreja Católica reabriu o debate do papel da instituição na Argentina durante os anos de chumbo, muitas vezes classificado de complacente e até mesmo cúmplice.
O julgamento, iniciado em dezembro de 2012, determinará as responsabilidades de um grupo de mais de 40 militares por crimes cometidos no centro clandestino de detenção de La Perla, em Córdoba – o segundo maior do país na época. Entre os principais acusados está o ex-general Luciano Menéndez (também conhecido como “A Hiena de La Perla”), que já foi condenado à prisão perpétua em outras sete ocasiões.
leia também:

O ataque à “esquerda anticlerical” e os silêncios do Vaticano


O processo está a cargo do Tribunal Oral Federal 1, integrado pelos juízes Jaime Díaz Gavier, Julián Falcucci e José Quiroga Uriburu.
Para esses processos são esperados cerca de 700 testemunhas e, segundo estimativas do tribunal, o caso deve se estender até o fim de 2013.

Jornal Nacional esquece jornalismo e se ajoelha para o novo Papa




Do Blog Pragmatismo Político

Jornal Nacional esquece do jornalismo, se ajoelha para o novo papa e presta enorme serviço à igreja católica. Edição do telejornal deu uma aula de como não praticar jornalismo

Por Lino Bocchini, em Desculpe a Nossa Falha
A exemplo de quarta-feira, quando foi eleito o novo papa, o Jornal Nacional de ontem também foi quase todo dedicado ao assunto. Com a íntegra em mãos, planejava contar quantas vezes, em 33 minutos de noticiário, determinadas palavras apareceriam. Desisti após o primeiro bloco, quando já se somavam 23 “papas”, sete “Jesus Cristo”, seis “missa” e uma pilha de “cardeais”, “igreja”, “basílica”, “deus”, “cúria”, “senhor” etc.
jornal nacionao patrícia poeta papa
Dom Odilo Scherer e Patrícia Poeta durante cobertura do Jornal Nacional que tratou da escolha do novo papa (Foto: Reprodução)
Montei então o roteiro de frases abaixo, todas ditas pelos apresentadores William Bonner (nos estúdios da Globo no Rio) e Patrícia Poeta (no Vaticano) e pelos repórteres da Globo que fizeram a cobertura por lá, na Argentina e em Jerusalém. Lembro que todo material abaixo vinha acompanhado da entonação certa, trilha “emocionante”, edição cuidadosa, sorrisos etc. As frases estão colocadas em ordem de aparição:
“O primeiro dia do novo papa, a primeira missa”
“Como o papa se tornou conhecido pela simplicidade”
“Um papa matutino”
“Começou impondo um estilo novo ao papado e recusou o carro oficial”
“´Também sou um peregrino´, disse”
“Comportou-se como um padre, quase um pai de família. Nem usou o trono para a homília”
“Tem a simplicidade evangélica de João 23 e o sorriso paterno de João Paulo I”
“O papa Francisco começa a conquistar um certo fascínio que já existia entre os cardeais”
“O colégio, num grande e inteligente gesto, em poucas horas mudou o rosto da igreja”


