sábado, 11 de maio de 2019

Entrevista de Lula a BBC (Vídeo)

MELHORES MOMENTOS DA ENTREVISTA DE LULA AO JORNALISTA KENNEDY ALENCAR NA BBC NEWS

Resultado de imagem para lula bbc


quinta-feira, 9 de maio de 2019

Desfile Militar Russo do Dia da Vitória | 2019 HD COMPLETO

Parada Militar dedicada à comemoração do 74º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista 9 de maio de 2019 Praça Vermelha Moscou - Rússia


Imagem relacionada

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Intelectuais de Harvard, Princeton, Sorbonne e outras universidades assinam manifesto contra Bolsonaro


Mais de mil acadêmicos de universidades de todo o mundo assinaram nesta segunda-feira um manifesto contra a eventual redução de recursos para as faculdades de Filosofia e Sociologia. O texto foi uma resposta de pesquisadores e intelectuais à defesa de cortes na área das Ciências Humanasfeita pelo presidente Jair Bolsonaro na última semana.

Acadêmicos se posicionam contra eventual redução de verbas para Ciências Humanas no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro na posse do ministro da Educação, Abraham Weintraub JORGE WILLIAM/09-04-2019
fonte : O GLOBO

POR AUDREY FURLANETO
06/05/19 - 20h15 Atualizado: 
Mais de mil acadêmicos de universidades de todo o mundo assinaram nesta segunda-feira um manifesto contra a eventual redução de recursos para as faculdades de Filosofia e Sociologia. O texto foi uma resposta de pesquisadores e intelectuais à defesa de cortes na área das Ciências Humanasfeita pelo presidente Jair Bolsonaro na última semana.
Há na lista intelectuais de Harvard, Princeton, Yale, Oxford, Cambridge, Berkeley, e de instituições brasileiras como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Brasília (UnB), entre outras.
O manifesto, publicado nesta segunda no francês "Le Monde", foi organizado pela Gender International, uma rede de pesquisadores de estudos de gênero e sexualidade que, como se descreve, "mobiliza-se contra a cruzada da chamada ideologia de gênero".
Entre os membros da organização, estão a filósofa e escritora americana Judith Butler, doutora em Yale e professora da Universidade Berkeley (California), os sociólogos Éric Fassin, professor de Ciências Políticas da Universidade Paris 8, e David Paternotte, da Universidade de Bruxelas.
'Ciências Humanas não são um luxo'
No texto, os 1.100 signatários citam diretamente o presidente do Brasil, lembrando a declaração de Bolsonaro no Twitter segundo a qual o Ministério da Educação estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas). O objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina".
O manifesto defende que "nas nossas sociedades democráticas, os políticos não devem decidir o que é a boa ou a má ciência. A avaliação do conhecimento e de sua utilidade não pode ser conduzida de modo a conformar- se com as ideologias de quem está no poder".
O abaixo-assinado afirma ainda que "as ciências sociais e as humanidades não são um luxo". O texto segue: "Pensar sobre o mundo e compreender nossas sociedades não deve ser privilégio dos mais ricos. Como acadêmicos dos mais diversos campos, estamos plenamente convencidos de que nossas sociedades, incluindo o Brasil, precisam de mais, e não menos educação".
É o segundo manifesto com este teor da Gender International. A rede já havia se manifestado ante outro caso que considerou um ataque contra as Ciências Humanas — na Hungria, em meados do ano passado, quando o presidente Viktor Orbán proibiu estudos de gêneros nas universidades do país.
Outro manifesto: mais de 13 mil sociólogos
Num outro manifesto, antecipado nesta segunda-feira pela coluna Ancelmo Gois, no GLOBO, também foi criado como uma resposta às mesmas declarações de Bolsonaro. Com mais de 13 mil assinaturas, o documento foi capitaneado por sociólogos da Universidade Harvard e já é endossado por intelectuais da área de todo o mundo. A leitura da íntegra do manifesto (em inglês) pode ser feita aqui.
"Nós nos opomos à tentativa do presidente Bolsonaro de desinvestir na sociologia, ou qualquer outro programa nas Ciências Humanas ou Sociais", diz o texto. "Como sociólogos históricos e contemporâneos, entendemos que a mercantilização do ensino superior convenceu muitos políticos — no Brasil, nos Estados Unidos e no mundo — de que uma educação universitária é valiosa apenas na medida em que é imediatamente lucrativa. Nós rejeitamos essa premissa", acrescenta o abaixo-assinado.
O documento dos sociólogos ressalta ainda que "o objetivo do ensino superior não é produzir 'retornos imediatos' a partir de investimentos", mas sim "produzir uma sociedade que se beneficie do esforço coletivo para criar o conhecimento humano".
Leia abaixo a íntegra (em português) do abaixo-assinado organizado pela Gender International:
"No dia 29 de abril de 2019, o presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, confirmou por Twitter o que no dia anterior já havia anunciado o Ministro da Educação, Abraham Weintraub: seu governo planeja reduzir o financiamento federal para programas acadêmicos em sociologia e filosofia. Segundo eles, nesses campos, futuros estudantes terão que pagar por sua própria formação. Enquanto o Ministro afirmava que sua proposta havia sido orientada por medidas tomadas no Japão em 2015, o Presidente insistia que a educação deve se concentrar na leitura, na redação e na aritmética e que, em lugar dos cursos na área de humanidades, o Estado deve investir nas áreas que tragam retornos imediatos para quem paga impostos, tais como veterinária, engenharia e medicina.
Nós, signatários dessa declaração, fazemos um alerta quanto às sérias consequências de tais medidas que, inclusive, levaram o governo do Japão a recuar de suas propostas depois de um amplo protesto nacional e internacional. Em primeiro lugar, por que a educação em geral e a educação superior, em particular, não trazem retornos imediatos; constituem um investimento no futuro das novas gerações. Segundo, as economias modernas não exigem apenas técnicos especializados; nossas sociedades precisam de cidadãs e cidadãos que tenham uma formação ampla e geral. Terceiro, nas nossas sociedades democráticas, os políticos não devem decidir o que é a boa ou a má ciência. A avaliação do conhecimento e de sua utilidade não pode ser conduzida de modo a conformar- se com as ideologias de quem está no poder.
As ciências sociais e as humanidades não são um luxo; pensar sobre o mundo e compreender nossas sociedades não devem ser privilégio dos mais ricos. Como acadêmicos dos mais diversos campos, estamos plenamente convencidos que nossas sociedades, incluindo o Brasil, precisam de mais e não menos educação. A inteligência coletiva é tanto um recurso econômico quanto um valor democrático."

