sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Netinho quer apoio federal no combate ao genocídio negro


Netinho quer apoio federal no combate ao genocídio negro


ANUNCIADO NO DIA 28 COMO TITULAR DA SECRETARIA DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL, O VEREADOR NETINHO DE PAULA (PCDOB) DECLAROU AO PORTAL VERMELHO SÃO PAULO QUE SUA PRIMEIRA IDEIA É PEDIR APOIO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PARA CONTER A VIOLÊNCIA CONTRA A JUVENTUDE DA PERIFERIA PAULISTA, QUE VITIMIZA SOBRETUDO JOVENS NEGROS.


Railidia Carvalho
Netinho secretario

Proposta de campanha do candidato a prefeito Fernando Haddad, a Secretaria terá como prioridade ações voltadas para a mulher e a juventude negras. A afirmação foi feita pelo próprio prefeito eleito durante a entrevista coletiva em que anunciou mais sete novos secretários.

“Antes de mais nada é uma grande oportunidade da gente estruturar o que vem sendo um luta do movimento negro nos últimos anos. Fazer uma releitura das questões étnicas na cidade”, avaliou Netinho. 

Netinho ainda citou a necessidade de implementação imediata da lei 10.639 do ensino da História da África nas escolas e também do debate sobre cotas em São Paulo. “As cotas são a grande luta mas não só nas universidades públicas mas também no setor privado”, completou.

Segundo ele, será necessário muito diálogo, paciência e trabalho para trazer para São Paulo ações importantes de combate à desigualdade racial.

Vontade política

Simone Nascimento, presidente municipal da União dos Negros pela Igualdade (Unegro), disse que é um marco ver se materializar a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial em São Paulo.

“A cidade e o estado também resistem às políticas afirmativas. Netinho de Paula que é uma liderança política que tem a vivência do preconceito e também uma personalidade muito popular, dará visibilidade às reivindicações do movimento negro”, lembrou.

“Temos as políticas, podemos implantar, mas não há vontade política. Agora com a secretaria demos o primeiro passo para viabilizar demandas históricas”, declarou.

Trajetória de luta pela Igualdade Racial

Para o presidente do Comitê Municipal do PCdoB, Wander Geraldo, o convite feito ao Partido pelo prefeito Haddad só confirma a trajetória do PCdoB neste segmento. “É o partido dos esportes, das mulheres, da juventude e também tem tradição de luta no combate ao racismo”, enumerou.

Wander citou outras lideranças do PCdoB que se dedicam à causa da Igualdade Racial, como a deputada estadual Leci Brandão e o ex-ministro Orlando Silva, que assumirá uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo com a ida do vereador Netinho para a secretaria recém-criada.

Ainda segundo Wander, faz parte do planejamento inicial do PCdoB organizar encontros com setores organizados do movimento negro em São Paulo para começar a gestar um projeto a ser encaminhado à Câmara Municipal logo no início da legislatura.

De São Paulo, 
Railídia Carvalho


http://www.vermelho.org.br/sp/noticia.php?id_noticia=200167&id_secao=39

Dilma destina 100% dos royalties futuros para a educação




Dilma destina 100% dos royalties futuros para a educação


A presidenta Dilma Rousseff vetou parcialmente o projeto de lei aprovado pelo Congresso que diminuía a parcela de royalties destinada aos estados e municípios produtores de petróleo. Ela também decidiu que 100% dos royalties provenientes dos contratos futuros de exploração de petróleo serão investidos em educação. Uma medida provisória com as mudanças será enviada ao Congresso na próxima semana. 


O anúncio foi feito nesta sexta-feira (30), durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, pelos ministros da Educação, Aloizio Mercadante; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; de Minas e Energia, Edison Lobão; e de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Mercadante explicou que, além de 100% dos royalties futuros, 50% dos rendimentos do Fundo Social também serão voltados para a educação. Segundo ele, o objetivo é deixar um legado para as gerações futuras.

“Só a educação vai fazer do Brasil uma nação desenvolvida, ela é o alicerce do desenvolvimento e se o pré-sal e petróleo são o passaporte para o futuro, não há futuro melhor do que investir na educação dos nossos filhos, dos nossos netos, do conjunto do povo brasileiro”, disse o ministro.

A ministra Gleisi Hoffmann explicou que os vetos preservam os contratos firmados e mantêm a atual distribuição dos recursos provenientes do petróleo. Segundo ela, os vetos tiveram como diretriz o respeito à Constituição e aos contratos estabelecidos.

“O veto ao artigo 3º resguarda exatamente os contratos estabelecidos e também tem o objetivo de fazer a readequação, ou seja, a correção da distribuição dos percentuais dos royalties ao longo do tempo (…) quanto às demais intervenções na lei, a presidenta procurou conservar em sua grande maioria as deliberações do Congresso Nacional, garantindo, contudo, a distribuição de recursos para a educação brasileira”, afirmou.

Fonte: Blog do Planalto

Saiba mais:
Estudantes entregam carta a Dilma sobre royalties para a educação

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Boris Casoy: multa é uma vergonha!


Boris Casoy: multa é uma vergonha!

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a 8ª Câmara de Direito Privado de São Paulo condenou o jornalista Boris Casoy a pagar R$ 21 mil de indenização por danos morais ao gari Francisco Gabriel de Lima. A decisão foi festejada pelos que lutam contra as baixarias da televisão brasileira, mas muita gente também protestou e com razão. Afinal, a multa de R$ 21 é “uma vergonha” – para usar o famoso bordão do âncora da TV Bandeirantes. Além disso, o apresentador e a emissora ainda poderão recorrer contra a mísera multa.

