sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Carniceiros da direita são ameaça real?


Por Breno Altman, em seu blog:

Ontem à noite, o comitê central do movimento pelo impeachment da presidente Dilma se reuniu através de teleconferência, com livre acesso ao público. Mais de cinco mil pessoas acompanharam, durante duas horas, o estranho debate.

A mesa era chefiada por um músico encantado em ser líder de massas e abençoada por um ASTRÓLOGO que se arrisca como filósofo.

Lobão e Olavo de Carvalho encarnavam estes agitadores da fuzarca.

Eu morri de rir. Uma comédia. Caricaturas do volume-morto da política. Mistura de saudosismo da ditadura com fundamentalismo cristão, em uma versão patética.

Mas engana-se quem os achar inexpressivos ou inofensivos.

No dia 15 de novembro, a turma vai testar seus músculos mais uma vez. Convocaram outra jornada de mobilização.

Há um pedaço doente da sociedade brasileira, que progressivamente se deixa arrastar por narrativas como a desta gente.

Vale a pena observar como funciona sua dinâmica.

A oposição de direita se divide, hoje, entre duas alas: os bacharéis e os carniceiros.

Os bacharéis se organizam em partidos institucionais, disputam eleições, atuam prioritariamente através da imprensa e do parlamento.

Da velha tradição udenista, pelejam pelos interesses da oligarquia sempre em nome da democracia.

Tentam preservar modos civilizados, ainda que hipocritamente. São urubus atrás de carniça, mas não matam suas vítimas.

Esta é a tarefa dos carniceiros.

E são os carniceiros que estão tentando ocupar as ruas do país desde o término das eleições presidenciais.

Eles denunciam fraude eleitoral. Clamam pelo impeachment da presidente. Demandam a expulsão do PT da vida pública. Alguns se esgoelam por intervenção militar contra o governo de esquerda.

Nas redes sociais, esta patota chega a algumas centenas de milhares. Apenas uma pequena porção, no entanto, coloca o pé no asfalto para apoiar as sandices bradadas por seus gurus.

Os carniceiros fazem parte do ecossistema conservador. Há mais de dez anos estão integrados ao bloco político liderado pelo PSDB.

São sua banda de música e tropa de choque. Andavam escondidos, agora ganharam coragem para mostrar as garras em sociedade.

Os bacharéis se sentem, de quando em quando, incomodados com sua presença. Fedem a mofo. Mas os alimentam diuturnamente.

Bacharéis e carniceiros, aliás, estão sempre a dançar um minueto.

Os discursos e entrevistas dos tucanos contra o resultado eleitoral ou para desestabilizar o governo são cantigas que animam os carniceiros e os deixam à vontade para desfilar contra a democracia.

A simbiose entre ambos setores atingiu seu auge no segundo turno das eleições presidenciais.

Os bacharéis ficaram contentes por, finalmente, terem algo parecido com uma militância tucana de massa. E os carniceiros festejaram que podiam voltar ao salão de baile da aristocracia política.

Mas não é apenas o PSDB e seus aliados que servem de estufa para esta turma.

Os carniceiros encontram cada vez mais espaço na velha mídia. Sua principal representação político-cultural é um punhado de articulistas que organizam a narrativa e o ideário do reacionarismo.

As correntes de esquerda, particularmente o PT, achavam que o melhor caminho era trata-los como loucos e desprezá-los.

Vamos combinar que não foi uma boa solução.

Jamais os valores do conservadorismo mais retrógrado – racismo, preconceito social, discriminação regional, homofobia, machismo, individualismo – circularam com tanta desenvoltura no Brasil pós-ditadura.

O fato é que os demônios morais e as ideias político-econômicas dos carniceiros ganharam audiência nos últimos anos. Em parte, porque era do interesse dos bacharéis, por ser funcional a emergência de frações reacionárias mais aguerridas, capazes de mobilizar fatias das camadas médias.

Mas isto ocorreu também porque o petismo, para evitar o mau humor institucional e empresarial, preferiu cultura de governo baseada na baixa intensidade de enfrentamento político-ideológico.

