quinta-feira, 23 de maio de 2013

Rachel Sheherazade é a Silas Malafaia de saia?

Do Blog Pragmatismo político


RACHEL SHEHERAZADE FAZ COMENTÁRIO SOBRE ESTADO LAICO E PROMOVE ESPETÁCULO DE PÉROLAS. AS AULAS DE HISTÓRIA PASSARAM LONGE DA APRESENTADORA

A apresentadora evangélica Rachel Sheherazade (foto), do SBT Brasil, acusou na última semana os defensores do Estado laico de “intolerantes” por “voltarem sua ira contra a minúscula citação ['Deus seja louvado'] nas notas do real”.
rachel sheherazade estado laico
As aulas de história passaram bem longe de Rachel Sheherazade. (Foto: Reprodução / SBT Brasil)
Para ela, os laicistas estão perseguindo o cristianismo, porque querem acabar com o ensino religioso e tirar o crucifixo das repartições públicas.
A apresentadora disse que os defensores do Estado laico são ingratos para com o cristianismo, que, segundo ela, é o responsável por princípios como liberdade, honestidade, respeito e justiça.
Que a apresentadora Rachel Sheherazade metida a Boris Casoy é péssima, isso já é sabido. Os comentários dela são, em sua gigantesca maioria, infelizes, sem nenhum conteúdo ou profundidade.
E agora está se mostrando uma Malafaia de saia!
Primeiro, é mentira que “laicistas” (como se fosse um grupo formado) perseguem o cristianismo. Não há uma única evidência disso. Ela alega isso para se fazer falsamente de vítima. Pura tática fundada na falácia ad terrorem. Se foi o Cristianismo que pariu a noção de igualdade social, então ela vai ter que explicar por que a Revolução Francesa não partiu de iniciativa cristã, muito pelo contrário, sendo inspirada por obras seculares como a Encyclopédie, a primeira enciclopédia do mundo, organizada pelos ateus Diderot e D’Alembert.
Segundo, as aulas de história passaram longe dela. Mas bem longe mesmo! O cristianismo não deu base nenhuma de respeito, liberdade, honestidade e justiça.
Durante a idade média, era justamente o contrário que acontecia na maioria das vezes. A separação entre Estado e religião quem deu base para a maioria das liberdades, inclusive de jornalismo e profissão – que ela exerce.
Fosse a “liberdade” cristã, ela teria que pedir permissão ao marido para exercer a profissão dela, pois seria considerada incapaz pela lei civil (como vigorou até depois da metade do século passado).
Na escola ninguém aprende o mínimo sobre laicidade, Rachel Sheherazade é só mais um dos sinais da pobreza da educação nessa área. Fica a pergunta: se é desimportante a frase no dinheiro, por que tanto barulho sobre a tentativa constitucionalmente correta de retirá-la?
Por que o procurador CATÓLICO que propôs a retirada da frase foi ameaçado de morte? Temos uma turba de teocratas que querem empurrar seu cristianismo goela abaixo em todos neste país, e esse autoritarismo começa justamente em coisas pequenas como frases no dinheiro e crucifixos em tribunais.
É a segunda vez que a jornalista, nessa mescla de jornalismo amador brasileiro entre notícia e opinião, perde totalmente a noção do que fala quando se trata de convivência do Cristianismo com outras crenças no Brasil. Outra ocasião em que ela fez isso foi quando os tribunais gaúchos corretamente retiraram crucifixos de suas dependências.
Terceiro, se isso fosse verdade, ela teria aprendido, como cristã, a respeitar a laicidade do Estado, por justamente ser corolário das liberdades religiosas. E ela não respeita!
Quarto que não precisa de emenda para retirar da expressão “deus” do preâmbulo da Constituição. Falou, mais uma vez, algo que não sabe. O preâmbulo não faz parte do corpo constitucional, portanto, não é passível de ser emendado.
Quinto que o Procurador está fazendo coisa bem mais útil que ela! Ele não está aplaudindo atos ilegais e inconstitucionais praticados pelo Sarney como a apresentadora fez!
Assista abaixo ao vídeo com o comentário de Rachel Sheherazade:
Sexto que ela quem não deve ter nada para fazer. Por que perder tempo dando opinião – tola – sobre o escrito? A resposta é simples: porque ela tem enorme interesse pessoal na manutenção da inscrição.
E pelo amor de Iemanjá, parem com esse negócio de inventar que “Deus” é uma expressão neutra de todas as religiões. Budistas não acreditam em nenhum deus, perguntem à Monja Coen.