"Do alto de suas vassouras"

Para quem tem memória curta, vale relembrar o triste episódio estrelado por um dos jornalistas mais reacionários da tevê nativa. Ao encerrar o Jornal da Band da noite de 31 de dezembro de 2009, dois garis de São Paulo apareceram desejando feliz ano novo ao povo brasileiro. Na sequência, sem perceber a falha técnica do vazamento do áudio, Boris Casoy fez um comentário asqueroso: “Que merda... Dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... Dois lixeiros... O mais baixo da escala do trabalho”.

Na noite seguinte, o jornalista preconceituoso pediu desculpas meio a contragosto: “Ontem durante o programa eu disse uma frase infeliz que ofendeu os garis. Eu peço profundas desculpas aos garis e a todos os telespectadores”. Numa entrevista à Folha, porém, Boris Casoy mostrou que não se arrependera da frase e do seu pensamento elitista, mas sim do vazamento. “Foi um erro. Vazou, era intervalo e supostamente os microfones estavam desligados”.

A trajetória sinistra do direitista

Diante do ocorrido, os dois garis humilhados e o sindicato da categoria ingressaram na Justiça com processos exigindo retração pública e indenização por danos morais. Só agora, após três anos, Boris Casoy e a TV Bandeirantes foram condenados. Na Justiça, o âncora e a emissora alegaram que não houve a intenção de ofender o gari. Mas quem conhece a trajetória de Boris Casoy sabe que ele sempre teve posições elitistas e preconceituosas. Aqui cabe outro registro para refrescar a memória.

A história de Boris Casoy é das mais sombrias do jornalismo brasileiro. Ele sempre esteve vinculado a grupos de direita e manteve relações com políticos reacionários. Segundo artigo bombástico da revista Cruzeiro, em 1968, o então estudante do Mackenzie teria sido membro do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), o grupo fascista que promoveu inúmeros atos terroristas durante a ditadura militar. Casoy nega a sua militância, mas vários historiadores e personagens do período confirmam a denúncia.

Serviçal da ditadura militar

Ainda em 1968, o direitista foi nomeado secretário de imprensa de Herbert Levy, então secretário de Agricultura do governo biônico de Abreu Sodré – em plena ditadura. Também foi assessor do ministro da Agricultura do general Garrastazu Médici na fase mais dura das torturas e mortes do regime militar. Em 1974, Casoy ingressou na Folha e, numa ascensão meteórica, foi promovido a editor-chefe do jornal de Octávio Frias, outro partidário do setor “linha dura” da ditadura. Como âncora de tevê, a sua carreira teve início no SBT, em 1988.

Na seqüência, Casoy foi apresentador do Jornal da Record durante oito anos, até ser demitido em dezembro de 2005. Ressentido, ele declarou à revista IstoÉ que “o governo pressionou a Record [para me demitir]... Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu”. Na prática, a emissora não teve como sustentar seu discurso raivoso, que transformou o telejornal em palanque da oposição de direita, bombardeando sem piedade o presidente Lula no chamado “escândalo do mensalão”.

Em 2008, Casoy foi contratado pela TV Bandeirantes e manteve suas posições direitistas. Ele é um inimigo declarado dos movimentos grevistas e detesta o MST. Nunca esconde a sua visão elitista contra as políticas sociais dos governos Lula e Dilma e alinha-se sempre com as posições imperialistas dos EUA nas questões da política externa. O vazamento do vídeo em que ofende os garis confirma seu arraigado preconceito contra os trabalhadores. Com esta trajetória sinistra, a multa aplicada agora é realmente “uma vergonha”.

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2012/11/boris-casoy-multa-e-uma-vergonha.html

Parlamento covarde: Veja vence no Brasil. Mídia festeja!


Veja vence no Brasil. Mídia festeja!

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Segundo o Estadão de hoje, o deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira, já decidiu retirar do seu texto o pedido de indiciamento do jornalista Policarpo Junior, o chefão da Veja flagrado em conluio com a quadrilha mafiosa. Já a Folha informa que o deputado “admite” negociar a retirada do pedido “numa tentativa de salvar o relatório”. Caso estas informações sejam verdadeiras, o parlamento brasileiro novamente estará se submetendo ao terrorismo dos barões da mídia, confirmando a sua covardia!

“Na tentativa de aprovar o relatório da CPI do Cachoeira, o deputado Odair Cunha recuou e apresentou nesta terça-feira, 27, formalmente à bancada governista proposta para retirar do texto o pedido de indiciamento de cinco jornalistas - entre eles, Policarpo Júnior, redator-chefe da revista Veja - e a sugestão para que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, seja investigado... Cunha classificou esses dois itens de ‘secundários’ e ‘acessórios’ e, por isso, passíveis de saírem do relatório”, relata o Estadão.

“Se os partidos se comprometeram a aprovar o essencial, estou disposto a retirar o secundário. O encaminhamento do procurador-geral para o conselho e o indiciamento dos jornalistas é irrelevante; não é uma questão central. Se o procurador e os jornalistas são elementos que criam obstáculos à aprovação do relatório, abro mão deles”, justificou o deputado petista. Deste a apresentação do seu relatório, na semana passada, Odair Cunha sofreu um intenso bombardeio da mídia. Ele foi rotulado de tudo o que é nome.

