sábado, 22 de março de 2014

'Marcha da Família com Deus', no Ibirapuera, reúne 7 a favor da ditadura contra o comunismo


Grupo se reuniu na tarde deste sábado (22) na Zona Sul de São Paulo.
Eles protestam contra atual panorama político e pedem intervenção militar.


Do G1 PIG
Tatiana SantiagoDo G1 São Paulo

O grupo de 7 pessoas acompanhou a Marcha da Família perto do Obelisco neste sábado (22) (Foto: Tatiana Santiago/G1)O grupo de 7 pessoas acompanhou a Marcha da Família perto do Obelisco neste sábado (22) (Foto: Tatiana Santiago/G1)
Sete pessoas atenderam convite feito nas redes sociais para se reunir na tarde deste sábado (22), no Obelisco do Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo, e levar uma carta ao aos militares pedindo a volta da ditadura. Eles foram recebidos na sede do Comando do 2º Região Militar.
O evento foi convocado como uma versão complementar da "Marcha da Família" convocada para o Centro da cidade. Na sexta-feira, 410 pessoas tinham confirmados presença através do Facebook. No total, 6,7 mil tinham sido convidados.
Piero Pagni, um dos organizadores do ato no Obelisco, disse que o motivo do protesto é contra o governo que está no poder atualmente, que contribui para a desconstrução da família e da sociedade.
"Ninguém mais tem moral, todo mundo faz o que bem entende, isso não é democracia, isso não liberdade, é libertinagem", disse. Segundo o empresário, os manifestantes pedem uma intervenção militar imediata para que convocação de eleições em um prazo de 180 dias, no máximo, e que não seja permitida a participação de nenhum candidato ficha suja.
Marcha da Família, como foi em 1964 (Foto: Arte/G1)
"Nós não podemos, como cidadãos, permitir o desmantelamento e a delapidação do patrimônio público. A Petrobrás daqui a pouco não vale mais nada. Caixa Econômica também está em uma situação péssima, agora vão começar a investigar quanto dinheiro está saindo do BNDS debaixo do pano, financiando Porto em Cuba. Nós precisando reformar nossos portos no Brasil e o governo da Dilma fazendo Porto em Cuba, chega", disse indignado.
Piero disse que há uma lista com mais de 50 itens para o Brasil voltar a ser como era há 30 anos. "O PT que está promovendo essa baderna toda", defendeu ele, que acredita ainda que as regras devem ser mais duras para o restabelecimento da moral e ordem. "Ninguém mais tem autoridade, nem a polícia", afirmou.
De acordo com o empresário, não houve ditadura, mas terroristas e subversivos. "A tortura houve porque foi um momento critico da esquerda se revoltar e fazer ataques terroristas e subversivos contra a sociedade. A nossa preocupação hoje é que a esquerda retome a mesma posição".
Saiba como foi a Marcha da Família original, em 1964
A “Marcha da Família Com Deus pela Liberdade” ocorreu em 19 de março de 1964 e reuniu cerca de 500 mil pessoas. O ato começou na Praça da República e terminou na Praça da Sé, percorrendo no caminho a Rua Barão de Itapetininga, Praça Ramos de Azevedo, Viaduto do Chá, Praça do Patriarca e Rua Direita. A marcha foi convocada como uma resposta ao comício que o presidente João Goulart fez na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 13 de março, quando defendeu suas reformas de base para um público de 200 mil pessoas. Os manifestantes eram contra o governo de João Goulart, pois temiam a implantação de um regime comunista no Brasil, e favoráveis ao golpe militar.
Ela  foi organizada pela União Cívica Feminina, um grupo de mulheres com ligação com empresários paulistas. Segundo a historiadora Heloísa Starling, da Comissão Nacional da Verdade, a Marcha  teve ainda apoio de setores da Igreja Católica e acabou se tornando o modelo para manifestações que começaram a ocorrer em diversas outras cidades. Para a historiadora, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi a “face mais espetaculosa dos golpistas” em 1964.   O ato e as manifestações em outras cidades que se seguiram fizeram parte de uma grande “frente social” que teve ainda participações de setores do comércio, imprensa e estudantes. “Era necessária essa mobilização popular para legitimar o golpe”, segundo Heloísa.
Quase duas semanas depois da Marcha, em 31 de março, o Exército mobiliza tropas e começa a tomada do poder. Em 11 de abril, o general Castello Branco é nomeado o primeiro presidente do período de ditadura, que durou 20 anos. O regime de exceção durou no país até o começo de 1985, quando o governo do general João Baptista de Oliveira Figueiredo foi sucedido por José Sarney (PMDB). À época, Sarney era vice de Tancredo Neves, eleito pelo Colégio Eleitoral após o movimento Diretas Já. Durante a ditadura, opositores do regime foram exilados, presos, torturados e assassinados.  Em 2012, a Comissão Nacional da Verdade foi instalada pela presidente Dilma Rousseff  para apurar as violações aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar. A comissão tem até 16 de dezembro de 2014 para concluir os trabalhos.
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Organizador do movimento entrega carta pedindo volta dos militares ao poder (Foto: Tatiana Santiago/G1)Organizador do movimento entrega carta pedindo volta dos militares ao poder (Foto: Tatiana Santiago/G1)

