sábado, 8 de abril de 2017

Moro recebe vaias e protestos em palestra na Alemanha; veja vídeo


Brasileiros protestaram contra a presença do juiz responsável por coordenar a Operação Lava Jato | Foto: Cejana Di Guimarães/Mídia Ninja


Em um dos cartazes lê-se em alemão: a pior ditadura é a falsa justiça | Foto: Cejana Di Guimarães/Mídia Ninja


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Moro participou nesta sexta-feira (09) de uma palestra sobre corrupção na Universidade de Heidelberg e as manifestações e críticas durante a apresentação já eram previstas.
Durante a semana cartas foram enviadas por importantes professores da universidade avisando. “Já houve uma série de protestos em forma de documentos encaminhados aos anfitriões do encontro, professores, alertando sobre quem eles estavam convidando”, disse o colunista da Rádio Brasil Atual Flávio Aguiar. “Claro, um alerta em termos, eles sabem quem é Moro, mas cartas foram escritas alertando que o juiz não é um paladino contra a corrupção, e sim um paladino contra um partido”, completa o repórter.
“O juiz federal Sérgio Moro incorreu em posturas as quais foram determinantes para o clima político de derrubada de um governo legítimo servindo, desta forma, aos piores interesses antidemocráticos”, diz o texto, em referência ao vazamento de uma escuta telefônica entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no período de crise pré-impeachment.

Brasileiros protestaram contra a presença do juiz responsável por coordenar a Operação Lava Jato | Foto: Cejana Di Guimarães/Mídia Ninja
Em um dos cartazes lê-se em alemão: a pior ditadura é a falsa justiça | Foto: Cejana Di Guimarães/Mídia Ninja

sexta-feira, 7 de abril de 2017

EUA ataca Síria traiçoeiramente com mísseis Tomahawk



DO PORTAL VERMELHO

Instante em que se inicia o ataque americano contra a Síria, a partir de um vaso de guerra no MediterrâneoInstante em que se inicia o ataque americano contra a Síria, a partir de um vaso de guerra no Mediterrâneo
Como em diversas outras ocasiões na História, a administração americana usou de um pretexto torpe para dar início a um ataque militar, desta vez contra a Síria, país que está sendo devastado por terroristas há sete anos. O pretexto foi o suposto ataque sírio com armas químicas na região de Idlib na terça-feira. Algo negado de forma categórica pelo governo local.

O ataque foi realizado contra a base aérea síria de Homs, com cinco dezenas de mísseis Tomahawk. O governo da Rússia já havia advertido que o ataque com armas químicas provavelmente era obra de terroristas do grupo Estado Islâmico, que desde março de 2011 fustiga o país. O grupo, como já foi provado por organizações internacionais, é financiado e armado por potências locais, como a ditadura da Arábia Saudita e a do Catar. Países ocidentais, como os Estados Unidos, também apoiam com armas e munição os grupos terroristas.

No pronunciamento, Trump disse ter ordenado o ataque e que, apesar de não haver prova alguma de que o governo sírio tenha utilizado armas químicas, "não pode haver dúvida de que a Síria usou armas químicas proibidas, violou suas obrigações sob a convenção de armas químicas e ignorou os alertas do Conselho de Segurança da ONU."

O alvo, a base aérea de Shayrat, na província de Homs, foi escolhido pelos Estados Unidos porque é a sede de uma das maiores instalações militares do país, com o pretexto de que "de lá teria partido o suposto bombardeio com armas químicas".

O ataque representa uma ruptura significativa com a postura da daministração anterior, que relutava em entrar, de fato, militarmente na guerra síria, ao mesmo tempo que desvia o foco da campanha militar contra o Estado Islâmico.

A Rússia vai exigir a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir o ataque balístico dos EUA, disse na madrugada desta sexta-feira o chefe do Conselho da Federação Russa, Victor Ózerov, à agência Sputnik.

O governador da província síria de Homs, Talal Barazi, disse que a base aérea que foi alvo dos mísseis americanos era usada para apoiar as operações do exército sírio contra o Estado Islâmico. Segundo ele, que este passo só ajudou os terroristas.