A violenta pressão surtiu efeitos imediatos. A oposição demotucana, como já era esperado, atuou como porta-voz da Veja. Alguns “viúvos do Demóstenes” também chiaram. O PMDB, que faz parte da base de apoio do governo Dilma e mantém históricas relações com os monopólios de comunicação, anunciou que não aceitaria o indiciamento. Outros partidos centristas também pularam fora – alguns talvez por temerem retaliações. E a contrapressão das forças políticas e sociais de esquerda não existiu. Lamentável!


http://altamiroborges.blogspot.com.br/2012/11/veja-vence-no-brasil-midia-festeja.html

José Dirceu: Os escândalos fabricados pela mídia


Os escândalos fabricados pela mídia

Por José Dirceu, em seu blog:

Por várias vezes em anos recentes, a imprensa vinculou-me a escândalos que, depois de concluídas as investigações, denunciados os responsáveis e finalizados os inquéritos, comprovou-se que eu nada tinha a ver com tais episódios. Meu nome nem sequer figurou como testemunha nestes processos.
Foi assim pelo menos seis vezes: nos casos Celso Daniel; MSI-Corinthians; Eletronet; Operação Satiagraha; Carlos Alberto Bejani, ex-prefeito de Juiz de Fora (MG), do PTB; e Alberto Mourão, ex-prefeito de Praia Grande (SP), do PSDB.

Em alguns desses casos – como Bejani, Eletronet e Satiagraha –, meu nome foi parar no noticiário das TVs. Repito: encerradas as investigações, denunciados os responsáveis e finalizados os inquéritos, comprovou-se que eu nunca tive ligações com nada disso.

Agora, a história se repete

A partir de declarações de Cyonil Borges, ex-auditor do TCU sob investigação da Polícia Federal na Operação Porto Seguro, que apura denúncias relacionadas a Paulo Vieira (ex-diretor da Agência Nacional de Águas-ANA), de novo sou envolvido. Gratuitamente. Irresponsavelmente, como das outras vezes. As investigações ainda estão em curso e meu nome já é escandalosamente noticiado como relacionado ao caso.

Não custa recordar que Francisco Daniel, irmão do ex-prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel, fez o mesmo: acusou-me de beneficiário de esquema de corrupção que teria havido em Santo André. Quando o processei por calúnia, ele afirmou em juízo que ouvira de terceiros que eu era o destinatário de recursos financeiros ilegais para campanhas eleitorais do PT.

Francisco Daniel retratou-se, de forma cabal e indiscutível na Justiça. Mas isso praticamente não foi noticiado pela imprensa. E continua sem ser noticiado quando a mídia com frequência volta ao caso Celso Daniel. Ela repete a acusação que me foi feita por Francisco, sem registrar – ou fazendo-o sem o menor destaque – que ele se retratou.

Assim foi em todos os demais casos que lembrei. Envolvem meu nome no noticiário com o maior estardalhaço, mas encerrados a "temporada" e o sucesso midiático do escândalo, silenciam quanto ao fato de nada ter se provado contra mim – pelo contrário, as investigações terem concluído que eu não tive o menor envolvimento com o caso em pauta.

A virtude e o porteiro de Lula


A virtude e o porteiro de Lula

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

Danuza Leão, que foi esposa de Samuel Wainer, o criador do Última Hora - principal veículo de resistência ao cerco udenista contra Vargas nos anos 50 -, lamenta a ascensão do consumo de massa no Brasil. Não por ter restrições ao consumo. Mas porque ficou difícil 'ser especial' nesses tempos em que 'todos têm acesso a absolutamente tudo, pagando módicas prestações mensais', explica na coluna que assina na Folha.

Musicais na Broadway perderam a graça, afirma, não pelo gosto duvidoso do que se oferece ali. "Por R$ 50 mensais, o porteiro do prédio também pode ir", lamenta-se.

"Enfrentar 12 horas de avião para chegar a Paris, entrar nas perfumarias que dão 40% de desconto, com vendedoras falando português e onde você só encontra brasileiros - não é melhor ficar por aqui mesmo?", questiona desolada diante das cancelas decaídas.

As raízes desse desencanto com o Brasil, personificado na elite caricatural assumida por Danuza, encontram uma explicação resumida no relatório da consultoria Boston Consulting Group (BCG)', divulgado nesta 3ª feira.

O estudo compara meia centena de indicadores econômicos e sociais de 150 países , coletados junto ao Banco Mundial, FMI, ONU e OCDE.

O Brasil emerge desse mosaico como a nação que melhor utilizou o crescimento econômico dos últimos cinco anos para elevar o padrão de vida e o bem-estar do seu povo.

O PIB brasileiro cresceu a um ritmo médio anual de 5,1% entre 2006 e 2011. Mas os ganhos sociais obtidos no período se equiparam aos de um país que tivesse registrado um crescimento explosivo de 13% ao ano, diz a análise. Ou seja, para efeito de redução da pobreza as coisas se passaram como se o Brasil tivesse crescido bem mais que a China nos últimos cinco anos.

O salto na qualidade de vida da população, segundo a consultoria, decorre basicamente da prioridade implementada à distribuição de renda no período. Algo que Danuza Leão intui em meio às dificuldades crescentes para se distinguir do porteiro de seu prédio.

As diferenças entre eles naturalmente continuam abissais. Mas registraram a queda mais rápida da história brasileira nos anos Lula, quando a pobreza recuou à metade e 97% da infância foi para a escola.

É o que demonstram também os dados do IBGE divulgados nesta 4ª feira:

a) o índice de Gini que mede a desigualdade encontra-se hoje no menor nível em 30 anos;

b) os 40% mais pobres ainda detém apenas 11% do total da riqueza do país;

c) mas o deslocamento da seta na década Lula é um fato: a renda dos 20% mais ricos, equivalente a 24 vezes a dos mais pobres em 2001, caiu para 16,5 vezes em 2011;
d) nesse período, triplicou a frequência de estudantes pretos e pardos nas universidades brasileiras.

