sexta-feira, 30 de maio de 2014

Isolado, Barbosa joga a toalha




http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Cada vez mais isolado pelos colegas e repudiado pelas principais lideranças da comunidade jurídica, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, resolveu anunciar nesta quarta-feira sua aposentadoria precoce, quando ainda faltavam 11 anos para chegar à idade da compulsória.

Para pegar uma boa onda, antecipando-se à formalização do pedido de aposentadoria do ministro, prevista para o final de junho, assim que a notícia correu o presidenciável Eduardo Campos, do PSB, que se apresenta na campanha eleitoral como pregador da "nova política", correu para surfar na decisão de Barbosa e mostrar de que lado está (ou sempre esteve):

"Qual partido não gostaria de ter Joaquim Barbosa em seus quadros?", pontificou o candidato, até outro dia aliado do governo do PT. "Se o ministro pensar em se filiar a algum partido, amigos próximos poderão fazer uma aproximação com o PSB. Todos os partidos políticos do Brasil que prezam a Justiça, que prezam a democracia, gostariam de ter em suas fileiras um brasileiro com a honestidade, a vida e a biografia dele".

Barbosa já disse mil vezes que não quer saber de política e pretende se dedicar à vida acadêmica, mas Eduardo avisou que está de portas abertas se ele mudar de ideia. Quem seriam os amigos próximos?

Quer dizer, segundo Campos, quem não pensa e age como ele e Barbosa não preza a Justiça e não é democrata. Era desconhecida até agora esta admiração do ex-governador de Pernambuco pelo quase ex-presidente do Supremo Tribunal Federal.

Não pensam assim os presidentes de classe da magistratura e de juízes ouvidos pelo portal Brasil24/7.

"Ele não é uma pessoa que vai ser lembrada", afirmou Nilo Toldo, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). João Ricardo dos Santos, dirigente da Associação dos Magistrados Brasileiros, espera que a entidade possa "superar esta falta de diálogo" com o STF após a saída de Barbosa.

Em nota assinada pelo seu presidente, Paulo Luiz Schmidt, a Associação Nacional dos Magistrados das Justiça do Trabalho (Anamatra), fez duras críticas ao futuro aposentado:

"A história dirá mais tarde, distanciada dos debates ideológicos, sobre seus erros e acertos (...) Para a Anamatra, no entanto, a passagem de Sua Excelência pelo Supremo Tribunal Federal e pelo CNJ, não contribuiu para o aprimoramento do necessário diálogo com as instituições republicanas e as entidades de classe, legítimas representantes da magistratura, marcando, assim, um período de déficit democrático".

Glorificado pela mídia por sua atuação implacável no julgamento da Ação Penal 470, ao mesmo tempo juiz e promotor do processo, Barbosa viu as críticas aumentarem à sua postura como autonomeado executor das penas dos condenados do mensalão do PT, atropelando toda a jurisprudência do próprio STF e do Superior Tribunal de Justiça, que, desde 1999, autoriza o trabalho externo dos apenados em regime semiaberto.

No clima de beligerância que domina o país, às vésperas do início da Copa no Brasil, a atitude de Joaquim Barbosa, que já era esperada e não causou surpresa no meio jurídico, foi recebida com uma sensação de alívio por aqueles brasileiros que, ao contrário de Eduardo Campos, pensam mais na Justiça justa e no país pacificado do que nos seus interesses eleitorais e partidários.

Surfistas não costumam se dar bem em política, mas há exceções, é claro, que, geralmente, não têm um final muito feliz. Collor que o diga.

Ministros do STF desprezam Barbosa


Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, iniciou a sessão desta quinta-feira (29) sorrindo, mas sem conseguir disfarçar o nervosismo para anunciar o que todos já sabiam e esperavam. Ele confirmou oficialmente que vai sair da presidência e deixar o tribunal - onde poderia ficar por mais onze anos - no início de junho. Alegou que os motivos são “de ordem pessoal”. “Me afastarei do serviço público após 41 anos. Quero agradecer e dizer que tive a felicidade de compor esta Corte no seu momento mais fecundo, de maior criatividade e importância no cenário político”, colocou. Como também era esperado, o anúncio não teve a saudação comum, seguida de reverências por parte dos demais ministros.

