sábado, 22 de outubro de 2011

O assassinato de Kadafi e a crise moral dos europeus e dos EUA


Kadafi: o nacionalista líbio não fugiu e lutou até a morte - foto AFP

Por Davis Sena Filho -
http://jblog.jb.com.br/palavralivre/

"Como se esperava..."
"Mais uma vez..."

Como se esperava, os imperialistas (EUA, França, Inglaterra e Itália), com o apoio de grupos líbios derrubaram o presidente da Líbia, Muammar Kadafi. Mais do que isso: o assassinaram como fizeram com o presidente do Iraque, Saddam Hussein, e agora se preparam para saquear as riquezas dos líbios, especialmente no que concerne às reservas de petróleo e gás. A Líbia é o terceiro maior produtor de petróleo bruto da África e o 17º do mundo, com uma produção de 1,6 milhão de barris diários. Suas reservas são de 44 bilhões de barris, riqueza que, sobremaneira, afia as garras da ganância dos países expropriadores e imperialistas, que enfrentam uma crise econômica das mais graves.

Mais uma vez, os imperialistas e colonialistas do ocidente, brancos e cristãos invadem um país soberano em uma cruzada, aos moldes das medievais, para ter o controle da energia fóssil que é o petróleo. São países cujos governos são perigosíssimos, armados até os dentes, possuidores de milhares de ogivas nucleares e com um aparato militar que não poder parar, porque é muito caro e por isso tem de ser usado para atender à trilionária indústria bélica, que é mais letal que o tráfico de drogas internacional. Como é que as potências ocidentais falam em paz e democracia se estão entre os maiores vendedores de armas do mundo?


Como se esperava, a morte do dirigente líbio foi tramada nas salas da ONU (Conselho de Segurança dominado por apenas cinco países) e da OTAN (EUA), órgãos de espoliação política e militar, criados para dar “legalidade” às ações criminosas de guerra dos países ocidentais desenvolvidos, que quase dizimaram seus povos em duas guerras mundiais, em uma selvageria que deixaria qualquer país de periferia que eles consideram selvagem, subdesenvolvido e atrasado com imensa vergonha e com um sentimento animal de ser.

Mais uma vez, lideranças contrárias aos interesses da globalização (nova forma de colonialismo e pirataria) foram mortas e seus países invadidos e bombardeados em nome da “liberdade”, da “democracia” e de um “mundo mais seguro”. Enquanto isso, o sistema capitalista excludente e belicoso derrete em Wall Street e nas praças européias importantes como a de Londres, com as populações desses países brancos, cristãos e desenvolvidos a gritar revoltadas nas ruas contra a roubalheira do sistema financeiro e da leniência e subserviência de governos que foram e são cúmplices da jogatina praticada por empresas e instituições que, de forma criminosa, levaram à cabo uma crise econômica e financeira sem precedentes, que eliminou milhões de empregos desses povos que deitaram e rolaram durante quase cinco décadas com a opulência e a fartura às custas dos países africanos, asiáticos e principalmente os da América Latina, que sustentaram até o fim da década de 1990 o alto padrão de vida dos europeus, estadunidenses, japoneses e povos de outros países do assim denominado primeiro mundo, como o Canadá e a Austrália.

Como se esperava esses governantes de países desenvolvidos que agem secularmente como piratas e que, apesar de historicamente se odiarem, para roubar e matar se unem, porque precisam dessa vil aliança para movimentar seus parques industriais bélicos e de produtos diversos e assim renovar a circulação do dinheiro, inclusive o ilegal, que é lavado nos paraísos fiscais, grosso modo, porque todo mundo sabe disso, mas ninguém pega um tanque ou um míssil para destruir tais ”instituições” financeiras, que fomentam há séculos a fome, a miséria e a exploração dos povos menos desenvolvidos e com isso impedem que eles construam infraestruturas adequadas e o acesso às tecnologias, à educação de qualidade e ao sistema bancário e industrial que garanta a esses países desenvolvimento econômico e bem-estar social, o que é quase impossível alcançar sem o apoio dos países desenvolvidos, que se recusam a efetivar um marco em que a cooperação e o aprendizado sejam a tônica.