"A liderança síria e a política síria não vai mudar. Este golpe não foi o primeiro e, penso eu, não será o último", disse ele em uma entrevista por telefone para a televisão nacional síria.


Do Portal Vermelho, com agências

quinta-feira, 6 de abril de 2017

TIRAR BOLSONARO DO PARLAMENTO E DA SOCIEDADE: ELE É UMA DOENÇA CONTAGIOSA

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Dizer que os quilombolas não servem nem pra procriar é engano seu. Resistimos aos navios negreiros, à escravidão e somos hoje cerca de 6 mil comunidades quilombolas em todo território nacional. Trabalhamos para construir o Brasil, inclusive na condição de escravizados por mais de 300 anos

Acordar e visualizar um ataque brutal, por alguém que infelizmente ocupa um lugar de representação do povo no parlamento brasileiro, é experimentar mais uma vez as dores da escravidão. Inconformado por não poder escravizar o povo negro e indígena, se vale do dinheiro público para propagar seu racismo, sua homofobia e seu ódio. Quem faz apologia ao estupro, à violência com declarações criminosas e estimula o genocídio, o etnocidio e elogia aqueles que torturaram e mataram durante a ditadura militar, só pode receber do povo brasileiro e do mundo, o desprezo e o pedido para que a justiça o puna conforme a Lei 7.716 de 5 de janeiro de 1989 que prevê ato de racismo como crime inafiançável e imprescritível. Não é possível aceitar que as pessoas ouçam um ataque dessa natureza e ainda o aplaudam. Bolsonaro é uma doença contagiosa e tem que ser retirado imediatamente do meio da sociedade. Dizer que os quilombolas não servem nem pra procriar é engano seu. Resistimos aos navios negreiros, à escravidão e somos hoje cerca de 6 mil comunidades quilombolas em todo território nacional. Trabalhamos para construir o Brasil, inclusive na condição de escravizados por mais de 300 anos e mesmo com o fim do regime escravista, continuamos sendo explorados. As comunidades quilombolas lutam diuturnamente para manter viva sua cultura e permanecer em seus territórios. Nós quilombolas não devemos nada a Bolsonaro. É ele e seus descentes quem nos devem. Resistiremos sim e não vamos nos calar. BOLSONARO É RACISTA E RACISMO É CRIME INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL.
Givânia Silva, quilombola, membro da CONAQ, ex. Secretária Nacional de Políticas para as Comunidades Tradicionais e doutoranda do curso de sociologia da UNB.

Filme sobre Lava-Jato usa até avião da PF

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Imaginem, apenas imaginem, se Dilma Rousseff fosse presidente e a Polícia Federal cedesse agentes, helicópteros, armas, uniformes e até um avião para um filme contra Fernando Henrique Cardoso ou contra Aécio Neves.

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Imaginem, apenas imaginem, se Dilma Rousseff fosse presidente e a Polícia Federal cedesse agentes, helicópteros, armas, uniformes e até um avião para um filme contra Fernando Henrique Cardoso ou contra Aécio Neves. Segundo os deputados petistas Wadih Damous, Paulo Teixeira e Paulo Pimenta, foi isso que aconteceu com o filme sobre a Lava-Jato que está sendo produzido e que tem Lula como “protagonista”. Os deputados vão entrar com uma representação junto ao Ministério Público Federal para investigar o filme, que conta com um “investidor secreto” além da “gentileza” da PF.

Segundo os petistas, uma série de irregularidades foi cometida por delegados e agentes da Polícia Federal ao se associarem, de maneira informal, à produção de um filme que diz retratar os “bastidores” da operação. Para os deputados, foi estabelecida uma “relação promíscua” entre a PF e a produção do filme –que se chamará Polícia Federal: A Lei é Para Todos”– e os agentes públicos envolvidos devem ser responsabilizados criminalmente.