Os carniceiros se sentiram livres, beneficiados pelo acolhimento dos bacharéis e a displicência da esquerda.

O pensamento da ultradireita, antes repugnado e inadmissível mesmo em boa parte dos meios conservadores de comunicação, reconquistou tribunas e abriu novas frentes de influência.

Seus defensores parecem ser ridículos, e efetivamente o são. Mas não foram poucos os palhaços que, de riso em riso, ganharam força para quebrar a coluna vertebral de regimes constitucionais.

A propósito, até quando as forças progressistas, a começar pelo PT, deixarão os carniceiros, protegidos pelos bacharéis, com a iniciativa de tomar as ruas que pertencem à democracia?

GLOBO E AÉCIO ENVOLVIDOS COM EX DA PETROBRÁS,PAULO ROBERTO COSTA



DO SITE PLANTÃO DO BRASIL

Paulo Roberto Costa é o mais novo peão que foi introduzido no xadrez dessas eleições. Era funcionário de carreira desde os anos 70 da Petrobras. Ingressou na Petrobras em 1977. Nos Governos de FHC, de 1997 a 2003 exerceu a função de Conselheiro da TGB – Gasoduto Bolívia Brasil S.A., quando foi inserido na convivência com gestores internacionais da Enron e El Paso, tendo exercido a função de forma cumulativa de Diretor da Gaspetro com mandato de maio de 1999 a dezembro de 2000.

Ou seja, o envolvimento dele com o partido de Aécio é patente e sua dedicação a eles bastante eficaz. Dizem que era intermediador de propina na Petrobras e fazia isso para vários partidos. Teria alguma participação na compra de votos para a reeleição de FHC? Não sabemos, e, pelo que parece isso não vai aparecer no seu depoimento, mesmo que possa ter acontecido.

Seria coincidência que o partido que o nomeou em cargos de gestão não aparece em momento algum nas reportagens vazadas para a mídia corporativa da sua delação que deveria estar sob segredo de justiça?

Outra coisa interessante também é que Paulo Roberto já confessou ter um contrato com a Globo para vender uma ilha. Sua Consultoria Costa Global teria entre seus contratados as organizações Globo. Quantos e quais outros contratos teria Paulo Roberto e que pessoas estariam por trás desses contratos?



Alguns podem afirmar: Mas o que esse homem estava fazendo num governo do PT? E eu respondo. Os Governos do PT, diferente do que a mídia corporativa afirma não aparelharam a Petrobras com gente do PT.

O PT priorizou o conhecimento técnico e a competência das pessoas, além do político. Mas, entre esses técnicos vários eram ligados a vários partidos, inclusive ao PSDB que cooptou pessoas para seu projeto de poder e aparelhou a Petrobras com muitos deles. O PT achou que não teria problemas com isso. Aí está no que deu. Coube a Dilma demiti-lo em 2012 quando já havia uma investigação sobre o assunto. 