Mais uma vez na história esses países brancos e cristãos e ocidentais que se comportam como aves de rapina ou como cães predadores optam pelo saque das riquezas alheias e o torna crível e cinicamente aceitável perante a população mundial por intermédio do sistema midiático, notadamente a imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?), que porta-voz e ponta-de-lança do sistema de capitais inicia e termina um processo de demonização dos presidentes dos países agredidos e invadidos ao ponto de não se saber, de forma alguma, como pensam, como vivem e o que fazem os povos vítimas de bombas, de mísseis, de todo tipo de armas de grosso calibre, que não têm como se defender contra forças estrangeiras que quase se dizimaram nas duas guerras mundiais iniciadas pelos brancos cristãos e que se consideram, com a maior cara-de-pau possível, civilizados e não selvagens.

Como se esperava, Kadafi foi assassinado tal qual ao Saddam. A questão não é se os dois dirigentes eram ditadores. O que importa nesses casos é que os países ocidentais que não se consideram selvagens, o que é uma grande desfaçatez, apoiaram, apóiam e sempre apoiarão ditaduras espalhadas em todo o planeta, porque é assim que esses países, com a ONU e a OTAN usadas como títeres da legalidade, agem em uma conduta para lá de questionável, pois moralmente sem credibilidade no que é relativo às diferenças dos povos, bem como aos seus interesses, que não se coadunam e por isso, geralmente, o país ou aliança mais forte belicamente e que controla regiões diversas por meio da geopolítica ataca seu alvo sem dar satisfação alguma à comunidade internacional, além de fazer da ONU uma organização fantoche, desacreditada, subalterna e humilhada pela prepotência e a arrogância dos Estados Unidos, cujo presidente Barack Obama, apesar da novidade de ser um homem negro, tem os mesmos defeitos, o mesmo perfil e a conduta e estratégia de seus antecessores, que é realizar guerra, invadir países para saquear e ter o controle geopolítico de determinadas regiões, ao preço de sangue, muito sangue de povos, nesses casos, árabes, que não conseguem há quase dois milênios se livrar de forças estrangeiras que não cansam de matar e de literalmente roubar seus países e sociedades.

Mais uma vez, moralmente os Estados Unidos sucumbem moralmente principalmente após o monumental desabamento do World Trade Center em 2001 e o derretimento de seu sistema de capitais no fim de 2008. O país do Capitão América aplicou de forma científica a tortura e a aceitou e a efetivou como prática corriqueira e ordinária para ter acesso a informações de pessoas consideradas inimigas, mesmo as que foram presas sem provas e acusação formal, pois desobediente às leis e às normas do Direito Internacional ao negar o mais fundamental e elementar dos direitos de cidadania e da humanidade que é o habeas corpus. Seqüestrou, torturou e matou e seus mandatários defenderam e aprovaram a tortura praticada, pois que apoiaram tal ignomínia em âmbito governamental. Uma vergonha, que deixou a potência mundial como pária no que concerne à civilização, além de ter efetivado uma política diplomática unilateral e isolacionista, o que acarretou o recrudescimento das ações da direita estadunidense, o Tea Party dos fundamentalistas cristãos, no que é referente à legalidade, ao contraditório, ao direito de defesa e no que é civilizado e não selvagem e animalesco.

Como se esperava, Muammar Kadafi e as forças regulares e armadas da Líbia foram derrotados. O dirigente líbio — político nacionalista e que, apesar de seus erros e defeitos, desenvolveu o país do norte da África, que, juntamente com a África do Sul, é um dos dois mais desenvolvidos do continente, com IDH alto — foi morto, assassinado e mostrado ao público internacional como caça, como troféu. O povo líbio até então, não se sabe como ele vai ficar, tinha acesso a muitos benefícios sociais e que nunca foram mostrados pela imprensa comercial, privada e corporativa do ocidente. Nunca a imprensa hegemônica brasileira veiculou matérias sobre a Líbia, seu desenvolvimento e as conquistas sociais de seu povo, muito avançadas para os padrões africanos.