Tido como o mais polêmico dos presidentes do STF, ele só contou com os pronunciamentos de Marco Aurélio de Mello e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para comentar a decisão. Escalado antecipadamente para falar, de forma estratégica diante da antipatia dos colegas por Barbosa, Marco Aurélio adotou tom lacônico. Nada de elogios, nada de dizer que o colega fará falta. “Meu sentimento pessoal, e sei que é compartilhado por todos, é que a cadeira do Supremo tem uma envergadura maior. Somos 11 pronunciando-se sobre a eficácia das leis e, por isso, é importante uma estabilização na composição do tribunal, mas, por outro lado, a saída espontânea é direito de cada um”, afirmou.

Mello lembrou a chegada do ministro ao STF, em 2003, e destacou a relatoria da Ação Penal 470. “Foi importantíssima para o país”, acentuou. Mas fez questão de passar um recado velado ao frisar que a AP foi julgada por todos os ministros, e não apenas Barbosa, que acabou centralizando decisões sobre os condenados nos últimos meses e bateu boca com colegas que discordaram de suas posições. “Com esse julgamento, o STF provou que o processo em si não tem cara e uma lei é uma lei para todos. A ação não foi julgada pelo presidente nem pelo relator, e sim pelo colegiado deste tribunal”, comentou, ao mencionar que agradecia a atuação dele no julgamento “até mesmo em função do seu estado de saúde”, numa referência ao problema crônico na coluna que acomete o ministro há anos.

Também manifestando-se com brevidade, Rodrigo Janot lembrou o ano de 1984, quando tomou posse no Ministério Público Federal ao lado de Barbosa e do também ministro Gilmar Mendes.


Surpresa do dia
Acostumado a surpreender em várias decisões, o ministro movimentou a manhã no Congresso Nacional e nos órgãos do Judiciário depois da divulgação do teor de conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em clima de despedida. Contudo, sua saída teve como surpresa apenas o dia escolhido, já que era dada como certa desde o início da semana entre os ministros do STF.

“Aguardávamos que fosse anunciada no início do recesso, no mais tardar. Não hoje exatamente, mas era esperada”, confirmou um dos ministros, acrescentando que o clima tenso existente na mais alta Corte do país passou a ficar mais apimentado depois da revogação da autorização para que os condenados na AP-470 a regime semiaberto pudessem trabalhar.

Barbosa teria comentado a intenção com pessoas próximas e vinha se queixando que estava sem estímulo para presidir as sessões até o final da gestão como presidente, que acaba em setembro. Porém o que teria levado à antecipação foram as críticas cada vez mais fortes à sua conduta por parte dos próprios colegas (só Marco Aurélio defendeu a decisão de revogar a autorização de trabalho na AP-470) e associações de magistrados e advogados.

Outra versão é de que o ministro teria analisado o momento como o mais propício para a saída. “Deixando o STF, agora ele fica como vítima. Muitas pessoas vão dizer que foi um herói que lutou para prender os corruptos e saiu porque não conseguiu. Ele sabe jogar muito bem para a plateia e calculou o período como ideal”, enfatizou um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para quem as próximas eleições devem contar com a participação de Barbosa não como candidato, mas dando declarações e apoio a algum dos presidenciáveis – a mesma visão defendida por um colega de STF.

'Saída precoce'

No Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde estão vários dos principais assessores de Joaquim Barbosa, que também é presidente do órgão, o clima era de novidade. Muitos conselheiros chegaram até a ligar para os gabinetes e a secretaria geral para perguntar se era verdade. “Não esperávamos. Foi uma saída precoce, em razão dos trabalhos que estão sendo realizados, mas esperamos dar continuidade aos projetos”, destacou o conselheiro Gilberto Valente Martins.

