quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Governo Temer/PSDB suspende renovação de contratos do programa 'Aqui tem farmácia popular'


Enquanto Temer e PSDB cortam, Moro prende o PT para fazer cortina de fumaça, banditismo


DO SITE PLANTÃO BRASIL

Ministério da Saúde avisa que suspensão é temporária, devido a problemas na contratação da Caixa, responsável por gerenciar os contratos.

Por Carolina Martins

O governo federal suspendeu temporariamente a renovação dos contratos do programa 'Aqui tem farmácia popular'. Desde maio, donos de drogarias em todo país tentam renovar os convênios, mas são informados de que a atualização dos cadastros não está autorizada.

As farmácias credenciadas funcionam como um posto de medicamentos onde os consumidores conseguem comprar remédios a preços populares. O convênio entre o governo e a rede privada foi pensado para expandir a distribuição da Farmácia Popular. Atualmente, são 520 postos do governo - que distribuem gratuitamente os medicamentos - e 34 mil e 600 farmácias privadas que vedem os remédios mais barato.

Desde 2014, o governo não autoriza novos contratos, alegando que a meta já foi alcançada. Por isso, as drogarias conveniadas apenas renovam os cadastros anualmente.

Mas, este ano, ninguém conseguiu atualizar os dados.O presidente do Sindicado do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal, Francisco Messias, está preocupado. Em Brasília, por exemplo, das 1.200 drogarias, 80% funcionam como Farmácia Popular. O fim do programa atingiria tanto a população como os empresários.

Segundo o Ministério da Saúde, a renovação dos convênios está suspensa até que pendências com a Caixa Econômica Federal sejam resolvidas. É a Caixa que administra os contratos. O presidente-executivo da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico, Renato Tamarozzi, dá um crédito ao governo, mas admite preocupação com a falta de prazo para uma solução.

A recomendação da Associação Brasileira do Direito do Consumidor, a Proteste, é que o usuário de medicamentos fique atento. A coordenadora da entidade, Maria Inês Dolci, diz que o consumidor tem que denunciar se observar falta de remédio ou perceber que postos do Aqui tem farmácia popular estão fechando.

O programa Farmácia Popular foi criado em 2004 para possibilitar o acesso da população a medicamentos essenciais com baixo custo./ São ofertados remédios para hipertensão, diabetes, asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, contraceptivos, e até fraldas geriátricas. 

Pela proposta de orçamento para 2017 que tramita no Congresso, o programa deve receber R$ 2,7 bilhões - R$ 500 milhões a menos que o repassado neste ano. Mas o governo trabalha com o valor de R$ 3,3 bilhões, prevendo que os números crescam com as emendas paralmentares que devem ser aplicadas em Saúde. 

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Dória Diz que levará chocolates para Lula na prisão e garante que nenhum tucano será preso

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Biografia de Lênin, o gênio do proletariado

“Simples como a verdade, no rosto brilhavam e flamejavam 
aqueles olhos agudos de combatente infatigável contra as mentiras e os males da vida” (Maximo Gorki)
Do site A Verdade