http://www.plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=83742

O desespero da imprensa financiada pelo governo

veja-folha-epoca
Ao contrário do que se apregoa, os veículos de comunicação que dependem de dinheiro público para sobreviver são os que compõem a chamada ‘grande imprensa’. Mas que capitalismo é este que defendem em que existe tamanha dependência do Estado e do dinheiro público? Não são eles que se mordem pelo Estado mínimo?
Por: Paulo Nogueira, no, Pragmatismo Político 
“O PT busca golpear as receitas publicitárias dos veículos de informação – o que poderia redundar, no futuro, no controle de conteúdo pelo governo.”
Está na Veja, e raras vezes ficou tão clara a dependência financeira e mental que as grandes corporações jornalísticas têm do dinheiro público expresso em publicidade federal.
Havia, naquela frase, uma alusão à decisão do governo de deixar de veicular propaganda estatal na Veja, em consequência da capa criminosa que a revista publicou às vésperas das eleições.
Era o mínimo que se poderia fazer diante da tentativa de golpe branco da Abril contra a democracia.
Mas a revista fala em “golpear as receitas publicitárias” da mídia corporativa.
A primeira pergunta é: as empresas consideram direito adquirido o ‘Bolsa Imprensa’, o torrencial dinheiro público que há muitos anos as enriquece – e a seus donos – na forma de anúncios governamentais?
Outras perguntas decorrem desta primeira.
Que capitalismo é este defendido pelas empresas jornalísticas em que existe tamanha dependência do Estado e do dinheiro público?
Elas não se batem pelo Estado mínimo? Ou querem, como sempre tiveram, um Estado-babá?
Os manuais básicos de administração ensinam que você nunca deve depender de uma única coisa para a sobrevivência de seu negócio.
E no entanto as grandes empresas de comunicação simplesmente quebrariam, ou virariam uma fração do que são, se o governo federal deixasse de anunciar nelas.
Tamanha dependência explica o pânico que as assalta a cada eleição presidencial, e também ajuda a entender as manobras que fazem para eleger um candidato amigo.
Essa festa com o dinheiro público tem que acabar, e famílias como os Marinhos e os Civitas têm que enfrentar um choque de capitalismo: aprender a andar sem as muletas do dinheiro público.
Ou, caso não tenham competência para sobreviver num universo sem favorecimentos, que quebrem. O mercado as substituirá por empresas mais competitivas.
Não são apenas anúncios: são financiamentos a juros maternais em bancos públicos, são compras de lotes de assinaturas de jornais e revistas, são aquisições enormes de livros da Abril, da Globo etc.
Numa entrevista a quatro jornais, ontem, Dilma disse que o novo governo vai olhar com “lupa” as despesas, para equilibrar as contas e manter sob controle a inflação.
Não é necessária uma lupa para examinar as despesas com publicidade.
Entre 2003 e 2012, elas quase dobraram, segundo dados do Secom. De cerca de 1 bilhão de reais, foram para as imediações de 2 bilhões ao ano.
Apenas a Globo – com audiência em franca queda por causa da internet – recebeu 600 milhões de reais em 2012.
Um orçamento base zero, como os livros de gestão recomendam, evitaria a inércia dos aumentos anuais do governo com esse tipo de despesa.
Murdoch, em seu império mundial de mídia, tem dependência zero de publicidade de governos.
Banco estatal nenhum financia seus empreendimentos, e por isso ele quase quebrou na década de 1990 quando não conseguiu honrar os empréstimos para ingressar na área de tevê por satélite.
Foi obrigado a se juntar a um rival em tevê por satélite. Só agora Murdoch teve os meios para tentar comprar a outra parte, mas o governo inglês negou por conta do escândalo do News of the World.
Ele se bate pelo capitalismo, e pratica o capitalismo.
As empresas jornalísticas brasileiras pregam o capitalismo, mas gostam mesmo é de cartório.
E julgam, pelo que escreveu a Veja, que até o final dos tempos estão aptas a receber o Bolsa Imprensa.





Leia a matéria completa em: O desespero da imprensa financiada pelo governo - Geledés 
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A internet e os pilares da estupidez

Por Mauro Santayana, em seu blog:



Está em curso, há anos, nas "redes sociais" insidiosa campanha de agressão à democracia e crescentes ataques às instituições. 
Quem cala, consente. Os governos do PT têm feito, em todo esse período, cara de paisagem. Nem mesmo quando diretamente insultados, ou caluniados, os dirigentes do partido tomaram qualquer providência contra quem os atacava, ou atacava as instituições, esquecendo-se de que, ao se omitirem, a primeira vítima foi a democracia. Nisso, sejamos francos, foram precedidos por todos os governos anteriores, que chegaram ao poder depois da redemocratização do país. 
Mergulhados na luta política e na administração cotidiana dos problemas nacionais, nenhum deles percebeu que o primeiro dever que tínhamos, nesta nação, depois do fim do período autoritário, era regar e proteger a frágil flor da Liberdade, ensinando sua importância e virtudes às novas gerações, para que sua chama não se apagasse no coração dos brasileiros. Se, naquele momento, o da batalha pela reconquista do Estado de Direito, cantávamos em letras de rock que queríamos votar para presidente, hoje parece que os polos da razão foram trocados, e que vivemos sob a égide da insânia e da vilania. 
Em absoluta inversão de valores, da ética, da informação, da própria história, retorna a velha balela anticomunista de que Jango — um latifundiário liberal ligado ao trabalhismo — ia implantar uma ditadura cubano-soviética no Brasil, ou que algumas dezenas de estudantes poderiam derrubar, quatro anos depois, um regime autoritário fortemente armado, quando não havia nenhuma condição interna ou externa para isso. 
Agora, para muitos que se manifestam pela internet, quem combatia pela democracia virou terrorista, os torturadores são incensados e defendidos, e prega-se abertamente o fim do Estado de Direito, como se o fascismo e o autoritarismo fossem solução para alguma coisa, ou o Brasil não fosse ficar, política e economicamente, imediata e absolutamente, isolado do resto do mundo, caso fosse rompida a normalidade constitucional.
Ora, os mesmos internautas que insultam, hoje, o Judiciário, sem serem incomodados — afirmando que o ministro Toffoli fraudou as eleições — já atacaram pesadamente Aécio Neves e sua família, quando ele disputava a indicação como candidato à Presidência pelo PSDB em 2010. São eles os mesmos que agridem os COMANDANTES MILITARES, acusando-os de serem "frouxos" e estarem controlados pelos comunistas, e deixam claro seu desprezo pelas instituições brasileiras, incluindo as Forças Armadas, pedindo em petição pública à Casa Branca uma intervenção dos Estados Unidos no Brasil, como se fôssemos reles quintal dos EUA, quando são eles os que se comportam como abjetos vira-latas, em sua patética submissão ao estrangeiro. 
São eles os que defendem o extermínio dos nordestinos e a divisão do país, como se apenas naquela região a candidata da situação tivesse obtido maioria, e não estivéssemos todos misturados, ou nos fosse proibida a travessia das fronteiras dos estados.
São eles que inventam generais de araque, supostos autores de manifestos igualmente falsos, e usam, sem autorização, o nome de oficiais da RESERVA, em documentos delirantes, tentando manipular, a todo momento, a base das Forças Armadas e as forças de segurança, dando a impressão de que existem sediciosos no Exército, na Marinha, na Aeronáutica, quando as três forças se encontram unidas, na execução de projetos como o comando das Operações de Paz da ONU no Haiti e no Líbano; as Operações Ágata, em nossas fronteiras; o novo Jato Cargueiro Militar KC-390 da Embraer; o novo Sistema de Mísseis Astros 2020 da Avibras; ou o novo submarino nuclear brasileiro, no cumprimento, com louvor, de sua missão constitucional.
O site SRZD, do jornalista Sérgio Rezende, entrou em contato com oficiais militares da reserva, que supostamente teriam "assinado" um manifesto, que circula, há algum tempo, na internet. O texto se refere a "overdose de covardia, cumplicidade e omissão dos comandantes militares" e afirma que, como não há possibilidade de tirar o PT do poder pelas urnas, é preciso dar um golpe militar, antes que o Brasil se transforme em uma "Cuba Continental".
Segundo o SRZD, todos os oficiais entrevistados, incluindo alguns generais, negaram peremptoriamente terem assinado esse "manifesto" e afirmaram já ter entrado em contato com o Ministério do Exército, denunciando tratar-se o e-mail que divulgava a mensagem de uma farsa e desmentindo sua participação no suposto movimento.
Por mais que queiram os novos hitlernautas, os militares brasileiros sabem que o governo atual não é comunista e que o Brasil não está, como apregoam os “aloprados” de extrema direita que tomaram conta da internet, ameaçado pelo comunismo internacional.
