quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Haddad associa Bolsonaro ao nazismo e diz que rival é ‘tudo o que tem de pior’

“Bolsonaro é violência, é bala, é desrespeito”, afirmou Haddad, alegando que sua campanha tem sido alvo de sucessivas provocações de apoiadores do deputado do PSL. “Estamos nos afastando dos provocadores que tentam nos perseguir. Em geral, eles usam a suástica nazista. O próprio Bolsonaro já declarou que, se estivesse na Alemanha dos anos 30, teria se alistado no Exército nazista”, emendou. “A cultura da violência, do estupro, da tortura e do nazismo quem abraça é ele próprio.”

  • Por Jovem Pan
  • 12/10/2018 13h16
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MARCO AMBROSIO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO"Bolsonaro é violência, é bala, é desrespeito", afirmou Haddad
O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, subiu o tom da campanha nesta sexta-feira, 12, e fez uma associação direta entre o adversário do PSL, Jair Bolsonaro, e o nazismo. Em entrevista coletiva após participar de uma missa na zona sul da capital paulista, Haddad disse ver uma escalada das agressões cometidas, por exemplo, contra gays e mulheres, e ressaltou que o rival representa “tudo o que tem de pior em termos de violência neste País”.
“Bolsonaro é violência, é bala, é desrespeito”, afirmou Haddad, alegando que sua campanha tem sido alvo de sucessivas provocações de apoiadores do deputado do PSL. “Estamos nos afastando dos provocadores que tentam nos perseguir. Em geral, eles usam a suástica nazista. O próprio Bolsonaro já declarou que, se estivesse na Alemanha dos anos 30, teria se alistado no Exército nazista”, emendou. “A cultura da violência, do estupro, da tortura e do nazismo quem abraça é ele próprio.”
Empenhado em fazer um aceno ao eleitorado religioso, Haddad participou de uma missa no Jardim Ângela, tradicional reduto petista na zona sul da cidade. Ontem, ele já havia participado de um encontro com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na entrevista coletiva, Haddad também criticou diretamente o economista Paulo Guedes, guru de Bolsonaro para a área econômica, e o bispo Edir Macedo, que declarou formalmente apoio ao presidenciável do PSL.
“Bolsonaro é o casamento do neoliberalismo desalmado representado pelo Paulo Guedes, que corta diretos trabalhistas e sociais, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo”, afirmou Haddad. Questionado sobre os ataques de Bolsonaro acusando a criação de um “kit gay” para ser distribuído nas escolas, Haddad retrucou: “É um grandessíssimo mentiroso. Por que ele não me enfrenta e pergunta isso num debate?”. “É uma mentira deslavada de quem não tem projeto para o País, a não ser armar as pessoas para que elas se matem.”
Haddad foi questionado também sobre a notícia de que o candidato derrotado à Presidência Ciro Gomes (PDT) decidiu viajar para o exterior com a família. Ciro havia sido convidado para coordenar o programa econômico de Haddad, mas optou pela viagem pelas próximas semanas. “Todos os democratas, todas as centrais sindicais, vários movimentos sociais democráticos, estão se somando à minha candidatura e vão se somar cada vez mais”, disse.
*Com informações de Estadão Conteúdo.

Mau militar: no Exército, Bolsonaro era conhecido como “bunda-suja”

14 filmes na Netflix para entender o que é o fascismo e o nazismo


Estabelecido pelo ditador Benito Mussolini, o fascismo deu origem ao nazismo, ideologia criada por Adolf Hitler após sua chegada ao poder no Terceiro Reich alemão na década de 1930, e que ganhou evidência mundial com as monstruosidades do genocídio da Segunda Guerra Mundial.