Mais uma vez, a imprensa apenas se preocupou em demonizar o presidente líbio, a fim de dar legalidade e razão às ações de pirataria explícita da OTAN, ou seja, dos EUA, da França, da Inglaterra e da Itália, países em profunda crise econômica e financeira e moralmente decadentes, no que é relativo a discernir sobre o que é humano, legal e justo. Os europeus brancos ocidentais e os EUA são perigosíssimos, e o Brasil, por causa do pré-sal, de seu poderoso mercado interno e de sua diversificada riqueza natural tem de se preparar para qualquer eventualidade de defesa. Quem se previne, não se arrepende depois. Até os nazistas tiveram a oportunidade de se defender e serem julgados pelo Tribunal de Nuremberg. A Comissão de Direitos Humanos da ONU tem de investigar em quais circunstâncias o presidente Muammar Kadafi foi assassinado. É isso aí.

Dilma resiste e segura ministro


Por André Barrocal, no sítio Carta Maior :

A presidenta Dilma Rousseff reuniu-se na noite desta sexta-feira (21) com o ministro do Esporte, Orlando Silva, que é acusado de corrupção, e decidiu, ao menos por ora, mantê-lo no cargo. Em nota oficial divulgada depois da conversa, Dilma disse mais uma vez que o governo não condena sem provas e tem a presunção de inocência como princípio. “Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio e não vamos aceitar que alguém seja condenado sumariamente”, afirmou.

Na reunião, Orlando reafirmou que é inocente e esta sendo acusado sem provas por pessoa que já foi presa e deve mais de R$ 3 milhões ao ministério do Esporte. Disse ainda que o partido dele, o PCdoB, também envolvido na denúncia do policial militar João Dias Ferreira – a sigla seria o destino final de dinheiro supostamente desviado – é alvo de “mentiras” e “calúnias”, sentiu-se “ferido com tamanha acusação” e deposita confiança nele, Orlando.

O próprio ministro fez um relato da conversa, em entrevista coletiva à imprensa. “A presidenta Dilma recomendou que eu continue o meu trabalho”, declarou Orlando Silva.

O PM João Dias disse à revista Veja que existe um esquema de desvio de verba no ministério, a partir de convênios do programa Segundo Tempo, para abastecer o PCdoB. Mas não apresentou provas materiais. Em depoimento à Polícia Federal (PF), ele reafirmou a acusação, mas também sem apresentar provas.

Neste fim de semana, a revista deve trazer nova reportagem com a transcrição de uma gravação que João Dias teria feito de conversa com autoridades do Esporte, na qual se constatariam irregularidades.

O delegado da PF e deputado federal pelo partido do ministro do Esporte Protógenes Queiroz (SP) disse que João Dias usa a revista, com o objetivo de criar um clima político contra Orlando e a favor de si mesmo e, assim, influenciar a análise das supostas provas pela polícia e o Ministério Público (MP).

Nesta sexta (21), o chefe do MP, Roberto Gurgel, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para apurar as denúncias feitas contra Orlando Silva. O próprio ministro tinha pedido a investigação - fez o mesmo com a PF e a Comissão de Ética da Presidência.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

PM ganha apoio da oposição para embolsar os R$ 3 milhões dos cofres públicos









Reunião do PM João Dias e a sua bancada de apoio do PSDB, DEMos e PPS.
Que toma-lá-dá-cá é esse? A bancada demo-tucana deixa o PM embolsar R$ 3 milhões e escapar ileso, em troca de derrubar um ministro que quer reaver os R$ 3 milhões aos cofres públicos?

O PM João Dias Ferreira foi autuado pelo Ministério dos Esportes, TCU, CGU, Polícia Federal e Ministério Público Federal para devolver mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos, por dinheiro desviado de convênio não cumprido e fraudado.