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Aí entra ao vivo Don Odilo Scherer, que respondeu a 4 perguntas rápidas. Terminou a última, sobre a “torcida brasileira” a seu favor, dizendo que “os cardeais deveriam escolher aquele que deus indicasse”. Ao que Patrícia Poeta emenda, emocionada: “Que assim seja”.
Vem então uma reportagem sobre beatificação de João Paulo 2:
“O papa peregrino, João Paulo 2º, pregou com gestos a humildade … tinha sorriso sereno e cativante … enorme carisma de se comunciar com as multidões… apenas 6 anos depois de sua morte, a igreja concluiu a beatificação, último passo, antes de torná-lo santo … O clamor começou logo após sua morte, em abril de 2005. Depois, veio a descoberta do primeiro milagre. A cura de uma freira francesa, que sofria de mal de parkinson”.
[O milagre entrou dessa forma, como uma notícia banal, sem a palavra “suposto” ou “segundo a igreja”]. E termina assim a matéria de João Paulo 2º:
“A imagem de um dos papas mais adorados da história recente é o reflexo também do que a igreja busca com a escolha de agora: a força de um líder carismático e amado”.
jornal nacional novo papa francisco
Uchôa se questiona: “De onde vem essa inspiração, esse sentimento de humildade?”
Continuam as frases do JN:
“O moderado e humilde Jorge Bergoglio”
“Antes mesmo de se tornar papa, Jorge Bergoglio já era conhecido por cultuvar hábitos simples”
“Nos primeiros gestos, nas primeiras palavras, já um jeito próximo, natural. ´Irmãos, irmãs, boa noite’. Ali estava não mais o Jorge, mas o Francisco”
“O nome já era um recado, mas era necessário mais. E para esse papa, o mais era o menos. Despojado, sem joias, apenas a batina branca”
“Repare no crucifixo, é de aço, nem mesmo é de prata”
“[Deixou que] vários cardeais se apertassem no elevador com ele”
“O papa preferiu ir de ônibus com os cardeais, deixando o carro especial do pontífice seguir vazio”
“De onde vem essa inspiração, esse sentimento de humildade? Até agora, o próprio papa não falou nada sobre isso”
“Francisco parece já ter definido como prioridade do seu papado a solidariedade para os que mais precisam”
“Ontem ao se despedir do publico, dizendo ´boa noite, bom repouso´, parecia um pai que vela pelos filhos. Sua santidade. Santa simplicidade”
Começa um bloco sobre a vida de Jorge Bergoglio na Argentina. O JN lembrou rapidamente das críticas mais fortes que pesam sobre o novo papa, seu suposto apoio à ditadura no país vizinho:
“Durante a década de 1970, na ditadura argentina, Bergoglio era a principal autoridade eclesiástica do país. Um jornalista o acusou num livro de ter dado informações que levaram à prisão de 2 padres jesuítas, que supostamente teriam ligações com grupos de esquerda. Em sua defesa, Bergoglio disse que há um documento que prova o contrário, ele pediu a renovação dos vistos de permanência no país de um deles. Já um biógrafio do papa diz que ele agiu secretamente para ajudar a retirar perseguidos politicos da Argentina”.
Esse pedaço “crítico” do noticiário, que durou pouco mais de um minuto, termina assim:
“Papa Francisco tem posição semelhante a de Bento XVI: é contra o uso de preservativos”.
Voltam as frases:
“Na terra santa, as pessoas rezaram e se disseram contentes com a escolha de um papa humilde, de nome Francisco”
“Por todo oriente médio foi assim: atenções voltadas para o homem de fala suave e olhar sereno”
“Já que estamos falando de carisma, o que chamou a atenção hoje aqui nas ruas do Vaticano foi o número de fieis tirando fotos, entrando nas lojas e perguntando se tinha um santinho, um terço, uma lambrança do novo papa. Isso horas depois dele ter sido eleito. E quem procurou muito, acabou encontrando. Eu achei, nós procuramos bastante e achamos, tá aqui: “Habemus Papam Franciscum [e mostra um santinho com a cara do argentino]. Tá aqui Bonner, tô mostrando pra vocês”
No bloco final, a ameaça de um pouco de jornalismo:
“Apesar de tanto segredo, a imprensa daqui começa a publicar alguns detalhes do conclave que elegeu o novo papa. De acordo com o que um respeitado vaticanista declarou a um jornal italiano, a primeira votação apresentou o italiano Ângelo Scola, o canadense Mark Ouellet e Jorge Bergoglio com mais votos”.
Patrícia Poeta, contudo, desconversa: “Mas isso não importa mais”.
jornal nacional papa francisco bonner
“Missão cumprida, Patrícia. Parabéns”
E volta ao normal:
“Em mais uma demonstração do bom humor que estamos começando a conhecer, o papa brindou com os cadeais que o escolheram”
Por fim, recebe os cumprimentos do parceiro de mesa e editor do JN, William Bonner, que encerra assim o jornal:
“Missão cumprida, Patrícia. Para você e para toda nossa equipe que fizeram esse trabalho belíssimo aí no Vaticano, parabéns”.