Como dizer que é comunista, um país em que os bancos lucram bilhões, todos os trimestres; em que qualquer um - prerrogativa maior da livre iniciativa - pode montar uma empresa a qualquer hora, até mesmo com apoio do governo e de instituições como o Sebrae; no qual investidores de todo o mundo aplicam mais de 60 bilhões de dólares, a cada 12 meses, em Investimento Estrangeiro Direto; onde dezenas de empresas multinacionais se instalam, todos os anos, junto às milhares já existentes, e mandam, sem nenhuma restrição, a cada fim de exercício, bilhões e bilhões de dólares e euros em remessa de lucro para e exterior?
Como taxar de comunista um país que importa tecnologia ocidental para seus armamentos, tanques, belonaves e aeronaves, cooperando, nesse sentido, com nações como a França, a Suécia, a Inglaterra e os Estados Unidos? Que participa de manobras militares com os próprios EUA, com países democráticos da América do Sul e com democracias emergentes, como a Índia e a África do Sul?
Baboso, atrasado, furibundo, ignorante, permanentemente alimentado e realimentado por mitos e mentiras espatafúrdias, que medram como fungos nos esgotos mais sombrios da Rede Mundial, o anticomunista de teclado brasileiro é sobretudo hipócrita e mendaz.
Ele acredita "piamente" que Dilma Rousseff assaltou bancos e matou pessoas e que José Genoíno esquartejou pessoalmente um jovem, começando sadicamente pelas orelhas, quando não existe nesse sentido nenhum documento da ditadura militar. 
Ele vê em um site uma foto da Escola Superior de Agricultura da USP, a Esalq, situada em Piracicaba, e acredita, também, "piamente", que é uma foto da mansão do "Lulinha", que teria virado o maior fazendeiro do país, junto com seu pai, sem que exista uma única escritura, ou o depoimento - até mesmo eventualmente comprado - de um simples peão de fazenda ou de um funcionário de cartório, que aponte para alguma prova ou indício disso, como de outras "lendas urbanas", como a participação da família do ex-presidente da República na propriedade de um grande frigorífico nacional.
Ele crê, piamente, e divulga isso, todo o tempo, que todos os 600 mil presos brasileiros têm direito a auxílio-reclusão quando quase 50% deles sequer foram julgados, e menos de 7% recebem esse benefício, e mesmo assim porque contribuíram normalmente, antes de serem presos, para a Previdência, durante anos, como qualquer trabalhador comum.
Nada contra alguém ser de direita, desde que se obedeçam as regras estabelecidas na Constituição. Nesse sentido, o senhor Jair Bolsonaro presta um serviço à democracia quando diz que falta, no Brasil, um partido com essa orientação ideológica, e já se declara candidato à Presidência, por essa provável agremiação, ou por essa parcela do eleitorado, no pleito de 2018. 
Os mesmos internautas que pensam que Cuba é uma ditadura contagiosa e sanguinária, da qual o Brasil não pode se aproximar, ligam para os amigos para se gabar de seu novo smartphone ou do último gadget da moda, Made in República Popular da China, que acabaram de comprar.
Eles são os mesmos que leem os textos escritos, com toda a liberdade, pela opositora cubana Yoami Sanchez - já convenientemente traduzidos por "voluntários" para 18 diferentes idiomas - e não se perguntam, por que, sendo Cuba uma ditadura, ela está escrevendo de seu confortabilíssimo, para os padrões locais, APARTAMENTO de Havana, e não pendurada em um pau de arara, ou tomando choques e sendo espancada na prisão. 
Mas fingem ignorar que 188 países condenaram, há alguns dias, em votação de Resolução da ONU, o embargo dos Estados Unidos contra Cuba, exigindo o fim do bloqueio.
Ou que os EUA elogiaram e agradeceram a dedicação, qualidade e profissionalismo de centenas de médicos cubanos enviados pelo governo de Havana para colaborar, na África, com os Estados Unidos, no combate à pandemia e tratamento das milhares de vítimas do ebola. 
Ou que a Espanha direitista de Mariano Rajoy, e não a Coreia do Norte, por exemplo, é o maior sócio comercial de Cuba. 
Ou que há poucos dias acabou em Havana a XXXIII FIHAV, uma feira internacional de negócios com 4.500 expositores de mais de 60 países - aproximadamente 90% deles ocidentais - com a apresentação, pelo governo cubano, a ávidos investidores estrangeiros, como os italianos, canadenses e chineses, de 271 diferentes projetos de infraestrutura, com investimento previsto de mais de 8 bilhões de dólares.