Pela narrativa da revista Veja, está subentendido que ele ameaçou: ou abafavam suas maracutaias no Ministério do Esporte, ou ele produziria escândalo político.

O ministro Orlando Silva não abafou nada, e o escândalo político está aí, forjado.

O ministro chamou a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, para resolver essa bandidagem e recuperar os mais de R$ 3 milhões de volta aos cofres públicos.

O PM fugiu de depor na Polícia Federal de manhã e, de tarde, chamou uma bancada de apoio de deputados e senadores do PSDB, DEMos e PPS, que estão desempenhando o papel de conspirar contra a devolução de mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos, apenas para derrubar um ministro com base em uma mentira.

PM promete e não entrega provas

Em tempo: o PM falou, falou, falou e falou à revista Veja, ao Estadão, ao Jornal Nacional, à bancada demo-tucana, mas prova que é bom, até agora não apresentou nada, e ainda fugiu de depor na PF na manhã de terça-feira.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

"Um bandido me acusa e eu preciso explicar"

do blog do Carvalho

Lembro bem quando foi anunciado que o PCdoB indicaria o Ministro dos Esportes do primeiro governo do Lula. Pela primeira vez os comunistas passaram a com o primeiro escalão da República do Brasil. O ministério num era lá essas coisas todas, até outro dia tinha sido uma secretaria especial da Presidência, onde figuraram algumas estrelas do esporte nacional que serviram muito mais para ilustrar o governo do que pra fazer alguma coisa mais concreta. Os superatletas Pelé, Zico, Bernard, Torben Grael não tiveram sequer um desempenho regular e, em boa parte, por conta da falta de estrutura do órgão sem capilaridade nesse país enorme, diverso e doido por futebol, mas muito longe de ter uma organização desportiva capaz de atender, com certa ousadia, as aspirações e as grandes possibilidades dos brasileiros e brasileiras.

Numa situação dessas, cheia de dificuldades e poucas possibilidades de se vislumbrar um trabalho legal, houve gente até graúda no PCdoB que tratou com certo desdém a oferta do Presidente Operário ao Partido do Proletariado. Num achavam uma oferta muito camarada. Felizmente prevaleceu a ousadia, o destemor e a capacidade dos comunistas de encarar tarefas às vezes meio enjoadas. Os comunas foram lá, resolveram encarar o bicho de frente e estão até hoje dando conta com mais sucesso do eles mesmos até imaginavam. Noite já virou madrugada, da Bahia pro Rio Grande do Sul, o verão já papou uma hora, e eu num vou listar aqui o que feito e o feito será, mas só quero lembrar que entre 2011 e 2016, os mais importantes eventos desportivos desse pedaço do universo vão acontecer aqui nessa pátria amada de todos nós. Em todos eles os comunistas do Brasil estarão no centro dos acontecimentos. Isso explica, sinteticamente, a cretinice duma revista que além de vista, ainda é lida por muita gente e serve pra pautar uma montueira de jornal e revista querendo vender fácil e faturar com denúncias, além de deleitar muito jornalista que se sente sócio do patrão até o dia em que leva um pé na bunda.

A frase lá em cima é do Orlando Silva Jr, um cara que da periferia de Salvador foi ser líder nacional dos estudantes universitários e agora é o Ministro dos Esportes do Brasil, indignado com o fato de ter que provar que não é verdade as acusações que lhe são feitas por um policial que virou bandido, é indiciado por crimes que cometeu. A maioria dos que reproduzem as "denúncias" sequer investigam a veracidade das acusações e muito menos a folha corrida do acusador e do acusado. Alguns, como o Juca Kfouri, seguem a máxima nazista do Goebbels e repetem mentiras, na tentativa de transformá-las em verdade e outros, como o Eliomar de Lima, repetem no Ceará as mesmas mentiras e ainda tentam fazer gracinhas. Um pouco de dignidade faria bem, um mínimo de imparcialidade ajudaria o público a formar uma opinião sintonizada com os fatos.