4 comentários:

  1. RACHEL SHEHERAZADE FAZ COMENTÁRIO SOBRE ESTADO LAICO E PROMOVE ESPETÁCULO DE PÉROLAS. AS AULAS DE HISTÓRIA PASSARAM LONGE DA APRESENTADORA

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  2. Bonitinha ela é. Poderia ganhar a vida honestamente...

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  3. Prezado Carlos Maia,

    Volta e meia leio esta afirmação, até de pessoas que reputo inteligentes e de boa-fé, segundo a qual a religião budista seria atéia, não acreditaria em deuses e coisas tais. O que me ocorre é que os líderes budistas, oportunisticamente pretendendo “surfar” no materialismo histórico de nossa época, pretendendo quiçá ganhar para sua religião toda uma parcela da população que se desencantou com os deuses primitivos apresentados pelas outras religiões (Jesus Cristo, Iavé, Alah, deuses afro-brasileiros, etc.), pretendem dizer que no budismo não há deuses. Mas espera aí...Quem foi Buda?
    Segundo o Zend-Avesta (antiquíssimo livro religioso hindu, com cerca de 5.000 anos!) Brahma, o Ser Eterno, criou o céu e a terra, o sol a lua, as estrelas, tudo em seis períodos, aparecendo o homem por último, descansando no sétimo dia. Criou também deuses secundários, os anjos, dirigidos por Mossura, os quais posteriormente rebelar-se-iam contra Brahma. Veio então Shiva, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, e arrojou-os ao inferno.
    Como o primeiro casal de humanos, Adima e Heva, desrespeitaram as proibições de Brahma, este expulsou-os do paraíso, condenando-os a trabalhar para viver, mas mandaria seu filho Vishnu, que se encarnando em uma virgem, redimiria a humanidade, libertando-a definitivamente do pecado da desobediência.
    Vishnu reencarnou nove vezes para sofrer pelos pecados dos homens. No quinto avatar foi Mazda; no sétimo Rama, no oitavo Krishna e no nono, Buda.
    O nascimento de Buda foi revelado em sonhos à sua mãe. Nasceu em um palácio, sendo filho de um príncipe hindu. Ao nascer, uma luz maravilhosa teria iluminado o mundo. Os cegos enxergaram, os surdos ouviram, os mudos falaram, os paralíticos andaram, os presos foram soltos e uma brisa agradável correu pelo mundo. A terra deu mais frutos, as flores ganharam mais cores e fragrância, levando ao céu um inebriante perfume. Espíritos protetores vigiaram o palácio, para que nada de mal acontecesse á mãe. Buda, logo ao nascer, pôs-se de pé maravilhando os presentes.
    Uma estrela brilhante, teria surgido no céu no dia do seu nascimento (seria a mesma que guiou os reis magos?). Nasceu também, nesse mesmo dia, a árvore de Bó a cuja sombra o menino deus descansaria. Entre os que foram ver Buda, estava um velho, que como Semeão, recebeu o dom da profecia. Sua tristeza seria não poder assistir à glória de Buda, devido ser muito velho.
    Buda teria maravilhado os doutores da lei com a sua sabedoria (como o menino Jesus no meio dos doutores). Com poucos anos de idade, teria começado sua pregação.
    Teria ficado durante 49 dias sob árvore de Bó, e sido tentado várias vezes pelo demônio. Pregando em Benares convertera muita gente. O mais célebre de seus discursos recebeu o nome de "Sermão da Montanha" (acho que dispensa comentários!).
    Após sua morte apareceria também aos seus discípulos, trazendo a cabeça aureolada (igualzinho à ressureição de Jesus Cristo). Davadatta traí-lo-ia do mesmo modo que Judas a Jesus. Nada tendo escrito, os seus discípulos recolheriam os seus ensinamentos orais. Buda também tivera os seus discípulos prediletos, e seria um revoltado contra o poder abusivo dos sacerdotes bramânicos (como Jesus Cristo!). Mais tarde, o budismo ficaria dividido em muitas seitas, como o cristianismo, todas entretanto acreditando na mesma lenda, esperando a chegada de Kalki (a décima e última encarnação), representado por um espadachim montado num cavalo (cavaleiros do apocalipse?).
    Você acha mesmo que não há deuses no budismo? Então quem seria Buda que não um ser tão fantástico e inverossímil quanto Jesus Cristo?

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  4. Essa Raquel cheira a saco.

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