A popularidade de Dilma e o desespero da direita


Renato Rabelo: A popularidade de Dilma e o desespero da direita 


“Significado simbólico e que desagrada a oposição”. Foi como resumiu Renato Rabelo, durante reflexão no programa Palavra do Presidente, ao falar sobre a contínua aprovação do governo da presidenta Dilma Rousseff, publicada nesta terça-feira (19), pela Confederação Nacional da Indústria.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo 


Ele comemorou os resultados e destacou que essa pesquisa só demonstra o que pensa a população em relação ao modo de governar deste grupo, que iniciou uma nova forma de governar em 2003, quando elegemos, pela primeira vez na história, um metalúrgico, um representante dos trabalhadores.

“Dilma estava neste grupo e começou seu trabalho, pelo Brasil, já no governo Lula e com sua vitória, em 2010, deu não só continuidade como aprofundou muitas questões”, defendeu.

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Além disso, a correlação de força, que está na base desse governo, e a popularidade da presidenta tem desagradado, em muito, o bloco de oposição que se une em uma ampla campanha contra as medidas do governo e se arvora com um único objetivo: desgastar a imagem de Dilma, frear as mudanças conquistadas pelos setores progressistas, enfraquecer o base do governo e assim atingir a governabilidade.


O presidente do PCdoB esclareceu que esse grupo que está aí, e que há 10 anos reformulam o modo de governar, não herdaram nada. Pelo contrário buscaram ouvir a população e contruir o melhor caminho para um novo Brasil.

“O resultado positivo, é fruto de uma política que, no nosso entendimento, age de maneira progressiva ao atender as reivindicações nacionais e do povo. A contínua aprovação da presidenta não é fruto do acaso, é resultado de um trabalho comprometido, que sempre pensou a partir das necessidades o povo, da nação. Observe os resultados da pesquisa, por exemplo, no Nordeste, povo que, historicamente, foi deixado de lado, que sofreu com formas de governos arcaicas”, explicou.

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Renato cita, como exemplo, duas questões que atingem o povo de maneira geral e refletem na avaliação da presidente: a valorização do salário mínimo, instituída ainda no governo Lula; e o cenário próximo do pleno emprego. “Somente esses dois pontos são suficientes para explicar a aprovação da presidenta, porque, historicamente, nunca se chegou a estes patamares. E se você garante o emprego e sua valorização, você garante consumo, que garante economia aquecida e crescimento do mercado interno. Mesmo lembrando que o crescimento e as taxas de investimento ainda não estejam em patamares satisfatórios”, equacionou Renato.

Tripé nocivo

Sobre a discussão em relação à política macroeconômica, o dirigente comunista salientou que esse ainda é o nosso maior desafio. Segundo ele, a presidenta tem adotado medidas que redirecionam esse cenário. 

“Dilma rompe a ortodoxia das gestões anteriores, que se baseava nos juros altos – cenário que estimula a especulação e drena os recursos que poderiam ir para a produção -, câmbio sobrevalorizado – real mais caro que o dólar, o que inviabiliza nossas exportações -, e a questão da austeridade fiscal - ou seja, superávit primário muito elevado para garantir o pagamento dos juros”, rememora Renato.

Sem investimento não haverá desenvolvimento

Renato Rabelo também falou da luta travada pelo PCdoB e reafirmou: “não haverá desenvolvimento sem investimento. E para que haja investimento, é preciso que tenhamos juros baixos e um câmbio favorável. Esse raciocínio é fundamental para que para incentivar o investimento e colocar o país em um novo patamar”.

Para o dirigente comunista, o câmbio é um ponto chave para avançar no desenvolvimento, reconhecemos os esforços, mas preciso ir mais além. "De faro falamos de um governo que tem enfrentado a crise financeira, fabricada pelo imperialismo, com prudência e sem perder de vista o avanço do país. Porém, os setores organizados estão atentos e prontos para ajudar a presidenta a construir um cenário para uma nova arrancada”.

Ouça o programa Palavra do Presidente na íntegra: 


http://www.vermelho.org.br/radio/noticia.php?id_noticia=208867&id_secao=326