O empréstimo informal de viaturas, armas, uniformes, carros, combustível, helicóptero e até um avião, além da cessão de agentes, e o fechamento da sede da Superintendência da PF em dia de expediente para gravação de cenas são algumas das ilegalidades que os parlamentares apontam, inclusive a partir de registros oficiais dos sistemas administrativos da corporação. “Este filme integra o cenário de Estado de exceção no qual nos encontramos”, disse Damous na coletiva para anunciar a representação que será protocolada nesta quinta, 6 de abril. “Queremos que tudo seja rigorosamente apurado, esse tipo de promiscuidade com particulares para enaltecer o papel da PF.”

De acordo com os parlamentares, há imagens de agentes da PF confraternizando com a equipe do filme numa das unidades do restaurante Madero, na capital paranaense (coincidentemente, a rede de restaurantes apareceu na operação Carne Fraca como tendo pago propina a fiscais). Há ainda informações de que agentes da Polícia Federal teriam se deslocado até São Paulo durante o carnaval para participar do filme. Pelo menos 10 agentes da PF estariam envolvidos diretamente na produção.

“Há um delegado, de nome Reinaldo, que teria sido instado pelo diretor-geral da Polícia Federal a ajudar no patrocínio do filme, para arrumar patrocinadores”, afirmou Damous. Os deputados pedem que seja investigada a possibilidade de terem sido cometidos os crimes de improbidade administrativa, abuso de autoridade, prevaricação e peculato por parte do diretor geral da PF, Leandro Daiello, do delegado Igor Romário de Paula e de alguns agentes. Com base na Lei de Acesso à Informação, os parlamentares destinaram a Daiello, no dia 24 de fevereiro, um pedido completo de informações relacionadas ao episódio. Até o momento, não houve qualquer resposta do diretor geral.

O juiz Sérgio Moro também será denunciado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por não ter tomado qualquer atitude efetiva para impedir a cessão ilegal de imagens da Lava-Jato para uso pelo filme. “Embora tenha havido proibição judicial por parte do juiz Sérgio Moro, as filmagens do sequestro do presidente Lula não só foram feitas como foram cedidas à equipe de filmagem”, afirmou Wadih Damous, baseando-se em declarações à imprensa de integrantes da equipe, como o ator Ary Fontoura, que disse à revista Veja ter tido acesso às imagens de Lula sendo conduzido coercitivamente, em março do ano passado. Em seu despacho, o juiz Moro havia deixado expresso que os agentes não poderiam filmá-lo.

Segundo Wadih Damous, não se trata de “impor censura”, como justificou Moro sobre o uso das imagens pela equipe do filme. “Ele diz que não pode funcionar como censor, mas deve funcionar como juiz e fazer obedecer suas próprias determinações judiciais.”

terça-feira, 4 de abril de 2017

Farmácia Popular: Governo Temer fechará todas as unidades do programa em maio

Michel Temer e Joao Doria Jr


O Ministério da Saúde decidiu fechar todas as unidades próprias do programa Farmácia Popular. A partir de maio, 393 unidades deixarão de fornecer medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto

Do site Debate Progressista

http://www.debateprogressista.com.br/adeus-farmacia-popular-governo-temer-psdb-fechara-todas-as-unidades-do-programa-em-maio/ 

Adeus, Farmácia Popular! Governo Temer-PSDB fechará todas as unidades do programa em maio

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Lançado em 2004, pelo Presidente Lula, o Farmácia Popular atende a toda população e é dirigido, sobretudo, às pessoas que não têm condições de pagar caro por seu medicamento e, por isso, muitas vezes interrompe o tratamento. Entre as pessoas de baixa renda, o que mais pesa no bolso são os medicamentos (61% das despesas com saúde).




