sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Com o país dividido, Dilma terá que denunciar a mídia






Rachou, e rachou ao meio. As pesquisas Datafolha e Ibope recém-divulgadas concordam – até numericamente – que Dilma Rousseff e Aécio Neves têm, cada um, metade do eleitorado consigo. Seja em votos válidos, seja em votos totais.
A vantagem numérica de 2 pontos percentuais – portanto, dentro da margem de erro – que os dois institutos deram a Aécio Neves (51% contra 49% de Dilma, em votos válidos) pode muito bem decorrer da preferência que os donos de Datafolha e Ibope – respectivamente, as famílias Frias (dona de fato) e Marinho (dona de direito) – acalentam pelo tucano.
Segundo o Ibope, 4% do eleitorado ainda não sabe em quem votar. Já no Datafolha, são 6%. Poderíamos dizer que, na média, 5% do eleitorado ainda está indeciso. Esse universo de menos de 10 milhões de eleitores irá decidir a eleição.
O que ocorre é que Aécio detém uma vantagem extremamente injusta sobre Dilma. Nos últimos dias, essa mídia, “esquecendo” de todos os escândalos que envolvem o PSDB, dedicou-se exclusivamente a acusar o PT. Sem parar.
Aliás, nos últimos dias um petista e um tucano foram flagrados em aeroportos transportando altas somas em espécie. Como a mídia tratou os dois casos? Escondeu o do tucano e pôs na primeira página o do petista.
Nos jornais, telejornais, rádios, portais de internet, as acusações de corrupção incessantes contra o PT. E o que é pior: com base em informações não confirmadas, sob apuração das autoridades. Na mídia partidária de Aécio, porém, não precisa mais investigação nenhuma: o PT – e, por extensão, Dilma – é culpado.
Todos os casos de corrupção envolvendo o PSDB (escândalo dos trens em SP, entre outros), a crise hídrica em SP, o caso dos aeroportos que Aécio mandou construir em terras de sua família em Minas Gerais, tudo isso é tratado lá no último caderno e nem chega aos telejornais.
Como o eleitorado que irá decidir esta eleição é extremamente pequeno, os ataques da mídia ao PT e a blindagem dessa mídia ao PSDB podem fazer a balança pender para Aécio.
Por mais que o primeiro programa de Dilma no segundo turno tenha começado bem, com um terceiro ator em jogo na disputa (a mídia), a petista não poderá pelear só com Aécio, pois ele poderá muito bem se portar como Marina, fazendo-se de coitadinho, deixando os ataques para Globos, Folhas, Vejas e Estadões.
No primeiro turno, Lula abriu a propaganda eleitoral de Dilma atacando a mídia. Depois, parou. Até porque, no primeiro turno essa mídia chegou a dar notícias desfavoráveis para Aécio ao mencionar, brevemente, o escândalo dos aeroportos.
Agora, porém, não tem mais jeito. Quem assistiu a edição do Jornal Nacional que precedeu o reinício da propaganda eleitoral na tevê e viu o telejornal superdimensionar a vantagem de 2 pontos de Aécio nas pesquisas e martelar acusações sem provas contra o PT, já percebeu que essa situação irá perdurar durante todo o segundo turno.
Dilma, portanto, disputa com Aécio e com a mídia. Dilma não tem um adversário, tem dois. E se tem dois adversários, não pode se defender ou atacar só um deles, por mais que seja injusto uma luta de dois contra uma. Terá, pois, que lutar com ambos.
Como? Dilma tem que denunciar exatamente o que está acontecendo – bombardeio midiático contra si e blindagem midiática de Aécio. Nem mais, nem menos. Afinal, graças às mentiras da mídia e a uma miríade de fatores laterais, o país vive uma situação-limite.
O risco de entregar o país aos banqueiros, à mídia e aos seus despachantes tucanos, em 2014 é o mais alto desde que o PT chegou ao poder. Se Aécio vencer, terá início uma era de perseguições políticas, saque ao patrimônio público, fim das investigações de corrupção contra o governo, entrega da soberania brasileira aos países ricos, sobretudo aos EUA.
Dilma, Lula e o PT não têm que reagir à mídia em defesa de seus interesses eleitorais. Eles têm obrigação de reagir em defesa do povo brasileiro, ora ameaçado por uma coalizão infame do capital financeiro que planeja sugar o sangue deste país até a última gota.
*
Assista, abaixo, ao primeiro programa de Dilma no segundo turno da eleição presidencial de 2014

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Romper o cerco conservador


Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O PT não é um partido de santos. Há gente boa e ruim ali – como em toda parte.

Mas você já reparou que, em toda eleição, há sempre uma onda de denúncias contra o PT? E só contra o PT?

Onde estão as investigações sobre os trens de São Paulo? Sobre a privatizações tucanas? Jamais prosperaram. Agora, a 15 dias da eleição, surge a delação premiada de um réu desesperado – jogando lama sobre Dilma, Lula e o PT como um todo. Não há chance de responder. Não. O rolo compressor midiático está acionado.

Beira o ridículo dizer que todo o problema do Brasil “é a corrupção do PT”. Não há corruptores? E os empresários? Não há uma reforma Política a fazer. Não.

Esse moralismo todo encobre o debate maior: teremos um Estado a serviço dos pobres ou dos ricos? Um Estado para a elite paulista, ou a serviço das maiorias? Esse é o centro da disputa. E os tucanos sabem que essa disputa está perdida. Então apelam para o moralismo seletivo.

Nada disso é novo: a ferramenta contra governos trabalhista sempre foi essa. Vargas foi tratado como um “bandido a acobertar criminosos”. Vejam bem: Vargas, o maior presidente da história brasileira foi cercado no Palácio por um boçal chamado Carlos Lacerda… Há 5 ou 6 anos, FHC lamentou que não tivéssemos um Lacerda no século XXI. Na verdade, temos sim: dezenas de lacerdinhas espalhados pelos jornais, rádios e revistas da marginal.

O círculo se fecha. E o bombardeio vai durar 15 dias.

O PT contava com a campanha de João Santana pra equilibrar o jogo: uma campanha da marquetagem. Só que o PSDB terá os mesmos 10 minutos na TV até o dia 26 – e mais a Globo, a Veja, todos os portais de internet, além das manchetes de jornal e rádio. Terá tudo… E esse discurso de que “é preciso varrer a quadrilha dos corruptos” ecoa pela internet.

Aqui, nos blogs, cansamos de dizer que o maior inimigo do projeto trabalhista no Brasil é a mídia velhaca. A diretora da Associação Nacional de Jornais (ANJ) disse, em 2009: “na falta de partidos de oposição, a imprensa virou o partido de oposição”. A mídia velhaca produz o conteúdo que depois se espalha pelas redes e pelas ruas.

Em 2010, blogs de esquerda conseguiram oferecer um contraponto à ofensiva da Globo de Ali Kamel e de Serra. Nunca mais isso acontecerá. Por que? Porque a elite e o PSDB nunca mais serão pegos de surpresa: criaram sua própria rede, e já atuaram fortemente nas redes em junho de 2013.

A Globo deu o roteiro para o Mensalão. A Globo criou os “aloprados” petistas em 2006. A Globo e seus parceiros midiáticos vão ecoar o escândalo da Petrobrás agora em 2014. Um escândalo de boca-de-urna.

Seria mais fácil enfrentar essa onda, se o PT tratasse a Globo, a Veja e outros como os inimigos que são. Brizola sempre fez isso. Requião sempre fez, no Paraná.

Dilma foi-se confraternizar com a Globo depois de eleita. Fez omelete com Ana Maria Braga, visitou a Folha, acreditou em relações “republicanas”. Os ministros petistas legitimam a Veja: correm para as páginas amarelas. Um candidato a governador petista, em conversa com blogueiros, disse que “não abria mão de ter uma boa relação com a imprensa”.

Sei… Na campanha, ele descobriu que relação é essa.

Agora, a onda vem forte como nunca.

Em 1954, a imprensa emparedou Vargas. Em 1964, emparedou Jango. Em 2014, Lula e o PT – com Dilma – estão emparedados.

Assistimos ao mais duro cerco conservador no Brasil, desde 1964. E há quem prefira se omitir, não escolha lado e se refugie no voto nulo.

O discurso – hoje – é o mesmo de sempre: tirar do poder os “corruptos”.

A elite brasileira assumiu toda sua ferocidade. O fascismo avança.

É preciso enfrentar a onda. Ainda que a direção partidária que teria a obrigação de tomar à frente da batalha prefira “conversar” e legitimar os inimigos.

É preciso, pelas frestas que restam, mostrar que o discurso de “fora corruptos” e “vamos mudar tudo” encobre uma disputa de projetos.

Só isso permitirá romper o círculo conservador.

Eleitor que não apertou mão de Aécio registra B.O por racismo


Morador que se recusou a estender a mão a Aécio Neves sofreu xingamentos racistas e foi ameaçado. Fábio lançou um desafio aos seus agressores: “Vocês que se julgam superiores, subam o morro um dia. Vamos dialogar?”


Do site Pragmatismo Político
aécio neves mão fábio martins
Músico Fábio Martins foi vítima de racismo por não apertar a mão de Aécio Neves (Foto: Douglas Magno/O Tempo)
O presidenciável Aécio Neves subiu a favela do aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, para uma caminhada em um dos seus últimos compromissos de campanha no primeiro turno. Acompanhado, naturalmente, de um batalhão de assessores e fotógrafos, estendeu a mão para o músico Fábio Martins, que se recusou a cumprimentar o tucano. Fábio justificou a sua atitude (relembre aqui) que, ao mesmo tempo, lhe rendeu apoio e repúdio nas redes sociais. No entanto, algumas manifestações passaram do limite da crítica e descambaram para ameaças e ofensas raciais. Leia, a seguir, o novo desabafo de Fábio Martins a respeito da repercussão do seu ato na última semana.
por Fábio Martins, em seu Facebook
Quinze minutos de fama?
Ameaças, injúrias, racismo. Entre outras coisas é o que venho enfrentando desde sexta feira quando neguei cumprimentar um político!
Me calei fiz questão de não responder individualmente insultos que venho recebendo, pois acredito e ponho fé no direito das pessoas se posicionarem perante qualquer situação (democracia é isto!) e foi somente o que fiz perante o candidato, me posicionei!
Fui taxado como mal educado (e realmente é mal educado quem nega um cumprimento a qualquer um que seja), mas só queria deixar bem claro que um candidato me estender a mão três dias antes de uma eleição, cercado de jornalista em um aglomerado onde jamais havia pisado, nunca representaria uma cordialidade e sim uma ação a qual, tivesse aceitado o aceno do político, estaria dizendo gestualmente pra todos que concordo com ele e o apoio, e foi sem hipocrisia que tomei minha atitude, que foi política sim, mas não partidária (não defendo bandeiras).
Também não sou apolítico, pois faço política todos os dias quando saio de casa para trabalhar, quando convivo com meus vizinhos e temos que seguir e respeitar leis, como fiz ontem quando sai para votar!
De injúrias, como partidários do tal candidato vem postando em vários SITES que repercutiram o acontecido, não acho necessário me defender, pois o que pensam de mim não me importa, só queria deixar bem claro que trabalho desde os 14 anos de idade e entre familiares meus estão advogados, professores, enfermeiras, músicos, poetas, pedreiros, diaristas, entre outros profissionais, todos criados na comunidade e que como eu passaram dificuldades sim, mas jamais precisaram utilizar bolsa família ou qualquer outro recurso governamental para sobreviver (não tirando o direito dos necessitados de usufruir de tais recursos, claro).
Sobre meus textos
Sou eu mesmo quem os escreve, diferente de colocações classistas de alguns que se acham “superiores” e que até hoje parecem viajar na utopia de que favelados são todos analfabetos, drogados, ladrões, sem recursos culturais, como mostram os personagens destas novelas imprestáveis exibidas por canais de tv!
Vocês “Superiores”
Subam o morro um dia, vamos dialogar?
Quem sabe assim possamos achar explicações para os carrões dos filhos teus que à noite não param de encostar na entrada da favela pra buscar droga e assim alimentar o tráfico!
Apertaria com convicção a mão de um que tivesse coragem de por a cara!
Sobre citações racistas e ameaças à minha integridade física pouco vou falar, pois este tipo de gente não merece meu tempo, nem respeito, então simplesmente tenho dado print nas conversas e postagens do gênero e farei um B.O. para me defender de qualquer coisa que possa vir a me acontecer, pois infelizmente parece que ainda vivemos na época da repressão militar ou em um feudo!
Aí tenho de ouvir de uns espertos que consegui meus Quinze minutos de fama, que já posso me candidatar para vereador na próxima eleição, brincadeira viu!
As únicas coisas que quero é que minha mãe durma tranquila (coisa que não faz desde sexta, quando saio as noites pra trabalhar) e que eu tenha liberdade e saúde para seguir em busca dos meus ideais…
Paz para todos!
FM.
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/10/eleitor-que-nao-apertou-mao-de-aecio-registra-b-o-por-racismo.html

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O avanço da direita em São Paulo





Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

É inquestionável: São Paulo liderou avanço sem precedentes da direita brasileira nas eleições de domingo. Apesar de as eleições de governadores ter trazido boas notícias para o PT, é evidente que o fortalecimento surpreendente de Aécio Neves na reta final faz a eleição presidencial entrar no segundo turno muito mais indefinida do que fora possível prever.

O responsável por esse avanço conservador foi, basicamente, São Paulo. O movimento pró Aécio tomou conta do maior colégio eleitoral do país. No domingo, o chamamento do tucano a que as pessoas fossem votar usando camisas verde-amarelas foi um sucesso em SP.

Apesar de o candidato a governador pelo PT, Alexandre Padilha, ter tido votação muito acima da prevista pelas pesquisas, a força do PSDB no Estado mais rico e populoso do país anulou o que teria sido uma boa notícia para os petistas.

Por outro lado, o Nordeste tornou-se o reduto petista e protagonizará a grande resistência a um processo que, se vingar, representará um forte revés para o soerguimento nordestino durante a década passada.

Com efeito, durante os governos Lula e Dilma o Nordeste foi a região que mais lucrou. A grande mobilidade social que se instalou no país entre 2003 e 2014 ocorreu, acima de tudo, no Nordeste. Durante os governos do PT, o Sudeste e, mais especificamente, São Paulo não chegaram a experimentar o fenômeno nordestino, o que fez o Estado sentir que permaneceu estagnado.

Chega-se ao segundo turno com o país dividido. Pesquisa Datafolha recente mostrou que Aécio deve ficar com ¾ dos votos de Marina e Dilma, com ¼. Desse modo, se Dilma teve quase 44% dos votos válidos, se herdar 5% dos mais de 20% que teve Marina, chegará a cerca de 49% no segundo, enquanto que Aécio chegaria a 51%.

Essa “conta de português”, em um primeiro momento, pode sofrer influências da onda Aécio que tomou São Paulo na reta final do primeiro turno. Em 2010, na primeira semana após o primeiro turno José Serra chegou praticamente ao empate técnico com Dilma e, depois, foi decaindo.

Seja como for, para o resto da América do Sul o avanço conservador no Brasil é uma péssima notícia. Pelo peso do país na região, pelo tamanho de nossa economia e por nossa influência geopolítica, países que vêm sendo atacados pela campanha tucana, tais como Bolívia e Venezuela, podem prever que um governo do PSDB trataria de romper acordos de comércio que têm sido vitais para vários de nossos vizinhos.

Hoje, a grande maioria da América do Sul é governada pela esquerda. Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Peru, Venezuela e Uruguai têm governos que mantém relações muito próximas conosco e que, em um eventual governo do PSDB, serão literalmente lançados ao mar.

Governado pelo PSDB, o Brasil por certo se tornaria representante da aversão de Washington aos governos progressistas sul-americanos. Haveria retaliação econômica, a princípio, suave, mas progressivamente mais intensa contra os vizinhos governados pela esquerda.

No médio prazo, Washington conta com a literal destruição do Mercosul e o retorno sul-americano ao quintal norte-americano.

Voltando ao Brasil, a campanha de Dilma ainda padece do efeito segundo turno que ocorreu, também, em 2010. O comando da campanha petista previu que se desse a lógica e houvesse segundo turno, o desânimo sobreviria entre a militância, como há quatro anos. Por isso pedia para não se falar em vitória no primeiro turno.

Todavia, assim como na eleição presidencial passada, muitas forças políticas progressistas se darão conta, nas próximas semanas, do que representaria não só para o Brasil, mas para toda a América Latina a volta de um governo de direita.

Marina, magoada com o PT, deve apoiar Aécio. Contudo, sua decisão não significa, necessariamente, que todos os seus eleitores adiram a um candidato e a um partido de direita. A maioria pode aderir, mas não a totalidade.

Apesar de tantos pontos negativos para o PT gerados pela arrancada de Aécio na reta final, o cenário político fica mais claro a partir de agora. Caberá ao PT explicar aos brasileiros o que representaria a volta do PSDB. Sobretudo aos eleitores do Norte e do Nordeste, regiões que avançaram muito mais do que o Sul e o Sudeste de 2003 para cá.

No segundo turno não haverá o bombardeio de todos os candidatos contra Dilma que permeou o primeiro turno, mas a mídia entrará em campo com seus dossiês e delações, que, em São Paulo, foram um sucesso. Porém, não se descarta a possibilidade de o resto do Brasil vir a entender que aderir a São Paulo pode vir a ser bom só para São Paulo.

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/10/o-avanco-da-direita-em-sao-paulo.html#more

Comunista Manuela, PCdoB, é a deputada estadual mais votada; veja perfil dos eleitos

Bancada do PT será a maior da Casa com 11 cadeiras






Manuela D'Ávila realizou diversos comícios durante a campanha
Foto: Facebook  / Divulgação
Ao final da apuração dos votos para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a deputada Manuela D'Avila (PC do B) foi a deputada estadual com maior votação. Foram mais de 222 mil votos. A maior bancada da Casa será do Partido dos Trabalhadores (PT) com 11 cadeiras, seguido do PMDB e PDT com oito, além do PP com sete. O PSDB terá quatro cadeiras e o PRB, da mesma coligação, elegeu um candidato.
O PTB terá cinco cadeiras. O PSB elegeu três e a coligação ainda teve a eleição de um representante do PPS. O PC do B, de Manuela, terá duas cadeiras; O PR e o PL, da mesma coligação, terão um deputado cada. Já o PSol e o PV, elegeram pela primeira vez um deputado estadual. O PSD, elegeu o ex-atacante Jardel.
Das 55 cadeiras da Assembleia, 30 seguem sendo ocupadas por deputados que tentaram a reeleição.
Os eleitos:
PT
Edegar Pretto - 73.122 (reeleito)
Filho do deputado Adão Pretto, que já morreu. Tem uma atuação forte junto aos agricultores familiares e junto aos assentados. Foi o mais votado do PT em 2010 (com 69 mil votos). Atuou fortemente em ações para coibir a violência contra a mulher.
Luiz Fernando Mainardi - 56.629 (reeleito)
Já havia feito boa votação em 2010 com 64 mil votos, e foi secretário da Agricultura do governo Tarso . Ex-prefeito de Bagé por dois mandatos, também foi deputado federal.
Jeferson Fernandes - 50.437
Atualmente é deputado (eleito como suplente). Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia. É natural de Santo Ângelo, foi suplente de vereador em Santa Rosa. Foi assessor do deputado Bohn Gass.
Tarcisio Zimmermann - 47.465
Ex-prefeito de Novo Hamburgo. Foi eleito e depois reeleito com 53% dos votos em outubro de 2012, porém Zimmermann não assumiu por ter o registro negado pela Justiça Eleitoral. Na nova eleição (2013), largou como candidato, mas foi impedido de concorrer. A 20 dias da eleição, Lauermann assumiu o posto e se elegeu. Foi presidente da Corsan no governo Tarso.
Valdeci Oliveira - 44.501 (reeleito)
Deputado estadual, com base em Santa Maria. Foi líder do governo Tarso na Assembleia.
Nelsinho Metalúrgico - 42.102 (reeleito)
Deputado eleito com 37 mil votos. Atua na área de defesa dos direitos trabalhistas, relação com os sindicatos. Foi líder do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita. Ex-vereador de Canoas.
Stela Farias - 41.719 (reeleita)
Ex-prefeita de Alvorada (eleita e reeleita). Era secretária de Administração no governo Tarso Genro. Está no seu segundo mandato na Assembleia.
Zé Nunes - 41.609 
Ex-prefeito de São Lourenço.
Miriam Marroni - 39.409 (reeleita)
Deputada estadual, eleita em 2010 com 45 mil votos. Foi secretária-geral de governo, durante o governo Tarso. Tem base eleitoral em Pelotas. É casada com Fernando Marroni.
Altemir Tortelli - 33.879 (reeleito)
É deputado estadual e seguirá com seu mandato.
Adão Villaverde - 31.927 (reeleito)
Deputado estadual. Ex-presidente da Assembleia. Está no terceiro mandato como deputado estadual. Atuou na elaboração do projeto da Lei Kiss, que atualizou a legislação de prevenção a incêndios no  RS.
PMDB
Fábio Branco - 57.135
Ex-prefeito de Rio Grande. Aos 42 anos, casado, foi prefeito do Rio Grande por duas ocasiões, de 2004 a 2008 e de 2008 a 2012. Teve importante papel no desenvolvimento do pólo naval que coloca Rio Grande entre os municípios que mais crescem no País.
Edson Brum - 55.887 (reeleito)
Deputado estadual eleito em 2010 com 67 mil votos. Foi eleito como suplente em 2002. Eleito como deputado mesmo em 2006 com 43 mil votos. É presidente do PMDB no RS.
Alexandre Postal - 44.856 (reeleito)
É um dos campeões no número de mandatos na Assembleia. Em 2010, foi eleito para o quinto mandato com 45.631 votos. Agora irá para o sexto. Já foi presidente da Casa. Foi prefeito de Guaporé e secretário dos Transportes.
Vilmar Zanchin - 41.488
Ex-prefeito da Famurs. Foi Vereador, Presidente da Câmara, Vice-Prefeito e duas vezes Prefeito de Marau.
Gabriel Souza - 39.998
Foi presidente da juventude do PMDB, é formado em medicina veterinária e tem base eleitoral no Litoral Norte.
Boessio - 37.933 (reeleito)
Foi o último a entrar como deputado titular eleito pelo PMDB em 2010. Fez 37 mil votos. É natural de Veranópolis, mas morou em Farroupilha. Foi presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e Vestuário do RS, presidente do Sindicato da categoria em Farroupilha.
Gilberto Capoani - 36.535 (reeleito)
Deputado estadual. Fez 53 mil votos em 2010. Está no seu segundo mandato na Assembleia. Aos 22 anos, foi eleito prefeito de Sertão, o mais jovem do Estado na época. Possui forte atuação no PMDB de Passo Fundo.
Tiago Simon - 32.717
Tiago é filho do atual senador Pedro Simon, empresário e vai para o primeiro mandato na Casa. Durante a campanha, usou a imagem do pai para reforçar seu nome entre os eleitores.
PDT
Marlon Santos - 91.100
É deputado. Foi prefeito de Cachoeira do Sul. Em 2010, eleito primeiro suplente com 33 mil votos.
Eduardo Loureiro - 60.816
Filho de Adroaldo Loureiro que não concorre mais porque foi para o Tribunal de Contas do Estado. Foi prefeito de Santo Ângelo, nas Missões.
Gilmar Sossela - 57.490 (reeleito)
Presidente da Assembleia Legislativa, tem um mandato consolidado. Na sua gestão, instaurou o ponto eletrônico. Nas últimas semanas, a Polícia Federal abriu inquérito que apura a suspeita de servidores estarem sendo coagidos a comprar convites para um jantar de campanha, no valor de R$ 2,5 mil.
Ciro Simoni - 55.622 (reeleito)
Foi secretário da Saúde do governo Tarso. Se elegeu com 35 mil votos em 2010. Deve ampliar a votação.
Regina Becker Fortunati - 46.788
É esposa do prefeito José Fortunati. Foi secretária municipal da Seda (Secretaria dos Animais) e tem com principal bandeiras a defesa dos animais,
Gerson Burmann - 46.173 (reeleito)
É deputado. Natural de Ijuí, onde foi prefeito duas vezes. Atualmente está no terceiro mandato como deputado estadual tendo feito 46.363 votos na última eleição, mais de 40.000 em 2006 e 27.800 votos na eleição de 2002.
Enio Bacci - 37.148
Deputado federal eleito com 92 mil votos, neste ano resolveu voltar à Assembleia. Foi secretário da segurança no governo Yeda Crusius.
Dr. Basegio - 33.829 (reeleito)
Deputado eleito. É médico, foi presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia. Eleito por dois mandatos como vereador em Passo Fundo, foi presidente da Câmara de Vereadores de Passo Fundo e suplente de deputado federal. Em 2004, foi vereador mais votado em Passo Fundo. Em 2006 concorreu a deputado federal quando fez aproximadamente 60 mil votos, ficando na primeira suplência. Como primeiro suplente da bancada federal pedetista, assumiu em 2007 na Câmara dos Deputados, em Brasília, no período de 100 dias, quando o deputado Enio Bacci esteve à frente da Secretaria Estadual da Segurança Pública.
PP
Silvana Covatti - 89.130 (reeleita)
Deputada estadual mais votada em 2010 com 85 mil votos. Vai para seu terceiro mandato. É casada com deputado federal, Vilson Covatti, que não concorreu à reeleição este ano.
Pedro Westphalen - 65.134 (reeleito)
Médico. Ex-presidente da Assembleia. Fez 72 mil votos em 2010.¿
Ernani Polo - 57.427
É deputado estadual e teve atuação destacada na CPI da Telefonia. Foi chefe de gabinete do deputado Jerônimo Goergen. Em 2010, foi eleito primeiro suplente do PP com 38 mil votos.
Frederico Antunes - 48.577 (reeleito)
Frederico Cantori Antunes cumpre o seu quarto mandato na Assembleia. Formado pela PUC de Uruguaiana, iniciou sua carreira política em 1992, quando foi eleito vereador, com o maior número de votos em Uruguaiana. Atuou nos debates pela extinção da cobrança do chamado Imposto de Fronteira e para criação dos freeshops em cidades gaúchas.
Adolfo Brito - 44.224 (reeleito)
Em 2010, Adolfo Brito foi eleito para o 5º mandato como deputado estadual pelo Partido Progressista com 48.422 votos. Tem se dedicado à defesa da agricultura, educação e infraestrutura. No setor da assistência social, busca solução para as dificuldades das 208 Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAES) no Estado. Atualmente, é presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa.¿
Sergio Turra - 36.518
Filho do ex-ministro Francisco Turra. É natural de Marau. Graduado em direito. Atualmente, é membro da Comissão Especial de Direito Agrário e do Agronegócio da OAB/RS. 
João Ficher - 35.696 (reeleito)
Deputado eleito com 44 mil votos em 2010. Concorreu pela primeira vez a um cargo eletivo em 1992, elegendo-se como vereador mais votado de Sapiranga e do seu partido na região. Na Assembleia Legislativa liderou a bancada do setor coureiro calçadista e presidiu a Comissão de Economia e Desenvolvimento.
PTB
Classmann - 52.771 (reeleito)
O líder da bancada do PTB, deputado Aloísio Classmann, está há mais de 35 anos na vida pública. Natural de Campo Novo, foi o vereador mais jovem no Estado, eleito em São Martinho, onde ocupou uma cadeira no Legislativo por 12 anos e conquistou o mandato de prefeito. No parlamento gaúcho, foi eleito para a quinta legislatura com mais de 46 mil votos, cujo foco de atuação está voltado às regiões da Grande Santa Rosa, Celeiro, Missões e Planalto Médio.
Marcelo Moraes - 52.269 (reeleito)
Filho do deputado federal Sérgio Moraes. Eleito em primeiro mandato em 2010, com 32 mil votos, o deputado atua no desenvolvimento de trabalho voltado à defesa dos municípios de sua região, dos fumicultores e da juventude. Natural de Encruzilhada do Sul, Marcelo Pires Moraes foi vereador em Santa Cruz do Sul.
Ronaldo Santini - 47.829 (reeleito)
Deputado eleito com 35 mil votos em 2010. Antes, havia sido o coordenador de Orçamentos do gabinete do senador Sérgio Zambiasi e secretário da Bancada Gaúcha no Congresso Nacional.
Lara - 47.738 (reeleito)
Secretário do Trabalho no governo Tarso. Eleito para o quarto mandato, Luís Augusto Lara foi o mais votado do PTB, em 2010, com 57.936 votos. Ao se licenciar para assumir a Secretaria, foi substituído pelo deputado suplente Jurandir Maciel. Foi secretário do Turismo nos governos de Germano Rigotto e Yeda Crusius e agora do Trabalho, no Tarso. Um dos grandes êxitos da secretaria foram os cursos do Pronatec.¿
Mauricio Dziedricki - 40.009
É advogado e empresário. Natural de Curitiba (PR), foi vereador de Porto Alegre por duas vezes, eleito pela primeira vez em 2004. Em 2008 foi o vereador mais votado entre todas as cidades da região sul do País, com 15.454 votos. Em 2010, concorrendo pela primeira vez a uma vaga na Câmara Federal, com 66.701 ficou na primeira suplência. Em fevereiro de 2011 assumiu a Secretaria de Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa no governo Tarso.
PSDB 
Lucas Redecker - 96.561 (reeleito)
Foi o mais votado do PSDB em 2010, com 45 mil votos. Filho do deputado Julio Redecker, que morreu no acidente da TAM. Foi presidente da CPI da energia na Assembleia e uma das vozes de oposição ao governo Tarso.¿
Jorge Pozzobom - 48.244 (reeleito)
Natural de Santa Maria. Foi eleito em 2010 com 33 mil votos – seu primeiro mandato. Advogado criminalista, formado pela UFSM. É líder do PSDB na Assembleia.
Pedro Pereira - (reeleito)
Nascido no município de Canguçu, no sul do Rio Grande. Eleito Deputado Estadual em 2006 com mais de 28 mil votos e reeleito em 2010 com mais de 38 mil.
Adilson Troca - 32.579 (reeleito)
Presidente do PSDB no Rio Grande do Sul. No mandato anterior, no governo Yeda Crusius, foi relator da CPI do Detran.
PSB
Elton Weber - 44.444
Ex-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag).
Liziane Bayer - 29.121
Liziane é Pastora na Igreja Internacional da Graça de Deus.
Miki Breier - 28.885 (reeleito)
Está no seu segundo mandato na Assembleia. Natural de Cachoeirinha, cidade da Região Metropolitana, o deputado estadual Miki Breier é ex-seminarista, professor da rede estadual de ensino e mestre em Filosofia.
PC do B
Manuela D'Avila - 222.436
Manuela foi deputada federal por dois mandatos. Na última eleição, fez 482 mil votos. Decidiu retornar ao RS e tentar uma vaga na Assembleia (cargo que ela nunca disputou). Ela já foi vereadora e é presidente do PC do B no RS.
Juliano Roso - 17.092
Aos 41 anos, é professor de história, casado e pai de João Pedro e de João Vicente. Iniciou sua militância política no movimento estudantil com 15 anos, em 1989.  Depois, participou da direção de várias entidades estudantis, sendo vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). É filiado ao PCdoB desde 1992 e cumpriu três mandatos como vereador no município. Atualmente, é vice-prefeito de Passo Fundo ao lado do prefeito Luciano Azevedo.
PR
Missionário Volnei - 33.255
Tem 40 anos e é natural de Palmeira das Missões.
PPL

Miguel Bianchini - 13.515
Bianchini tem 53 anos e é vereador em Santiago.
PPS
Any Ortiz - 22.553
Any é vereadora, líder da Bancada do PPS na Câmara de Porto Alegre. Além disso é formada em direito pela PUCRS.
PRB
Peres - 67.002
Pastor da igreja evangélica. Candidatura em dobradinha com o Carlos Gomes eleito deputado federal.
PSOL
Pedro Ruas - 36.230
Ruas é vereador em Porto Alegre no quarto mandato, exerce a liderança da Bancada do PSOL. Tem 57 anos e advoga há 30, especializado na área trabalhista defende somente trabalhadores. Foi Conselheiro Seccional e Federal da OAB, Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados/RS e Presidente da Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas (Agetra). Além disso, presidiu a Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS e foi Secretário de Estado de Obras e Saneamento (1999/2000).
PSD 
Jardel Centroavante - 41.227
Jardel é ex-atacante do Grêmio, campeão da Libertadores da América pelo clube gaúcho. Irá para seu primeiro mandato como político.
PV 
João Reinelli - 9.098
Natural de Nova Prata, é médico e foi presidente da Câmara de Vereadores de Nova Prata.
http://gaucha.clicrbs.com.br/rs/noticia-aberta/manuela-e-a-deputada-estadual-mais-votada-veja-os-eleitos-119060.html