Os regimes totalitários que marcaram a primeira metade do século XX tem vindo à tona por causa das eleições 2018

Por: Redação |  Comunicar erro
Filmes sobre fascismo e nazismo constam no catálogo de produções da Netflix
Crédito: DivulgaçãoFilmes sobre fascismo e nazismo constam no catálogo de produções da Netflix

fonte:https://catracalivre.com.br/cidadania/14-filmes-na-netflix-para-entender-o-que-e-o-fascismo-e-o-nazismo/?fbclid=IwAR1wUvYi8XZ3B8cMZuFhUvRyubDNooFnIfnkiB6dwPipzr-tDIv3jvIhwTQ
Os debates sobre as eleições de 2018 têm trazido à tona discussões acaloradas sobre fascismo e nazismo, regimes caracterizados por postura autoritária e pelos horrores da tortura, cassação e morte de seus adversários políticos ou “raças inferiores”.
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Na hierarquia história, o fascismo é anterior ao nazismo e surgiu na Itália nos anos 1920, pouco tempo depois da Primeira Guerra Mundial.
Estabelecido pelo ditador Benito Mussolini, o fascismo deu origem ao nazismo, ideologia criada por Adolf Hitler após sua chegada ao poder no Terceiro Reich alemão na década de 1930, e que ganhou evidência mundial com as monstruosidades do genocídio da Segunda Guerra Mundial.
Ambos os regimes se consolidaram na Europa em um período entre-guerras, quando os países vivenciavam anos difíceis, com valores liberais fracos e a economia em decadência.
O nazismo de Hitler, que pregava o nacionalismo, o racismo e a criação de uma raça ariana e superior, foi responsável por atrocidades que marcaram o século XX e fez com que, por bastante tempo, tal ideologia causasse pavor em todo o continente europeu.
Durante o período em que o fascismo e o nazismo imperaram, principalmente na Itália e na Alemanha, milhões de pessoas foram brutalmente assassinadas na tentativa da construção de uma sociedade soberana, alicerçada em preceitos cristãos, tradicionais e conservadores.
Mais precisamente na Alemanha, por volta dos anos 1930, Hitler iniciou uma caça às bruxas às “raças inferiores”, como judeus, negros, ciganos e homossexuais, que foram dizimados em campos de concentração. As mortes eram justificadas nos ideias hitleristas de superioridade e formação de uma raça ariana, e por uma Alemanha livre do vermelho comunista.
Os judeus eram os alvos principais de Adolf Hitler e do Partido Nazista. Dos aproximadamente nove milhões de judeus que residiam na Europa nos anos 1930 e 1940, cerca de dois terços foram mortos pelo regime nazista, sendo que entre as vítimas constam mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens que foram assassinados nesse período de soberania nazifascista.
Abaixo, veja 14 filmes que constam no catálogo da Netflix para entender melhor o que foi esse período da história e por que é preciso combatê-lo.

Hitler uma carreira

Hitler uma carreira
Crédito: Divulgação/NetflixHitler uma carreira
Este documentário mostra como o talento de Adolf Hitler para manipular e vender sua imagem o levou de suas origens humildes ao domínio do seu país e além.

Campos de concentração nazista

Imagens chocantes mostram campos de concentração, como Buchenwald e Ohrdruf, após a libertação quando o general Eisenhower ordena que os nazista sigam para outras regiões.

A lista de Schindler

A lista de Schindler
Crédito: DivulgaçãoA lista de Schindler
Oskar Schindler gasta toda a sua fortuna para ajudar a libertar 1.100 judeus de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial.

Bastardos inglórios

Bastardos inglórios
Crédito: DivulgaçãoBastardos inglórios
Uma garota judia, proprietária de um cinema na Paris ocupada por alemães, é obrigada a apresentar um filme nazista quando soldados americanos, chamados de “bastardos”, planejam um ataque.

O jogo da imitação

O jogo da imitação
Crédito: DivulgaçãoO jogo da imitação
Durante a Segunda Guerra Mundial, um matemático lidera uma equipe de analistas de criptografia para decifrar o famoso código alemão Enigma.

O leitor

Crédito: DivulgaçãoO leitor
Uma advogada de meia idade reflete sobre um caso que teve quando adolescente com uma mulher mais velha que foi condenada por crimes de guerra nazistas oito anos depois.