Lênin em agosto de 1887
1870 – 10 de abril no calendário antigo, 23 no atual: nasce Vladimir Ilich Ulianov na pequena cidade de Simbirsk (Ulianovsk) situada a 1.500 Km de S. Petersburgo, então capital do vasto império russo. Sob a tirania dos Romanov, a Rússia era, autocraticamente, governada pelo czar (imperador) Alexandre II.
1879 – Freqüentando o Liceu de Simbirsk (1879-1887), Vladimir Ilich conheceu cedo as obras dos grandes escritores russos: Pushkin, Gogol, Turgueniev, Tolstoi, Dostoievski, Bielinski, Herzen, Tchernichévski… Os dois últimos organizaram a primeira sociedade secreta de oposição ao czarismo: Vontade do Povo.
1887 – Alexandre Ulianov (Sacha), ir-mão de Vladimir, é enforcado, em março, aos 21 anos, por ter preparado as bombas que não chegaram a matar o czar. Em agosto, Ilich inicia o curso de Direito na Universidade de Kazã, sendo expulso, em dezembro, por participar de discussões sobre aspectos retrógrados do regimento da Universidade. Com sua prisão, dá-se o seu batismo revolucionário.
1891 – Permitido somente prestar exames, sem direito a freqüentar a Universidade de S. Petersburgo, Vladimir Ilich Ulianov estudou sozinho todas as matérias do curso de direito, bacharelando-se com as melhores notas entre 134 estudantes regulares do curso.
Primeiras ações na clandestinidade
1894 – Clandestinamente, foi impresso seu primeiro livro, Quem são os “Amigos do Povo” e como lutam contra eles os Social -Democratas, no qual V. I. Ulianov desenvolveu a tese da aliança do operariado com o campesinato.
Lênin com 22 anos
1895 – Ilich consegue aglutinar os diversos círculos marxistas de S. Petersburgo numa única organização política – União de Luta pela Libertação da classe operária -, que invadida, foi destruída pela Okhrana (polícia política secreta czarista). Vladimir é preso juntamente com outros membros da organização.
1897 – sem julgamento, IIich é condenado a três anos de desterro na aldeia siberiana de Chuchenskoe, onde, além de se dedicar ao estudo de várias línguas, escreveu mais de trinta trabalhos importantes, terminando, inclusive, o Desenvolvimento do Capitalismo na Rússia. Em Chuchenskoe, Vladimir se casa com Nadejda Krupskaia (Nádia), professora que conhecera num círculo de S. Petersburgo, também condenada ao desterro.
1900 – em janeiro, findo o desterro, Ulianov dirige-se para Ufá. O POSDR (Partido Operário Social-Democrata Russo), fundado em Minsk, em 1898, por insistência de Ilich na realização de seu I Congresso, aprova a publicação de um jornal que seria o seu órgão oficial. Vladimir decide publicá-lo no exterior, devido à truculenta repressão da Okhrana na Rússia.
Em dezembro, quase inteiramente elaborado por Ulianov, é lançado em Munique, sul da Alemanha, o primeiro número do Iskra (A Centelha), que trazia, no cabeçalho, a epígrafe: Da centelha saltará a chama.
1901- A revista Zariá (Aurora), editada pela redação do Iskra, publica parte do artigo A Questão Agrária e os Críticos de Marx, assinado por Lênin, pseudônimo derivado de Lena, o grande rio navegável da Sibéria. Daí em diante, embora ele tenha usado outros pseudônimos, o mundo passou a conhecer Vladimir Ilich Ulianov como Lênin.
1902/16 – Nos quinze anos que precederam a revolução socialista de 1917, Lênin viveu praticamente fora da Rússia, com exceção de pequeno período durante a primeira Revolução russa (1905-1907). “Líder puramente por virtude do intelecto”, como se referiu a ele John Reed, Lênin causou a todos que o conheceram a indelével impressão de ser portador de um cérebro muito privilegiado.
1902 –  foi publicado, em Stuttgart, o seu livro Que Fazer?.
O bolchevismo se organiza em Partido de novo tipo
Lênin em 1897
Em 1903, na cisão do POSDR, durante seu II congresso, concluído em Londres, surge o “partido de novo tipo”, bolchevique, revolucionário, liderado por Lênin. “O bolchevismo existe como corrente de pensamento político e como partido político desde 1903”, ele escreveu, mais tarde, em Esquerdismo, doença Infantil do Comunismo.