 

Carta aos mentores da Marcha da Família



Por Marcos Sacramento, no blog Diário do Centro do Mundo:

Caros organizadores da Marcha da Família 2,

Embora falte pouco para o evento, vou cometer a ousadia, um tanto romântica, de sugerir uma mudança na pauta. Por que não marcham pela Cláudia da Silva Ferreira, a auxiliar de serviços gerais morta em um tiroteio no Rio de Janeiro e arrastada enquanto era socorrida pela viatura da PM?

A morte de Cláudia foi emblemática. Combinou pobreza, truculência policial, racismo e violência contra a mulher. O mais horrível é que se não fosse filmado o caso seria mais um a engrossar estatísticas da criminalidade.

Cláudia é mártir e merece que marchem por ela. Como vocês já estarão nas ruas, nada mais justo que homenageá-la. Você poderiam, também, marchar em homenagem às 16,9 mil mulheres assassinadas no país entre os anos de 2009 e 2011.

Marchem para denunciar o racismo endêmico que garante dois pretos ou pardos em cada três vítimas de homicídio, marchem contra a posição do país no topo do ranking de desigualdade social, marchem pelos aposentados que depois de trabalhar a vida inteira ainda precisam puxar um carro de picolé ou de pipoca para complementar a renda.

Mas por favor, não ponham as mazelas na conta do PT ou da Dilma. Isso é coisa de conversa de botequim, de gente mal informada. Você sabem muito bem que os problemas dos nosso país não foram causados só pelas duas letrinhas ou pelos dois últimos presidentes da república. Não sou petista, sequer voto no partido, só não tolero falatório sem fundamento.

Os problemas vêm de séculos, dos tempos da colonização, de uma formação econômica baseada na escravidão e de um sistema político feito por e para favorecer a elite. Tem causas múltiplas, não se restringe ao PT ou ao PSDB, ao DEM ou ao PSOL. Nosso empresariado tem uma boa parcela de responsabilidade ao financiar políticos em benefício próprio ou empreender visando apenas o lucro, sem responsabilidades sociais.

Por que não protestam contra o dono da Rede TV, que inaugurou uma mansão de 17 800 metros quadrados enquanto funcionários da emissora estavam com salários atrasados?

Ou então pelo caso de sonegação de impostos da Rede Globo, conhecem essa história? O “cidadão de bem” que vocês tanto defendem vai se horrorizar com ela.

Marchem pelas vítimas dos “justiceiros”. Ano passado, um caminhoneiro atropelou e matou uma criança de dois anos, aqui no Espírito Santo. Foi linchado e morto. João Querino de Paula era o nome dele. Marchem por ele, que não teve direito a ampla defesa e contraditório. Marchem pela menina atropelada, vítima da falta de infraestrutura das periferias, onde a combinação de vias sem sinalização de trânsito com a ausência de áreas de lazer contribui para ceifar vidas.

Marchem pelo tenente Leidson Acácio Alves Silva, morto com um tiro na cabeça durante patrulha no Rio.

Mas deixem os militares de fora do protesto. Vocês sabem que eles ficaram no poder entre 1964 e 1985, sentem até saudade dessa fase, mas talvez tenham se esquecido que esse regime ditatorial catalisou as desigualdades sociais e deixou a economia brasileira em frangalhos.

Enfim, há muitos motivos para marchar. Daria para encher parágrafos e mais parágrafos de motivos nobres para vocês irem às ruas. Deixem essa paranoia de que estamos a beira de uma ditadura comunista para os hang outs de Lobão e Olavo de Carvalho. Quem acredita nisso crê até no Walter Mercado, aquele do “ligue djá”, lembram?

Abandonem a logorreia beligerante à Reinaldo Azevedo (toc, toc, toc) e Rodrigo Constantino (vade retro) e combatam o bom combate, a busca por um país mais justo, sem desigualdades.

O filme “Gran Torino” pode ser uma boa lição para vocês. Ele conta a história de um veterano da Guerra da Coréia coberto de preconceitos e ressentimentos com orientais. Até que as circunstâncias o levam a salvar um vizinho asiático. Walt, personagem de Clint Eastwood, escolheu seguir o caminho do bem e combateu o bom combate.

Vocês também são capazes disso, acreditem.

terça-feira, 18 de março de 2014

No Paraná, Jornal Gazeta do Povo , faz chamado para o golpe militar

Acorda, Brasil! Quem decide é o povo!