Abaixo reproduzo uma entrevista do próprio ministro à ESPN, onde trabalha citado Juca. Espero que você, e o Eliomar, assistam e, se quiserem mais informações, leiam os dois textos abaixo sobre o mesmo assunto.




PCdoB rechaça calúnia de Veja e apoia ministro Orlando


Ministro do Esporte processará a Veja


Por Altamiro Borges

A revista Veja desembestou de vez. A cada semana ela aciona um de seus jagunços midiáticos para destruir reputações e produzir “reporcagens” com calúnias e difamações, sem qualquer consistência jornalística e sem ouvir as vítimas das agressões. A revista dá tiros para todos os lados, pouco se importando com sua credibilidade em declínio ou com a abertura de processos judiciais.

No mês passado, a Veja usou um repórter para tentar invadir o apartamento do ex-ministro José Dirceu num hotel em Brasília. A ação criminosa, que lembra as escutas ilegais e os subornos do império Murdoch, foi desmascarada e está na Justiça. Na semana seguinte, ela deu capa para um remédio, num típico “jabá jornalístico”, e foi criticada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ataques ao PCdoB e a Lula

Na edição desta semana, a revista resolveu investir contra o ministro dos Esportes, Orlando Silva (PCdoB). Para isso, abriu espaço em suas páginas ao policial militar João Dias Ferreira, preso em 2010 por corrupção. Na “reporcagem”, ele afirma que o ministro participaria de um esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que atende mais um milhão de crianças carentes no Brasil.

Ainda segundo a “reporcagem”, que não apresenta qualquer prova concreta e se baseia inteiramente nas declarações do policial, os recursos do programa seriam repassados para ONGs, depois destas pagarem uma taxa de até 20% sobre o valor dos convênios. O dinheiro seria utilizado como caixa-2 do PCdoB e, também, serviu “para financiar a campanha presidencial de Lula em 2006”.

João Dias, um policial sinistro


A revista também “ouviu” Célio Soares, que é funcionário do ex-policial e atual empresário João Dias Ferreira. No ápice da matéria caluniosa, ele afirma que “eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais”.

Os dois caluniadores deveriam se explicar na Justiça pelas graves acusações. Já a revista deveria ser processada por dar espaço a indivíduos suspeitos. Como lembra o jornalista Murilo Ramos, da insuspeita revista Época, “o soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira é um personagem recorrente de denúncias envolvendo o Ministério do Esporte. João Dias presidiu duas entidades acusadas de desviar cerca de R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo do Ministério”.

Época contesta a Veja

Em maio de 2010, a revista Época publicou reportagem sobre o relatório final da Operação Shaolin, da Polícia Civil de Brasília, que investigou desvios em convênios com as associações de João Dias. “De acordo com a apuração da polícia, empresas de fachada cobravam 17% do valor das notas para emitir os papéis frios, sacar os recursos depositados pelas associações em suas contas e devolver o dinheiro para as ONGs de João Dias: a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e a Associação João Dias de Kung Fu”.

“As associações foram contratadas para desenvolver atividade esportiva com alunos da rede pública de ensino. Os investigadores afirmam que Dias desviou recursos para compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil, para construir duas academias de ginástica e para financiar sua campanha para deputado distrital em 2006”, informa Murilo Ramos. Apesar desta ficha policial, a Veja legitimou suas acusações contra o ministro dos Esportes. Coisa típica do jornalismo mafioso, murdochiano!

“Invenções e calúnias” serão rebatidas

De Guadalajara, México, onde participou da abertura dos Jogos Pan-Americanos, o ministro refutou as “invenções e calúnias” da Veja e já anunciou que processará os dois caluniadores. Em conversa por telefone, Orlando Silva também disse que analisará a abertura de processo contra a revista. Ele se mostrou indignado com a postura da Veja, mas adiantou que não vai se intimidar.

Numa entrevista coletiva hoje (15) pela manhã, Orlando Silva foi enfático: “De pronto, quero repudiar as mentiras que foram publicadas. Causou surpresa o conjunto de invenções e calúnias. Tomarei as medidas judiciais e moverei ação penal. Solicitei ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que fosse aberto inquérito criminal para que fossem apurados os fatos citados”.