Nas unidades próprias estão disponíveis 107 medicamentos, considerados essenciais, que tratam hipertensão, diabetes, úlcera gástrica, depressão, asma, infecções e verminoses. Além dessas, estão disponíveis produtos com indicação nos quadros de cólicas, enxaqueca, queimadura, inflamações e alcoolismo, além dos anticoncepcionais.
A decisão de fechar as farmácias vai atingir especialmente os idosos. Nessa faixa etária a incidência de doenças crônicas, como a hipertensão e o diabetes, é bem mais comum. Também é nessa fase da vida em que as pessoas já estão aposentadas e com a renda limitada, o que faz que parte dessa renda fique comprometida com a manutenção e recuperação da saúde, como a aquisição de medicamentos.
André Viegas – Siempre

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Filme contra o Lula vai mostrar a cama em que D. Marisa dormia!

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Quando a força-tarefa da Lava Jato foi mais sórdida? Quando divulgou o grampo ilegal da conversa entre Dilma e Lula? Ou quando entregou o vídeo da condução coercitiva de Lula aos produtores de um longa-metragem?

Thomas de Toledo: POR UM NOVO PROJETO DE PAÍS


É necessário insistir na importância de um projeto político para o Brasil, pois aquele que sustentou Lula e Dilma por 13 anos esgotou-se e jamais será reeditado nos mesmos marcos.
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Em 2002, FHC era o presidente mais rejeitado da História ​do país. Seu projeto neoliberal era bem sucedido ao grande capital, mas era um desastre ao trabalhador e ao pequeno e médio empresário. Desemprego elevado, inflação crescendo, empresas quebrando e economia estagnada e desnacionalizada eram suas marcas. O neoliberalismo fracassara e o povo sentia isso no bolso.
Lula era o candidato favorito. Para garantir a vitória, Lula escreveu a "Carta ao Povo Brasilero", na qual se comprometia a manter os fundamentos neoliberais da macroeconomia, ao mesmo tempo em que faria uma nova política social. O empresário nacionalista José Alencar como vice era uma espécie de avalista desse "pacto social".
Lula foi eleito e seu primeiro mandato trouxe novidades​ na política social, externa e de desenvolvimento, mas manteve velhas práticas tucanas como a ortodoxia neoliberal com Palocci na economia e a política de compra de apoios de congressistas com José Dirceu. Em 2005, Lula sofreu uma tentativa de golpe com o caso do "mensalão". A exoneração desses dois ministros removeu velhas práticas e deu lugar a novos personagens: o neoliberalismo de Palocci foi substituído pelo keynesianismo cepalino de Guido Mantega e as movimentações hegemonistas e obscuras de Dirceu deram lugar à tecnocrata Dilma Rousseff, como uma espécie de chefe de ministros, e a articulação política passou a Aldo Rebelo.
Nascia um novo governo, que resistira ao ataque midiático e que, na disputa do 2o turno de 2006, polarizou a diferença de projetos contra o fraco Geraldo Alckmin: quando Lula deixou claro que não apoiava privatizações, o governo assumiu uma natureza mais desenvolvimentista.
Tudo começava a melhorar, até que eclodiu a crise mundial do capitalismo em 2008. Lula decidiu usar de políticas anticíclicas e, a despeito da queda do PIB em 2009, no ano seguinte o país verificou um crescimento de 7,5%. O trem estava acelerado e eleger a desconhecida Dilma Rousseff como sucessora não foi difícil. Vale lembrar que no 2o turno de 2010, o candidato José Serra abriu a caixa de Pandora da extrema direita, introduzindo o ódio, a pós-verdade a agenda conservadora no discurso político.
Dilma assumiu e colocou o pé no freio da economia, fazendo um ajuste fiscal. Sua promessa era reduzir os juros e ela parecia mais determinada do que Lula a mudar os fundamentos da política neoliberal de FHC. Os juros chegaram em junho de 2013 aos menores patamares da História, mas com a eclosão das manifestações, Dilma recuou. Apesar de o grito das ruas ter sido por mais serviços públicos, ela preferiu ouvir os banqueiros e voltou a subir os juros.