Ele está de volta

Ele está de volta
Crédito: DivulgaçãoEle está de volta
Adolf Hitler desperta no mesmo local em que ficava o seu bunker há 70 anos, mas vira um fenômeno da mídia ao ser confundido com um comediante.

A escolha de sofia

A escolha de sofia
Crédito: DivulgaçãoA escolha de sofia
Stimgo compartilha uma pensão no Brooklyn com a imigrante polonesa Sophie e seu amante volátil, um casal em um relacionamento permeado pela violência.

O menino do pijama listrado

O menino do pijama listrado
Crédito: DivulgaçãoO menino do pijama listrado
Quando sua família se muda de Berlim para a Polônia, um menino faz amizade com um garoto do campo de concentração vizinho, sem saber que ele é um prisioneiro judeu.

A vida é bela

A vida é bela
Crédito: DivulgaçãoA vida é bela
Um garçom judeu-italiano enviado a um campo de concentração nazista protege a inocência de seu filho fingindo que seu cativeiro é um elaborado jogo.

O banqueiro da resistência

O banqueiro da resistência
Crédito: DivulgaçãoO banqueiro da resistência
Arriscando a família e o futuro, um banqueiro na Amsterdã ocupada reduz a marcha da máquina de guerra nazista criando um banco clandestino para financiar a resistência.

Operação final

Operação final
Crédito: DivulgaçãoOperação final
Em 1960, agentes israelenses aceitam uma audaciosa missão para capturar o famoso criminoso nazista Adolf Eichmann e fazê-lo pagar pelo que fez. Baseado em fatos reais.

Prelúdio de uma guerra

O documentário de Frank Capra mostra a ascensão do autoritarismo na Alemanha, Itália e Japão enquanto os Estados Unidos se preparam para uma defesa da liberdade.

Riphagen

Riphagen
Crédito: DivulgaçãoRiphagen
Este filme biográfico retrata Andries Riphagen, um holandês que chantageava judeus escondidos durante a Segunda Guerra Mundial e foi responsável por centenas de mortes.

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Menino de 9 anos entra armado e dispara dentro do Colégio Adventista


Guilherme Henri e Geisy Garnes
    fonte: https://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/menino-entra-armado-em-escola-adventista-e-atira-na-propria-coxa?fbclid=IwAR1RInk2ai9AgRIKbegPxYGuxIpkv17E2N63TIzVo9jCbbSWOL0nIHkcdUY
Momento em que o aluno saiu da escola, por volta das 17h. Momento em que o aluno saiu da escola, por volta das 17h.
Um aluno de 9 anos entrou armado no Colégio Adventista na tarde desta quarta-feira (17) e atirou na própria coxa. A mesma bala teria atingido também o pé do garoto. A escola fica na Rua Rio Grande do Sul, no Jardim dos Estados, região nobre de Campo Grande.
A rua está fechada. Três equipes da Polícia Militar, ambulância, viaturas e motos do Corpo de Bombeiros estão no local. As primeiras informações são de que o pai da criança é um agente de perícia da Secretaria de Justiça e Segurança Pública.
O aluno disparou por volta das 16h30 e meia hora depois foi socorrido em uma ambulância particular da empresa Qualisalva e levado para o hospital Proncor.
No local, nenhum funcionário da escola falou com a imprensa. Por telefone, a informação da recepção é que a escola só vai se pronunciar mais tarde.
(Matéria editada às 17h33 para correção de informação)

Dom Mauro Morelli sobre Bolsonaro: 'Desequilibrado e vulgar'