“Tomarei as medidas judiciais”

“O único momento em que encontrei um dos caluniadores [João Dias] foi numa audiência em 2004, se não me engano, a pedido do então ministro Agnelo Queiroz. A segunda pessoa [Célio Soares], eu não faço idéia de quem seja. São acusações gravíssimas, tomarei medidas judiciais e solicitarei que a Polícia Federal apure as denúncias. Não temo nada do que foi publicado na revista”.

Para o ministro, a “reporcagem” da Veja tem motivação política. Há muitos interesses econômicos em jogo nas disputas da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. Ele ainda levantou a possibilidade de que se trate de uma retaliação ao aumento do rigor na adesão de empresas ao programa Segundo Tempo, que libera dinheiro para crianças carentes.

“Um bandido me acusa e eu preciso explicar”

“Esse ano, os parceiros passaram a ser escolhidos por seleção pública. Também passamos a não realizar convênios com entidades privadas, pois as públicas garantem melhor sistema de controle. No ano passado foi instaurada a Tomada de Contas Especial e o processo enviado ao TCU para que a empresa relacionada a um dos acusadores devolva o investimento de cerca de R$ 3 milhões”.

Por último, o ministro anunciou: “Me coloco à disposição de ir ao Congresso já nesta semana e coloco meu sigilo fiscal e bancário à disposição dos órgãos de controle. Estou indignado, porque um bandido me acusa e eu preciso me explicar. Agora, o sentimento é de defesa da honra. Existem pessoas na política que não se incomodam com acusações, mas felizmente eu tenho sensibilidade”.

Tucanos ou urubus?

Como em outros casos, a revista Veja serve para pautar a oposição demotucana. Desesperada com a perda de parlamentares, as intermináveis brigas internas e a total ausência de projeto, as lideranças do PSDB e DEM já utilizam os ataques levianos da revista para desencadear uma nova onda moralista. Eles demonstram falta de escrúpulos e total falta de responsabilidade.

Hoje mesmo, o líder do PSDB na Câmara Federal, deputado Duarte Nogueira (SP), defendeu o imediato afastamento do ministro Orlando Silva. “Há fortes indícios de que, para participarem do Segundo Tempo, ONGs eram escolhidas a dedo, ligadas ao PCdoB, e pagariam propina pelo convênio. Isso é muito sério, um esquema criminoso. É dinheiro público indo pelo ralo”, esbravejou.

Cínico e mau-caráter

Ele também exigiu que o ex-ministro e atual governador do DF, Agnelo Queiroz, seja investigado. Já que está tão preocupado com a corrupção, o líder do PSDB podia aconselhar o governador Geraldo Alckmin a autorizar a criação da CPI na Assembléia Legislativa para averiguar o esquema de suborno nas emendas parlamentares em São Paulo. A bravata de Duarte Nogueira mostra bem o cinismo e o mau-caratismo dos tucanos.

fonte:http://carvalhorobles.blogspot.com/2011/10/um-bandido-me-acusa-e-eu-preciso.html#more

domingo, 16 de outubro de 2011

PCdoB defende ministro do Esporte, Orlando Silva e revela trama da direita inconformada!!!!



Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB.

PCdoB rechaça calúnia de Veja e apoia ministro Orlando
Ministro Orlando Silva, novo alvo da direita e da "imprensa marrom" a serviço da Direita!


Na edição que circula desde este sábado, dia 15, a revista Veja, sem apresentar provas, acusa o PCdoB de ter montado “uma estrutura dentro do Ministério do Esporte para desviar dinheiro público”. Diz que o ministro do Esporte Orlando Silva seria o “chefe” da suposta operação. Em entrevista a jornalistas da TV Brasil e Rede Brasil, em São Paulo, o presidente do PCdoB Renato Rabelo, no final da tarde de hoje, dia 15, rechaçou acusações contra o PCdoB e defendeu Orlando Silva.



