sábado, 4 de março de 2017

SALVADOR: Vídeo mostra momento em que seguranças da CCR Metrô dá gravata em senhora




Da Black Brasil



Na fila para entrar no ônibus,  uma senhora foi imobilizada por um dos seguranças do Grupo CCR metrô de forma violenta. O caso aconteceu na manhã deste sábado (18).

Em conversa com uma passageira que pediu anonimato, a senhora agredida estava aguardando na fila do ônibus, mas foi ao banheiro. Quando voltou, o coletivo já havia chegado e as pessoas estavam entrando, então ela tentou passar na frente de outros passageiros e dois seguranças a impediram de entrar no coletivo. Um dos seguranças da empresa CCR Metrô que participou da ação, chegou a dar uma chave de braço na senhora.



Veja o vídeo abaixo:

O Brasil que ignora o assassinato de um menino no Habib’s tira selfies com o goleiro Bruno.


João Victor Souza de Carvalho, assassinado no Habib’s - Bruno tira selfies com seus fã na saída do fórum.

“Hoje as esfihas têm cheiro de morte”, estava escrito em um cartaz durante o protesto de quinta, dia 2, pela morte de João Victor Souza de Carvalho, ocorrida no último domingo em frente a uma unidade da lanchonete Habib’s da zona norte de São Paulo.

A manifestação, contudo, não teve muitas adesões.

Por que ninguém parece se importar com a morte de um garoto de 13 anos, dependente químico, que costumava pedir uns trocados e também comida em frente ao estabelecimento?

O MOMENTO EM QUE JOÃO VOCTOR, 13 ANOS, É PERSEGUIDO E ARRASTADO PELO GERENTE E O SUPERVISOR DO HABIB’S



Uma das razões é a pouca exposição do caso na grande mídia. A rede Habib’s é um grande anunciante. Em tempos de crise pode ser melhor proteger o patrocinador do que praticar bom jornalismo.

Um segundo motivo é a criminalização da vítima. “Um moleque de 13 anos, aparentemente drogado, ameaçando quebrar o estabelecimento, ameaçando as pessoas, queria o que, ser recebido com abraços? Ele colheu o que plantou”, escreveu a leitora Samanta Halmenchlager, do G1.

O Habib’s tem histórico. Em julho de 2014, o gerente de uma outra unidade jogou óleo quente em um casal de clientes. Lígia Tatto e Lucas Oliveira Lopes procuraram-no pois afirmavam terem sofrido um furto de celular dentro do estabelecimento. O gerente então jogou óleo nos jovens após ‘pensar que seria agredido’. O casal sofreu queimaduras.

É pouco provável que o boicote ao Habib’s sugerido pela jornalista Hildegard Angel tenha grandes efeitos. “Que horror a atitude do Habbib’s. Espancarem uma criança frágil provocando sua morte. Corações de ferro. Não passo mais nem na porta. Boicote!”, escreveu ela nas redes sociais, referindo-se ao fato de um segurança e o gerente terem participado das agressões que resultaram na morte de João Victor.

Os funcionários que vinham dizendo não ter envolvimento e nem mesmo que houvesse ocorrido a agressão (inicialmente disseram que o menino teria apenas ‘passado mal’ e sido levado a um hospital), após imagens divulgadas os contradizerem, agora afirmam ter sido um cliente que agrediu o garoto com o soco na cabeça testemunhado e relatado por Silvia Helena Croti.

Catadora de material reciclável, Silvia foi descartada preconceituosamente pelos PMs que lhe disseram que seu relato não valia pois ela ‘era noia’. Inconformada, Silvia foi voluntariamente ao 28º DP e prestou depoimento.

Desde o início, toda a história estava muito mal contada por policiais e funcionários da lanchonete. A própria cronologia apontava que algo estranho tinha acontecido (o ocorrido se deu às 19:00 do domingo; O registro foi lavrado apenas às 4 da manhã do dia seguinte e as investigações começaram só depois do fim do carnaval).

Diante das imagens, o Habib’s decidiu afastar os funcionários envolvidos. Até então, a nota anterior era um primor de evasivas.

A atitude contra o menino João Victor é digna de regimes segregacionistas. Se o garoto estava alterado, a ambulância deveria ter sido chamada antes para contê-lo, e não depois de um linchamento. Mas as Sheherazades da vida já causaram estrago suficiente na cabeça de muita gente.

No mesmo dia do protesto vazio, o goleiro Bruno foi ao fórum de Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte. Ganhou autorização para viajar ao Rio de Janeiro.

Na saída, tirou “selfies” com vários fãs, inclusive um homem que usava máscara de cachorro. Saudações do Brasil do golpe.

Fonte: DCM

quarta-feira, 1 de março de 2017

Abutres financeiros temem volta de Lula










Os abutres financeiros – que se entusiasmaram com o “golpe dos corruptos” que alçou Michel Temer ao poder – temem pela vitória de Lula nas eleições presidenciais de 2018. Eles estão fazendo bilionários negócios e ganhando muito dinheiro com os usurpadores que assaltaram o Palácio do Planalto. 

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a revista estadunidense Forbes, dedicada à chamada elite empresarial – ou seria cloaca burguesa? – publicou um longo artigo sobre a economia brasileira e as perspectivas do futuro. Trechos da matéria foram traduzidos e reproduzidos pelo Jornal do Brasil sob o título: “Forbes: Investidores analisam possibilidade de Lula vencer em 2018”. A publicação ouviu apenas os agentes do mercado financeiro, os famosos abutres. Eles se dizem animados com o fim da recessão no país e – muito excitados – com as contrarreformas neoliberais orquestradas pelo covil golpista. O temor, afirmam, é com o retorno de Lula em 2018.

“Matéria publicada nesta quinta-feira (24) pela Forbes conta que após quase três anos de recessão a economia brasileira está crescendo novamente. Nada de muito significativo, mas sair da taxa negativa já anima os investidores... Mas existe uma faísca de preocupação lá fora que tem menos a ver com o aumento dos preços dos títulos brasileiros e mais a ver com a conversa de Luiz Inácio Lula da Silva retornando ao poder em 2018... O PT que ele criou foi golpeado pelos eleitores em outubro. Ainda assim, Lula não pode ser descartado como forte candidato à Presidência. Ele é, de longe, a maior estrela política do Brasil”.

Para Mike Reynal, gerente do fundo Sophus Capital, “seria ruim para a economia um retorno de Lula em 2018. ‘Uma nova presidência de Lula seria manchada de lembranças de corrupção, má administração e burocracia judicial ligadas à presidente Dilma... Seríamos definitivamente mais céticos’, afirma... ‘O mercado já está especulando que o Brasil pode obter crédito quando aprovarmos a reforma das pensões’, diz Fernando Bergallo, diretor da FB Capital. ‘Uma vitória de Lula acabaria com tudo isso. Sem dúvida, Lula seria um desastre para as finanças do país e traria pânico para os mercados financeiros’, diz ele”.

Os abutres financeiros – que se entusiasmaram com o “golpe dos corruptos” que alçou Michel Temer ao poder – temem pela vitória de Lula nas eleições presidenciais de 2018. Eles estão fazendo bilionários negócios e ganhando muito dinheiro com os usurpadores que assaltaram o Palácio do Planalto. A entrega do pré-sal, os cortes dos gastos públicos em saúde e educação, as privatizações de estatais e as contrarreformas trabalhista e previdenciária, entre outras medidas de desmonte da nação e do trabalho, animam esta gente ambiciosa, sem qualquer escrúpulo ou caráter. Daí o medo diante do risco da volta de Lula!

Aliado de Bolsonaro foge de cerco policial

Até hoje, o extremista Jair Bolsonaro contou com a cumplicidade dos seus pares no parlamento e com os holofotes da mídia. Esta covarde conivência permitiu que ele ganhasse adeptos com seus discursos de ódio e pontos nas pesquisas de opinião. Na mais recente sondagem da CNT, ele inclusive ultrapassou os tucanos de alta plumagem – como Aécio Neves, José Serra e 

Por Altamiro Borges

A situação do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato da extrema-direita para as eleições presidenciais de 2018, pode se complicar nos próximos dias. Uma rede de seguidores do fascista manipulou o protesto de 21 dias da Polícia Militar do Espírito Santo por melhores salários e contra o arrocho do governador Paulo Hartung. Segundo as investigações, ela teria estimulado atos de violência, com chacinas e saques. Agora, porém, os principais líderes desta suposta conspiração, que causou pânico e terror na população capixaba, estão sendo investigados e presos. Um deles, o ex-deputado federal Capitão Assumção – muito ligado a Jair Bolsonaro – conseguiu escapar de um cerco policial neste final de semana.

Segundo reportagem do jornal Estadão, assinada pelos repórteres Leonêncio Nossa e Adriana Fernandes, “a Justiça Militar do Espírito Santo decretou no sábado (25), a pedido do Ministério Público Estadual, a prisão de quatro policiais por envolvimento no motim dos policiais militares do Estado. Eles são acusados de incitar o movimento e de aliciamento de outros policiais com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais. A polícia tentou prender os quatro em suas casas, mas não os encontrou. Um deles, o ex-deputado federal e militar da reserva conhecido como capitão Assumção, foi encontrado mais tarde no 4º Batalhão da PM, em Vila Velha. Os policiais da Corregedoria da PM chegaram a detê-lo, mas ele escapou”. Bem estranho!

“Segundo agentes da equipe que tentou prendê-lo, Assumção, que é aliado do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), conseguiu fugir em meio a um tumulto criado por um grupo de colegas e de mulheres de policiais amotinados, que se manifestava em frente ao quartel. Houve troca de empurrões e o ex-deputado escapou depois de receber voz de prisão. Dos quatro militares que tiveram a prisão decretada, apenas o tenente coronel Carlos Alberto Foresti havia sido detido até a conclusão desta edição. O oficial se apresentou no sábado na unidade da Polícia Militar de Itaperuna, no Rio de Janeiro, e foi encaminhado para o presídio da Polícia Militar do Espírito Santo, em Vitória”.

Ainda de acordo com a reportagem, a corregedoria da PM informou que está adotando as medidas necessárias para cumprir as ordens de prisões dos demais policiais. Segundo o jornal, o ex-deputado Capitão Assumção, filiado ao mesmo partido de Jair Bolsonaro, foi um dos principais líderes do motim. “Ele teve participação presencial nas entradas dos quartéis e na divulgação de mensagens de apoio nas redes sociais. No sábado, o Estado mostrou que o motim contou com o apoio de um grupo aliado de Bolsonaro no Espírito Santo. O secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Eugênio Ricas, disse que há indícios claros de que o movimento foi de ‘fachada’ motivado por interesses políticos e econômicos”.

“Sem citar nomes, o secretário afirmou que o Espírito Santo viveu um quadro de ‘terrorismo digital’ por meio da disseminação de informações falsas e boatos com o objetivo explícito de colocar a população em pânico, paralisar o transporte público e fechar o comércio. Segundo Ricas, 80% das mensagens partiram de pessoas e redes de fora do Estado. ‘O que se espera de um movimento como esse que toda a movimentação seja do Estado, principalmente dos policiais, mas não foi o que aconteceu’, disse. O secretário informou que há indícios robustos dos interesses políticos e econômicos por trás do movimento. Dados pessoais do secretário e de seus familiares foram invadidos e disseminados por e-mail durante o fim de semana. ‘Fica evidente a ousadia desse grupo e o que eles são capazes’, afirmou”.

Ainda de acordo com Eugênio Ricas, “pode ter havido crime contra as leis de Segurança Nacional e de Terrorismo”. O deputado Jair Bolsonaro, que adora pregar maior repressão militar contra grevistas e protestos sociais – recentemente, ele rosnou mais uma vez contra o MST e o MTST –, que se cuide. Ele pode ser vítima da sua própria língua ferina e das suas provocações fascistas!

Comunidade judaica rejeita Bolsonaro

Até hoje, o extremista Jair Bolsonaro contou com a cumplicidade dos seus pares no parlamento e com os holofotes da mídia. Esta covarde conivência permitiu que ele ganhasse adeptos com seus discursos de ódio e pontos nas pesquisas de opinião. Na mais recente sondagem da CNT, ele inclusive ultrapassou os tucanos de alta plumagem – como Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin –, despontando como possível concorrente de Lula nas eleições presidenciais de 2018. Diante deste alarmante risco, vários setores da sociedade começam a se manifestar. Nesta semana, integrantes da comunidade judaica reagiram com um abaixo-assinado na internet contra o convite do clube Hebraica de São Paulo ao notório fascista. Vale conferir o manifesto:

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Não aceitamos Bolsonaro na Hebraica- SP

Impossível ficar passivo ao convite para que Jair Bolsonaro venha ser entrevistado para uma plateia na Hebraica de São Paulo.

Tomados pela incredulidade de convite para entrevista com plateia de Jair Bolsonaro na sede do clube, nós judeus brasileiros chamamos a direção da Hebraica-SP para ponderar as implicações de tal atividade para a comunidade judaica brasileira como um todo, e a paulista em especial.

Bolsonaro representa a extrema direita brasileira e em todas oportunidades em que lhe é permitido falar, explora e ataca as minorias entre as quais, nós judeus, nos encontramos.

Ele é homofóbico, misógino, racista e antissemita por natureza e convicção. Idolatra a extrema direita neonazista e admira os torturadores da ditadura militar, a qual enaltece em todas as oportunidades.

Por tudo isso que em nome da memória de Vladmir Herzog, Iara Iavelberg, Ana Rosa Kucinski, Gelson Reicher, Chael Charles Schreier, e tantos outros judeus vítimas da ditadura, os abaixo assinados pedem que a Hebraica-SP não permita ato com Jair Bolsonaro na sede do clube.


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Em tempo: A Folha desta terça-feira (28) informa que a palestra do troglodita agendada para março “dividiu a comunidade judaica” e foi suspensa pelo clube Hebraica. “De um lado, interessados e simpatizantes do deputado de extrema direita, provável candidato a presidente em 2018, indignaram-se com a decisão da diretoria do clube, a qual chamaram de censura. De outro, críticos de Bolsonaro articularam abaixo-assinado com mais de 2.700 nomes como o do ex-ministro Renato Janine Ribeiro. Nas redes sociais, afloraram protestos contra a iniciativa, vista como gesto de anuência aos valores defendidos pelo político. Bolsonaro é alvo de processos de cassação na Câmara por acusações como ser homofóbico e favorável à tortura”.

Segundo o empresário gaúcho Mauro Nadvorny, que organizou o abaixo-assinado, o convite foi um erro e gerou reações. “Tomou essa proporção por tudo de ruim que representa o Bolsonaro. Um cara racista, misógino, antissemita pensar em ser recebido em um clube da comunidade é, por si só, terrível... Tem aqueles que se deixam seduzir pelo canto da sereia, que, neste caso, nos remete ao holocausto. Quando Hitler começou, também teve apoio de judeus”