Criado para ser o órgão de controle do Judiciário brasileiro, o CNJ viveu momentos de divisão durante a presidência de Barbosa. Um dos principais motivos disso diz respeito ao programa de mutirões carcerários, que acompanha a execução criminal no país, as decisões dos juízes e percorre os presídios para ver como são cumpridas as sentenças.

A decisão do ministro a respeito do trabalho para os condenados ao regime semiaberto e a interpretação que deu à Lei de Execução Penal, principalmente no caso do ex-ministro José Dirceu, foi totalmente contrária ao que vinha sendo defendido pelo conselho desde a sua existência e causou desconforto entre conselheiros e juízes auxiliares.

Terceira renúncia
Joaquim Barbosa, com o anúncio, passa a registrar, assim, a terceira renúncia a um cargo público. Inicialmente, em 2003, renunciou ao Ministério Público Federal para ser empossado como ministro do STF. Em 2009, renunciou ao cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em razão de problemas de saúde. “Parece ser mais uma característica de sua personalidade turbulenta”, comentou um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ao longo da passagem pelo STF, o ministro colecionou desafetos. Chamou, durante uma briga no cafezinho, o então colega Eros Grau, hoje aposentado, de “velho caquético”. Também disse ao ministro Gilmar Mendes, quando presidente do tribunal, para “ir às ruas e ver o que o povo estava achando”, depois de afirmar que ao falar com o plenário, Mendes não estava falando “com seus capangas do Mato Grosso”.

Por fim, travou sérios embates com o ministro Ricardo Lewandowski, que o sucederá na presidência, durante a AP-470, muitas vezes com atitudes que levaram outros ministros a defenderem Ricardo Lewandowski.

Num dos casos mais conhecidos, acusou o colegiado de fazer chicana durante o julgamento dos embargos infringentes à AP 470 (que no jargão jurídico significa tentar atrasar o julgamento). Além disso, destratou jornalistas e chegou a mandar um repórter “chafurdar no lixo” as informações que queria.

A atuação de Joaquim Barbosa foi tão combatida que levou o ministro Cesar Peluzo, que tinha por hábito repetir a frase de que um magistrado deveria limitar-se a falar apenas pelos autos a quebrar a própria regra e, durante a última entrevista antes da aposentadoria, em 2012, declarar que ele não se sairia bem como presidente do tribunal por ser “um recalcado”.

Nesta manhã, a maioria dos críticos de Barbosa preferiu o silêncio. Nos ministérios e em alguns gabinetes dos tribunais superiores, no entanto, a saída foi comemorada com uma frase repetida inúmeras vezes ao longo do dia: “que venha a era Lewandowski”, em referência à postura e ao temperamento diferente do ministro que o substituirá.

Saída de Barbosa debilita a oposição

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


São variadas e sobremaneira importantes as implicações políticas resultantes da recém-anunciada renúncia do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, aos 11 anos que lhe restam de mandato como ministro daquela Corte. E, mais do que isso, aos seis meses que lhe restam como seu presidente.

Em primeiro lugar, a mídia, o PSDB, o DEM, o PPS, o PSB e o PSOL perdem uma verdadeira fábrica de factoides políticos contra o PT; por outro lado, o PT e o governo Dilma se livram daquele que proveu seus adversários com a manutenção do mensalão nas manchetes e que liderou a bancada oposicionista na Suprema Corte de Justiça.

Em segundo lugar, cai a principal barreira à investigação de fatos nebulosos envolvendo a Ação Penal 470, como no caso do inquérito 2474, que, durante anos, Barbosa manteve em segredo de Justiça.

Apelidado de “gavetão”, o inquérito 2474 correu paralelamente ao inquérito 2245, que deu origem à ação penal do mensalão. Barbosa manteve engavetados os 100 volumes do 2474, que contém documentos que poderiam ter inocentado parte dos réus do mensalão. Vários investigados pelo 2474 pediram acesso ao inquérito para elaborarem suas defesas, mas Barbosa sempre negou, contrariando normas do próprio STF.

