sábado, 16 de novembro de 2013

Globo é rechaçada em link ao vivo por militantes do PT

Globo é rechaçada em link ao vivo por militantes do PT


Por volta das 18 horas de 15 de novembro de 2013 cheguei à sede da Polícia Federal em São Paulo. Algumas poucas dezenas de amigos, parentes e companheiros de partido de José Dirceu e José Genoino gritavam palavras de ordem contra a prisão de ambos, que estava ocorrendo no local.

Por Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania


Além de dezenas de repórteres e cinegrafistas, a rua em que fica a sede da PF estava congestionada pelas respectivas unidades de reportagem, automóveis e até helicópteros de meios de comunicação, que faziam imagens aéreas do protesto. Foi duro encontrar vaga para estacionar. Havia mais imprensa do que manifestantes.

Quando cheguei, Genoino já tinha passado pelos que ali estavam para apoiá-lo, fez um gesto que emocionou os que lá estavam e desapareceu dentro do complexo da PF. Dirceu ainda estava por chegar.

Aos poucos, as pessoas vieram chegando para se juntar à manifestação. Por volta das 19 horas, quando Dirceu chegou, já passavam de cem.

Protestavam pacificamente, gritavam palavras de ordem, empunhavam cartazes com frases de apoio aos dois companheiros. Todavia, alguns dos enviados pelas empresas de comunicação começaram a fazer provocações.

Um tal de “Gui Santana”, do programa Pânico, da Band, passou a acusar Dirceu e Genoino de “roubá-lo”. Entre a equipe da Globo, dois homens corpulentos se aproximavam de manifestantes e faziam piadinhas com a desgraça que ora se abatia sobre os amigos deles.



A revolta foi crescendo entre os manifestantes, mas nenhum deles perdeu a cabeça. Alguns, como este que escreve, quase chegaram lá. Um dos sujeitos corpulentos do grupo da Globo começou a fazer comentários provocativos e eu o adverti de que estava atrás de encrenca, ao que me chamou de “petista mal-educado”.

A chance para retribuir à provocação das duas emissoras, porém, não tardaria. Ninguém avançou um milímetro contra o direito dos repórteres e cinegrafistas delas, mas eles tiveram uma bela dificuldade para trabalhar. Abaixo, o momento em que o repórter Tonico Ferreira, da Globo, dava informações ao Jornal Nacional.



Durante os protestos, um motorista de uma unidade de reportagem de uma das emissoras comentou comigo que a imprensa não esperava que “tanta gente” fosse lá. Achava que Dirceu e Genoino seriam abandonados à própria sorte. E disse que ouvira tal opinião no caminho para o local.

A vendeta da mídia se consumou, mas a luta contra o que se produziu na última sexta-feira no Brasil, quando este país voltou a ter presos políticos, mal está começando. A mídia que se surpreendeu com o apoio a Dirceu e Genoino não viu nada, ainda.

Confira aqui o link ao vivo do jornalista Tonico Ferreira.

Abaixo a Abaixo, a versão (mentirosa) da Folha de São Paulo
FOLHA DE SÃO PAULO

16 de novembro de 2013

Quarenta pessoas dão apoio a petistas e hostilizam imprensa

DE SÃO PAULO Um grupo com cerca de 40 pessoas acompanhou as prisões do ex-presidente nacional do PT, o deputado federal licenciado Jose Genoino (SP), e do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.

Formado por familiares, amigos e militantes da sigla, o grupo manifestou apoio aos petistas, gritando palavras de ordem em defesa deles. O grupo chegou a hostilizar os jornalistas.

O momento mais tenso aconteceu quando o advogado do PT, Marco Aurélio Carvalho, tentou avisar a família de Genoino, que estava na calçada, que ele estava bem.

Os militantes do partido tentaram fazer um cordão de isolamento em torno dos familiares. Houve confusão e um dos militantes empurrou uma câmera contra o rosto de um cinegrafista.

Portando cartazes com frases como “Isso não é Justica, é vingança” e “O sertanejo é antes de tudo um forte”, eles gritaram “viva o PT”.

A manifestação começou por volta das 17h30 e se estendeu até a chegada de José Dirceu.

(título original: Petistas enfrentam Globo e Band durante protesto contra prisão de Dirceu e Genoíno alterado por redação Vermelho)

Dilma: PCdoB é protagonista do processo de mudanças do Brasil


Em discurso nesta sexta (15) a presidenta da República, Dilma Rousseff, afirmou que sua participação no 13º Congresso é um momento ímpar para reafirmar a todos os militantes do combativo PCdoB os agradecimentos pelo apoio que tem recebido ao longo dos três anos de seu governo. Ela enfatizou a “longa, duradoura e histórica aliança” que une o PCdoB ao PT em todas as eleições presidenciais desde 1989. 

Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho no 13º Congresso do PCdoB


Théa Rodrigues
Dilma Rousseff e Renato Rabelo no 13ºCongresso do PCdoB

“Só sabe construir o futuro quem soube lutar no passado. Só sabe construir o futuro quem está construindo o presente e quem tem novas ideias para seguir adiante.” Dilma iniciou sua fala elogiando as posições corajosas e a clareza política do discurso do presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, na abertura do ato político desta sexta (15). Lembrou que a força da aliança com os comunistas brasileiros foi construída em momentos históricos difíceis do país. “Essa é uma união da esperança de que é possível sempre fazer e avançar mais. Para essa concepção que nos une cada conquista é apenas um começo. E ela nasceu também da convicção de que é necessário continuar mudando o Brasil”.

“Não posso deixar de dizer que aqui, vejo nos olhos de cada um de vocês a mesma chama que animou o heroísmo patriótico de João Amazonas, de Mauricio Grabois, de Pedro Pomar e de Elza Monnerat. A mesma coragem e entrega daqueles que morreram no Araguaia sonhando e lutando por um Brasil melhor. É essa mesma chama de luta que eu vejo no discurso do presidente do PCdoB, Renato Rabelo. É uma força nos discursos que mostra os compromissos com a transformação.” 

Dilma ressaltou a força da trajetória que constitui o PCdoB e suas lutas e que, segundo ela, sempre irá emocionar todos aqueles que participaram do momento difícil do Brasil que foi a luta pela transformação e pela construção da nossa democracia. “Essa força eu vejo também agora no Aldo Rebelo, no Inácio Arruda, no Haroldo Lima, no Orlando Silva e em tantos outros. Queria dizer que essa mesma força está nos corações das mulheres do PCdoB, da Luciana [Santos], da Vanessa [Grazziotin], da Perpétua [Almeida], da Manuela [D’Ávila], da Jandira [Feghali] e de todas as queridas ‘marias’ mulheres deste partido.” 

A presidenta reforçou que a aliança com os comunistas está construída em torno de ideais, princípios e na “certeza de que um Brasil realmente rico e grandioso é possível se dele fizerem parte todos os 200 milhões de brasileiros e brasileiras. Se sua soberania for defendida e sempre contemplada, se sua democracia for cada vez mais forte e consolidada. O PCdoB foi e é protagonista de todo esse processo de mudanças que ocorreram no Brasil. Estou certa que as vitórias que alcançamos até aqui são parte inicial das grandes transformações que necessitamos. Por isso é bom lembrar que o Brasil em que o PCdoB comemorou seus 91 anos e no qual se realiza o seu 13º Congresso é um país completamente diferente daquele em que iniciamos a nossa parceria no ano de 2003 quando chegamos todos na direção do Executivo federal”. 

A mandatária brasileira fez um balanço da economia no país. Afirmou que em 2013, a inflação fechará o ano pela 10ª vez consecutiva dentro da meta estabelecida pelo governo. “Se equivocam aqueles que olham e dizem que a inflação não está sob controle”. Ressaltou o controle da inflação e o compromisso com a estabilidade macroeconômica e com a geração de empregos – uma das principais diferenças do modelo neoliberal representado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pela direita brasileira.

Ela apresentou os índices recorde de investimentos do governo federal através de programas centrais como o Bolsa Família, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa, Minha Vida, o Pronatec, e o Mais Médicos. Falou da atuação aguerrida da União Nacional dos Estudantes (UNE) na luta para assegurar o investimento dos royalties do pré-sal para a educação brasileira. 

“Temos uma união sólida feita em ações concretas e princípios e concepções. Isso não significa que pensamos igual, mas que somos capazes de realizar um debate franco em torno desses ideais e que respeitamos mutuamente nossas diferenças e a nossa força é justamente essa. É assim que se firmam as melhores alianças políticas com compromissos com o país, com a governabilidade, com o avanço econômico, com a defesa de nossa soberania e com o bem-estar de nosso povo. O fato é que o PCdoB me ajuda e compartilha comigo o desafio de governar o Brasil.”

Dilma Rousseff marca presença no 13º Congresso do PCdoB


15 DE NOVEMBRO DE 2013 - 23H39 



"O PCdoB não qualquer partido, é um Partido irmão", declarou a presidenta Dilma Rousseff durante participação em ato político, no 13º Congresso do PCdoB. O ato reuniu mais de mil participantes que externaram sua emoção e reafirmaram seu compromisso com o ciclo de mudanças que o Brasil vive desde 2003.



Reacionários e fascistas do "CQC" desrespeitam e humilham Requião

Requião: "Beto Richa quer enfiar dinheiro do povo no CU"

O senador Roberto Requião (PMDB) posicionou-se contra a intenção do governo do Paraná em criar um caixa único para gerenciar as contas do Estado. Órgãos como o Detran e a Junta Comercial terão que repassar seus recursos para uma conta bancária única do governo, que poderá aplicar esses recursos no mercado financeiro, ficando livre para remanejá-los.
"O Estado está parado e o governo desesperadamente agora quer criar o caixa único para reunir todo o dinheiro num caixa só e ainda meter a mão no fundo de depósitos judiciais. Isto é muito perigoso. Eles chamam isso de caixa único, que tem uma sigla: CU. Eles querem por o dinheiro do Estado do Paraná dentro deste 'CU'", alertou.