Veio 2014 e as eleições foram extremamente polarizadas. No segundo turno, a campanha de Dilma assumiu um discurso combativo e de esquerda, garantindo sua vitória. O Brasil estava dividido e ela precisava mostrar respostas rápidas que nunca vieram. Ao contrário, seu segundo mandato, iniciado em 2015, foi uma via crucis para cavar a própria sepultura.
O primeiro erro de Dilma foi nomear Joaquim Levy para executar a agenda econômica do candidato derrotado, apostando que isso acalmaria a oposição. O resultado foi o oposto: a militância mobilizada que a apoiara ficou na defensiva e os setores mais reacionários se levantaram em crescentes protestos pelo país. A direita saía do armário, futebolizando a política com a camisa da CBF para protestar contra a corrupção, prevalecendo a ideia de que partido é como um time e militante é o mesmo que torcedor. A esquerda puxou também enormes manifestações, mas Dilma teve uma atitude irresponsável: ao mesmo tempo em que mandava uma junta ministerial dialogar com a direita, não se envolvia com as manifestações da esquerda. De presente aos golpistas, Dilma propôs uma "lei antiterrorismo", apoiou o projeto de José Serra de retirar a obrigatoriedade de a Petrobras explorar o pré-sal e ainda convocou as centrais sindicais para pautar a reforma da previdência. Seu governo se tornara um morto vivo, especialmente depois da "genial" ideia de Mercadante de tentar esvaziar o PMDB e partir pro enfrentamento direto com o Congresso, enquanto José Eduardo Cardoso deixava a PF e a Operação Lava Jato cometerem seus abusos.
Dilma deixou passar inúmeras oportunidades para recompor o governo, a base congressual e seu apoio na sociedade e, quase um ano depois de eleita, não apresentara um plano de governo. Quando pediu que Lula integrasse o ministério, já era tarde. Lula também errou no timing, aceitando apenas após sua condução coercitiva, o que foi usado pela mídia para dizer que ele queria apenas o foro privilegiado.
Veio o golpe e mais uma vez, Dilma vacilou: entregou-se ao grotesco espetáculo institucional em nome do republicanismo. Com medo de panelas da classe média, não se comunicou com a população quando pôde e deixou a mídia construir a narrativa "oficial" do impeachment. A mesma mídia que ela disse que só seria regulamentada sob seu cadáver.
Com o golpe, fomos obrigados a olhar para o retrovisor e constatar que em 13 anos não fora feita uma reforma política democrática, agrária, urbana, tributária progressiva, nenhuma privatização foi revertida e não foram criados mecanismos que dificultassem retrocessos. Ao contrário, o discurso da defesa do tripé macroeconômico neoliberal e do tal republicanismo da "independência" das instituições criou um falso consenso de que esse​ é o único caminho a ser seguido. A melhora das condições de vida da população sem um debate ideológico com a sociedade fez com que a ascensão social fosse entendida por uns como obra divina, fortalecendo o fundamentalismo religioso, e por outros como mérito individual, reforçando o dogma neoliberal. Assim, a esquerda, viciada em eleições e em cargos de governo, tomou um choque de realidade e teve que relembrar o que era ser oposição.
O projeto político da "Carta ao Povo Brasileiro" havia se esgotado. Quando a decisão deveria ser ir pra frente e avançar com as reformas, Dilma optou por voltar à agenda neoliberal para tentar salvar seu mandato, mas acabou por naufragar qualquer possibilidade de virada naqueles marcos.
Agora, um novo desafio está posto: qual projeto de país, a esquerda pretende apresentar? Temer apresentou um projeto, reacionário, neoliberal, antidemocrático, antinacional e antipopular e está executando-o a risca, para a desgraçada do país e do trabalhador. Infelizmente, a vaidade de certos partidos e o personalismo de algumas figuras públicas tem dificultado uma rearticulação da esquerda.
Ou os setores progressistas, democráticos, nacionalistas, populares e de esquerda começam a esboçar uma plataforma que culmine num projeto, ou veremos o bonde da História passar por cima das parcas conquistas da Era Lula e Dilma e do que restou da Era Vargas. Que a escolha seja pela construção de uma ampla frente pela retomada de um caminho progressista ao Brasil.