Radical, anacrônica, desinformada e mais realista que o rei, a minoria antidemocrática que vai, eventualmente, para as ruas e se manifesta raivosamente na internet querendo falar em nome do país e do PSDB, pedindo o impeachment da presidente da República e uma intervenção militar, ou dizendo que é preciso se armar para uma guerra civil, baseia-se na fantasia de que a nação está dividida em duas e que houve fraude nas urnas, mas se esquece, no entanto, de um "pequeno" detalhe: quase um terço dos eleitores, ou mais de 31 milhões de brasileiros, ausentes ou donos de votos brancos e nulos, não votaram nem em Dilma nem em Aécio, e não podem ser ignorados, como se não existissem, quando se fala do futuro do país. 
Cautelosa e consciente da existência de certos limites intransponíveis, impostos pelo pudor e pela razão, a oposição tem se recusado a meter a mão nessa cumbuca, fazendo questão de manter razoável distância desse pessoal. 
Guindado, pelo voto, à posição de líder inconteste da oposição, o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, por ocasião de seu primeiro discurso depois do pleito, no Congresso, disse que respeita a democracia permanentemente e que "qualquer utilização dessas manifestações no sentido de qualquer tipo de retrocesso terá a nossa mais veemente oposição. Eu fui o candidato das liberdades, da democracia, do respeito. Aqueles que agem de forma autoritária e truculenta estão no outro campo político, não estão no nosso campo político". 
Antes dele, atacado por internautas, por ter classificado de "antidemocráticas" as manifestações pedindo o impeachment da presidente Dilma e a volta do autoritarismo, o agrônomo e assessor de marketing Xico Graziano, também do PSDB, já tinha afirmado que "a truculência dessa cambada fascista que me atacou passa de qualquer limite civilizado. No fundo, eles provaram que eu estava certo: não são democratas. Pelo contrário, disfarçam-se na liberdade para esconder seu autoritarismo".
E o vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, também negou, no dia primeiro, em São Paulo, que o partido ou a campanha de Aécio Neves estivessem por trás ou apoiassem - classificando-as de "irresponsáveis" - as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. 
É extremamente louvável a iniciativa do presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Côelho, de pedir a investigação e o indiciamento, que já estão em curso, pela Polícia Federal, com base na Lei do Racismo por procedência, dos internautas responsáveis pela campanha contra os nordestinos, lançada logo após a divulgação do resultado da eleição. 
Mas, se essa campanha é grave, mais grave ainda, para toda a sociedade brasileira, tem sido a pregação constante, que já ocorre há anos, pelos mesmos internautas, da realização de um Golpe de Estado, do assassinato e da tortura de políticos e intelectuais de esquerda, e de "políticos" de modo geral, além do apelo à mobilização para uma guerra civil, incluindo até mesmo a sugestão da compra de armas para a derrubada das instituições.
Cabe ao STF, ao Ministério Público, ao TSE, e aos tribunais eleitorais dos estados, que estão diretamente afeitos ao assunto, e à OAB, por meio de seus dirigentes, pedir, como está ocorrendo nos casos de racismo, a imediata investigação, e responsabilização, criminal, dos autores desses comentários, cada vez mais rançosos e afoitos, devido à impunidade, e o estabelecimento de multas para os veículos de comunicação, que os reproduzem, já que na maioria deles existem mecanismos de "moderação" que não têm sido corretamente aplicados nesses casos. 
A Lei 7.170 é clara, e define como "crimes contra a Segurança Nacional e a Ordem Política e Social, manifestações contra o atual regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito".
Há mais de 30 anos, pelas mãos de Tancredo Neves e de Ulisses Guimarães - em uma luta da qual Aécio também participou - e de milhões de cidadãos brasileiros, que foram às ruas, para exigir o fim do arbítrio e a volta do Estado de Direito, o Brasil reconquistou a democracia, pela qual havia lutado, antes, a geração de Dilma Rousseff, José Dirceu, José Serra e Aluísio Nunes, entre outros.
Por mais que se enfrentem, agora, essas lideranças, não dá para apagar, de suas biografias, que todos tiveram seu batismo político nas mesmas trincheiras, enfrentando o autoritarismo. 
Cabe a eles, principalmente os que ocupam, neste momento, alguns dos mais altos cargos da República, assumir de uma vez por todas sua responsabilidade na defesa e proteção da democracia, para que a Liberdade e o bom-senso não esmoreçam, nem desapareçam, imolados no altar da imbecilidade. 
Jornalistas, meios de comunicação, Judiciário, militares, Ministério Público, Congresso, Governo e Oposição, precisamos, todos, derrubar os pilares da estupidez, erguidos com o barro pisado, diuturnamente, pelas patas do ódio e da ignorância, antes que eles ameacem a estabilidade e a sobrevivência da nação, e da democracia.