Em terceiro lugar, os políticos condenados pelo julgamento do mensalão – com destaque para José Dirceu e José Genoíno, os alvos 1 e 2 de Barbosa e seus aliados políticos de oposição ao governo Dilma – deixam de ter um carcereiro que, desde o fim do ano passado, dedica-se a torturá-los, buscando, de todas as formas, endurecer suas penas, negando-lhes direitos e provendo a mídia com elementos para fustigá-los dentro da prisão.

Com a saída de Barbosa, deve se tornar inócua a resolução 514 – de autoria do presidente do STF –, que, pela primeira vez na história, delegou àquela Corte a execução penal de condenados pela Justiça. Com isso, Dirceu, Genoíno e Delúbio Soares devem conseguir direitos que lhes estavam sendo negados, como o de trabalharem fora da prisão, em consonância com o regime semiaberto.

Em quarto lugar, o STF passa a ter um presidente que deixará de ser um estafeta de partidos políticos e que deixará de usar o principal poder desse cargo – o poder de estabelecer a pauta da Corte – para favorecer aliados e prejudicar desafetos; Ricardo Lewandowski assumirá já cargo que só deveria assumir em novembro.

Em quinto lugar, a presidente Dilma Rousseff poderá – espera-se – nomear mais um ministro do STF que dissentirá do grupo político, antes majoritário, que permitiu à Corte transformar-se em marionete da mídia e da oposição. Com essa nomeação, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello – o núcleo duro do tucanato no STF – ficarão em débil minoria.

Em sexto lugar, com um STF tão diferente, torna-se bastante provável que o julgamento do mensalão possa ser revisto no que diz respeito ao núcleo político inventado por Barbosa para que pudesse se converter no primeiro pop star do Judiciário em mais de um século de vida republicana.

As chances de uma revisão criminal para os réus do núcleo político aumentaram muito.

Visando exclusivamente seus interesses políticos, Barbosa deixou a oposição e a mídia com a brocha na mão em pleno ano eleitoral. Impérios de mídia, partidos de centro-direita e de extrema-esquerda deixaram de ter uma verdadeira arma eleitoral que, ao longo da campanha eleitoral, iria prover-lhes seguidos factoides para serem usados na propaganda política.

Para concluir esta análise, pode-se dizer que as eleições deste ano serão bem diferentes do que poderiam ser se a Presidência do STF continuasse nas mãos de um ególatra que se dispôs ao papel de capanga de partidos políticos e de impérios de mídia.

Pode-se dizer, portanto, que Barbosa traiu àqueles que o ajudaram a construir a imagem que certamente usará na previsível carreira política que abraçará. Não parece demais dizer que traiu seus aliados políticos. É o que dá apostar alto em aventureiros, pois traição é a principal característica desse tipo de gente.


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Abaixo a Ellus, abaixo o trabalho escravo, abaixo os vira-latas das passarelas e da ‘moda’ atrasada

Do Blog da Maria Frô

Marcelo Rubens Paiva escreveu um excelente texto denúncia sobre este acinte agressivo da Ellus, cujo desfile teve inspiração militar (saudades dos tempos da ditadura militar, Ellus?)
Uma empresa denunciada na Justiça pelo uso de trabalho escravo resolveu ‘protestar’ em suas camisetas, vendidas por módicos 100,00, para consumidores com complexo de colonizado desfilarem desinformação autodepreciativa pelos mundinhos fashion que essa gente frequenta.
Será que todo consumidor com complexo de vira-latas que está usando uma camiseta pela qual desembolsou 100 reais sabe que a peça foi produzida por trabalho análogo à escravidão?
O que exatamente esta gente superficial, consumista e exibicionista faz para o bem do país?
Onde será que estarão Cauã Reymond, os gerentes da Ellus e os coxinhas da moda durante a copa? Trabalhando para melhorar o Brasil ou em suas festinhas vips depois de cada jogo?
Vamos entrar na onda do #protestoEllus: exigimos celeridade da Justiça para julgar a Ellus pela denúncia feita pela procuradora Carolina Vieira Mercante em 2012, que instaurou um inquérito civil e convocou representantes da Etiqueta Ellus através da portaria 1083/2012. O Processo corre na 2ª Região do Ministério de Trabalho, vamos acompanhar e pressionar a Justiça.
Vamos exigir que a Ellus vá para um país adiantado e deixe de explorar os trabalhadores brasileiros. Que os coxinhas vira-latas importem suas camisetas sem noção.
Vamos exigir que os Cauãs Raimundos, os Ronaldos da vida não apareçam nos estádios durante a Copa, afinal o ‘Brasil atrasado’ está sediando o campeonato.
Vamos exigir que modelos e consumidores desta marca desrespeitosa e fora da lei sejam menos exibicionistas, passem a ler mais e falar menos bobagem por meio de seus corpos sarados de mentes vazias.
2014/05/25/abaixo-a-ellus-abaixo-o-trabalho-escravo-abaixo-os-vira-latas-das-passarelas-e-da-moda-atrasada/