Requião lembrou que o Rio Grande do Sul adotou o caixa único e até hoje não conseguiu recuperar suas finanças. A medida alivia o caixa do Estado em um primeiro momento mas, em longo prazo, compromete os investimentos. "Impeçam que o governador coloque a receita inteira do Estado dentro deste 'CU' porque isto provocará o caos definitivo e uma grande dificuldade nas próximas décadas para o Estado do Paraná", pediu.

As empresas públicas ou sociedades de economia mista, como Copel e Sanepar, além da Paraná Previdência e da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) ficariam fora deste caixa único. O Judiciário, o Legislativo, o Ministério Público e o Tribunal de Contas podem aderir ao fundo.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO - Um vagabundo a serviço de quem?

Certa vez o senhor FHC chamou aposentados de vagabundos , hoje veremos quem é além de vagabundo , tambem o malandro .

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

VEJA CELEBRA PRISÃO DO PT E SUGERE CADEIA PARA TODOS

A Farsa do "mensalão":BARBOSA TRABALHA NO FERIADÃO PARA PRENDER RÉUS

COM PUNHO CERRADO, GENOINO SE ENTREGA

STF age como oposição porque partidos não conseguem cumprir papel

O STF tornou-se um bunker incrustado no coração da democracia, que mais colabora para manter as deficiências do sistema político do que para saná-las
(Foto: Carta Maior)
Escrevo com atraso a segunda coluna sobre as dificuldades da oposição partidária brasileira (leia aqui a primeira, O canto do cisne do PSDB e do DEM), mas isso pode ter sido providencial. Coincide com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar a prisão dos condenados do chamado Mensalão sem o trânsito em julgado de toda a ação.
As pessoas que concordam com a intromissão do STF em assuntos que a Constituição define como de competência do Legislativo dizem que os ministros do STF legislam porque o Congresso não cumpre a sua função. Se for possível sofismar sobre essa máxima, dá para concluir que o STF age como oposição porque os partidos políticos, que deveriam fazer isso, não conseguem atuar de forma eficiente e se constituírem em opção de poder pelo voto.
O Supremo, na maioria das vezes em dobradinha com o Ministério Público, tem atuado para consolidar um poder próprio, que rivaliza com o Executivo e o Legislativo, isto é, atua em oposição a poderes constituídos pelo voto. Tornou-se um bunker poderoso incrustado no coração da democracia, que mais colabora para manter as deficiências do sistema político do que para saná-las; e que mais se consolida como uma instância máxima de ação política do que como uma instituição que deve garantir justiça.
Essas afirmações não são uma opinião, mas uma constatação. O STF, nos últimos 11 anos, a pretexto de garantir direito de minorias, legislou para manter o quadro partidário fragilizado nas ocasiões em que o Legislativo – que não gosta muito de fazer isso – tentou mudá-lo. Como magistrado, seleciona réus e culpados e muda critérios e regras de julgamento para produzir condenações e dar a elas claro conteúdo político. O julgamento do caso do chamado Mensalão do PT foi eivado de erros, condenou sem provas e levará para cadeia vários inocentes. Casos de corrupção que envolvem partidos de oposição caminham para a prescrição.
Como legislador, o STF derrubou as tentativas do Congresso de fazer valer as cláusulas de barreira para funcionamento dos partidos no Legislativo, votadas pela Constituinte de 1988 e que foram adiadas ao longo do tempo. Elas serviriam para “enxugar” o quadro partidário das legendas de aluguel.
Em 2008, o Supremo referendou decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de que perderia o mandato o político que, eleito por um partido, migrasse para outro depois da eleição. Embora teoricamente defensável, a decisão de obrigar políticos eleitos à fidelidade partidária apenas fechou a porta usada regularmente pelo políticos para reacomodação do quadro partidário depois das eleições, ou de interesses políticos nas vésperas de um novo pleito.
Num sistema político-partidário imperfeito como o brasileiro, a possibilidade de trocar de legenda era fundamental para o político.  Dada a dificuldade dos políticos eleitos por partidos tradicionais de sobreviver sem o apoio do governo federal, era comum que, empossado um novo governo, houvesse uma migração de políticos oposicionistas para partidos da base aliada. Isso manteve inalterado o número de partidos por um bom par de anos, embora em número excessivo; e dava um certo fôlego aos novos governos para compor maiorias parlamentares cuja ausência, num sistema político como o brasileiro, poder inviabilizar um governo.
Na ausência dessa brecha, e sem  que houvessem mudanças no sistema político que tornassem adequadas as punições para infidelidade partidária, a decisão do STF escancarou outra porta: abriu uma única exceção para a migração parlamentar, a criação de um novo partido. O PSD foi criado pelo grupo do ex-prefeito Gilberto Kassab em 2010, logo após as eleições, para dar uma alternativa aos integrantes do DEM que constataram que a desidratação eleitoral do ex-PFL naturalmente levaria o partido à extinção, mesmo com o nome novo; e que passar mais quatro anos na oposição, para a maioria dos políticos que lá estavam, também era uma sentença de morte. O PSD foi uma acomodação pós-eleitoral. A criação do Solidariedade e do PROS (e da Rede também, se o partido de Marina Silva tivesse obtido registro no TSE) serviram à acomodação pré-eleitoral no quadro partidário.
Se tudo continuar como está, os períodos de reacomodação das forças políticas sempre exigirão a criação de novas legendas.
O STF foi o artífice de um novo processo de pulverização partidária que certamente tornará mais frágil o quadro partidário e mais deficiente a ação legislativa. E tem inibido o Congresso de legislar sobre partidos e eleições, quase que fixando os dois temas como reserva de mercado do Judiciário. A decisão do ministro Gilmar Mendes, este ano, de sustar a tramitação de um projeto no Legislativo que impedia ao parlamentar que mudasse para outro partido levar junto o seu correspondente em Fundo Partidário e horário eleitoral gratuito (que ficaria com o partido pelo qual foi eleito), foi uma barbaridade jurídica que, se não tinha muito futuro no plenário do SFT, surtiu o efeito de intimidar o Parlamento de seguir adiante.
Diante desses fatos, é possível concluir, sem margem de erro, que não apenas os interesses dos integrantes do Congresso estão em desacordo com uma reforma política. Um risco igualmente grande de fracasso de uma mudança legal efetiva no sistema partidário e eleitoral reside no Poder Judiciário.
No caso do Mensalão, o STF não julgou. Os réus já estavam condenados antes que o julgamento se iniciasse. O hoje presidente do tribunal e relator da ação, Joaquim Barbosa, deu inestimável ajuda para que isso acontecesse. A orquestra tocou rigorosamente sob sua batuta, salvo o honroso desafino do revisor da ação, Ricardo Lewandowski. Seria louvável se o julgamento servisse para mostrar à sociedade que até poderosos podem ser condenados, se o processo não deixasse dúvidas de sua intenção de fazer justiça. As  condenações, todavia, foram fundamentadas em erros visíveis a olho nu. É um contrassenso: para fazer a profilaxia política, condena-se culpados, inocentes e quem estava passando por perto mas tinha cara de culpado.
Basta uma análise breve do julgamento para constatar que, não se sabe com que intenção, Barbosa construiu uma acusação sobre um castelo de cartas: como precisava existir dinheiro público para que a acusação de desvio de dinheiro público vingasse, forjou o ex-diretor de Marketing do BB, Henrique Pizzolato, como o “desviador” de uma enorme quantia do Fundo Visanet, que não era público e que não foi desviado. Pizzolato vai para a cadeia sem que em nenhum momento, como diretor de Marketing, tivesse poder de destinar dinheiro do fundo. É uma situação tão absurda que as campanhas contratadas pela agência DNA, que servia por licitação feita no governo anterior ao Banco do Brasil, foram veiculadas pelos maiores órgãos de comunicação, que continuam a falar do desvio embora o dinheiro tenha entrado no caixa de cada um deles.
O STF considerou que a culpa de José Dirceu dispensava provas e que a assinatura de José Genoíno, então presidente do PT, num empréstimo feito pelo partido, que foi quitado ao longo desses anos e considerado legal pelo TSE na prestação de contas do partido, tornava o parlamentar culpado. Foram decisões politicamente convenientes e aplaudidas por isso por parcela da população. Esse foi um erro cometido pela elite brasileira, um grande erro – e torço para que ela perceba isso a tempo. Condenar sem provas e sem evidências, quando o STF é a instituição que condena, pode se tornar uma regra, não uma exceção. Qualquer brasileiro poderá estar sujeito a isso a partir de agora. A visão subjetiva dos ministros do STF terá o poder de prevalecer sobre qualquer fato objetivo.
Esses dois padrões de decisão do STF só podem ser entendidos se tomados conjuntamente. São ações que dão sobrevida aos partidos de oposição, ao manter o partido do governo sob constantes holofotes, de preferência em vésperas de eleições; e ao mesmo tempo mantém os partidos enfraquecidos por constantes intervenções em leis eleitorais e partidárias, o que dá à mais alta Corte brasileira poder constante de intervenção sobre assuntos político.

A farsa do "mensalão": Genoino se apresenta à sede da Superintendência da PF em São Paulo

Ex-presidente do PT é o primeiro condenado a se entregar após decretação da prisão pelo STF

Filippo Cecílio, do R7
Genoino deixa sua casa em direção à Superintendência da PF em SPRobson Fernandes/15.11.2013/Estadão Conteúdo
O deputado federal José Genoino (PT-SP) foi o primeiro condenado no processo do mensalão a se apresentar à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo após a decretação da prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O ex-presidente do PT, que se apresentou à polícia por volta das 18h, foi recebido por 20 militantes aos gritos de "Viva Genoino".
Genoino chegou à sede da PF em São Paulo acompanhado pela mulher no carro de seu advogado, Luiz Fernando Pacheco. Ao descer do veículo, que era guiado por seu advogado, o deputado fez sinais de vibração, erguendo o braço com o punho cerrado. Ele foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa no julgamento do mensalão. 
A Polícia Federal informou que "já está realizando diligências" para o cumprimento dos mandados de prisão "ainda hoje". Doze réus devem ser presos ainda neste fim de semana. Nesta sexta-feira, o Supremo encerrou o processo do mensalão para 16 dos 25 condenados. Segundo o andamento do processo no site do STF, foi declarado trânsito em julgado para os réus que não têm mais como recorrer contra a condenação por determinados crimes. 
Por volta das 18h30, chegou à Superintendência da PF Marco Aurelio Carvalho, coordenador do setorial juridico do PT. Referindo-se a Genoino, o advogado disse que "ele está indignado como todo preso político tem de estar".

http://noticias.r7.com/brasil/genoino-se-apresenta-a-sede-da-superintendencia-da-pf-em-sao-paulo-15112013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Assista na TV Vermelho resumo do 1º dia de Congresso do PCdoB

Assista na TV Vermelho resumo do 1º dia de Congresso do PCdoB

As atividades do 13º Congresso Nacional do PCdoB já começaram. O evento, que ocorre em São Paulo, foi instalado com informe especial do presidente Renato Rabelo. Confira alguns momentos na TV Vermelho.

http://www.vermelho.org.br/tvvermelho/noticia.php?id_noticia=229337&id_secao=29


14 DE NOVEMBRO DE 2013 - 21H02 

Assista na  TV Vermelho resumo do 1º dia de Congresso do PCdoB


As atividades do 13º Congresso Nacional do PCdoB já começaram. O evento, que ocorre em São Paulo, foi instalado com informe especial do presidente Renato Rabelo. Confira alguns momentos na TV Vermelho.


"Mensaleiros": A mansão de Genoíno

Preto, pobre, prostituta e petista


“Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações”
 Vai Passar (Chico Buarque)
O Brasil amanheceu pior do que ontem. A partir de agora, torna-se oficial o que, até então, era uma tenebrosa possibilidade: cidadãos brasileiros estão sendo privados de suas liberdades individuais apenas pelas ideologias político-partidárias que acalentam.
A “pátria mãe tão distraída” foi “subtraída em tenebrosas transações” entre grupos políticos partidários e de comunicação e juízes politiqueiros.
Na foto que ilustra este texto, o leitor pode conferir o único patrimônio de um político que foi condenado pelos crimes de “corrupção ativa e formação de quadrilha” pelo Supremo Tribunal Federal em 9 de outubro de 2012.
Junto com ele, outros políticos ou militantes políticos filiados ao Partido dos Trabalhadores, todos com evoluções patrimoniais modestas diante dos cargos que ocupavam na política.
José Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato tiveram suas prisões decretadas com base em condenações por uma Corte na qual, ao longo de sua existência secular, jamais políticos de tal importância foram condenados.
A condenação desses quatro homens, todos de relevância político-partidária, poderia até ser comemorada. Finalmente, políticos começariam a responder por seus atos. Afinal, até aqui o STF sempre foi visto como a principal rota de fuga dos políticos corruptos.
Infelizmente, a única condenação a pena de prisão que aquela Corte promulgou contra um grupo político foi construída em cima de uma farsa gigantesca, denunciada até por adversários políticos dos condenados, como, por exemplo, o jurista Ives Gandra Martins, que, apesar de suas divergências com o PT, reconheceu que não houve provas para condenar José Dirceu, ou como o formulador da teoria usada para condenar os réus do mensalão, o alemão Claus Roxin, que condenou o uso que o STF fez de sua revisão da teoria do Domínio do Fato.
Dirceu e Genoino foram condenados por “formação de quadrilha” e “corrupção ativa” apesar de o primeiro ter estado infinitamente mais distante dos fatos que geraram o “escândalo do mensalão” do que estão Geraldo Alckmin e José Serra dos escândalos Alston e Siemens, por exemplo.
Acusaram e condenaram Dirceu apesar de, à época dos fatos do mensalão, estar distante do Partido dos Trabalhadores, por então integrar o governo Lula. Foi condenado simplesmente porque “teria que saber” dos fatos delituosos por sua importância no PT.
Por que Dirceu “tinha que saber” das irregularidades enquanto que Alckmin e Serra não são nem citados pelo Ministério Público, pela Justiça e pela mídia como tendo responsabilidade direta sobre os governos nos quais os escândalos supracitados ocorreram?
O caso Genoino é mais grave. Sua vida absolutamente espartana, seu microscópico patrimônio, sua trajetória ilibada, nada disso pesou ao ser julgado e condenado como um “corruptor” que teria usado milhões de reais para “comprar” parlamentares.
O caso João Paulo Cunha é igualmente ridículo, em termos de sua condenação. Sua mulher foi ao banco sacar, em nome próprio, com seu próprio CPF, repasse do partido dele para pagar por uma pesquisa eleitoral. 50 mil reais o condenaram por “corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro”.
O caso mais doloroso de todos, porém, talvez seja o de Henrique Pizzolato, funcionário do Banco do Brasil, filiado ao PT e que, por ter assinado um documento que dezenas de servidores da mesma instituição também assinaram sem que contra eles pesasse qualquer consequência, foi condenado, também, por “corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro”.
Isso está acontecendo em um país em que se sabe que dois governadores do PSDB de São Paulo, apesar de ter ocorrido em suas administrações uma roubalheira de BILHÕES DE REAIS, não são considerados responsáveis por nada.
Isso está acontecendo em um país em que um político como Paulo Maluf, cujas provas de corrupção se avolumam há décadas, jamais foi condenado à prisão.
Isso está acontecendo em um país em que um governador como Marconi Perillo, do PSDB, envolveu-se até o pescoço com um criminoso do porte de Carlinhos Cachoeira, foi gravado em relações promíscuas com esse criminoso e nem acusado foi pelo Ministério Público.
Isso está acontecendo, finalmente, no mesmo país em que os ex-prefeitos José Serra e Gilberto Kassab toleraram durante anos roubalheira dentro da prefeitura e quando essa roubalheira de MEIO BILHÃO de reais vem à tona, a mídia e o Ministério Público acusam quem mesmo? O PT, claro.
Já entrou para o imaginário popular, portanto, que, neste país, cadeia é só para pretos, pobres, prostitutas e, a partir de agora, petistas.
No Brasil, as pessoas são condenadas com dureza pela “justiça” se tiverem mais melanina na pele, parcos recursos econômicos, se venderem o que só pertence a si (o próprio corpo) para sobreviver ou se tiveram convicções políticas que a elite brasileira não aceita.
A condenação de alguém a perder a liberdade por suas convicções políticas, porém, é mais grave. É característica das ditaduras, pois a desigualdade da Justiça com os outros três pês deriva de falta de recursos para se defender, não de retaliação a um ideário.
Agora, pois, é oficial: você vive em um país em que se deve ter medo de professar e exercer suas verdadeiras convicções políticas, pois sabe-se que elas expõem a retaliações ditatoriais como as que levarão para cadeia homens cuja culpa jamais foi provada.
*
Abaixo, charge do cartunista Vitor feita especialmente para este post

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Gentili devia se explicar na cadeia


Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Vou contar uma história ocorrida em Londres.

Meses atrás, um jogador de futebol teve uma síncope cardíaca em pleno jogo, diante de um estádio lotado e de câmaras que transmitiam a partida para vários países.

Foi uma comoção coletiva. Ele ficou minutos sem respirar, e saiu numa maca sem que se soubesse se estava morto. (Felizmente, conseguiram ressuscitá-lo: ele se retirou do futebol, mas está vivo).

No Twitter, mensagens angustiadas, desesperadas torciam pelo jogador.

No meio da dor generalizada, alguém começou a postar mensagens racistas, insultuosas ao jogador e às pessoas que sofriam naqueles instantes por ele.

Houve uma reação imediata dos internautas. O racista, em seu último tuíte, depois de falar em bananas e coisas do gênero, disse o seguinte: “Vivo num país em que a liberdade de expressão é sagrada.”

Bem, para encurtar a história: em poucas horas alguém bateu em sua porta. Era a polícia. Ele foi levado para a prisão, onde passou alguns meses.

Covardemente, apagara sua conta no Twitter, mas estava tudo registrado.

Me lembrei desse episódio ao ver que Danilo Gentili, o analfabeto político com voz esganiçada que faz humor para preconceituosos rasteiros como ele, ofereceu bananas a um homem negro que o interpelara sobre seu uso de racismo nas “piadas”.

Tão covardemente quanto o londrino valentão, Gentili apagou o tuíte racista. Mas o ofendido já tinha gravado a imagem.



Solidariedade a Gentili partiu dos mentecaptos de sempre, entre eles o cantor Roger, o Inútil, outro analfabeto político. Roger se gaba de um QI elevado, mas acredito tanto nisso quanto acredito na audiência “enorme” de Reinaldo Azevedo.

Gentili é um entre tantos ‘comediantes’ que atiraram na lata de lixo o humor nacional com suas “piadas” endereçadas a negros, pobres, nordestinos, retirantes, homossexuais.

Há outros: Tas, Rafinha Bastos – gente que adula os ricos, rasteja diante de quem tem dinheiro e é impiedosa com os desvalidos, as minorias.

Eles chamam o que fazem de “politicamente incorreto”. Mas o que fazem é contribuir para o atraso social do país. São ignorantes que semeiam a ignorância.

Em Londres, o racista deu suas explicações pelo que fez no Twitter no único lugar que cabe para esse tipo de coisa: na cadeia.

É uma pena que Gentili não dê suas explicações no mesmo lugar.

Uma imensa pena.

Haddad e os erros na comunicação


Por João Peres, naRede Brasil Atual:

Não deixa de surpreender a afirmação do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), de que sua gestão é vítima do que classificou como monopólio da informação. “Nós não podemos ter uma sociedade monolítica em que só alguns falam. E esses alguns têm o pensamento único e só o pensamento deles que vale. Tudo que difere do que eles pensam está errado”, disse, na última sexta-feira (8), durante entrevista coletiva. “É o império da comunicação, querendo ditar a política pública em São Paulo. Mas comigo isso não vai funcionar.”

O que surpreende, no entanto, é a gestão privilegiar os tradicionais veículos comerciais – cuja credibilidade está em decadência – e explorar de pouco a nada as novidades possíveis do mundo da informação. Haddad está na vida pública há tempo suficiente para conhecer essa deformação da democracia brasileira. Como ministro da Educação, sofreu com campanhas anti-Enem. Como integrante da gestão de Marta Suplicy na mesma prefeitura que ora ocupa viu de perto o potencial difamador dos veículos tradicionais.

Ainda assim, apostou todas suas fichas naqueles que agora acusa de serem promotores do terrorismo da desinformação. Eleito "homem novo" há um ano, o petista imprimiu em seu primeiro ano de gestão uma política de comunicação que não deixa a dever à lógica de mão única do século 20. Todos os dias, deu de comer àqueles que agora o golpeiam.

O prefeito será homem novo se transformar em atos concretos a insatisfação recém-externada. Dois dias depois de ser sacaneado pela Folha de S.Paulo com a manchete “Prefeito sabia de tudo, diz fiscal preso em gravação” (o fiscal se referia ao ex-prefeito Gilberto Kassab), Haddad concedeu entrevista à mesma Folha – na qual é visível e risível o desinteresse dos entrevistadores nas apurações da Controladoria Geral do Município, obra do atual prefeito.

Há uma enorme gama de possibilidades, que inevitavelmente passa por imprimir uma política de comunicação do século 21. O prefeito não explorou em nada as redes sociais desde que se elegeu – repetindo Dilma, que só voltou a se valer destes canais recentemente, ainda sob o choque das manifestações de junho. A página da prefeitura na rede não comunica, é difícil de entender. Para piorar, é antiquada em termos de exploração de tecnologias. Na falta de cadeias nacionais de rádio e TV, vídeos seriam apenas uma das ferramentas capazes de quebrar o intermediário “terrorista”.

A onda de notícias contrárias ao reajuste do IPTU, medida que vai beneficiar com isenção mais da metade da população de São Paulo, piorou a avaliação pessoal do prefeito, mostrarão as pesquisas de opinião. Ao imposto veio se somar a distorção em torno da operação que resultou na prisão de quatro auditores fiscais que podem ter desviado R$ 500 milhões dos cofres da endividada administração municipal.

O esquema só foi descoberto porque a Controladoria Geral do Município (CGM) foi atrás de evidências que o antecessor ignorou. Mas Folha, Estadão e Globo, novamente, transformaram o prefeito em suspeito de tolerância com os desvios. E aí, sim, é de surpreender que Haddad tenha impresso em São Paulo, centro nacional de difamação da classe política, um projeto comunicacional tímido e antiquado.

Basicamente, o prefeito repetiu em sua gestão a marca comum de quase todas as administrações do PT país afora – Planalto incluído – ao acreditar que poderia, por dentro da mídia tradicional, disputar o discurso supostamente formador de opinião pública.

Não existe nada de "novidadeiro" na campanha que estes veículos adotam contra o IPTU, ainda menos na distorção de fatos investigados pela CGM. Não é preciso sentir na pele o "terrorismo da desinformação”" para saber que ele existe. Cada vez mais setores da sociedade se dão conta de que a mídia tradicional atende a interesses tradicionais, ou seja, de especuladores do mercado financeiro e de elites agrárias e industriais.

Haddad não é o primeiro a se desencantar. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva há algum tempo vem pregando a necessidade de criar novos canais de comunicação com a sociedade, entendendo que não adianta esperar dos atuais veículos massivos de imprensa uma conduta “republicana”.

Neste sentido, Haddad fará bem se olhar mais para o Sul e menos para o Centro-oeste. Quando a presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, decidiu enfrentar o poder dos donos das grandes extensões de terra em um país basicamente agroexportador, notou que seu amigo – a imprensa tradicional argentina, liderada pelo grupo Clarín – era mais fiel ao inimigo. E decidiu bancar o debate sobre a Lei de Meios Audiovisuais, aprovada e sancionada em 2009, e que apenas no último mês entrou plenamente em vigor, com uma decisão da Corte Suprema de Justiça que determina que o Clarín cumpra a legislação, considerada plenamente constitucional.

O prefeito não tem como fazer uma lei com esse alcance. Mas pode imprimir uma mudança de hábitos. Chegado novembro, nota-se que a diferença de tratamento entre mídia tradicional e nova mídia no Palácio Anhangabaú não sofreu mudança considerável. A desatenção não se restringe ao prefeito: é um defeito que alcança secretarias importantes. Que o diga esta RBA, representante da nova mídia com cobertura diária de temas municipais e não raras vezes prejudicada – e, por extensão, seus leitores – pelo déficit de atendimento que move algumas autoridades municipais.

Um déficit do qual não se ressentem Folha, Estadão ou a Globo, com seu SPTV, entre outros intermediários “terroristas”. Haddad deu um primeiro passo ao dizer que um império da comunicação quer ditar as políticas públicas em São Paulo. Falta agora fazer cumprir a segunda parte de sua fala: a de que, com ele, não vai funcionar. Faltam três anos de mandato. Dá tempo.

domingo, 10 de novembro de 2013

No agreste, pacientes agradecem médicos cubanos de joelhos

Foto: No agreste, pacientes agradecem médicos cubanos de joelhos

 A demanda de médicos no interior do país é gigantesca e a cubana Teresa Rosales, 47, se surpreendeu com a recepção de seus pacientes em Brejo da Madre de Deus, no agreste pernambucano.

"Os pacientes  ficam de joelhos no chão, agradecendo a Deus. Dão beijos", afirma a médica, que atendeu 231 pessoas neste primeiro mês de trabalho dos profissionais que vieram para o Brasil pelo programa Mais Médicos, do governo federal. 

 O posto de saúde em que Teresa trabalha fica no distrito de São Domingos, região pobre e castigada pela seca.

Durante os últimos quatro anos, o posto não tinha o básico: médicos. Até o final de setembro, quando Teresa chegou ao distrito, quem andava quilômetros de estrada de barro até chegar à unidade de saúde sempre voltava para casa sem atendimento.

A situação se repetia a algumas ruas de lá, no posto onde o marido de Teresa, Alberto Vicente, 43, começou a trabalhar em outubro. 

 "Foi Deus quem mandou esse homem. Era uma dificuldade, chegou a fechar o posto por falta de médico", disse a aposentada Isabel Rocha, 80, que agora controla o diabetes sob orientação médica.

Alberto e Teresa integram um grupo de 400 cubanos que chegaram pelo Mais Médicos na primeira etapa do programa. Outros 2.000 dos seus conterrâneos começaram a trabalhar no dia 4 de novembro, 76 deles em São Paulo.

Uma terceira leva de 3.000 médicos da ilha chegou esta semana a cinco capitais. A previsão é que eles comecem a trabalhar em dezembro.


ATENDIMENTO
A população lota os postos que há um mês estavam vazios, já que não havia médicos.

A agricultora Maria Inácia Silva, 69, havia visto um médico pela última vez em 2005.

Ela se disse impressionada pela forma como foi atendida pelo cubano Nelson Lopez, 44, novo médico do povoado de Capivara, em Frei Miguelinho (PE).

A diferença no atendimento está desde a organização dos móveis: a cadeira do paciente fica ao lado da mesa do médico, para que o móvel não seja uma barreira entre eles.

"Gostamos de examinar o paciente, dedicar um tempo a ele, considerá-lo gente", disse Lopez.

As filas e as consultas são longas. Ainda estava escuro quando Maria Inácia Silva chegou ao posto e ela só foi atendida na hora do almoço.

Passou cerca de meia hora no consultório e finalmente soube que as dores que sente se devem ao reumatismo.

"Ele é ótimo médico, apesar de estrangeiro. Em 69 anos, nunca vi um médico tão bom", disse Maria Inácia. (Folha)



A demanda de médicos no interior do país é gigantesca e a cubana Teresa Rosales, 47, se surpreendeu com a recepção de seus pacientes em Brejo da Madre de Deus, no agreste pernambucano.

"Os pacientes ficam de joelhos no chão, agradecendo a Deus. Dão beijos", afirma a médica, que atendeu 231 pessoas neste primeiro mês de trabalho dos profissionais que vieram para o Brasil pelo programa Mais Médicos, do governo federal.

O posto de saúde em que Teresa trabalha fica no distrito de São Domingos, região pobre e castigada pela seca.

Durante os últimos quatro anos, o posto não tinha o básico: médicos. Até o final de setembro, quando Teresa chegou ao distrito, quem andava quilômetros de estrada de barro até chegar à unidade de saúde sempre voltava para casa sem atendimento.

A situação se repetia a algumas ruas de lá, no posto onde o marido de Teresa, Alberto Vicente, 43, começou a trabalhar em outubro.

"Foi Deus quem mandou esse homem. Era uma dificuldade, chegou a fechar o posto por falta de médico", disse a aposentada Isabel Rocha, 80, que agora controla o diabetes sob orientação médica.

Alberto e Teresa integram um grupo de 400 cubanos que chegaram pelo Mais Médicos na primeira etapa do programa. Outros 2.000 dos seus conterrâneos começaram a trabalhar no dia 4 de novembro, 76 deles em São Paulo.

Uma terceira leva de 3.000 médicos da ilha chegou esta semana a cinco capitais. A previsão é que eles comecem a trabalhar em dezembro.


ATENDIMENTO
A população lota os postos que há um mês estavam vazios, já que não havia médicos.

A agricultora Maria Inácia Silva, 69, havia visto um médico pela última vez em 2005.

Ela se disse impressionada pela forma como foi atendida pelo cubano Nelson Lopez, 44, novo médico do povoado de Capivara, em Frei Miguelinho (PE).

A diferença no atendimento está desde a organização dos móveis: a cadeira do paciente fica ao lado da mesa do médico, para que o móvel não seja uma barreira entre eles.

"Gostamos de examinar o paciente, dedicar um tempo a ele, considerá-lo gente", disse Lopez.

As filas e as consultas são longas. Ainda estava escuro quando Maria Inácia Silva chegou ao posto e ela só foi atendida na hora do almoço.

Passou cerca de meia hora no consultório e finalmente soube que as dores que sente se devem ao reumatismo.

"Ele é ótimo médico, apesar de estrangeiro. Em 69 anos, nunca vi um médico tão bom", disse Maria Inácia. (Folha)