China passa os EUA e é a maior potência comercial do planeta



PIB da China
     


Do Portal Vermelho


A CHINA TORNOU-SE A PRIMEIRA POTÊNCIA COMERCIAL DO PLANETA EM 2012, NO QUE ECONOMISTAS CONSIDERAM UM MOMENTO HISTÓRICO. MEDIDO PELA SOMA DE EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES DE MERCADORIAS, A POTÊNCIA ASIÁTICA PELA PRIMEIRA VEZ SUPEROU OS ESTADOS UNIDOS, EM NOVA MOSTRA DE SEU PERSISTENTE CRESCIMENTO NA ECONOMIA MUNDIAL. 

POR ASSIS MOREIRA
 


Os EUA totalizaram US$ 3,82 trilhões de exportações e importações. Já a China totalizou US$ 3,87 trilhões, segundo as últimas estatísticas divulgadas pelos dois países.

A China já era o maior exportador do mundo desde 2009. Agora surge como maior nação comerciante, mas ainda não é o maior importador global. Os EUA importaram US$ 2,2 trilhões de mercadorias, enquanto a nação asiática importou US$ 1,8 trilhão.

Na cena comercial em Genebra, em todo caso, mais importante é que os últimos dados das três maiores economias mostram uma retomada do crescimento.

A China e os EUA tiveram forte alta nas exportações. E a Alemanha teve seu segundo maior recorde de vendas externas em 60 anos, obtendo um saldo comercial de US$ 188 bilhões no ano passado.

Leia também:

O rigor chinês na defesa dos direitos trabalhistas



Fonte: Valor Econômico 
]http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=205693&id_secao=2

Maioria dos russos quer a volta da União Soviética



“Com o fim da União Soviética minha vida desmoronou. Antes eu vivia bem, podia sair de férias, podia passear nas montanhas. Hoje, não posso nem visitar meu irmão em outra cidade”. Essa declaração, do Sr. Evgueni, 49 anos, trabalhador da limpeza urbana de Moscou, mostra bem o sentimento da maioria dos russos em relação ao fim da URSS.


Em pesquisa realizada neste -21/02/13-mês pelo Instituto Levada de Moscou, 61% dos russos querem a volta da União Soviética. Na verdade, esse desejo é muito mais que um sentimento saudosista, pois outra pesquisa da WPO revela que nada menos 85% dos russos são favoráveis a reestatização das várias das empresas privatizadas, principalmente do setor energético/petrolífero.

Passados mais de 20 anos do golpe que derrubou a URSS, a população percebe claramente a drástica queda em seu padrão de vida e sofre na pele as conseqüências do regresso ao capitalismo. As promessas de mais desenvolvimento e liberdade feitas pelos defensores do capitalismo hoje estão completamente desmoralizadas. Em 2002, mais de um terço (36,2%) da população economicamente ativa estava desempregada, e a Rússia era, ao lado dos EUA, o país com o maior número de presidiários (7,3 por mil habitantes). Apesar de nos faltar uma pesquisa mais recente é muito pouco provável que tenha havido uma mudança significativa nesses números.

De uma nação soberana e admirada por todo o mundo, a Rússia tornou-se um país governado por máfias que se apoderaram primeiro do Partido Comunista e depois de todo o Estado, e o transformaram em uma máquina de enriquecimento pessoal.