Em agosto de 1914, o imperialismo (especialmente o alemão) deflagrou a Primeira Guerra Mundial, que causou milhões de mortos e incontáveis desgraças às massas populares. Conclamando os povos a declararem guerra à guerra, Lênin redigiu um grande manifesto, propondo a conversão da guerra imperialista em guerra civil: as armas deveriam voltar-se não irmão contra irmão, trabalhadores assalariados de um país contra outro, mas contra os governos burgueses, reacionários e opressores. “O fim das guerras, a paz entre os povos, o fim das pilhagens e violência – tal é o nosso ideal”, deixou o líder bolchevique consignado em A Questão da Paz. ” O desarmamento é o ideal do socialismo”, escreveu em Sobre a Palavra de Ordem do Desarmamento.
Sem interromper suas atividades político-partidárias, Lênin ministrou numerosas conferências em várias cidades européias, e escreveu, em 1915/16, uma série de livros e trabalhos: Cadernos Filosóficos, continuação de Materialismo e Empiriocriticismo  de 1908, O Socialismo e a Guerra, A Revolução Socialista e o Direito das Nações à Autodeterminação, Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo, terminado no verão de 1916, em Zurique, sua última cidade fora da Rússia.
“Espero, herr Ulianov, que na Rússia o senhor não tenha de trabalhar quanto aqui” – disse seu locador, despedindo-se; ao que Lênin redargüiu: – “Creio, herr Kammerer, que em Petrogrado irei ter muito mais trabalho!”
O Poder para o Proletariado: “Paz, Terra e Pão”!
1917 – Às 23 horas de 3 de abril, Lênin chega à estação Finlândia da capital pátria. Milhares de trabalhadores agitam bandeiras vermelhas, saudando-o com entusiásticas aclamações. O Líder discursa: “Camaradas! . O povo precisa de paz, o  povo precisa de pão, o povo precisa de terra. Eles lhes dão guerra, fome e nada de pão – deixam os proprietários continuarem controlando a terra… Precisamos lutar pela revolução … Viva a revolução socialista mundial!” .
“Foi extraordinário”, afirma o escritor N. Sukhanov, que não era bolchevique. Rodeado pelo povo, Lênin é conduzido à sede do Partido, e, daí, com Krupskaia, dirige-se à casa da irmã Ana, onde depara, sobre a cama do quarto que lhes fora preparado, um cartaz: “Proletários de todo o mundo, uni-vos!”.
Lênin em agosto de 1918
Entre a queda do czar (fevereiro/1917) e a tomada do poder pelos bolcheviques em outubro, a Rússia viveu uma revolução social de baixo para cima sem precedente na história da humanidade.
Na fria noite de 24 de outubro, saindo de vez da clandestinidade, Lênin vestiu o velho sobretudo e, enrolando um cachecol no pescoço, encaminhou-se para o Instituto Smolny, Estado-Maior da revolução, onde pôs-se a dirigi-la pessoalmente: ordenou à Guarda Vermelha que ocupasse todas as posições estratégicas da capital. Afinal chegara o momento para o qual criara o mais eficiente partido revolucionário do mundo.
Na manhã de 25 de outubro de 1917, com exceção do Palácio de Inverno, sede do governo provisório, as principais instituições de Petrogrado (S. Petersburgo) estavam sob o controle da Guarda Vermelha. À noite, o Palácio de Inverno foi tomado de assalto, vencendo, assim, sem morticínio, num país que contava cerca de 150 milhões de habitantes, a Revolução Socialista de outubro, primeira revolução proletária do planeta.
À tarde de 26 de outubro, ante o II Congresso dos Soviets, reunido no Smolny, Lênin vê aprovados, por unanimidade, os seus dois primeiros decretos soviéticos: Sobre a Paz e Sobre a Terra. Este abolia a propriedade latifundiária da terra sem qualquer indenização, constituindo-se no ponto de partida de uma nova era para a Rússia. O Decreto Sobre a Paz estigmatizou a guerra como o maior crime contra a humanidade.
Elegendo o Conselho de Comissários do Povo, com Lênin a presidi-lo, o II Congresso dos Soviets de toda a Rússia escolheu, entre outros, para o Comissariado (Ministério) das Nacionalidades, Stálin; Trostky para o das Relações Exteriores, encerrando-se seus trabalhos ao som de A Internacional.