Publicado em 18/03/2014 | 

Não é de hoje que ditadores tiranos sonham em transformar a América do Sul num antro comunista. Em 1964, fomos salvos de um golpe que estava prestes a ser dado no governo do presidente João Goulart. Muitos cidadãos que viviam na época dizem que o Brasil estava às portas do inferno. Vendo o Brasil prestes a se tornar uma ditadura comunista, o povo se uniu e foi às ruas solicitar a intervenção constitucional das Forças Armadas no governo federal.
Depois da tomada do poder, os militares espantaram os monstros comunistas que batiam à nossa porta. O Brasil saltou de 49.ª para 8.ª economia mundial. Havia investimento em todos os campos do país. Mas os guerrilheiros simpatizantes de regimes ditatoriais nunca desistiram de aplicar o golpe comunista no Brasil: primeiro, com assaltos, aliciamento de pessoas de classe baixa, sequestros, atentados a bomba. Por fim, conquistaram o povo com mentiras. Associaram-se a sindicatos, ganharam muitas pessoas no papo e, por fim, chegaram à Presidência da República.

Hoje é inegável a situação deplorável na qual o Brasil se encontra. A educação, a saúde e a segurança do Brasil a cada dia vêm se deteriorando. O governo tirano que temos hoje tem afinidade com ideologias políticas falidas e assassinas. Ficou claro que alavancar o nosso país nunca esteve nos planos dos últimos governos esquerdistas que tivemos. Nosso governo distribui o nosso dinheiro de forma duvidosa e desonesta entre países simpatizantes da causa comunista.
Como a situação já chegou ao ápice, antes da cartada final desse desgoverno atual, que gradativamente vem adoecendo o nosso país, precisamos nós, o povo, tomar medidas extremas para cortar esse mal pela raiz. Não vemos outra alternativa que não seja uma intervenção militar constitucional. Ela só acontece em casos extremos, quando a desordem toma conta do país. A Constituição de 1988 define as Forças Armadas como “instituições nacionais permanentes”. Elas são obrigadas a defender a pátria, não o governo. Existem para servir à nação. Se o governo trai a pátria e se volta contra ela, as Forças Armadas têm obrigação de ficar contra o governo.
Nossas reivindicações principais são: a destituição da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer; a dissolução do Congresso Nacional, seguida de eleições gerais com plebiscito prévio sobre regime de governo, com escolha entre república presidencialista, república parlamentarista ou restauração da monarquia constitucional parlamentarista; a prisão de todos os conspiradores por corrupção e alta traição, ao servirem voluntariamente a interesses estrangeiros contra o Brasil através do Foro de São Paulo, que é uma invasão sigilosa do território nacional executada por países estrangeiros liderados por Cuba; o desligamento imediato da Unasul e o fim de qualquer ligação com países que vivem ditaduras comunistas/socialistas; a dissolução de todos os partidos e organizações integrantes ou apoiadores do Foro de São Paulo; a intervenção em todos os governos estaduais e municipais e seus respectivos legislativos; o combate sistemático à corrupção e à subversão; a intervenção no Supremo Tribunal Federal, no qual a presença de ministros simpáticos aos conspiradores é clara e evidente; e a formulação de uma nova Constituição, que não possa sofrer alterações sem o consentimento do povo.
Sabemos que os nossos militares têm preparo e sabem o que fazer quando houver a intervenção, mas essas exigências supracitadas se fazem necessárias e urgentes para o resgate da soberania do povo e proteção da nossa nação. Queremos um Brasil livre e justo e que o comunismo, o socialismo e o fascismo sejam proibidos em território brasileiro como é o nazismo.
Maria Araújo e Cristina Peviani são integrantes da organização nacional da Marcha das Famílias com Deus pela Liberdade.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=1454956&tit=Acorda-Brasil-Quem-decide-e-o-povo

Após discurso duro de Putin, Rússia formaliza anexação da Crimeia

Fonte: Estadão -PIG (cuidado)

Presidente critica pressões ocidentais e diz que península ucraniana sempre foi parte da Rússia




Putin e Sergei Aksyonov, o premiê da Crimeia, assinam tratado de anexação - Sergei Ilnitski/ Reuters
Sergei Ilnitski/ Reuters
Putin e Sergei Aksyonov, o premiê da Crimeia, assinam tratado de anexação
(Atualizada às 10h29) MOSCOU -  A Rússia e a Crimeia assinaram nesta terça-feira, 18, um tratado de anexação da península ucraniana à Federação Russa. Em discurso no Parlamento, o presidente  Vladimir Putin afirmou que a região sempre foi e sempre será parte de seu país. Ele disse não temer as sanções ocidentais a Moscou e prometeu defender os interesses da Rússia na região, além de criticar o novo governo ucraniano, que destituiu o líder pró-russo Viktor Yanukovich no mês passado.
"Hoje se decide uma questão de vital importância para a Rússia", afirmou o presidente. Putin disse ainda que o Ocidente "cruzou uma linha vermelha" ao interferir na Ucrânia, um país de interesse estratégico russo.  "A Crimeia sempre foi e é parte da Rússia."
No discurso, Putin afirmou que o referendo de domingo estava de acordo com as leis internacionais e respalda o direito de autodeterminação do povo da Crimeia e lembrou do caso do Kosovo, cuja separação da Sérvia foi apoiada por países ocidentais. Segundo o presidente russo, uma vez anexada à Rússia, a Crimeia respeitará os direitos das três etnias que vivem na região: tártaros, ucranianos e russos.
O presidente também negou as acusações da União Europeia e dos Estados Unidos de que teria invadido a Crimeia. Segundo ele, há um tratado entre ´Rússia e Ucrânia que permite a presença de até 25 mil homens na base russa de Sebastopol.
"Na Crimeia estão tumbas de soldados russos. A cidade de Sebastopol é a  pátria da nossa frota do Mar Negro", disse em meio a aplausos. "Falam de intervenção, mas não me lembro ao longo da história de um só caso de intervenção sem um único disparo e sem vítimas."
O presidente americano, Barack Obama, chamou os líderes do G7 para uma reunião em Haia para discutir a situação e possíveis novas sanções à Rússia. O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chamou as ações da Rússia na Crimeia de "roubo de terras" e também advertiu que os EUA e a Europa vão impor novas sanções contra Moscou pela mobilização do país para anexar o território ucraniano.
O líder russo acusou os Estados Unidos e outros países ocidentais de não se guiar pelo direito internacional, mas pela "força das armas". "Eles acreditam em seu excepcionalismo e na teoria de que são os escolhidos. Eles acham que podem decidir os destinos do mundo e só eles podem estar certos. Devemos decidir se estamos dispostos a defender nossos interesses nacionais."
Putin ainda criticou a derrubada do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, que considerou um golpe de Estado "Aqueles por trás dos eventos recentes na Ucrânia estavam preparando um golpe de Estado. Queriam o poder. Nacionalistas, neonazista, russofóbicos e antissemitas queriam espalhar o terror e assassinatos", disse Putin. "As chamadas autoridades ucranianas introduziram uma lei escandalosa que prejudica o direito de minorias nacionais de usar sua própria língua. / EFE, REUTERS e NYT


segunda-feira, 17 de março de 2014

Deputada comunista Manuela D'Ávila desabafa no Facebook após ser assaltada a mão armada

Ela reclama de comentários sobre a notícia, onde alguns internautas afirmam que, 'por ser comunista, ela merece ser assaltada'