Nada disso é captado no visor histórico de quem está obcecado em preservar espaços de um privilégio socialmente patológico, incorporado à rotina da classe dominante como se fora a extensão da paisagem tropical.

O desencanto inconsolável com o Brasil deixado por Lula inclui outras versões igualmente elitistas, mas de apelo não tão exclusivista.

O porteiro do prédio neste caso é a 'corrupção de massa' que o PT teria promovido, segundo os críticos, num aparelho de Estado antes depenado com elegância pelos donos do país.

Assim como o porteiro de Danuza, a corrupção no aparelho público agora comandado pelo PT também é real.

Não é o caso do que se convencionou chamar de Ação Penal 470 - ainda que a prática do caixa 2 de campanha, é disso que se trata, tenha igualmente nivelado o partido aos adversários, que todavia desfrutam da tolerância obsequiosa nos circuitos escandalizados com os forasteiros.

A atual operação Porto Seguro, a exemplo de outras desencadeadas pela Polícia Federal desde 2003, desnuda com generosa difusão midiática isso que antes era encoberto, pouco investigado e raramente punido.

Não é necessário revisitar o personagem do 'engavetador geral da República', de bons serviços prestados à causa tucana, para contrastar o silencio de gavetas que agora são reviradas em agudos decibéis e cortantes editoriais.

Porém há nuances que a esquerda não pode mais ignorar.

A virtude que se cobra do campo progressista não é um dote imanente a porteiros que conquistaram o legítimo direito de viajar a prestação, tampouco a qualidade intrínseca de governantes eleitos pelos pobres.

Virtuosas - educativas - devem ser as instituições, ancoradas em leis justas e indutoras da convivência solidária; no serviço público digno e transparente; na escola capaz de preparar cidadãos para o livre discernimento; nos bens comuns valorizados e desfrutados coletivamente; na informação plural e isenta etc.

Para isso, o partido que pretende mudar a sociedade tem a obrigação de associar à luta econômica o combate por ideias emancipadoras que ampliem o horizonte subjetivo para além do consumismo individualista. Do contrário sobra o vale tudo por dinheiro.

Entenda-se por vale tudo aquilo que leva um jovem ao crime por um par de tênis de marca. Ou o funcionário público subalterno que concede 'favores' em troca de um cruzeiro à Ilha Grande, com direito ao show da dupla 'Bruno e Marrone'.

O mais difícil na luta pelo desenvolvimento é produzir valores que não aqueles negociados em Bolsas. Não apenas esse, mas sobretudo esse passo a esquerda deve ao Brasil. E não parece recomendável adiá-lo ainda mais.

Deus atende melhor nos hospitais particulares....



Deus atende melhor nos hospitais particulares....

Orlando Silva: “Vou honrar a história do PCdoB na Câmara de SP”


Orlando Silva: “Vou honrar a história do PCdoB na Câmara de SP”


O ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, irá assumir a vaga deixada pelo vereador Netinho Paula na Câmara Municipal de São Paulo. Netinho será indicado nesta quarta-feira (28) pelo prefeito eleito da capital, Fernando Haddad, para a nova Secretaria de Promoção da Igualdade Racial. 

Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho


Em entrevista ao Portal Vermelho, Orlando afirmou que será uma honra e um desafio enorme representar o PCdoB no Legislativo Municipal. “Nosso Partido ganha a cada dia mais relevância na vida política brasileira e espero honrar a trajetória e a história do PCdoB – que é feita com gente comprometida com o Brasil.”

Com 19.739 votos, Orlando conquistou a primeira suplência da chapa comunista da capital nas eleições municipais de outubro deste ano. “Hoje cedo o prefeito Haddad me telefonou para comemorar a responsabilidade que terei como representante do Partido na Câmara. Falou que confia muito no meu trabalho e que meu mandato irá dar suporte ao seu governo. Estou feliz e consciente da importância que é representar o Partido na Câmara de São Paulo.” 

Orlando começou sua trajetória no movimento estudantil em Salvador e foi eleito em 1995 o primeiro presidente negro da União Nacional dos Estudantes (UNE). Formado em Direito na Universidade Católica de Salvador, em 2006 ele foi nomeado ministro do Esporte pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Ele foi um dos grandes responsáveis por trazer a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 para o Brasil. Em 2011, Orlando foi vítima de uma caluniosa campanha da mídia que tentou envolver seu nome em supostas irregularidades no Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

Em 12 de junho deste ano, a Comissão de Ética da Presidência da República arquivou a denúncia contra Orlando por “absoluta falta de provas”. Na época, ele afirmou que essa foi a “primeira vitória na cruzada em defesa da justiça e da verdade”.

“O mandato na Câmara é um caminho para eu retomar a minha atividade política pública e renovar os compromissos que sempre tive com o meu Partido e com o meu país. Tenho a responsabilidade de honrar os votos das pessoas que, enfrentando toda a onda da mídia, apoiaram, votaram e se mobilizaram. Vamos dar uma resposta com muito trabalho, dedicação e esforço para que possamos demonstrar a capacidade que temos para fazer uma cidade e um país melhor”.

Orlando assegura que será o porta-voz do PCdoB na cidade de São Paulo e que seu mandato terá uma identidade muito forte com os trabalhadores, a juventude e com os movimentos sociais. “Além do Esporte e da Educação, eu diria que os movimentos são uma marca importante da minha trajetória e também serão uma marca do meu mandato.”

Ele comentou ainda a indicação do vereador Netinho de Paula para a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial. Segundo ele, a criação da pasta irá abrir o caminho para fomentação de políticas públicas na capital. “O ex-presidente Lula criou o Ministério, mas as principais cidades do país e os governos estaduais não têm uma Secretaria própria para tratar desse tema. Para nós é importante que São Paulo saia na frente, numa posição de vanguarda.” 

“O PCdoB em São Paulo tem uma particularidade porque tem uma marca muito forte no trabalho com a juventude e com as mulheres e vai se configurando também como um Partido que tem muitas lideranças negras. Aqui em São Paulo o nosso vereador Netinho é negro, eu sou negro, o presidente municipal do PCdoB, Wander Geraldo, é negro, a nossa deputada Leci Brandão é negra. Isso para nós é uma coisa boa porque vai dando a nosso Partido a cara do povo brasileiro.”
 


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=199967&id_secao=1

Haddad anuncia Netinho de Paula para integrar secretariado de SP



Haddad anuncia Netinho de Paula para integrar secretariado de SP


O presidente municipal do PCdoB-SP, Wander Geraldo, confirmou em entrevista ao Portal Vermelho nesta quarta-feira (28) a nomeação do vereador reeleito Netinho de Paula (PCdoB) para a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da capital paulista. A indicação deverá ser oficializada nesta quarta-feira pelo prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, na sede do Governo de Transição.


O dirigente municipal avalia positivamente a indicação. “A Secretaria terá um papel político importante na luta do combate ao racismo. São Paulo é uma cidade que reúne muitos povos. A Secretaria terá o papel de promover a igualdade racial e reunir as diversas nacionalidades que aqui vivem.” 

Ele explica que Netinho irá construir toda a infraestrutura da nova pasta. “Ele também vai jogar um papel importante na implementação da política de cotas do município e contribuir para o debate sobre a população negra na capital.” 

Orlando Silva

Com a indicação de Netinho para o primeiro escalão da administração municipal, o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, irá assumir o cargo de vereador da capital. Orlando recebeu 19.739 votos nas eleições municipais de outubro. “Vamos poder contar com mais um quadro político no cenário municipal. Além da Nádia Campeão que é vice-prefeita, vamos ter o Netinho secretário e o Orlando vereador.” 

A atuação da vice-prefeita eleita Nádia Campeão deverá incluir a coordenação de projetos estratégicos para a cidade de São Paulo. Nádia atuará em ações políticas que exigem um esforço de várias Secretarias municipais, como a candidatura de São Paulo para sediar a Expo 2020 – megaevento que reúne diversos países – e a renovação dos contratos da Fórmula 1.

Wander ressaltou o importante momento político que as forças progressistas de São Paulo tiveram com a vitória de Haddad e disse que o PCdoB irá contribuir com esse novo cenário. Ainda segundo o dirigente, o Partido mantém negociações para a participação em subprefeituras e em empresas estatais. A partir da próxima semana começará a definição do 2º escalão da administração municipal. 

Outras indicações

O vereador Roberto Tripoli (PV) assumirá o Verde e Meio Ambiente, responsável pelo gerenciamento de parques e pelo licenciamento e fiscalização ambiental de empreendimentos imobiliários. 

Eliseu Gabriel, vereador e presidente municipal do PSB, assumirá o Desenvolvimento Econômico e Trabalho, que será fundida à Microempreendedor Individual.

Para a Secretaria de Governo foi definida a indicação de Antonio Donato (PT). O PMDB deve ter três secretarias. Duas serão anunciadas nesta quarta. A médica Marianne Pinotti, vice de Gabriel Chalita (PMDB), será a secretária da Pessoa com Deficiência. A advogada Luciana Temer, filha do vice-presidente da República, Michel Temer, assumirá a Assistência e Desenvolvimento Social.

O PMDB também deve ficar com a Segurança Urbana, mas o nome não foi definido. O futuro secretário das Subprefeituras será o vereador Chico Macena (PT). Tesoureiro da campanha de Haddad, ex-presidente da CET, ele será o responsável pela transição do atual modelo das subprefeituras, dirigida por militares, para uma gestão descentralizada, como Haddad prometeu em campanha. O deputado estadual e ex-vereador João Antonio (PT) será o Secretário de Relações Institucionais. 


Mariana Viel, da Redação do Vermelho - com informações da Folha de S. Paulo

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=199952&id_secao=1

.STF liberta assassinos da missionária Dorothy Stang.




       STF liberta assassinos da missionária Dorothy Stang


STF....Só Tem Fascistas....

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Caso Cachoeira: Andressa indiciada prejudica Veja e Policarpo


Caso Cachoeira: Andressa indiciada prejudica Veja e Policarpo


O relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG), que propõe o indiciamento do jornalista Policarpo Júnior, diretor de Veja, em Brasília, por formação de quadrilha, vem sendo bombardeado todos os dias pelos grandes meios de comunicação. Neste domingo (25), por exemplo, O Globo publicou editorial condenando o texto. Estadão e Folha já haviam feito o mesmo.




Além disso, parlamentares da oposição argumentam que tanto a Polícia Federal como o Ministério Público já avaliaram os grampos das Operações Vegas e Monte Carlo e concluíram que a parceria entre Policarpo e o bicheiro Carlos Cachoeira traduz uma relação normal entre fonte e jornalista.

No entanto, um fato novo, surgido na última sexta-feira, muda o quadro. Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, foi indiciada por corrupção ativa pela Polícia Federal por ter tentado chantagear o juiz Alderico Rocha Santos, responsável pela condução do caso. A notícia foi publicada no Globo de hoje e no portal G1, também da Globo, que protegeram tanto Veja, como Policarpo, assim como a Folha já havia feito no sábado. "Segundo relato de Rocha Santos na época, Andressa esteve em sua sala e disse que havia um dossiê contra ele, envolvendo as pessoas cujos nomes foram escritos no pedaço de papel que ela entregou ao magistrado. De acordo com ofício enviado pelo juiz ao MPF, a tentativa de constrangimento tinha como objetivo "obter decisão revogando a prisão preventiva e absolvição" de Carlinhos Cachoeira. Em troca, o suposto dossiê não seria divulgado pela imprensa", diz a reportagem.

Ao sugerir a publicação do dossiê, Andressa não falou de forma genérica na imprensa. Ela foi específica. Disse com todas as letras que o jornalista Policarpo Júnior era "empregado de Cachoeira" (leia mais aqui) e que as denúncias contra o juiz seriam publicadas na revista Veja – e não em outro veículo. Portanto, se Andressa está indiciada, não há razões para que Policarpo não o seja. Até para que possa se explicar.

Fonte: Brasil 247


domingo, 25 de novembro de 2012

PIB: BATBARBOSA, O HERÓI DO PERFEITO IDIOTA BRASILEIRO


Ataque aos direitos trabalhistas: No Senado, CTB repudia proposta que coloca em xeque preceitos da CLT


No Senado, CTB repudia proposta que coloca em xeque preceitos da CLT


Audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal, joilson desoneracaonesta quinta-feira (22), transformou-se em ato de defesa da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e de repúdio a um anteprojeto de lei do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que estabelece o acordo coletivo como base das relações trabalhistas. O secretário de Relações Institucionais da CTB, Joílson Cardoso, esteve presente durante o debate e atacou duramente a proposta.
O anteprojeto, de acordo com o site do sindicato, foi entregue ao governo federal em novembro de 2011, e estaria, com base em informações dos participantes da audiência, sob análise da Secretaria Geral da Presidência da República. O documento, chamado de “Acordo Coletivo de Trabalho Com Propósito Específico”, propõe que um determinado sindicato profissional, habilitado pelo Ministério do Trabalho, e uma empresa do setor econômico correspondente possam estipular, com segurança jurídica, condições próprias de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa específica e às suas respectivas relações.
Para o dirigente da CTB, a proposta apresentada pelos Metalúrgicos do ABC é mais um ataque a ser desferido contra a Consolidação das Leis Trabalhistas. “A CLT é tida como atrasada por determinados setores da sociedade, mas isso é uma inverdade. Na realidade, ela representa a proteção mínima necessária para a classe trabalhadora contra o capital”, argumentou.
Joílson Cardoso destacou que a proposta debatida foi apresentada como uma alternativa destinada apenas à própria categoria, mas ele entende que se trata de algo com finalidade mais ampla. “A CLT vem sendo atacada desde o governo Vargas e voltou a ser combatida pelos neoliberais depois que foi consagrada pela Constituição de 1988. O que nos causa indignação é ver que sindicalistas estão por trás de um novo projeto”, disse.
Anteprojeto
O anteprojeto do Acordo Coletivo de Trabalho, segundo o site do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, foi elaborado a partir da experiência dos sindicatos de Taubaté, Sorocaba e Salto, e contou com a contribuição de magistrados, empresários, estudantes, advogados, economistas, ministros de Estado, parlamentares, trabalhadores de diferentes categorias, dirigentes e centrais sindicais.
A cartilha que acompanha o documento no site da entidade aponta, entre as conquistas da classe trabalhadora mundial, o nascimento, no século 20, de “relações mais avançadas de convivência entre trabalhadores e empresas, com base na negociação coletiva”.
No documento, a CLT é apresentada como uma “faca de dois gumes”, que teria valido “como passo importante para proteger direitos individuais dos trabalhadores, mas limitou seus direitos coletivos”. Após 70 anos, prossegue a cartilha, “Está cada vez mais consolidada a ideia de que o Brasil não pode mais prescindir de uma legislação que sustente e promova a negociação coletiva para atender e dar soluções, com segurança jurídica, a demandas e conflitos específicos entre empresa e trabalhadores. A regulação atual não dá conta dessa especificidade por ter um caráter uniforme e geral”.
Sem retrocesso
O dirigente da CTB lembrou que, em reunião realizada em março deste ano, a presidenta Dilma Rousseff garantiu a diversos sindicalistas que, durante seu governo, não haveria qualquer tipo de reforma trabalhista.
“Apesar dessa garantia, estamos com uma espada sobre nossas cabeças”, afirmou Cardoso, citando os ataques à CLT e outras pautas, como a regulamentação da terceirização, o fator previdenciário, a Previdência Social e a alta rotatividade. “O que podemos afirmar categoricamente é que a CTB e grande parte do movimento sindical não aceitarão os ataques que a legislação trabalhista tem sofrido. Não aceitamos o negociado sobre o legislado”, afirmou.
Nesse sentido, o dirigente da CTB se mostrou preocupado com o posicionamento de um sindicato tão importante quanto o dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT. “Será um erro irreparável se esses companheiros seguirem adiante com esse projeto. Faço um chamamento à CUT para se atentar a isso. Um projeto dessa natureza significaria rasgar a história de um setor fundamental para o sindicalismo no Brasil, justamente onde surgiu a figura do ex-presidente Lula”, destacou Joílson Cardoso.
Fernando Damasceno
Com informações da Agência Senado

http://portalctb.org.br/site/brasil/18320-no-senado-ctb-repudia-proposta-que-coloca-em-xeque-preceitos-da-clt

Mano Brown protesta pelas mortes em SP durante Troféu Raça Negra


Mano Brown protesta pelas mortes em SP durante Troféu Raça Negra


O líder dos Racionais MC’s Mano Brown quebrou o protocolo na cerimônia de entrega do Troféu Raça Negra ao protestar contra a onda de violência no Estado e, que segundo ele, atinge, especialmente jovens negros da periferia. 