Com uma orientação marcadamente de direita, a publicação da família Civita acostumou-se a veicular de modo sensacionalista factóides e denúncias falsas com o propósito de desmoralizar lideranças progressistas. Recentemente, o ex-ministro José Dirceu foi vítima de uma trama do gênero.

O presidente do PCdoB destaca que a resposta de Orlando Silva à Veja “foi segura e esclarecedora”. Leia abaixo mais detalhes da entrevista concedida por Renato Rabelo:

“O ministro Orlando Silva tanto através de uma nota à imprensa divulgada pelo Ministério quanto por uma entrevista coletiva concedida no México, no sábado, dia 15 apresentou uma defesa nítida e firme. Seguro e convicto de que tudo não passa de calúnia e armação, ele mesmo apresentou um pedido ao ministro da Justiça para que a polícia federal investigue as denúncias apresentadas por esse caluniador, João Dias. E, mais, já no início da próxima semana, também por sua iniciativa, Orlando irá à Câmara dos Deputados para desmascarar cabalmente essa acusação leviana. O ministro nos pronunciamentos já referidos apresenta um fato, por si só, esclarecedor. Esse indivíduo João Dias firmou em 2005 e 2006 dois contratos com o Ministério do Esporte referentes ao Programa Segundo Tempo. Recebeu o dinheiro previsto no contrato e não realizou as obrigações devidas. Resultado, o ministro Orlando encaminhou um expediente ao Tribunal de Contas da União (TCU) que exige que João Dias devolva aos cofres públicos mais de 3 milhões de reais, atualizados pelos valores de hoje. Tudo indica, portanto, que esse cidadão age por vingança, por represália contra a medida moralizadora do Ministério do Esporte.”

Acusação sem prova

“A reportagem lança uma acusação caluniosa ao PCdoB de desvio de dinheiro público para caixa dois de campanha. E qual prova apresenta? Nenhuma. Não há na reportagem absolutamente nada para sustentar tão grave acusação. A revista se apoia tão somente nas palavras de João Dias que, em suas declarações, não apresenta nenhuma prova concreta. E mais. Ele é um indivíduo sem idoneidade. Ano passado foi preso, acusado por corrupção, é um soldado investigado pela própria polícia militar. Além disso, é réu em processo do Ministério Público Federal. Um esclarecimento: a reportagem repete, por várias vezes, que João Dias “é militante do PCdoB”. Não procede. Na verdade teve um vínculo efêmero com a nossa seção do Distrito Federal. Soldado da polícia militar se filiou para se candidatar em 2006 e, imediatamente, depois da eleição, conforme a legislação estipula, foi desligado de nosso Partido. Eu pergunto: é correto – com base apenas nas palavras de uma pessoa com uma trajetória como essa, com folha corrida na polícia – uma revista lançar um ataque contra a honorabilidade de um Partido como o PCdoB, com 90 anos de atuação no país? Claro que não, é uma ignomínia que não tem nada de jornalismo. Pelo contrário, é algo que afronta o direito do povo de ter uma comunicação de qualidade, com um jornalismo baseado na verdade.

Campanha orquestrada contra o PCdoB

“Desde o início do ano o PCdoB tem sido alvo de sucessivos ataques deste tipo, visando a manchar sua reputação. Usam sempre uma mesma fórmula: assacam contra lideranças do Partido que exercem responsabilidades no governo federal para, de tabela, atingir o Partido, como instituição. Em todos os casos – como este agora da matéria de Veja –, na ausência de fatos, na inexistência de provas, recorrem a um enredo falso e a testemunhas desqualificadas, sem idoneidade.

“Fico pensando que a motivação mais de fundo disso vem do campo político conservador, reacionário, que não se conforma com o fato de um partido de esquerda, como o PCdoB, a um só tempo histórico e renovado, ser uma legenda que cresce e se fortalece na sociedade brasileira. Ao que parece é uma tentativa desesperada de querer jogar o PCdoB na vala comum. Mas, não vão conseguir.