17 de março de 2014 | 8h 24

O Estado de S. Paulo-PIG
SÃO PAULO -  A deputada Manuela D' Ávila, do PC do B do Rio Grande do Sul, publicou, na quinta-feira, 13, um esabafo na sua página no Facebook onde reclama dos comentários nas redes sociais sobre a notícia do assalto de que foi vítima, no domingo, 9. Entre os comentários, alguns diziam que, por ser comunista, Manuela merecia ser assaltada, pois estava distribuindo renda. "Fazendo deboche com o assalto e com a minha ideologia, como se o fato de eu defender distribuição de renda mais justa justificasse a violência que sofri", reclamou a deputada.
 - Dida Sampaio/Estadão
Dida Sampaio/Estadão
Manuela D'Ávila chegava em sua casa acompanhada do músico Duca Leindecker na noite de domingo, no bairro Mont'Serrat, em Porto Alegre, quando dois homens armados abordaram o casal. Os homens chegaram a apontar as armas para as vítimas e levaram o celular e o carro do músico, um Peugeot 3008.
Em seu desabafo no Facebook, a deputada cita o filósofo alemão Friedrich Nietzsche: "Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você", quando fui para Brasília transformei uma frase em mantra - "não vou me transformar naquilo que combato".
Leia a íntegra do desabafo da deputada Manuela D' Ávila:
"Uma reflexão,
Na madrugada de segunda, cheguei da delegacia de polícia em casa, como outros tantos brasileiros chegam, após serem vítimas da violência urbana - cansada, perplexa, triste e contraditoriamente feliz por estarmos ali, vivos. Repassava em minha cabeça detalhes do assalto - como a feliz coincidência de meu enteado não estar no automóvel - quando fui surpreendida por uma ligação de um jornalista. Nosso boletim de ocorrência com todos os seus detalhes - como o fato de reconhecermos ou não os ladrões - estava nas mãos da imprensa e eles, os jornalistas, telefonaram na madrugada. Foi pela imprensa que minha mãe ficou sabendo. Não tive nem sequer tempo de telefonar. Claro, entendo o trabalho dos jornalistas. Tenho dificuldade de entender o vazamento do boletim de ocorrência.
Um pouco depois, fui para a internet agradecer as pessoas que, carinhosamente, estavam preocupadas e nos escreviam.
Tive acesso a comentários inacreditavelmente maldosos relacionados ao que nos aconteceu. Motivados por dois "jornalistas", diziam que, por ser comunista, merecia ser assaltada, pois estava distribuindo renda. Fazendo deboche com o assalto e com a minha ideologia, como se o fato de eu defender distribuição de renda mais justa justificasse a violência que sofri. Um dos jornalistas chegou a chamar de gesto de solidariedade o assalto. Algo tão maniqueísta como dizer que alguém que não é de esquerda defende a miséria ou como defender que alguém de direita seja torturado para ver como a ditadura militar doeu nos comunistas. Um desrespeito com a situação que vivi, típico de quem é totalitário, não me respeitando enquanto indivíduo porque penso diferente.
Li também que o que passamos havia sido pouco. Que deveria ter sido violentada por defender direitos humanos. Não imagino por que minha luta em defesa da livre orientação sexual, direitos das mulheres, condições carcerárias dignas, me faça merecedora de ser morta em um assalto à mão armada. Mais um gesto típico dos que não respeitam quem pensa diferente.
Mais ainda: outros tantos diziam que os ladrões estavam certos em roubar de mim por ser deputada, pois políticos são todos ladrões e apenas estavam pegando de volta o dinheiro roubado do povo. Como nunca roubei um centavo, não tenho centavo algum para devolver. O salário que recebo como parlamentar, há dez anos, devolvo com atuação séria e comprometida. Muitos podem não concordar com minhas ideias, mas ninguém pode questionar com solidez a minha seriedade e honestidade. E mais, os corruptos devem ser tirados da política de forma democrática com julgamento pelos espaços adequados e não sendo vítimas de violência ou bandidagem.
Claro que entendo a indignação da população com os políticos! É essa indignação que me motiva há 15 anos, e me faz lutar para mudar a política e, sobretudo, a forma como são financiadas as campanhas. Entendo as pessoas que pensam diferente de mim. E as respeito. Mas, para mim, o protesto contra a má política deve ser feito, em outubro, nas urnas. Contra as ideias que não concordamos também. Assim é a democracia. Que ela viva!
O que não entendo são as pessoas que reproduzem a violência e escrevem na internet como se isso não significasse nada. Como vamos enfrentar a violência no Brasil com essa postura? Como construir uma sociedade mais generosa, humana, respeitosa?
Alguns podem se perguntar: E sobre os ladrões, ela não vai falar? Sobre esses, falei com a polícia. Quero que todos paguem pelos erros que cometem, quem me assaltou inclusive. Contra a criminalidade, a violência, o tráfico de drogas, que transformam nossas cidades em palco de guerra, luto há quinze anos de minha vida. Há dez anos com mandatos. Apresentei leis, aprovei algumas. Disputei, por exemplo, duas vezes a prefeitura por entender que poderia mudar muitas questões na cidade. Perdi. Respeitei os vencedores.
Inspirada num pensamento de Nietzsche, "Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você", quando fui para Brasília transformei uma frase em mantra - "não vou me transformar naquilo que combato".
Luto por uma cultura de paz, que respeite as diferenças e construa relações mais solidárias e generosas entre as pessoas. Que o abismo não olhe tanto para dentro de nós e que possam refletir sobre a violência que cometeram contra mim e minhas pessoas queridas em cada comentário desses. Lutar para mudar o Brasil, com amor no coração, vale mais a pena.
Manuela D'Ávila"


Tópicos: Manuela D'Ávil
a

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,deputada-manuela-davila-desabafa-no-facebook-apos-ser-assaltada-a-mao-armada,1141741,0.htm

Todo filho é pai da morte de seu pai

Foto: Texto tocante. Pra mim, deu nó na garganta.

TODO FILHO É PAI DA MORTE DE SEU PAI

" Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.

É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.

É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.

É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe.

É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.

E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.

Todo filho é pai da morte de seu pai.

Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.

E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.

Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.

Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.

A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.

A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.

Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.

Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?

Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.

E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.

Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.

No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:e

— Deixa que eu ajudo.

Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.

Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.

Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.

Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.

Embalou o pai de um lado para o outro.

Aninhou o pai.

Acalmou o pai.

E apenas dizia, sussurrado:

— Estou aqui, estou aqui, pai!

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. "

(autor desconhecido - compartilhado por Elodia Roman)

" Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.

É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.

É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.

É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe.

É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.

E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.

Todo filho é pai da morte de seu pai.

Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.

E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.

Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.

Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.

A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.

A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.

Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.

Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?

Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.

E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.

Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.

No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:e

— Deixa que eu ajudo.

Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.

Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.

Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.

Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.

Embalou o pai de um lado para o outro.

Aninhou o pai.

Acalmou o pai.

E apenas dizia, sussurrado:

— Estou aqui, estou aqui, pai!

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. "

(autor desconhecido - compartilhado do camarada  Jorge Modesto)

Torturado pela ditadura quando bebê se mata aos 40 anos



O MOVIMENTO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS (MNDH) EMITIU NESTE DOMINGO (17) UMA NOTA EM SOLIDARIEDADE À FAMÍLIA DO JORNALISTA E CIENTISTA POLÍTICO DERMI AZEVEDO, PELA MORTE DE SEU FILHO CARLOS ALEXANDRE AZEVEDO. 