Umberto Eco: 14 lições para identificar o fascismo

As 14 lições deixadas por Umberto Eco são de uma atualidade assustadora: 

Em junho de 1995, o escritor e filósofo Umberto Eco, autor dos clássicos “O Pêndulo de Foucault” e “O Nome da Rosa”, publicou um ensaio enumerando 14 características comuns do fascismo.


Do Portal Vermelho
Resultado de imagem para fascismo no brasil imagens



Divulgação
"Apesar da imprecisão do termo, acho que é possível fazer uma lista de elementos que são típicos do que eu gostaria de chamar de Fascismo Eterno"
Em seu texto, publicado no “New York Review of Books”, Umberto Eco escreve: “apesar da imprecisão do termo, acho que é possível fazer uma lista de elementos que são típicos do que eu gostaria de chamar de Fascismo Eterno. Esses elementos não podem ser organizados em um sistema; muitos deles contradizem uns aos outros, e também são típicos de outros tipos de despotismo ou fanatismo. Mas basta que um deles esteja presente para permitir que o fascismo se organize em torno dele”. 

Com a eleição de Jair Bolsonaro à presidência do Brasil, o mundo voltou os olhos para cá, preocupado com o crescimento deste fenômeno que acontece também em outros países: o fascismo respaldado pelas urnas. 