O povo soviético derrotou 14 países capitalistas
Lênin fala à tropa
1918/23 – no dia 4 de janeiro de 1918, o Pravda publicou um dos documentos mais notáveis da História Universal, a Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado, redigida por Lênin, que destacava a principal tarefa do poder Soviético: a eliminação da exploração do homem pelo homem.
Em março, por questões estratégicas, o governo transfere-se para Moscou, que se torna a capital da nova República, passando Lênin a residir e trabalhar no Kremilin (cidadela).
Dizendo ser necessário “estrangular a criança bolchevique no berço”, Winston Churchill anuncia uma “campanha de 14 estados” contra a Rússia soviética, desencadeando-se, então, de meados de 1918 a meados de 1921, uma guerra de intervencionistas estrangeiros e contra-revolucionários (guardas brancos), custando à recém-fundada República milhões de vidas e incalculável devastação econômica.
O desempenho de Lênin, durante a guerra civil e intervenção militar estrangeira, foi excepcional. Sob sua direção, traçavam-se operações militares, forjando-se nos combates o Exército Vermelho. Possuindo uma profunda compreensão da psicologia das massas, o líder soviético a todos cativava: “Tudo para a frente, tudo para a vitória!” era sua palavra de ordem.
Apesar do enorme trabalho de organização e defesa do Estado, ele inaugurou a III Internacional (Comintern), em março de 1919. No verão desse ano, falando a estudantes, finalizou sua conferência “Sobre o Estado” com as palavras: “E quando no mundo já não houver possibilidade de explorar… já não acontecer que uns se fartam enquanto outros passam fome… atiraremos essa máquina para o monte de sucata. Então, não haverá Estado e não haverá exploração.”.
Derrotadas pelo Exército Vermelho todas as forças estrangeiras e contra-revolucionárias que tentaram sufocar o nascente socialismo na Rússia, Lênin encheu-se de legítimo orgulho: “Resistimos contra todos.” E, implantada, em 1921, a NEP (Nova Política econômica), elaborada por ele, reforçou-se a aliança do operariado com o campesinato, consolidando-se o Poder Soviético, premissa indispensável de todo o desenvolvimento posterior da Rússia socialista.
Mas em conseqüência do imenso esforço e trabalho que até então realizara, passados trinta anos sem descanso, Lênin entrou em profunda estafa, adoecendo no inverno de 1921. Escreveu a Máximo Gorki: “Terrivelmente cansado. Insônia. Vou tratar-me.” .
Submetendo-se a rigoroso tratamento médico, o líder soviético melhorou no decorrer de 1922, ditando seus últimos trabalhos no início de 1923. Suas obras completas estão reunidas em 55 alentados volumes.
Para sempre na luta dos oprimidos
Escultura de Lênin
1924 – No dia 21 de janeiro de 1924, após o jantar, Lênin recolheu-se em seu quarto, na casa de repouso em Gorki, aldeia próxima a Moscou, onde convalescia. De repente, sua temperatura subiu bruscamente, a respiração tornou-se difícil, ficou inconsciente, sucumbindo a um derrame cerebral – eram 18 horas e 50 minutos.
A notícia propagou-se rapidamente pelo mundo. Sun-Yan-Sen finalizou emocionado discurso fúnebre, ao receber a notícia de sua morte: “Na memória dos povos oprimidos, tu viverás durante séculos, grande homem!”  O médico e empresário norte-americano, Armand Hammer, que assistiu aos funerais do líder da primeira revolução socialista vitoriosa da Terra, escreveu: “Nenhum rei, imperador ou papa recebeu uma derradeira homenagem como aquela.”  Embalsamado, Vladimir Ilich Ulianov encontra-se na Praça vermelha, centro de Moscou.
Marco da História Universal, o mundo jamais será o mesmo após Lênin, símbolo do passado, do presente e do futuro na luta pela libertação.
Elio Bolsanello
(autor do livro  LÊNIN – Biografia Ilustrada)
* Publicado em A Verdade número 49.

