quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Forças Armada venezuelanas defenderão a pátria diante dos EUA


O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, afirmou nesta terça-feira (19) que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) está disposta a defender a dignidade nacional e jamais aceitará ordens de potências estrangeiras. 

DO PORTAL VERMELHO

  
 Da sede do Ministério da Defesa, Padrino fez a leitura de um comunicado onde ratifica a rejeição da FANB à tentativa de Golpe de Estado contra o presidente constitucional, Nicolás Maduro.

Assim mesmo, denunciou como a Casa Branca e a oposição põem os efetivos militares venezuelanos no centro do debate.

“Sobre todas as luzes não é conveniente, toda vez que as diferenças políticas internas da Venezuela devem ser resolvidas mediante os mecanismos estabelecidos na Constituição, e em nenhum caso pela via da força”, resenha o texto.

Diante das novas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o titular das forças miliares recusou como Washington pretende ver o projeto socialista como inimigo, e obriga o mundo a pensar como eles.

Padrino qualificou as palavras de Trump como um ato de extrema soberba e terrível insensatez, ao evidenciar um desmedido afã de intervir militarmente na nação sul americana.

“Neste sentido é imperativo reiterar diante do mundo, que estamos na presença de uma escalada com o método da guerra híbrida, para asfixiar a economia ao impor um bloqueio econômico e financeiro, com o qual se persegue gerar ingobernabilidade, caos e anarquia”, sentenciou o ministro.

Igualmente, Padrino manifestou que resulta insólita como as autoridades norte-americanas violam as normas elementares do direito internacional, e com isso aspiram dar ordens aos militares venezuelanos, ao promover um confronto interno e o desconhecimento da Constituição.

A respeito, o militar assegurou que o chefe da Casa Branca ignora o caráter eminentemente bolivariano, antiimperialista e profissional da FANB, e destacou como há várias décadas o componente armado é garantia da democracia, estritamente apegada à carta magna e as leis da República.

“A FANB jamais aceitará ordens de nenhum governo ou potência estrangeira, nem de autoridade alguma que não provenha da decisão soberana do povo, e permanecerá alerta ao longo das fronteiras, como ordenou nosso comandante em chefe, para evitar qualquer violação da integridade nacional”, destaca o documento.

Padrino argumentou que “as ameaças, a chantagem e a coerção, não fragmentaram nossa unidade e fortaleza moral, pois não somos mercenários que se vendem ao melhor posto; somos os dignos herdeiros de Simón Bolívar, Ezequiel Zamora e Hugo Chávez”. 

 Fonre: Prensa Latina, via i21

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Proposta de reforma prevê pagamento de R$ 400 a idosos 'miseráveis' aos 60 anos



Do Jornal Estadão:Caso a pessoa consiga se aposentar aos 65 anos, 

deixa de receber o benefício; para pessoas com deficiência, valor 

ainda é de um salário mínimo






Idiana Tomazelli, Adriana Fernandes e Eduardo Rodrigues, O Estado de S.Paulo
20 Fevereiro 2019 | 13h31
BRASÍLIA - A proposta de reforma da Previdência apresentada nesta
quarta-feira, 20, ao Congresso prevê o pagamento de um benefício de
R$ 400 a partir dos 60 anos para idosos que comprovarem situação
de “miserabilidade”. Caso a pessoa consiga se aposentar aos 65 anos,
ela deixa de receber o benefício. Mas se continuar dependente dessa
assistência, o valor será elevado a um salário mínimo aos 70 anos.
 Para pessoas com deficiência, o valor ainda é de um salário mínimo.
O secretário de Previdência, Leonardo Rolim, afirmou que haverá exigências adicionais para comprovar a condição de “miserabilidade” que dará o direito de receber o benefício assistencial. Hoje ele é pago a idosos e pessoas com deficiência que tenham renda familiar per capita de um quarto do salário mínimo. Agora, será exigida uma condição adicional: não ter patrimônio superior a R$ 98 mil (equivalente ao valor da faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida). 