“Eu queria que ele estivesse aqui”, disse Brown, referindo-se ao governador Geraldo Alckmin, ao receber o Troféu juntamente com os dois outros integrantes do grupo - Ice Blue e KL Jay - dividindo o palco com os cantores Carlinhos Brown e Martinho da Vila, que também foram homenageados.

Com a cara fechada de costume e sem nenhuma preocupação em ser simpático aos organizadores do evento que o homenagearam – a Afrobras e a Faculdade Zumbi dos Palmares –, nem aos demais artistas com quem dividiu o palco, Brown considerou absurdas as declarações de Alckmin que, na semana passada ao falar sobre a onda de violência iniciada em outubro – atribuiu a quantidade de mortos ao tamanho da população do Estado.

Ao lembrar que ambos torciam para o mesmo time (Alckmin como Brown torce para o Santos), alguém da platéia interviu com um “troca de time”, ao que o líder dos Racionais respondeu: “É mais fácil trocar de governador”.



O protesto não previsto causou constrangimento aos organizadores, em especial, ao reitor da Zumbi, José Vicente, que pouco antes havia aberto a cerimônia ao lado da secretária Eloísa Arruda, da Justiça, representando o governador, e do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal. Vicente, no entanto, não quis fazer comentários.

A edição deste ano, a nona, realizada na última segunda-feira (19) homenageou o líder do Movimento dos Direitos Civis, Martin Luther King, morto há 44 anos, e teve como principal estrela, a filha mais nova do líder, a missionária Bernice King.

Show e cerimônia

Num evento, cuja direção com um roteiro confuso deixou a desejar, a entrega do Troféu – considerado pelos organizadores o “Oscar da comunidade negra” - reuniu artistas, personalidades da música, do teatro, da televisão e do mundo dos esportes e foi aberto pela cantora Margareth Menezes que cantou o Hino Nacional.

Com a ausência da âncora da TV Record, Ana Paula Padrão, que foi anunciada, Joyce Ribeiro e Robson Caetano, e Érico Brás e Patrícia de Jesus, se encarregaram de fazer as vezes de mestres de cerimônias.

Ao longo de quase três horas passaram pelo palco da Sala S. Paulo Luiz Melodia, cantando o clássico Negro Gatoe Jair Rodrigues homenageando Cartola, Vanessa Jackson, interpretando Michael Jackson (os melhores momentos do show), Roberta Miranda e Sandra de Sá. Também foram homenageados Cacau Protássio, a Zezé da novela Avenida Brasil, o garoto Jean Paulo Campos, o Cirilo da novela Carrossel, do SBT, a jornalista Glória Maria, da TV Globo, o gari Sorriso vestindo o uniforme da Prefeitura com que desfile na Marquês de Sabucaí, no Rio, e os medalhistas olímpicos, Fofão, Fabiana e Anderson.

O ministro do STF, Luiz Fux, dedicou o seu Troféu ao colega, Joaquim Barbosa, relator do caso mensalão, que nesta quinta-feira se tornará o primeiro negro a assumir a presidência da mais alta Corte do país. Também foi homenageado com a estatueta, o jornalista Otávio Frias, diretor do Jornal Folha de S. Paulo.

A festa para a entrega do Troféu Raça Negra que acontece anualmente tem patrocínio das principais empresas brasileiras, entre as quais, a Mercedez e a Petrobrás e de Bancos como o Itaú, Bradesco e Santander.

Fonte: Unisinos

Leia mais:
Troféu Raça Negra 2012 !


Mídia moralista defende quadrilha de Cachoeira



Guimarães: Mídia moralista defende quadrilha de Cachoeira


Os ataques midiáticos ao relatório da CPI do Cachoeira e a soltura deste pela Justiça justamente quando as provas de seus crimes engolfam o governador de Goiás, Marconi Perillo, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o editor de Veja Policarpo Júnior, desnudam a farsa do julgamento do mensalão e a tese ridícula de que aquele tribunal de exceção teria inaugurado uma nova era em que poderosos também seriam submetidos à lei.

Por Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania



A indignação da mídia tucana e de sua militância com a corrupção – na América Latina, há “partidos” da mídia que têm até militância –, portanto, fica absolutamente caracterizada como produto de um descaramento que esbofeteia o Brasil. É tudo tão escancarado que é impossível que alguém de boa fé não esteja notando como a indignação com a corrupção no PT dá lugar à defesa apaixonada de um grupo político que aprisionou Goiás naquele que, agora sim, é o maior escândalo de corrupção já visto no país, pois atinge a casa dos bilhões de reais.

A cúpula da quadrilha que aprisionou Goiás, segundo o relatório da CPI, era formada, basicamente, por Cachoeira, Demóstenes, Perillo, Gurgel e Policarpo. O que pesa contra esses quatro é estupefaciente e dispensará a Justiça do uso da famigerada teoria do “domínio do fato” devido à vastidão de provas materiais que pesam contra eles.

Sobre Cachoeira e Demóstenes nem é preciso dizer nada, mas sobre Perillo e Gurgel lembremo-nos de que os “atos de ofício” que comprovam atos criminosos são intermináveis. Perillo se envolveu em negócios imobiliários com Cachoeira, nomeou quem ele pediu – há gravações da PF mostrando que o bicheiro determinava os nomes de quem queria pôr no governo e as nomeações aconteciam –, mas as atividades criminosas da quadrilha jamais foram alvo de ações do governo goiano e, por fim, o procurador-geral da República, sabendo de tudo que acontecia, e ao contrário do que fez com o PT e seus aliados, engavetou tudo.