As 14 lições deixadas por Umberto Eco são de uma atualidade assustadora: 

1 — O culto à tradição. Basta olhar para o programa de todo movimento fascista para encontrar ali os maiores pensadores tradicionalistas.

2 — A rejeição ao modernismo. O Iluminismo, a Idade da Razão, é visto como o começo de toda a depravação moderna. O fascismo pode ser definido como irracionalismo.

3 — O culto à ação pela ação. A ação, sendo bela por si só, deve ser tomada antes, ou mesmo sem qualquer reflexão prévia. Pensar é uma forma de emasculação.

4 — Discordância é traição. O espírito crítico faz distinções, e isso é uma forma de modernismo. Na cultura moderna a comunidade científica elogia a discordância, como uma forma de aprimorar o conhecimento.

5 — Medo das diferenças. O primeiro apelo de um movimento fascista ou prematuramente fascista é contra os intrusos. Assim, o Fascismo Eterno é racista por definição.

6 — Apelo à frustração social. Um dos mais típicos traços do fascismo histórico foi o apelo a uma classe média frustrada, uma classe que sofre os efeitos de uma crise econômica ou abriga sentimentos de humilhação política, assustada pela pressão de grupos sociais subalternos.

7 — A obsessão por um enredo. Os seguidores devem se sentir sitiados. A forma mais fácil de resolver isso é apelando à sua xenofobia.

8 — O inimigo é ao mesmo tempo forte e fraco. Através de uma contínua oscilação no foco retórico, os inimigos são ao mesmo tempo fortes demais e excessivamente fracos.

9 — Pacifismo é se confraternizar com o inimigo. Para o Fascismo Eterno, não existe a luta pela vida: em vez disso, a vida é vivida para lutar.

10 — Desprezo pelos fracos. Elitismo é um aspecto típico de qualquer ideologia reacionária.
11 — Todos são educados para se transformarem em heróis. Na ideologia do Fascismo Eterno, heroísmo é a norma. Este culto ao heroísmo é estritamente ligado ao culto à morte.

12 — Machismo e armas. O Machismo implica ao mesmo tempo um desdém pelas mulheres e uma intolerância — e condenação — a hábitos sexuais fora do padrão, da castidade à homossexualidade.

13 — Populismo seletivo. No nosso futuro haverá o populismo de TV ou de Internet, no qual a resposta emocional de um seleto grupo de cidadãos pode ser apresentada e aceita como a Voz do Povo.

14 — O Fascismo Eterno fala a Novilíngua de Orwell. Todos os livros didáticos do Nazismo ou Fascismo faziam uso de um vocabulário pobre e de sintaxe elementar, a fim de limitar os instrumentos para um raciocínio complexo e crítico. 

Do Portal Vermelho, com Revista Bula

Raíssa Melo: Educação não é mercadoria!

O ataque as universidades públicas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro são muito mais ligadas ao conteúdo e ao caráter social presente nas instituições do que uma adequação de orçamento. O desmonte das universidades tem um objetivo mercadológico e ideológico que afeta toda a população do Brasil. 