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro chega ao Congresso para entregar proposta da reforma da Previdência.  Foto: Dida Sampaio/Estadão
Atualmente, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) não é menor que um salário mínimo (atualmente, R$ 998). Rolim ressaltou que não há desvinculação do salário mínimo e que há antecipação do início do recebimento do benefício para 60 anos. “Isso dá uma proteção maior, mas diferencia benefício contributivo do não contributivo”, afirmou.
Os valores definidos no texto entregue ao Congresso são diferentes dos propostos pela equipe econômica, na minuta da reforma antecipada pelo Estadão/Broadcast. O valor era de R$ 500 aos 55 anos e aumentaria para R$ 750 aos 65 anos. Haveria ainda um benefício extra para pessoas acima de 70 anos e que tenham contribuído por ao menos dez anos ao INSS. Esse período é insuficiente para pedir aposentadoria, mas vai garantir um adicional de R$ 150.
Segundo o secretário, o valor fixo abaixo do salário mínimo está ligado à lógica de praticamente todos os benefícios de assistência. O Bolsa Família, por exemplo, paga até R$ 372. “Apenas o piso do benefício previdenciário é que é indexado ao salário mínimo. Nenhum outro é indexado”, afirmou.
Rolim também explicou que o abono salarial passará a ser pago apenas a quem recebe um salário mínimo. “O trabalhador de mais baixa renda que depende de força física tem dificuldades, ele não consegue se aposentar, nem receber o benefício mínimo. A ideia é criar progressividade.”

Reforma da Previdência 2019 AO VIVO​

​Acompanhe aqui outras informações sobre a entrega da proposta no Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro.

Novo áudio mostra Bolsonaro tentando negociação com Bebianno




O jornal O Globo divulgou uma conversa na qual Bolsonaro escala o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzonni, para negociar com o ex-ministro Gustavo Bebianno, demitido pelo presidente após desentendimento com o vereador carioca Carlos Bolsonaro. O presidente demonstra preocupação com a possibilidade de ser processado pelo ex-secretário-geral da Presidência  Dia: 20/02/2019 às 20:26:36

Do Portal Vermelho
  
Segundo o jornal, a conversa aconteceu nesta quarta (por volta das 16h50) e “foi ouvida a partir de um telefonema aparentemente acidental do ministro da Casa Civil para um jornalista do GLOBO, enquanto estava reunido com o presidente”.

Leia a conversa entre Bolsonaro e Onyx 
Onyx : A Folha deu uma nota e o Antagonista acabou de reproduzir e ele (Bebianno) acabou de ligar e pediu para tirar. Que é o seguinte… Que ele estava preparando documentos e não sei o quê para atacar. Ele disse ao Jorge (possivelmente Jorge Oliveira, subchefe de Assuntos Jurídicos do Planalto): “o que eu tinha para fazer, eu fiz ontem. Eu não dou mais nenhuma palavra, acabou tudo ontem. Eu to te dando a minha palavra. Ok?” Então, agora, no fim da tarde, para tu saber, eu vou lá dar uma conversada com ele.



Bolsonaro : Você vai conversar com ele sobre as ações?

Onyx : Vou conversar com ele sobre as ações.

Bolsonaro : Se ele me cobrar individualmente o mínimo, eu to f... Tem que vender uma casa minha para poder pagar.


Da redação em Brasília com informações de O Globo

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Família Bolsonaro quer ressuscitar a golpista UDN


Depois de turbinar o PSL com muitos votos e uma série de escândalos, o clã Bolsonaro já planeja deixar a legenda. Conforme reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, publicada neste domingo (17), os filhos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) negociam migrar para a UDN (União Democrática Nacional). O novo partido, em fase final de criação, é a reedição da antiga e golpista UDN (União Democrática Nacional), que conspirou contra os presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart.


Do Portal Vermelho
Montagem: Mauricio Ricardo
A família Bolsonaro: projeto político de aglutinar lideranças da direita nacionalA família Bolsonaro: projeto político de aglutinar lideranças da direita nacional
Um dos estopins da articulação é o agravamento da crise do PSL, que está sob suspeita de desviar verba pública por meio de candidaturas “laranjas” nas eleições 2018. Conforme três fontes ouvidas pelo Estadão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se reuniu na semana passada em Brasília com dirigentes da nova sigla para tratar do assunto. Ninguém mais do que ele tem urgência em levar adiante o projeto. 

Eleito com 1,8 milhão de votos, Eduardo teria o apoio de seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). Com esse movimento, a família buscaria preservar seu capital eleitoral diante do desgaste do partido. As suspeitas atingiram o presidente da legenda, deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE). 