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Com R$ 5 milhões mensais, Galvão Bueno é o maior salário da Globo

 

AO PESSOAL QUE FICA INDIGNADO COM FAMÍLIAS NA MISÉRIA RECEBENDO AJUDA DE R$ 70 REAIS...



Do blog do Leo Dias


A coluna descobriu quem é e quanto ganha o mais afortunado contratado da TV Globo: ele é ninguém menos do que Galvão Bueno — a voz oficial do Brasil na Copa do Mundo — e recebe, por mês, R$ 5 milhões. O narrador esportivo ganha quase o dobro de Fausto Silva, o segundo colocado no ranking de maiores salários da emissora. E, caro leitor, estamos falando só do salário.
Foto: Rede Globo/João Miguel Jr
Foto: Rede Globo/João Miguel Jr
O contracheque de Galvão aumenta consideravelmente quando ele empresta sua credibilidade a algum anunciante. O locutor apareceu pela primeira vez na Globo em 1981, durante a narração da partida entre o Flamengo e um clube da Bolívia pela Libertadores da América. Em 1992, deixou a emissora para ir para a CNT. Um ano mais tarde, em 1993, voltou à Globo com o salário na estratosfera.
http://blogs.odia.ig.com.br/leodias/2014/05/27/com-r-5-milhoes-mensais-galvao-bueno-e-o-maior-salario-da-globo/

terça-feira, 27 de maio de 2014

Eleições Europeias - Direita! Volver!



Do site Uma Página Numa Rede Social

Na França, a Extrema-Direita foi a grande vencedora das eleições europeias. O Secretário Geral honorário da Frente Nacional – o partido vencedor – disse, há poucos dias atrás, que o vírus do Ébola resolveria o problema da imigração na França em três meses. O mesmo sujeito disse que as câmaras de gás na II Guerra Mundial foram apenas um pequeno detalhe do regime nazi.
Na Alemanha, o NPD, Partido Nacional Democrático, também conseguiu lugares no Parlamento Europeu. Este partido neo-nazi defende que a Europa é um continente de pessoas brancas, quer expulsar os estrangeiros que vivem e trabalham na Alemanha, e levam para os seus comícios bandeiras proclamando a ideologia nazi do “Nacional Socialismo”.
Na Grécia, os ultra-nacionalistas da Aurora Dourada também conseguiram lugares no PE. O porta-voz do partido enverga, orgulhosamente, uma suástica tatuada no ombro, exclamou que o país tem de libertar-se da escumalha, referindo-se aos imigrantes na Grécia, e vários dirigentes do partido estão actualmente detidos, condenados por crimes de ódio. Foi o terceiro partido mais votado na Grécia.
Na Finlândia, o Finns foi um dos partidos que também assegurou lugares no PE. Este partido defende que só os verdadeiros finlandeses têm o direito a viver no país, quer expulsar os muçulmanos do território nacional e quer proibir a união de casais do mesmo sexo.
Na Dinamarca, o Partido do Povo Dinamarquês teve quase 27% dos votos e duplicou o seu número de eurodeputados. A fundadora do partido defende que a imigração na Dinamarca não é natural nem bem-vinda e alega que os imigrantes na Dinamarca só poluem o país com guerras de clãs, assassinatos e violações.
Na Holanda, o Partido da Liberdade, da Extrema-Direita, consegiu quatro lugares no PE. O líder do partido quer expulsar todos os muçulmanos do país e já tem tentado formar alianças com outros partidos ultra-nacionalistas de outros países, tentando promover leis europeias de maior controlo de fronteiras e restrição da livre-circulação de cidadãos europeus na Zona Euro.
O Jobbik, na Hugria, é um partido neo-nazi que defende que os judeus que vivem na Hungria devem estar sujeitos a um registo especial, que os sujeite a controlos regulares, pois consideram que os judeus constituem um risco para a segurança nacional. Vários dirigentes do partido também já referiram que gostariam de ver a raça cigana erradicada do planeta. Conseguiram 14,7% dos votos nestas eleições.
Na Áustria, o partido da Liberdade Austríaca aumentou a sua representação no PE para o dobro, conseguindo dois eurodeputados. Este partido, de ideologia ultra-nacionalista, defende que os estrangeiros na Áustria devem voltar para os seus países e que a Áustria não tem lugar para mais imigrantes.
Na Itália, os Lega Nord conseguiram 6% dos votos. Um dos seus eurodeputados disse que os negros são intelectualmente inferiores aos brancos.
Pela primeira vez, o Parlamento Europeu terá um bloco inteiro constituído por partidos da Extrema-Direita, ultra-nacionalistas, defensores da saída dos seus países da União Europeia.
O elemento comum a todos estes partidos é a ideologia fundamentada pelo preconceito racial e xenófobo. Agora, esses grupos têm uma representação europeia forte, que poderá ser decisiva durante os próximos anos, na aprovação e rejeição de muitas das leis que influenciarão a política dos Estados-Membro, incluindo Portugal.
A apatia em relação à política, que se traduziu em níveis massivos de abstenção por toda a Europa, abre espaço para estas dinâmicas eleitorais.
A todos os que se abstiveram, alegando que nenhum dos partidos do boletim de voto os representava, tenham o seguinte em mente: "democracia" não é escolher apenas o partido dos vossos sonhos, que irá realizar todas as políticas que vocês gostariam de ver realizadas. A democracia acontece quando a maioria escolhe o partido cujos valores que mais se aproximam dos valores que o eleitor gostaria de ver defendidos. Não estamos a escolher o partido perfeito, estamos a escolher o mal menor.
E o que acontece quando não nos damos ao trabalho de escolher um mal menor? Ganha o mal maior, como aquele representado pelos neo-nazis que, agora, passarão a influenciar a orientação política europeia.
Com quase 70% de abstenção em Portugal nestas eleições europeias, aqueles que ficam de braços cruzados, dizendo que votar nada irá resolver, têm mais é de abrir os olhos e ver o que está a acontecer à sua volta.

Exclusivo: O passado que o PSDB quer esconder (vídeo)

Lula ganha estátua de bronze ao lado da Casa Branca nos Estados Unidos




Carolina Martins, do R7, em Brasília
Lula é homenageado em exposição sobre os grandes homens das Américas e ganha busto ao lado da Casa Branca, nos EUAReprodução / Facebook
Uma estátua em bronze do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi instalada, nesta segunda-feira (26), no centro de Washington (EUA), próximo à Casa Branca – centro do poder nos Estados Unidos.
O busto de Lula faz parte de uma exposição, inaugurada nesta segunda, no National Mall – um grande jardim localizado ao lado do centro administrativo de Washington. A obra é do artista chinês Yuan Xikun, que faz uma homenagem aos que ele considera os dez grandes homens daa Américas.
Além da estátua de Lula, há representações do presidente assassinado dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, do líder político das guerras de independência da América Espanhola, Simon Bolívar, e do escritor colombiano Gabriel García Márquez, que morreu em abril.
De acordo com a assessoria do Instituto Lula, o ex-presidente foi convidado para participar da inauguração, mas não pôde comparecer porque tinha compromissos agendados que não poderiam ser remarcados.
O Instituto ainda não sabe dizer se Lula vai visitar a exposição.
Encontro com pré-candidatos
Lula se reuniu na tarde dessa segunda-feira em São Paulo com alguns dos pré-candidatos do PT. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), os ex-ministros Alexandre Padilha (SP), Fernando Pimentel (MG), e o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, participaram do encontro.
Todos eles pretendem se candidatar ao governo de seus respectivos Estados e conversaram sobre a situação política nas regiões.
Neste mês, o ex-presidente já se reuniu com o senador Lindberg Farias (PT-RJ), pré-candidato do PT no Rio de Janeiro, e com Rui Costa, pré-candidato do PT ao governo da Bahia.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Roberto Carlos elogia governo de Dilma Rousseff




