quarta-feira, 2 de abril de 2014

TARANTINO E A PODOLATRIA

ESPECIAL DJANGO LIVRE – TARANTINO E A PODOLATRIA

PUBLICADO EM 22/01/2013 / POR: LUCAS NASCIMENTO

Uma característica presente em quase todos os filmes do diretor Quentin Tarantino é a podolatria, um fetiche que este expressa visualmente ou textualmente.
O que é podolatria?
Podolatria (ou podofilia) é um tipo particular de parafilia que tem desejo de pés. Em Portugal e no Brasil, um fetichista de pés é normalmente reconhecido pela expressão podólatra. São atos comuns que levam o podólatra a ter excitação e prazer sexual exclusivamente com o ato de ver, tocar com as mãos, lamber, cheirar, beijar ou massagear os pés de outra pessoa, entre muitos outros; muito raramente um fetichista pode ainda ter prazer quando os próprios pés são objeto dessas ações. Quando, porém, o culto aos pés é um elemento erótico da relação, fazendo parte das preliminares de uma relação sexual, por exemplo, é considerado apenas um fetiche.
-Wikipedia
Podolatria em seus filmes
Pulp Fiction
Logo no primeiro diálogo entre Vincent Vega e Jules Winfeld, os dois comentam que um homem teria sido morto apenas por massagear os pés da esposa do mafioso Marcellus Wallace. Em um tom muito bem humorado, eles comparam se tocar os pés
seria o equivalente a “meter a língua naquele santo lugar”. A amostra visual surge com a Mia Wallace de Uma Thurman, que passa 80% de seu tempo em cena descalça.
Kill Bill
No primeiro volume de Kill Bill, o diretor dedica uma considerável quantidade de tempo em closes dos pés de Uma Thurman, na cena em que esta vai recuperando seus movimentos após o coma.
À Prova de Morte
Aproveitando que À Prova de Morte era sua homenagem às Grindhouses oitentistas (onde reinavam o trash e exploitation), Tarantino traz grande parte do elenco feminino em cenas em que estejam descalças. Vale notar que os créditos de abertura do longa são, justamente, um par de pés encostados no pára-brisa de um carro em movimento.
Bastardos Inglórios
Em uma das melhores cenas de seu épico de Segunda Guerra, o diretor não só satisfaz seu fetiche, como também homenageia uma das mais famosas cenas do conto de fadas da Cinderela. Aqui, o Coronel Hans Landa descobre que a atriz alemã Bridget von Hammersmark é uma espiã americana conferindo se seu pé serviria em um salto encontrado anteriormente.
Django Livre
Com apenas uma visita ao faroeste de Tarantino, notei apenas dois exemplos de sua podolatria: os escravos que caminham descalços na abertura e um sutil travelling que revela Kerry Washington deitada na cama, sem sapatos. Se comparado com os exemplos anteriores, seu “fetiche” aqui é bem mais contido e menos chamativo.
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