sexta-feira, 30 de junho de 2017

Em memória de uma vítima esquecida do mundo que a Globo ajudou a criar em 1964. Por Paulo Nogueira


 

Dodora e seu sorriso invencível
Dodora e seu sorriso invencível
Uma figura feminina aparece na minha mente sempre que leio a respeito do papel da Globo no golpe de 1964.

Do Diário do Centro do Mundo
Não a conhecia até recentemente, mas me apaixonei assim que a vi.
Ela estava num documentário sobre o golpe a que assisti no ano passado.
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É um trabalho rústico, uma câmara e depoimentos. E é sublime como retrato de uma época sinistra.
O documentário foi gravado em 1971, no Chile. Os autores foram dois cineastas americanos – Haskell Wexler e Saul Landau — que estavam no Chile para entrevistar Allende.
Eles souberam que havia um grupo de exilados brasileiros com histórias de tortura e decidiram registrá-las com sua câmara. O grupo tinha sido trocado pelo embaixador da Suíça no Brasil.
Surgiria, como que por acaso, “Brasil, um relato da tortura”, um pequeno épico do cinema que não se curva aos poderosos. Eram talentosos os americanos. Haskell posteriormente receberia dois Oscars por trabalhos na área de fotografia de grandes produções de Hollywood.
É uma mulher que me fisga no filme, uma jovem médica que narra as barbaridades que ela e os companheiros sofreram nas mãos dos agentes da ditadura.
Ela é bonita, articulada, e pesquisando vejo que fascinou também os documentaristas americanos.
Ela tinha 25 anos na ocasião, e riu ao lembrar as torturas, que narrou meticulosamente. Parecia invencível diante das violências.
“Fui colocada nua numa sala com cerca de 15 homens”, disse ela. “Fui espancada e esbofeteada.”
Seu rosto bonito ficou, contou ela, completamente deformado, conforme queriam os algozes.
Durante a sessão puseram num volume ensurdecedor “música de macumba”, e ela lembrou que os torturadores pareciam “excitados, felizes” como se estivessem numa festa.
A certa altura, a agarraram pelos seios e puseram uma tesoura em seu mamilo. Pressionavam e soltavam, e ameaçavam extirpá-lo. Também diziam que iriam matá-la.
Uma das forças do vídeo é que os entrevistados mostram como eram as torturas, como o pau de arara. São reproduções realistas e assustadoras.
Comecei a ver, por sugestão de minha filha Camila, e não consegui parar em quase 1 hora de conteúdo extraordinário. Fiquei perturbado como há muito tempo não ficava.
E depois quis saber mais das pessoas. Particularmente dela: passados mais de quarenta anos, que estaria fazendo?
E então vem a parte triste. Como escreveu Machado de Assis em Dom Casmurro quando as coisas degringolam, pare aqui quem não quer ver história triste.
Maria Auxiliadora Lara Barcelos, este o nome daquela guerreira que comoveu aos cineastas e a mim. Dora ou Dodora, como a chamavam.
Ela não viveu para ver o fim do horror militar.
Pouco tempo depois, como Ana Karenina, se jogou sob as rodas de um trem. Ela estava com problemas psiquiátricos derivados da selvageria a que foi submetida, e tinha acabado de se consultar com seu médico.
Morava, então, em Berlim.
Dois anos depois de feito o documentário, Pinochet tomou o poder no Chile, e Dora teve que partir de novo.
Primeiro foi para a Bélgica, e depois para a Alemanha Ocidental. Era brilhante: passou em primeiro lugar entre 600 estrangeiros e conseguiu aprovação para complementar seus estudos de medicina na Universidade de Berlim.
Fiquei triste, quase enlutado, ao saber do que ocorreu com ela. Já imaginava entrevistá-la, e especulava sobre como ela estaria hoje. Conservaria vestígios da beleza sobranceira e altiva do passado?
Num voo mental, penso que se ela tivesse nascido na Escandinávia, hoje seria uma avó, cheia de histórias para contar aos netinhos. Fantasio-a de bicicleta em Copenhague, feliz entre pessoas que são felizes porque aquela é uma sociedade como prescreveu Rousseau: sem extremos de opulência e de miséria.
Mas ela nasceu e cresceu na terra da iniquidade, que combateu com coragem assombrosa e idealismo inexpugnável. Não há em sua fala vestígio de remorso por ter caminhado o caminho que escolheu.
Em Laura, o filme clássico de Preminger, o detetive se apaixona pela foto de uma mulher assassinada. Como que me apaixonei por Dora ao vê-la no documentário.
Fico tolamente satisfeito quando minha filha Camila me conta que, pesquisando, descobriu que Dilma prestara tributo àquela brasileira indomável.
Em fevereiro de 2010, quando o PT confirmou a candidatura de Dilma para a presidência da república, Dilma disse em seu discurso: “Não posso deixar de ter uma lembrança especial para aqueles que não mais estão conosco. Para aqueles que caíram pelos nossos ideais. Eles fazem parte de minha história. Mais que isso, eles fazem parte da história do Brasil.”
Dilma citou três pessoas. Uma delas era Dodora. “Dodora, você está aqui no meu coração.”
E no meu também.
E é nela que penso quando reflito sobre o papel da Globo no golpe.
E nela projeto todos os outros tombados.
A Globo ficará eternamente impune – rica e impune — pelos assassinatos que indiretamente promoveu ao abrir as portas para a ditadura?
Nem um miserável pedido de desculpas será endereçado à memória de Dodora?
Ninguém a protegeu em vida, que ela ceifou ao se atirar sob as rodas de um trem nas remotas terras germânicas.
E a opulência impeninente da Globo em seu cinquentenário mostra que também na morte Dodora continua desprotegida.
Roberto Marinho virou bilionário com o mundo que ele se empenhou tanto por moldar, o das botas e das metralhadoras assassinas, e Dodora só conseguiu escapar de tudo sob as rodas de um trem.
Tinha 31 anos.
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JORNALISMO BRASILEIRO PERDE O TALENTO DE PAULO NOGUEIRA

terça-feira, 27 de junho de 2017

Moro condenará Lula pela "convicção" dos injustos e a prática do déspota que persegue, tem lado e preferência

A prática do injusto é a mentira em forma de "convicção" e desprovida de provas, bem como o déspota, ou seja, o indivíduo arbitrário e autoritário, a prática se resume em concretizar seus desejos e satisfações, além dos prazeres dignos de um obsessivo, aquele que comete sistematicamente ações e atos persecutórios. Já explicava o Sigmund Freud!
Do site 247
Contudo o juiz Sérgio Moro não traduz apenas uma pessoa que possui caráter e personalidade dignos de um pequeno Mussolini criado no interior do Paraná, um dos estados mais conservadores e provincianos do Brasil, acostumado a eleger políticos direitistas da estirpe de Beto Richa (PSBB), dentre muitos outros governantes que mancharam com violência e sangue a historiografia da política paranaense.
O juiz Sérgio Moro é filho desse conservadorismo e, no decorrer da Lava Jato, deixou mais do que claro e transparente que está a serviço do establishment, tanto o norte-americano quanto o brasileiro. Nunca se fez de rogado para perseguir aqueles que o magistrado considera como inimigos políticos, bem como jamais se importou com as provas e as contraprovas, que absolveram Lula de acusações e denúncias imputadas ao político mais popular e consagrado da história do Brasil, juntamente com Getúlio Vargas.
Moro, em hipótese alguma, recolheu-se à leitura dos autos do processo de forma discreta, digna e republicana. Pelo contrário, os vazou, diuturnamente, pois compreendeu que, sem a propaganda negativa e de massa propagada pela imprensa de mercado mais golpista e corrupta do mundo ocidental, seria quase impossível condenar um político da grandeza de Lula.
O magistrado de província e de primeira instância, aliado dos tucanos e frequentador de seus convescotes, eventos sociais, empresariais e políticos, além de participante de palestras, como as apresentadas por empresas vinculadas aos interesses dos EUA e do empresariado mais reacionário deste País, a exemplo da Lide, do prefeito de São Paulo (PSDB), João Dória, o juiz Moro se transformou no principal interlocutor do consórcio do golpe, porque evidentemente ele tem a primazia de decidir, juntamente com sua equipe da Lava Jato formada por procuradores e delegados fragorosamente antipetistas, antilulistas e, irremediavelmente, vinculados ao campo da direita partidária, que há quatro eleições era derrotada pelo PT.
Moro é o principal interlocutor do Grupo Globo da família Marinho, além de IstoÉ, Veja, Folha e Estadão. O juiz de província se tornou a pedra angular do golpe de estado de direita que aconteceu no Brasil em 2016, a derrubar a presidente reeleita com 54,5 milhões de votos, realidade mórbida e violenta, que se tornou a página mais abjeta e deplorável da história deste País, porque o que veio depois do golpe é motivo para envergonhar e humilhar a sociedade brasileira no decorrer de décadas a fio.
A verdade é que vivemos em uma ditadura jurídico-midiática disfarçada, que destruiu o Estado Democrático de Direito e a democracia, de maneira que os adversários do status quo podem ser condenados à prisão sem ter cometido crimes, além de terem que se responsabilizar pelo ônus da prova, como ocorre, agora, com o ex-presidente Lula. É simplesmente diabólico!
Moro é um agente público a serviço dos setores políticos e da economia mais reacionários do País, com ramificações no governo norte-americano. Sua dedicação leonina para que o Governo Dilma fosse derrubado ficará, indelevelmente, nos anais da história, bem como em sua páginas mais fétidas, razões pelas quais suas ações e condutas servirão, no futuro, como exemplo de como um juiz não deve proceder e atuar.
Moro e seus cúmplices e agentes do golpe de estado de 2016 cometeram inúmeros crimes perante a sociedade e durante esse processo dantesco, que se ocorressem em um País com tradição democrática, cujas "elites" são razoavelmente civilizadas e, obviamente, mais nacionalistas, certamente que o provinciano e arbitrário juiz, que condena de forma infamante seus inimigos pelas manchetes da imprensa de negócios privados, seria afastado sumariamente de seu cargo, seria investigado para depois ser julgado, preso e, com efeito, demitido para o bem do serviço público.
E por que aconteceria esse processo contra tal juiz que se partidarizou e age como político inquestionavelmente ideológico? Porque ele cometeu crimes, sendo que o maior deles foi vazar o áudio em que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula conversavam, pois a finalidade era impedir que o Lula fosse nomeado chefe da Casa Civil, restabelecesse a base do governo, bem como o vazamento acelerou, por intermédio do condestável juiz Gilmar Mendes, a queda da presidente legítima e constitucional, pois pouco tempo depois se iniciou o processo tenebroso do impeachment (golpe).
O juiz Sérgio Moro e os procuradores e delegados da Lava Jato são useiros e vezeiros em cometer crimes em prol de algo maior, que ninguém sabe o que é, porque a verdade é que nenhum tucano corrupto e ladrão foi preso, assim como os políticos do DEM e do PPS estão livres, leves e soltos, a gargalhar da cara do povo brasileiro, além de o PMDB mandar neste País onde viceja e mora uma casa grande cucaracha, terceiro-mundista, amante do atraso e do retrocesso, que tem apoio de coxinhas celerados e irremediavelmente colonizados e ignorantes.
Entretanto, Moro está prestes a condenar o ex-presidente Lula sem provas, a reafirmar o inacreditável powerpoint leviano e mentiroso do procurador Deltan Dallagnol, aquele que pensa estar em uma cruzada cristã no Oriente Médio nos idos de 1300 e 1400 depois de Cristo. O procurador que já recebeu R$ 219 mil, e, evidentemente, está a lucrar com suas palestras, as quais eu sugeria que ele incluísse como tema a ser estudado a perseguição canina a Lula, porque realmente se trata de uma caçada humana contra alguém que nada se comprovou quando se trata de ter cometido crimes.
A Lava Jato, e toda pessoa atenta, percebe este fato com clareza, pois se tornou uma ferramenta de ouro para que servidores públicos ganhem fama, dinheiro e poder. Esta é a verdade. Os togados e meganhas recebem convites para dar palestras, irem a festas e reuniões, pois vendem seus produtos, a exemplo de livros, filmes e todo tipo de mimo para que esses empregados do poder público e da sociedade se tornem estrelas de momento e possam, no decorrer do tempo, usufruir das caçadas humanas que fizeram, independente de o denunciado ou acusado ser criminoso ou não, como ocorre, de forma surreal e covarde, com o Lula.
Dallagnol se recusa a deixar transparente os valores que recebeu com suas palestras. Tal sujeito do powerpoint leviano e mentiroso, porque desprovido totalmente de provas, recebe em média R$ 30 mil a R$ 40 mil por palestra. Porém, a Corregedoria do Ministério Público instaurou procedimentos para investigar o cruzado Dallagnol, pois tal procurador não as esclarece e não mostra os recibos, como o fez Lula, que declarou as palestras em seu imposto de renda e mesmo assim, tal qual o triplex do Guarujá, o líder brasileiro é acusado de ter cometido crimes, sendo que 73 pessoas, no caso do triplex, inocentaram o Lula de ser dono do apartamento, que na verdade pertence à OAS, mas sob a responsabilidade da Caixa Econômica, como explica e informa o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins:
"A verdade admite uma única interpretação — a da realidade dos fatos. Nada mais". É inadmissível que parte da imprensa continue a propagar inverdades sobre essa operação [a compra do triplex por parte de Lula]. A verdade atrapalha aqueles que desejam inviabilizar politicamente Lula e, por isso, atuam para mascarar os fatos".
E prosseguiu o advogado:
"A verdade admite uma única interpretação - a da realidade dos fatos. Nada mais. E a realidade sobre a propriedade do apartamento tríplex do Guarujá é indiscutível: o imóvel não é e nunca foi propriedade do ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva. É, sim, da OAS Empreendimentos S/A que deu, não apenas o apartamento 164 A, como as demais unidades do Edifício Solaris, em garantia de diversas operações financeiras que realizou– dentre estas a cessão fiduciária que citamos nas alegações finais da defesa de nosso cliente, na ação penal 5046512-94.2016.4.7000. A operação teve como beneficiário final o FGTS, administrado pela Caixa, em uma operação que envolveu a compra de debêntures pelo mencionado fundo. O FGTS comprou, portanto, dívida da OAS e uma das garantias recebidas envolveu os créditos decorrentes de uma venda futura do triplex (...)".
Como se vê, percebe-se, o total bloqueio da Lava Jato quanto à verdade dos fatos. Acontece esta afronta ao Direito e ao Estado Democrático de Direito porque o ex-mandatário de esquerda e trabalhista não pode, não deve e não tem o direito de concorrer à Presidência da República. Moro não age sozinho. O juiz de direita tem chefe e patrão.
Os chefes são os próprios STF e PGR e o patrão é a CIA, a Secretaria de Estado dos EUA e os grandes trustes internacionais do petróleo, associados que são com a indústria de armas e a banca internacional, que englobam os grandes conglomerados privados, que estão a mandar no mundo, em uma ordem universal, que asfixia os estados nacionais e domina todos os mercados internos dos países subjugados pelo neoliberalismo globalizado.
O Brasil tem um Judiciário (PF, MPF e STF) e um governo que assumiram o poder por meio de um golpe de estado das bananas completamente vinculados e leais aos interesses governamentais, econômicos e geopolíticos dos EUA. Essa gente efetiva golpes e se submete aos interesses estadunidenses. Trata-se de um consórcio estatal-privado inimigo da independência e da soberania do Brasil e dos brasileiros. Não tem jeito. A colonização desse setores está entranhada em suas mentes e corações. A subalternidade e a subserviência não os envergonha e muito menos os humilha. Para eles é o certo, o correto. Essa gente é vira-lata e não tem a mínima compreensão do que é soberania e desenvolvimento.
São agentes alienígenas, com os olhos sempre voltados para os EUA e para casa grande bananeira. Vivem no Brasil como poderiam viver em qualquer outra republiqueta com a cara e focinho deles. É assim que a banda toca: políticos nacionalistas e desenvolvimentistas no Brasil caem do poder e são perseguidos como se fossem caças, não é mesmo Leonel Brizola, Miguel Arraes, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Getúlio Vargas, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva? Não é verdade? O Moro é apenas mais um verdugo da segunda década do século XXI, como poderia muito bem ser um meganha do passado. Só é diferente a época e a data...
Após prender o ex-ministro Antonio Palocci também sem provas contundentes, porque a verdade é que o PT governou e desenvolveu o Brasil, como ocorreu com o ex-ministro José Dirceu, Moro em sua sentença indescritível e inominável, citou Lula 68 vezes! Trata-se da obsessão em enésima potência, até porque o Lula não consta como réu na ação penal que condenou o Palocci. Tudo isso é para "preparar" a condenação de Lula, que já estava condenado desde que a Lava Jato se iniciou. A verdade dói àqueles que são mentirosos e enganadores, que vivem de manipulação e de distorção, seja do fato ou da realidade.
Lula está condenado, porque o maior político da história do Brasil venceu e não fracassou, bem como somente ele neste momento agudo e violento pelo qual passa a sociedade brasileira poderá retomar a estabilidade institucional e o crescimento econômico, realidades essas que não interessam à casa grande deste País e ao establishment dominado pelos Estados Unidos. O juiz Moro é subalterno aos donos do sistema, como o é também o corrupto e traiçoeiro *mi-shell temer.
Como citei acima, não interessa a retomada da democracia e do Estado de Direito agora porque a direita necessita de um candidato competitivo e ela não o tem, até porque o PSDB está morto, pois se afogou ao abraçar o afogado, exemplificado no tenebroso *temer — o presidente(sic) pária e tratado como bastardo pela comunidade internacional. O PSDB entrou na história como partido golpista, usurpador e cúmplice ativo de um desgoverno de ladrões.