Bispo reagiu a ataques do candidato contra a CNBB. E declarou voto em Haddad, não pelo programa, mas pela "capacidade de diálogo", sem apoio posterior
por Redação RBA publicado 17/10/2018 13h55
CONSEA-MG
igreja
Dom Mauro com o Papa Francisco em 2013: Igreja não deve ser aliada do poder, mas cooperar com o bem comum e defender a vida
São Paulo – Dom Mauro Morelli, bispo emérito da Diocese de Duque de Caxias (RJ), reagiu a declarações ofensivas de Jair Bolsonaro (PSL) contra a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). "O candidato Bolsonaro agrediu gravemente e de forma gratuita a Igreja Católica, taxando a CNBB de parte podre da Igreja. De sua boca jorram asneiras e impropérios, revelando um homem desequilibrado e vulgar", afirmou dom Mauro. "Se eleito acabará defenestrado em pouco tempo", completou.
Nesta quarta-feira (17), apoiadores do ex-capitão difundiram um vídeo em que em que o candidato a presidente da República insulta a CNBB, dizendo que “são a parte podre da Igreja católica”.
Dom Mauro observou que a entidade não nasceu de uma "visão ideológica", mas por exigência da teologia da comunhão na dimensão, por exemplo, da "sinodalidade". A expressão vem da palavra "sínodo", que significa "caminhar juntos". "O bispo não age isolado, sua Igreja é sujeito de sua vida e missão. A CNBB comemorou 60 anos de vida e missão a serviço da vida com dignidade e esperança", afirma.
A CNBB, acrescenta, "reúne os bispos titulares das Dioceses da Igreja Catolica Apostólica Romana, para cuidar da Ação Pastoral da Igreja e de sua Missão Evangelizadora". "O ministério pastoral exercido de forma colegiada garante a unidade no pluralismo."
O bispo declarou voto em Fernando Haddad, fazendo ressalvas. "Não votarei no programa do candidato do PT, mas no seu equilíbrio e capacidade de diálogo. Se eleito, farei cooperação crítica ou oposição." Ele lembrou que ajudou a eleger Luiz Inácio Lula da Silva em 2003 e foi "o primeiro crítico de seu governo nos primeiros dias de governo". E observou que sempre manteve diálogo com Gilberto Carvalho, ex-ministro dos governos Lula e Dilma.
Em 1974, dom Mauro foi nomeado bispo auxiliar de São Paulo. Recebeu a sagração do então cardeal-ardebispo, dom Paulo Evaristo Arns. Em 1981, tornou-se o primeiro bispo da Diocese de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde permaneceu até 2005. O religioso presidiu o Conselho Nacional de Segurança Alimentar, criado durante o governo Itamar Franco, que havia recebido sugestão nesse sentido de Lula. Ao lado do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, Dom Mauro conduziu uma campanha nacional pela cidadania e contra a fome e a miséria. 
"Cooperei com Itamar na Presidência da República e com os Governadores de MG de Itamar a Pimentel, nunca coloquei a Igreja em maracutaias e nem me envolvi em disputas eleitorais e partidárias. A Igreja não deve ser aliada do poder mas cooperar com o bem comum e a defesa da Vida", escreveu o religioso, que também preside o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais (Consea-MG).

Povo contra povo

No início da semana, pastorais sociais e outras entidades divulgaram nota alertando para um "movimento antidemocrático" na atual campanha, que "apela  ao ódio e à violência, colocando o povo contra o povo". 
"A Constituição sai ferida com esta intolerância que nega a diversidade do povo brasileiro, estimula preconceitos e incentiva o conflito social", diz ainda a nota. 
"O candidato deste movimento quer se valer de eleições democráticas em sentido contrário para dar legalidade e legitimidade a um governo que pretende militarizar as instituições, garantir impunidade aos abusos policiais, armar a população civil e reduzir ou cortar programas de direitos humanos e sociais. Em poucas palavras, é o abandono do Estado Democrático de Direito."
Assinam a nota: Cáritas Brasileira, Comissão Brasileira Justiça e Paz, Centro Cultural de Brasília, Conselho Indigenista Missionário, Comissão Justiça e Paz de Brasília, Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Comissão Pastoral da Terra, Conferência dos Religiosos do Brasil, Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, Observatório De Justiça Socioambiental Luciano Mendes De Almeida, Pastoral Carcerária Nacional, Pastoral da Mulher Marginalizada, Pastoral Operária e Serviço Pastoral do Migrante.