Créditos - Reprodução
As universidades públicas são responsáveis por 95% das pesquisas científicas no Brasil
O MEC (Ministério da Educação) anunciou na terça-feira (30) o bloqueio de 30% dos créditos orçamentários anuais das universidades federais de todo o país. A pasta da educação não explicitou os motivos, mas o ministro, Abraham Weintraub, disse que as verbas seriam cortadas de “universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia”. Não é novidade que o presidente Jair Bolsonaro e seus ministros não conhecem o que acontece nas diferentes fases da educação pública (afinal a campanha inteira dele foi focada em mentiras sobre a educação pública, como o uso de materiais eróticos na educação infantil, doutrinação ideológica e na educação básica e a prática orgias e uso de drogas no ensino superior) mas o corte orçamentário das universidades públicas não era esperado nem mesmo pelos seus eleitores, que embora não valorizem o conhecimento produzido por grandes pensadores brasileiros (basta nós lembrarmos o ódio do presidente e seus eleitores por Paulo Freire) reconhecem tanto os títulos acadêmicos fornecidos pelas universidades que vários integrantes do governo federal já até criam titilações falsas para poder ter o respaldo cientifico que apenas universidades podem oferecer. (A ministra Damares (Ministério da Mulher, Família e Direito Humanos) se apresentou mestre em educação sem jamais ter feito um mestrado, o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) alegava também ser mestre sem ter cursado uma pós graduação e talvez o caso mais grave de todos o ministro da educação Ricardo Vélez Rodríguez reivindicava a coautoria do livro “A Problemática da Democracia em Alexis de Tocqueville e Raymond Aron” que foi escrito em 1859. Mas além de absurda essa medida também é inconstitucional.
A verba destinada à Educação Superior é quase integralmente gerida pelo MEC. O orçamento de 2019 foi aprovado no ano passado e pode ser conferido e detalhado na LOA 2019 (Lei Orçamentária Anual de 2019), que prevê um recurso de R$ 35,5 bilhões para área. Além dessa verba as universidades também possuem recursos próprios que provem de prestação de serviços, taxas de vestibulares e cursos, vendas de patentes e doações e por isso variam de instituição para instituição. Com esses recursos são cobertas despesas das universidades. Esses investimentos são separados em obrigatórios: pagamento dos servidores (ativo civil) e as aposentadorias e discricionários: auxilio estudantil, reformas, pagamentos dos funcionários terceirizados, insumos básicos entre outros. Por esses motivos, essa verba não pode ser cortada pelo MEC. De acordo com a pasta a distribuição é feita segundo o número de matrículas, ofertas de cursos, produção de conhecimento e resultados das avaliações da Capes (Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal e Nível Superior) ou do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior). Depois de liberada a verba, O MEC não tem poder para decidir como as universidades distribuirão esses recursos, isso é garantido pela autonomia das universidades descrita pelo artigo 207 da Constituição Federal de 1988 e regulamentada pela Lei de Diretrizes da Educação. Ou seja, não é possível cortar a verba de determinados cursos ou obrigar a investir em mais certar áreas. Logo a proposta de cortar investimentos em sociologia e filosofia não está dentro da lei.
Essa medida adotada pelo MEC irá impactar nas 63 intuições federais que estão espalhadas por 329 campus em todas as regiões do Brasil. Além do ensino de graduação para mais de 1,2 milhão de alunos e pós-graduação (mestrado e doutorado) para cerca de 100 mil alunos, o sistema de universidades públicas é responsável por 46 hospitais universitários de alta complexidade, 12 mil clínicas médicas de saúde de pessoas e animais, laboratórios, assistência jurídica, produção de tecnologia e equipamentos culturais. O corte não afeta só a população universitária, mas sociedade como um todo.  O ataque ao ensino superior nada mais é que continuidade do desmonte da educação em sua totalidade, o ensino médico técnico, a criação de intuições privadas de pesquisas aplicadas gera a formação uma população não crítica e formada exclusivamente para o trabalho. Sem o investimento em ciência e tecnologia o Brasil ficará por décadas apenas com um país fornecedor de riquezas naturais e mão de obra primária e dependente de países que detenham a produção de tecnologias e pesquisas.
O ataque as universidades públicas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro são muito mais ligadas ao conteúdo e ao caráter social presente nas instituições do que uma adequação de orçamento. O desmonte das universidades tem um objetivo mercadológico e ideológico que afeta toda a população do Brasil. Por isso nessa parte tão sombria de nossa história devemos nos unir aos estudantes, professores e trabalhadores para garantir um ensino público e gratuito, laico e de qualidade capaz produzir ciência, tecnologia e bem-estar social. Educação não é mercadoria! Sejamos todos a favor da pesquisa ciência e tecnologia!

Sou jornalista e documentarista. Atuo com educomunição em oficinas com conteúdo étnico racial, gênero e políticas públicas. Tenho especialização em Sociologia Política pela Universidade Federal do Paraná. Amante de fotografia, flores, cinema, chocolate e cervejas.