Carlos morreu (2013) após ter tomado medicamentos em excesso no domingo (17). Com apenas um ano e oito meses de idade, ele foi preso e torturado em 1974, ao lado da mãe, no prédio do Deops, em São Paulo.

Em desabafo eu seu perfil no Facebook, Dermi Azevedo atribui a morte do filho à tortura sofrida durante o regime militar. “Hoje a ditadura militar concluiu a morte de Carlos, iniciada em tão terna idade”, escreveu o jornalista.

Azevedo conta que, em 14 de janeiro de 1974, o filho foi preso pela “equipe do delegado Sérgio Fleury”. Depois, o bebê foi levado a São Bernardo do Campo, onde os policias derrubaram uma porta e o jogaram no chão, ferindo sua cabeça. “Nunca mais se recuperou”, redigiu o jornalista. “O suicídio é o limite de sua angústia”.


Leia a carta na íntegra:
LUTO

Meu coração sangra de dor. O meu filho mais velho, Carlos Alexandre Azevedo, suicidou-se na madrugada de hoje, com uma overdose de medicamentos. Com apenas um ano e oito meses de vida, ele foi preso e torturado, em 14 de janeiro de 1974, no DEOPS paulista, pela “equipe” do delegado Sérgio Fleury, onde se encontrava preso com sua mãe. Na mesma data, eu já estava preso no mesmo local. Cacá, como carinhosamente o chamávamos, foi levado depois a São Bernardo do Campo, onde, em plena madrugada, os policiais derrubaram a porta e o jogaram no chão, tendo machucado a cabeça. Nunca mais se recuperou. Como acontece com os crimes da ditadura de 1964/1985, o crime ficou impune. O suicídio é o limite de sua angústia.

Conclamo a todos e a todas as pessoas que orem por ele, por sua mãe Darcy e por seus irmãos Daniel, Estevao e Joana, para que a sua/nossa dor seja aliviada.

Tenho certeza de que Cacá encontra-se no paraíso, onde foi acolhido por Deus. O Senhor já deve ter-lhe confiado a tarefa de consertar alguns computadores do escritório do céu e certamente o agradecerá pela qualidade do serviço. Meu filhinho, você sofreu muito. Só Deus pode copiosamente banhar-te com a água purificadora da vida eterna. 

Seu pai, Dermi

Segue em paz Carlos! Força Dermi e Darcy!

Com informações da Rede Brasil Atual

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=206202

Você conhece alguém que apoia regime que torturava até bebês?

Do Blog da Cidaddania
Por certo você conhece alguém que garante que no tempo da ditadura militar que era “bom”, que chega até a pedir sua volta, que atribui a “corrupção” à democracia e que, enfim, nega que a “Revolução de 1964” tenha sido o crime de lesa-humanidade que foi.
E não pense que os apoiadores da ditadura são todos idosos.

LEIA  TAMBÉM;