Diante de tudo isso, a aposentada russa, Natalia Kokoreva, 60 anos, resume bem o que pensam os russos: “Não temos nada o que comemorar”.
Humberto Lima
Para ler sobre a pesquisa do Instituto Levada acesse:
news.yahoo.com/s/afp/20061208/lf_afp/russiaussranniversary_061208201505
Para ver a pesquisa do WPO (World Public Opinion) acesse:
Para ler sobre o desemprego na Rússia acesse:

A PF e o vazamento ilegal para Veja


Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A 48 horas do 2º turno da eleição presidencial deste ano, confirmou-se denúncia feita por este Blog no dia 26 de setembro: o perfil da revista Veja no Facebook divulgou dados sigilosos de investigação da operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que negociou “delação premiada” com o doleiro Alberto Yousseff.

Naquele final de setembro, poucas horas antes de participar de entrevista que a então candidata Dilma Rousseff concedeu a blogueiros no Palácio da Alvorada, publiquei o postGrupo “antipetista” da PF prepara denúncia para o 2º turno. Após a entrevista, Dilma disse que encaminharia minha denúncia ao ministro da Justiça, para que a investigasse.

Como acredito em Dilma, devo supor que o ministro José Eduardo Cardozo não deu bola à denúncia, pois, como eu disse no post, a existência de uma “banda antipetista” na PF não é segredo para ninguém e esses membros da instituição já vinham prometendo “causar” contra a presidente no 2º turno.

A capa de Veja divulgada na internet a 48 horas do segundo turno e usada como panfleto pelos cabos eleitorais contratados pelo PSDB remetia a conteúdo considerado ilegal pela Justiça Eleitoral e originou direito de resposta para o PT no site da revista, além de multa de 500 mil reais por cada hora que a publicação deixou de publicá-lo – Veja demorou cerca de 24 horas para cumprir a decisão da Justiça Eleitoral.

Além disso, segundo o jornal O Globo, “A Polícia Federal abriu inquérito para investigar as circunstâncias do vazamento de trechos de um depoimento em que o doleiro Alberto Youssef cita a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula (…)”






Por fim, segundo o jornal Valor Econômico o PT pediu ao Supremo Tribunal Federal apuração do crime eleitoral cometido por Veja.




A petição 5220 do PT foi distribuída no STF ao ministro Teori Zavaski.



Na madrugada de quinta-feira, 13 de novembro de 2014, o jornal O Estado de São Paulo publica denúncia que mostra quem são os componentes do “grupo antipetista da PF” que este blog citou em seu post de 26 de setembro.

Segundo o jornal, durante a campanha eleitoral delegados federais da Operação Lava-Jato atacaram duramente a presidente Dilma e o ex-presidente Lula enquanto exaltavam o candidato Aécio Neves.

Os membros da PF citados na matéria do Estadão são os seguintes:

1 – Delegado Igor Romário de Paula, que responde diretamente ao superintendente da Polícia Federal do Paraná e que atuou na prisão de Yousseff;

2 – Delegado Márcio Anselmo, coordenador da Operação Lava-Jato;

3 – Delegado Maurício Grillo;

4 – Delegada Erika Mialik Marena, que dirige a delegacia onde estão principais inquéritos da operação Lava-Jato.

Apesar de ser tentador dizer que a denúncia do Estadão deslindou o objeto da investigação aberta pela PF para descobrir quem deu informações sigilosas da operação Lava-Jato para a Veja, no mínimo esses delegados supracitados tornaram-se os principais suspeitos.

Alguma dúvida?

Lideranças comunistas conversam com Lula em São Paulo

Lideranças do PCdoB conversam com Lula em São Paulo

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Nesta quinta feira, 13 de novembro, em São Paulo, no Instituto Lula, uma delegação do Partido Comunista do Brasil liderada por Renato Rabelo, presidente da sigla, a vice-presidente do PCdoB Luciana Santos e o deputado eleito pelo PCdoB de São Paulo Orlando Silva Junior reuniu-se com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente do PT, deputado Rui Falcão. Em um clima de confiança mútua e de grande consideração os dirigentes partidários trocaram opiniões sobre o novo quadro político criado com a vitória da presidenta Dilma Rousseff para mais um mandato presidencial.
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula