Diomicio Gomes
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d. Tomas Balduíno
Corpo de d. Tomas Balduíno é velado na Igreja São Judas Tadeu
Atualizada às 17h19.
Morreu na última sexta-feira (2) no Hospital Neurológico em Goiânia, às 23h30, o bispo emérito da cidade de Goiás, dom Tomás Balduíno, aos 91 anos de idade. O religioso estava internando há três semanas tratando de complicações cardíacas e de um câncer.
Em novembro do ano passado d. Tomas internou-se no hospital Pio XI, em Ceres, e depois foi transferido para Goiânia para tratar do coração e de um câncer de prótasta. Ficou vários dias na UTI, mas depois foi liberado. Essa nova internação foi mantida em segredo por familiares e religiosos dominicanos, ordem à qual d. Tomas era vinculado.
Desta vez d. Tomás teve uma trombo embolia pulmonar em consequência de uma incompatibilidade dos medicamentos para o câncer e o marcapasso. Ele passou 12 dias no Hospital Anis Rassi, teve um dia de alta e depois foi levado para o Neurológico onde morreu depois de uma semana. 
Seu corpo será velado na Igreja São Judas Tadeu, no Setor Coimbra, até às 10h de domingo (4), momento em que será celebrada a Eucaristia, e logo em seguida será levado para a cidade de Goiás, onde será velado na Catedral até às 9h de segunda-feira (5), e logo em seguida sepultado na própria Catedral.

A presidente Dilma Rousseff divulgou, neste sábado (3), nota de pesar pela morte de dom Tomás. Leia a nota na íntegra:
Foi com tristeza que soube da morte de dom Tomás Balduíno, incansável lutador das causas populares. Bispo emérito da cidade de Goiás, dom Tomás era um persistente.
Personagem central na fundação da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), figura destacada na oposição ao regime militar, dom Tomás foi defensor intransigente dos direitos dos índios, dos trabalhadores sem-terra e dos mais pobres.
Em nome do governo brasileiro, rendo, nessa hora de dor, minhas homenagens à vida de dom Tomás.