Torturado pela ditadura quando bebê se mata aos 40 anos


mUITOS DOS
que viveram aquilo estão hoje na blogosfera ou nas redes sociais defendendo o holocausto que se abateu sobre o Brasil entre 1964 e 1985, mas, por incrível que pareça, há jovens instruídos, que levam vidas confortáveis e que entoam o mesmo discurso.
Antes de prosseguir, vale rever uma história que chega a parecer ficção, mas que ilustra à perfeição um período da história brasileira que precisa ser esmiuçado até o último átomo para que jamais volte a se repetir.
A matéria, publicada originalmente no Observatório da Imprensa, é de autoria de Luciano Martins Costa e conta a história do técnico de computadores Carlos Alexandre Azevedo, que morreu no último dia 17 de fevereiro após ingerir overdose de medicamentos.
Segundo o relato, Azevedo sofria de depressão e fobia social, o que o levou a pôr fim à própria vida aos 40 anos, após décadas sofrendo com sequelas que lhe foram impostas quando era um simples bebê.
O articulista diz que “Carlos Alexandre Azevedo foi provavelmente a vítima mais jovem a ser submetida a violência por parte dos agentes da ditadura”, pois “Tinha apenas um ano e oito meses quando foi arrancado de sua casa e torturado na sede do Dops paulista”.
Chega a ser inacreditável esse caso que vem à luz no âmbito da Comissão da Verdade do governo federal, pois aquele bebê foi submetido a choques elétricos e outros sofrimentos pelos agentes da ditadura para obrigarem seus país, militantes de esquerda, a darem informações sobre companheiros.
Abaixo, o relato de como ocorreu um fato que mais parece ficcional, mas que será provado no âmbito da Comissão da Verdade.
—–
Dermi [Azevedo, pai da criança torturada] já estava preso na madrugada do dia 14 de janeiro de 1974, quando a equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury chegou à casa onde Darcy  [mãe da criança] estava abrigada, em São Bernardo do Campo, levando o bebê, que havia sido retirado da residência da família.
Ela havia saído em busca de ajuda para libertar o marido. Os policiais derrubaram a porta e um deles, irritado com o choro do menino, que ainda não havia sido alimentado, atirou-o ao chão, provocando ferimentos em sua cabeça.
Com a prisão de Darcy, também o bebê foi levado ao Dops, onde chegou a ser torturado com pancadas e choques elétricos.
(…)
—–
Se você acha que essa prática foi exceção, engana-se. A ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, tem uma história parecida para contar e a tem contado reiteradamente, no âmbito das investigações da Comissão da Verdade.
Quando foi presa, em 1971, Eleonora Menicucci tinha 22 anos. Além de ter sido submetida a tortura física, a principal sevícia que sofreu foi psicológica ao ver a filha Maria, então com um ano e dez meses, ser torturada com choques elétricos.
Os horrores que a ditadura praticava não eram ignorados pela sociedade durante aqueles anos tenebrosos. Era sabido por todos o que podia acontecer com quem discordasse do regime, razão que explica até hoje o medo que muitos têm da política.
As pessoas maduras que você conhece e que apoiam e até exaltam aquele regime criminoso sabem muito bem o que foi feito àquela época. São, portanto, monstros. Não têm mais salvação, tendo chegado a tal idade sem se regenerarem.
Mas há os jovens que vêm sendo corrompidos por Globos, Folhas, Vejas e Estadões, com suas versões mentirosas sobre o holocausto que se abateu sobre o país inclusive por ação desses mesmos veículos.
Você, por certo, conhece alguém que defende aquele horror. Alguns são jovens, outros são maduros. Para uns, então, há que adotar uma prática e, para outros, outra totalmente distinta.
Se a pessoa for madura, afaste-se porque é alguém que não vale o ar que respira. Se for jovem, no entanto, todos temos obrigação de tentar tirar de sua mente a droga ideológica pervertida que lhe foi ministrada. Para tanto, nada melhor que a Comissão da Verdade.
http://www.blogdacidadania.com.br/2013/02/voce-conhece-alguem-que-apoia-um-regime-que-torturava-ate-bebes/

Tortura: Ato extremo de covardia e sadismo



Tortura: Ato extremo de covardia e sadismo

Do Blog Tudo em Cima



O famigerado AI-5 acaba de completar 40 anos. Ou seja, há exatas quatro décadas a ditadura cívico-militar que destruiu o Brasil por mais de 20 anos extinguiu os direitos dos cidadãos e oficializou a tortura contra seres humanos que não concordavam com o regime ou simplesmente tinham ideologias distintas dos então donos do poder.

O repórter Rodrigo Viana escreveu um bom texto sobre esse assunto, em seu blog“ÀS FAVAS, SENHOR PRESIDENTE, COM OS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA”.

Esse é um assunto que me causa profundo horror. Sobre isso tenho
a dizer: não existe maior covardia do que torturar um semelhante
indefeso. Alguém que é capaz de efetivamente torturar outra pessoa,
seja física ou psicologicamente, é no mínimo mentalmente
desequilibrado, demente ou simplesmente psicopata. Sem dizer, é
 claro, extremamente covarde. Pessoas que praticaram esse tipo de
 ato deveriam ser julgadas e encarceradas pelo resto da vida.

E quem defende essa prática hedionda é igualmente canalha e covarde.
 Assim como são os que tentam justificá-la em nome de um "bem maior".

Porque a tortura é bem diferente de um ato impensado, feito num
momento de descontrole emocional, tipo "briga de trânsito" ou
 "crime passional". Eu consigo entender (embora não endosse)
 uma pessoa que,acuada no meio da rua por um valentão reaja
 com violência e até um marido ou esposa traídos perdendo a
 cabeça e fazendo besteira. Mas, vejam bem, mesmo assim tudo
 isso ainda é considerado crime.

Agora, a tortura é bem diferente, pois é feita com frieza, sem
 emoção - exceto, talvez, a emoção doentia ligada a algum tipo
 de prazer sádico. Só mesmo um covarde altamente degenerado
pode, em sã consciência, infligir tamanha dor e horror a um
semelhante indefeso enquanto fuma um cigarro ou conversa
 tranquilamente com um colega.

O mais terrível, todavia, é que a tortura é tratada pela nossa cultura como algo justificável e, muitas vezes, até louvável. Repare a quantidade de filmes eshows televisivos em que a tortura é mostrada como algo necessário. Quem já assistiu seriados grotescos como "24 Horas" (foto ao lado) ou o novo "BattlestarGalactica" sabe do que estou falando.