A esta altura, a imprensa deveria estar cobrando a CPI para que fizesse um relatório duro condenando um esquema imenso, muito maior do que o do mensalão (do PT) em todos os sentidos, tanto em número de integrantes da quadrilha como em valores desviados. E tudo com o concurso do chefe do Ministério Público Federal. Entretanto, ao contrário da corrupção que possa haver no PT, a do PSDB, do DEM e do MPF gerou defesa desabrida dos corruptos pelos moralistas de plantão.

Então vamos combinar: se um escândalo dessa magnitude for abafado, se o relatório da CPI aliviar para Perillo, Gurgel e Policarpo ou se o relatório for desfigurado e o Ministério Público e a Justiça não fizerem nada, acabou o Brasil. Estará comprovado que estamos vivendo em um Estado ditatorial que persegue um grupo político enquanto protege outro – e quando se alude a Estado não se está falando do Poder Executivo, mas do Judiciário e do Legislativo.

Como acreditar em um país em que crimes escancarados, atrevidos (para usar termo da moda) e incomensuráveis são praticados à larga e, após serem descobertos, seus autores são poupados devido ao grupo político que integram? Como acreditar em um país em que a Justiça, a imprensa e o próprio Legislativo tratam a corrupção de um lado com rigor irrefreável e a de outro com tolerância total?

Quando se fala em CPI do Cachoeira, fala-se em Goiás. Essa história da empreiteira Delta e dos governadores de Brasília e do Rio de Janeiro é cortina de fumaça para desviar o foco da transformação daquele Estado em parque de diversões de corruptos locais.

A empreiteira Delta provavelmente tem muita sujeira contra si, mas essa investigação precisa de sua própria CPI. E contra Agnelo Queiróz e Sergio Cabral até agora não surgiu uma mísera prova, um mísero indício crível. Nem com todo “domínio do fato” do mundo se torna possível acusá-los.

Contra Agnelo, pesa apenas uma única e isolada menção da quadrilha a um codinome que seria o do governador, menção que não se confirmou se foi a ele mesmo, e nada mais. Contra Cabral, pesa ainda menos porque não há menção alguma da quadrilha a ele. Tudo o que há é uma filmagem de um jantar do governador do Rio com o dono da Delta, Fernando Cavendish, em Paris, apesar de as relações desse personagem envolverem nomes como José Serra, Gilberto Kassab e muitos outros oposicionistas ao governo federal.

Que se faça a CPI da Delta, então. Mas a do Cachoeira é sobre Goiás e as autoridades que acobertaram e até ajudaram a quadrilha do bicheiro a transformar aquele Estado, repito, em parque de diversões de um grupo criminoso que movimentou bilhões de dinheiro público.

A Justiça que está para prender José Dirceu sem que contra ele pese um grama do que pesa contra Perillo pôs em liberdade um mafioso como Cachoeira. Essa é a “nova era” que o julgamento do mensalão (do PT) inaugurou?

Este país só não virou uma piada completa, ainda, porque a Justiça tratar acusados de corrupção de acordo com a filiação partidária de cada um não tem graça nenhuma. Portanto, se essa CPI não fizer a denúncia que tem que fazer contra Perillo, Gurgel e Policarpo – e, claro, por tabela contra os empregadores deste último – terá acabado a ilusão de que vivemos em uma democracia. O último a sair, portanto, que apague a luz.

Fugi do convescote da direita no STF
Após a visita que fiz ao gabinete do ministro Ricardo Lewandowski consegui entrar no plenário do STF, onde ocorreu a posse do novo presidente daquela Corte, o ministro Joaquim Barbosa.

O que vi ali foi a fina flor da fauna demo-tucano midiática. Merval Pereira e um grupo de distintos senhores se exibiam em frente a um exército de cinegrafistas e fotógrafos que se postou diante da bancada dos ministros que ali dariam posse a Joaquim Barbosa.

Pelo auditório, flanavam o indefectível Merval Pereira (Globo), Renata Lo Prete (Folha de SP), Heraldo Pereira (Globo) e outros expoentes da mídia demo-tucano-judiciária. Na verdade, o PIG praticamente ocupava todos os espaços.

Um fato curioso: encontrei o jornalista Kennedy Alencar e decidi cumprimentá-lo, à diferença do que fiz com o resto do PIG ali presente. Surpreendi-me por ele me conhecer…

Após algumas palavras, brinquei com ele: “Cuidado que o Serra está por aí”. Comentário de Kennedy: “Vixe!”.

O engraçado é que, segundo soube, os jornalistas do PIG disputaram a tapa o convite para a posse de Joaquim Barbosa e eu, que tive acesso à cerimônia, vendo que nada tinha a fazer ali, virei as costas e fui-me embora.

Tinha que editar o vídeo da mensagem de Lewandowski à blogosfera e sabia que estava em uma festa de um partido político que reúne mídia, partidos de oposição e a cúpula do Judiciário. Então esnobei o STF e me mandei.

Detalhe: não havia um só jornalista da imprensa alternativa. O PIG dominou a posse de Barbosa. Esse é o poder que resta ao PIG: sua relação promíscua com o Judiciário.

Fonte: Blog da Cidadania

(título original Mídia moralista sai em defesa da quadrilha de Perillo e Cachoeira alterado por redação Vermelho)