Moro sabe disso tudo. Ele compreende, pois não é um idiota. O juiz do PSDB do Paraná compreende realmente a história e a dimensão de seus atos e ações, afinal ele vazou conversas entre presidentes porque percebeu que naquele momento feriria de morte a presidente Dilma Rousseff, no que tange à sua deposição por um golpe de terceiro mundo, assim como daria início, de forma mais dura e sistemática a perseguição a Lula.
Ao juiz Sérgio Moro, se a vida é justa, que o retorno a ele venha a galope, porque o Brasil está humilhado e destruído como Nação, pois irrefragavelmente dividido, desempregado, pobre e violento, além de ter sido comprovado que jamais este País sentará à mesa dos grandes países e decidir as questões do planeta e seu destino. A casa grande para a qual o juiz Moro e seus asseclas trabalham é vira-lata, servil, subalterna, subserviente e, irremediavelmente, colonizada.
Que o Moro receba seu galardão e aproveite seu prêmio que sempre será de antanho, conforme suas desventuras, diatribes e perseguições. A hipotética prisão de Lula é a real constatação de que a democracia e a luta pela igualdade são incompatíveis com a casa grande e seus capatazes, a serviço de seus patrões externos.
A prisão de Lula humilha o Brasil e justifica a falta de credibilidade por parte do povo em relação ao STF — o vaticinador e o carimbador do golpe de estado de 2016. Mais um para a coleção de juízes burgueses e socialmente alienados. O tribunal permissivo e elitista, que deveria devolver o mandato a Dilma Rousseff conquistado pelas urnas soberanas, afinal se comprovou por meio de provas robustas, documentadas, filmadas e gravadas que o golpe serviu para colocar ladrões no poder — a verdadeira quadrilha que entrega o Brasil e não há um procuradorzinho qualquer para denunciá-la por desmontar e o Estado nacional.
Os "intocáveis" preferem posar para o cinema, vender livros e dar palestras do que impedir a entrega do patrimônio público brasileiro. Eles preferem combater a candidatura Lula à luz da ribalta midiática e por intermédio de acusações frívolas, sem base e desprovidas de quaisquer provas. É o fim da picada! Lula poderá ser preso, mas o consórcio de direita da Lava Jato terá seu quinhão negativo e altamente questionado pelas páginas da história.
Assim como se percebe que o STF dá uma de João sem braço para manter o golpista *mi-shell temer no poder e evitar a prisão do senador Aécio Neves (PSDB), o golpista-mor, o derrotado que afundou o Brasil nesse lama podre e fétida, nota-se que o poder do juiz Sérgio Moro foi superdimensionado por ser ele considerado o homem escolhido para a linha de frente, a fazer o trabalho sujo contra os direitos e as garantias dos cidadãos, a exemplo de Lula.
O ex-presidente não roubou e muito menos se dispôs a destruir sua invejável biografia política e histórica vida para ter uns caraminguás em forma de sítio, apartamento e favores risíveis e ridículos, que se observados com seriedade e atenção jamais poderiam ser levados a sério por quem acusa, denuncia e julga. Lula é o "chefe da quadrilha", mas quem recebeu milhões e milhões em dinheiro vivo, bem como têm contas no exterior e patrimônios milionários são seus subordinados. Absolutamente incrível. Chegam a ser surreais e patéticas tais circunstâncias evidenciadas pelos procuradores coxinhas da Lava Jato.
O magistrado de Maringá condenará Lula pela "convicção" dos injustos e a prática do déspota que persegue, tem lado e preferência política, partidária e ideológica. Juiz Moro, vossa excelência é o verdugo dos golpistas e da democracia! Lula não cometeu crimes e, se for impedido de ser candidato, elegerá quem ele indicar, além de o Brasil recrudescer a violência e a divisão que ora afligem e retiram do brasileiro a paz social, mas jamais seu senso de justiça. Lula candidato é a democracia e o Estado de Direito a civilizar e pacificar a Nação. É isso aí.
texto de:
DAVIS SENA FILHO
Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre

segunda-feira, 26 de junho de 2017

FHC ironiza o “prefake” João Doria



Por Altamiro Borges

O “prefake” João Doria, com seu estilo marqueteiro de governar São Paulo, não está agradando nem os tucanos históricos. Nesta sexta-feira (23), durante uma palestra para empresários do setor médico em um hotel na Zona Sul da capital paulista, o principal mentor intelectual do PSDB, o velhaco FHC, ironizou a gestão do novato no ninho. Segundo relato da insuspeita rádio Jovem Pan, “o ex-presidente da República disse que não viu ainda muitas realizações de João Doria Júnior, mas ressaltou que ele é bom em utilizar redes sociais e celulares. ‘Isto aqui [celular] está no meu bolso, não na minha alma. O mundo hoje tem isso aqui na alma. O prefeito está fazendo algum sucesso porque manipula isso aqui o dia inteiro. Ele mudou alguma coisa? Eu ainda não vi. Mas [mexer] aqui ele sabe’, afirmou”.

A declaração de FHC confirma que as bicadas no ninho são cada dia mais sangrentas. Os tucanos não se entendem. Uma parte prega a imediata debandada do covil golpista de Michel Temer, temendo o desgaste eleitoral. Outra parte insiste em continuar na base de sustentação da quadrilha no poder, mamando nas tetas do Estado. Além deste impasse, a briga no ninho antecipa a definição do PSDB sobre o futuro presidenciável da sigla. O cambaleante Aécio Neves virou pó com as delações sobre as propinas dos chefões da JBS; o governador Geraldo Alckmin – o “Santo” das planilhas da Odebrecht – também está fragilizado; e o doente José Serra sumiu do noticiário. Neste cenário conturbado, o “prefake” João Doria despontou como potencial candidato.

FHC e outros velhos tucanos, porém, não toleram o novato no ninho. Nos bastidores, eles tratam o “prefake” como uma farsa. Para viabilizar sua candidatura à prefeitura paulistana, João Doria teve o apoio do governador paulista. Na ocasião, FHC, Serra e outros fundadores do PSDB ainda tentaram reagir ao rolo compressor do Palácio dos Bandeirantes, mas foram derrotados por Geraldo Alckmin. Hoje, porém, o criador e a criatura estão com as relações abaladas. O “picolé de chuchu” até acionou seus aspones para enquadrar o filhote oportunista. A ironia de FHC deve tornar ainda mais sangrentas as bicadas no ninho. A conferir!

Em tempo: como lembrou a Folha neste sábado (23), “esse não é o primeiro estranhamento público entre FHC e Doria. Em março, por exemplo, em entrevista ao jornal ‘O Globo’, FHC comentou o discurso do prefeito de que é ‘gestor, e não político’ e a viabilidade de ele concorrer ao Planalto em 2018. ‘O Brasil está cheio de bons gestores e nem todos viram líderes. O importante na política é ser líder. Liderança você constrói e leva tempo. Para governar, tem também que ter credibilidade. Isso não é igual a popularidade’. Doria rebateu no primeiro evento público em seguida. ‘Respeito muito o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas eu só lembro que ele previu que eu não seria eleito nas prévias para ser candidato pelo PSDB’, disse. ‘FHC apoiou outro candidato, o que não muda minha admiração. Ele mesmo já confessou que, quando comecei a campanha para prefeito de SP, acreditava que eu não seria eleito. Venci as duas. Os dois primeiros prognósticos do FHC ele errou’”.

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