Jandira dá "apoio incondicional" a Freixo

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DO BLOG DO MIRO
Por Altamiro Borges Antes mesmo do término da apuração no Rio de Janeiro, a deputada Jandira Feghali (PCdoB) gravou vídeo em que declara seu "apoio incondicional" à candidatura de Marcelo Freixo (PSOL) no segundo turno. Ela agradeceu o carinho dos seus eleitores, explicou que houve migração de seus votos devido às últimas pesquisas e reafirmou que a sua campanha visou demarcar politicamente com o "golpe dos corruptos" - inclusive contra a golpista da TV Globo. Ao final, sem titubear, Jandira Feghali afirmou que agora é total apoio a Marcelo Freixo para derrotar o "retrocesso civilizatório". Conforme lembrou, a batalha do segundo turno será difícil e exigirá total unidade do campo popular. Afinal, as forças conservadoras - expressas nas candidaturas de Marcelo Crivella (PRB), Pedro Paulo (PMDB), Flávio Bolsonaro (PSC), Índio da Costa (PSD) e Osório (PSDB) - obtiveram a maioria dos votos no primeiro turno. O candidato da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) ficou abaixo do que as pesquisas apontavam, obtendo 27,78% dos votos. Já Marcelo Freixo cresceu na reta final e obteve 18,26% dos votos. A batalha de ideias na sociedade carioca será intensa nos próximos dias. Jandira Feghali reafirmou o compromisso formalizado ainda antes da campanha oficial pela unidade das forças de esquerda. Em junho passado, por iniciativa da deputada comunista, os três candidatos do campo da esquerda - Jandira Feghali, Marcelo Freixo e Alessandro Molon (Rede) - definiram em reunião conjunta que estariam juntos no segundo turno e que evitariam ataques no processo eleitoral. Agora, é unir a militância progressista para derrotar o "retrocesso civilizatório" no Rio de Janeiro.

Um tsunami conservador arrasa o país

DO BLOG DO MIRO


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Por Altamiro Borges

Ainda é muito cedo para analisar o resultado das eleições municipais deste domingo (2). A contagem dos votos segue em muitas cidades médias e pequenas e o segundo turno, no final de outubro, é que definirá, de fato, o novo quadro de correlação de forças no país. Mesmo assim, a primeira impressão é de que o Brasil sofreu um tsunami conservador, que terá consequências desastrosas para o sofrido povo brasileiro. No rastro do "golpe dos corruptos", que depôs a presidenta Dilma e levou ao Palácio do Planalto uma gangue de mafiosos neoliberais, a eleição confirmou a guinada direitista no Brasil.


O principal partido de esquerda do país, o PT, só conseguiu vencer o primeiro turno em uma capital, Rio Branco (AC). Em outras capitais e centros urbanos, a sigla não conseguiu nem chegar ao segundo turno. O "inesperado" crescimento de Fernando Haddad na reta final da campanha - que novamente coloca em dúvida a lisura do "Datafalha" e do "Glopobe" - não foi suficiente para evitar a vitória no primeiro turno do empresário-picareta João Doria, expressão maior do elitismo nativo. Já o PCdoB também sofreu duros revezes eleitorais. A sigla segue na disputa do segundo turno em Aracaju (SE).

O PSOL obteve importantes vitórias parciais no Rio de Janeiro, com o candidato Marcelo Freixo, e em Belém, com Edmilson Rodrigues. No segundo turno, ambos enfrentarão disputas dificílimas, o que exigirá uma amploa unidade do campo popular para derrotar as forças conservadoras. A legenda não obteve, porém, o resultado desejado em Porto Alegre, onde a presidenciável Luciana Genro ficou em quarto lugar e dificultou a chegada do campo popular, com Raul Pont (PT), ao segundo turno. A mesma frustração se manifestou em São Paulo, com a candidatura de Luiza Erundina.

No computo geral, o PSDB surge como o maior vitorioso da direita nativa. Elegeu prefeitos em duas capitais (São Paulo e Teresina) e disputará o segundo turno em outras sete capitais - incluindo Porto Alegre e Belo Horizonte. É certo que os tucanos seguem rachados e que as bicadas no ninho tendem a ficar ainda mais sangrentas. O governador Geraldo Alckmin bancou, na marra, a candidatura de João Doria e quase levou a sigla à implosão. Ele desponta agora como o principal presidenciável da sigla, para desespero do cambaleante Aécio Neves e do eterno candidato José Serra.

Também houve o crescimento de várias siglas fisiológicas, com a eleição de falsos pastores, policiais metidos a justiceiros e outros trastes conservadores. É preciso também analisar o fiasco do PMDB do Judas Michel Temer, o que fica para um próximo texto. Uma visão parcial sobre o mapa dos prefeitos eleitos indica que o Brasil pendeu mais à direita neste domingo. O tsunami conservador terá reflexos em importantes pautas, devendo reforçar a onda pela retirada dos direitos sociais e pela regressão civilizatória no país. O novo cenário político exigirá forte unidade do campo popular, intensa batalha de ideias na sociedade e muita disposição para a luta.