O caso também foi pano de fundo da crise envolvendo o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, que foi chamado de mentiroso por Carlos Bolsonaro depois de afirmar que tratara com o pai sobre o tema. Após cinco dias de crise, Bebianno deve ser exonerado do cargo nesta segunda-feira, 18, por Bolsonaro.

Mas o que a família quer não é apenas se afastar dos problemas do PSL – até porque muitos desses problemas foram causados pelos próprios Bolsonaros, pai e filhos. De modo complementar, a nova sigla realizaria o projeto político de aglutinar lideranças da direita nacional identificadas com a plataforma do clã Bolsonaro, sobretudo o liberalismo econômico e a pauta nacionalista e conservadora.

No começo do mês, Eduardo foi ungido por Steve Bannon, ex-assessor do presidente americano Donald Trump, a representante na América do Sul do The Movement, grupo que reúne lideranças nacionalistas antiglobalização. O deputado deu grande publicidade ao anúncio.

Mas o projeto do novo partido é tratado com discrição no entorno do presidente. A UDN, embora ainda em formação e sem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi um dos partidos sondados em 2018 por interlocutores de Jair Bolsonaro para que ele disputasse a eleição. A articulação não avançou. Depois de anunciar a adesão ao Patriota, Bolsonaro acabou escolhendo o PSL.

A nova UDN é um dos 75 partidos em fase de criação, conforme o TSE. Segundo seu dirigente, o capixaba Marcus Alves de Souza, apoiadores já reuniram 380 mil assinaturas – são necessárias 497 mil para a homologação da legenda. O partido já tem CNPJ e diretórios em nove estados, como exige a legislação eleitoral para a homologação. 

A legenda tem em Brasília um de seus principais articuladores, o advogado Marco Vicenzo, que lidera o Movimento Direita Unida e coordena contatos com parlamentares interessados em aderir ao novo partido. A articulação envolveria ainda o senador Major Olímpio (PSL-SP), que nega.

Souza não comenta as tratativas do partido que estão em curso, mas admite que a intenção é criar o maior partido de direita do País. Como se trata de uma sigla nova, a legislação permite a migração de políticos sem que eles corram o risco de perder seus mandatos. “O único partido que tem o DNA da direita é a UDN. A gente não pode ter medo de crescer, mas com responsabilidade”, afirmou, desqualificando, de uma tacada só, siglas como o DEM e o Novo.

Souza deixou o Espírito Santo, onde atuou na Secretaria da Casa Civil do ex-governador Paulo Hartung, e mudou-se para São Paulo para concluir a criação da nova UDN, que adotou o mesmo mote de sua versão antiga: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. As aspirações são imensas. “Nosso sonho é que a UDN renasça grande e se torne o maior partido do Congresso”, afirmou seu presidente. Segundo ele, a legenda pretende apoiar o governo Bolsonaro e está aberta “para receber pessoas sérias do PSL e de qualquer partido”.

“Apelo popular”

Em processo de homologação no TSE, a UDN é inspirada no partido que nasceu em 1945 para aglutinar as forças que se opunham ao presidente Getúlio Vargas. Com o discurso de moralização da política e contra corrupção, a frente unia originalmente desde a Esquerda Democrática – que romperia um ano depois com a sigla e fundaria o Partido Socialista Brasileiro – a antigos aliados getulistas, como o general Juarez Távora e o ex-governador gaúcho Flores da Cunha, rompidos com Vargas.

Em 1960, o partido apoiou a eleição de Jânio Quadros, eleito presidente, e, em 1964 , a deposição do governo de João Goulart. “O PSL é um partido de aluguel. Já a UDN tem um apelo histórico e popular. Os Bolsonaros podem usar isso”, avalia o historiado Daniel Aarão Reis, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF). Ele lembra que a antiga UDN, embora “muito ideologizada”, tinha um perfil heterogêneo. O mesmo pode acontecer com a nova versão.

Enquanto a versão original da UDN tinha líderes como o brigadeiro Eduardo Gomes, o jurista Afonso Arinos e os ex-governadores Carlos Lacerda (Guanabara), Juracy Magalhães (Bahia) e Magalhães Pinto (Minas), a nova legenda tem potencial para atrair lideranças do DEM ao PSDB, passando pelo MBL. Entre os políticos que são vistos como “sonho de consumo” da UDN em 2019 está o governador de São Paulo, João Doria, que descarta a ideia de deixar o PSDB.

Com informações do Estadão