Até mesmo filmes bem intencionados, como "Mississipiem Chamas", tentam justificar a tortura como algo desculpável. "Torturamos um racista malvado para conquistar um bem maior: prender todos os outros racistas",
 parecem tentar justificar os autores. E o que poderia ser
considerado apenas como um "lapso criativo" de artistas do
passado, hoje virou regra especialmente depois que o
terrorista George Bush Jr. chegou ao poder - sem dúvida o
ponto mais baixo na governança de um país que nunca se
 fez de rogado em violar direitos humanos quando precisava
defender os interesses dos podres de ricos.

Não dá. Tortura é tortura. E não existe justificativa! Confissões
 obtidas sob tortura deveriam ser consideradas inválidas sob
qualquer circunstância. Porque sob tortura a maioria de nós
 certamente acabaria dizendo qualquer coisa para se livrar
daquele horror. Admiro muito quem consegue resistir às
torturas e não revela informações, sejam elas verdadeiras ou
falsas - mas esses são minoria.

O Brasil é um país que está cheio de torturadores, tanto do
passado quando do presente. Muitos deles usam terno e
 gravata e fazem parte de partidos políticos. Muitos estão
 na polícia ou fazendo "segurança" de fazendeiros e altos
figurões. Mas existem muitos outros covardes torturadores
pelo mundo afora...

Espero, sinceramente, que todos encontrem um dia o longo braço da Lei e sejam retirados do convívio social. E que fiquem em suas celas refletindo sobre o horror inconcebível que praticaram contra seus semelhantes.

E isso é uma das coisas que mais me orgulhavam no governo Lula. Pela primeira vez nesse país esse tema foi tratado com a seriedade que merece. Muito ainda tem que ser feito, com certeza. Mas só o fato de termos um governo que está dando a devida atenção e empenhado em reparar as injustiças e até em punir os criminosos do passado já é um
 tremendo avanço.

E cabe a nós, que temos horror à tortura, ficar atentos, apoiar
 e cobrar dos governos o combate a essa prática e a punição
exemplar de seus agentes.

http://tudo-em-cima.blogspot.com.br/2008/12/tortura-ato-extremo-de-covardia-e.html

Ricky Martin declara: Sim, sou "socialista Castro-chavista"


Pouco depois de assumir-se Gay, Ricky Martin assumiu-se também simpatizante do Marxismo-Leninismo. DefinIu-se, politicamente, "Castrista-Chavista y Socialista". E, sobre o ato de assumir-se politicamente: "Já fiquei tempo demais no armário".

E



Ricky Martin declarou "socialista Castro-chavista"

ricky-martin-igreja
A notícia infartados deixou mais de um. Após as reações de amigos e fãs cantando, Ricky Martin, em uma carta para seus fãs disse: "Eu sou Chávez e Castro, e daí? Eu sou um socialista como o meu amigo René Pérez "Resident". Eu estou cansado de ser em armários. Eu nunca quero ser mais um. Eu não ligo para o que as outras pessoas pensam ", disse o cantor porto-riquenho.

domingo, 16 de março de 2014

Contagem parcial: 95,5% da Criméia votaram pela adesão da Rússia


Após a conclusão do referendo parcial recontagem Crimea estimado e parte da Rússia. (Foto: Reuters)
Região Crimeia da Ucrânia agora faz parte da Federação Russa, após a Criméia domingo para decidir através de um referendo em que a maioria, com 95,5 por cento dos votos, disse que sim.
A informação foi divulgada pelo site da RT. Foi relatado que, de acordo com dados preliminares do escrutínio do referendo na Crimeia, com 50 por cento dos votos apurados, 95,5% da população votou a favor da adesão à Rússia.
Em Sebastopol concluída a votação, com 93,5 por cento a favor da adesão. Nesta cidade de cerca de 90 eleitores participaram no referendo, de acordo com informações divulgadas pelo Conselho de Coordenação da administração da cidade. Mais da metade dos tártaros da Criméia vivem em Sebastopol participaram do referendo.
O primeiro-ministro da Criméia,  Sergey Aksionov anunciou que 85 por cento do eleitorado exerceram o seu direito de voto.
Estas eleições tiveram lugar em uma atmosfera de tranquilidade e muita participação, os voluntários internacionais destaque isso.
Os resultados finais do referendo será anunciado na segunda-feira, Março 17, disse Mikhail Malyshev, presidente da comissão responsável pela elaboração e realização do referendo.
Em consulta os eleitores tiveram de responder a duas perguntas: "Você defende a reunificação da Criméia com a Rússia de acordo com os direitos da unidade administrativa da Federação Russa?" e "Você apóia a restauração da Constituição da República da Criméia, em 1992, eo estado da Criméia como parte da Ucrânia?".
Agora, a reação para tirar a Europa Ocidental e os Estados Unidos (EUA) contra os resultados, uma vez que sempre manifestaram a sua opinião de não aceitar o resultado do referendo que o esperado.
De acordo com analistas políticos, a rejeição do referendo na Criméia pelo Ocidente se deve à crise econômica com a qual, EUA juntamente com seus aliados europeus, redirecionar sua política para o imperialismo.
Telesur-RT / ad-BM