É de  admirar sua fala hoje quando, claro, já não mais precisa da mídia, sua coragem em dizer o que ele realmente sente com respeito à presidente Dilma e a esquerda. É preciso ter olhos para ver e cabeça para entender o o mundo e o ser humano, quem se recusa a isto está condenado a ser apenas um serzinho como qualquer outro animal, e isto não é digno de um ser humano.

Assista também:
(tecle no título)

O vídeo da música que está irritando os coxinhas

as escritas acima no vídeo foram feitas, claro, por fãs de moro, aécio e bolsonaro e outros fascistas mais....


Leia também:
(tecle no título)

Alckmin usa dinheiro público para financiar ataques ao PT

JÔ SOARES VOLTA A DEFENDER A PRESIDENTE DILMA


PSDB vai ao TSE porque PT colocou mais negros na universidade


Em 2014 , Tiririca apresentou mais projetos do que Aécio








Não, não são apenas uns pedaços de pano costurados


bandeira
250 pessoas, segundo o Estadão; 300, segundo a Folha.
Do site Tijolaço


Resumida a isso, a manifestação “anti-Copa” partiu para uma exibição imbecil.
Queimar a bandeira brasileira.
Sem simplismos patrióticos de “ultraje à Pátria”, um ato de estupidez que mexe com algo que vai além, muito além, de um pano costurado ou da representação formal deste país.
Gente tão auto-suficiente em seus delírios autoritários que não consegue ver que, para este povo colonizado, dominado, saqueado, explorado e discriminado aquela é a única coisa que identifica, reúne, que faz a todos se sentirem parte de um todo.
O sentimento generoso da juventude não pode ser dominado por uma arrogância idiota daqueles que se acham os “portadores da verdade e da pureza”; e que não são capazes, em seu primarismo feroz, de entender a importância do sentimento democrático de que somos todos brasileiros.
Não há, no gesto de atear fogo à bandeira brasileira, o significado que, pelo mundo, tem as cenas comuns de incinerar a bandeira americana. Ali, não se estava ateando fogo à pátria americana, mas à ação daquele país sobre outros, oprimindo povos, derrubando ou estabelecendo governos, intervindo militarmente em outras terras.
Ou será que eu estou sendo generoso e o que fizeram traduz seu próprio sentimento de que o Brasil é um lixo para eles, “cosmopolitas” demais, embora não tenham capacidade de compreender ou de se  emocionar com tudo o que a cultura e a diversidade planetária já produziu em livros, pintura, arquitetura e tudo o que os homens são capazes de produzir somando suas próprias origens ao sentimento de mundo?
Não, meninos, não confundam Picasso com Picachu, dos pokemonscom que vocês brincavam até o ano passado.
Ao contrário do que vocês não pensam, a ideia de Nação é o traço de unidade de um povo e sua alavanca de ascensão.
Sem ela – e os nossos amigos do PT demoraram a compreender isso – o progresso passa a ser visto como mérito pessoal e não como processo coletivo.
O povo brasileiro, quando se entende como  Nação, rapazes,  tem uma força que vai muito além do que vocês imaginam ser, uma torcida de futebol.
E aquilo, por isso, não é só uma bandeirinha.
PS. Vi agora e recomendo a matéria do Viomundo sobre o leitor que “pagou geral” na loja de luxo de shopping por causa de camiseta “Abaixo este Brasil atrasado”. Atrasado que vende camiseta a 100 reais.