Chu En Lai: Eliminar Resolutamente do Partido toda Ideologia não Proletária(1)

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Décimo, passividade no trabalho. Muitos camaradas vacilam em suas convicções, e quando não encontram saída no âmbito político, ou veem disputas no seio do Partido causadas por conflitos pessoais, ou tropeçam com dissensões criadas por fracionistas com sua prática politiqueira, se decepcionam e não querem trabalhar ativamente. Isso é, de qualquer forma, um tipo de pessimismo pequeno burguês. Na realidade, a revolução se desenvolve a cada dia que passa. Sempre que nos adentramos nas massas para compreender seus sentimentos, saberemos nos orientar por um caminho positivo. Em relação ao nosso Partido, que é já um partido com caráter de massas, com tal que todos os camaradas estejam unidos em uma luta resoluta, será absolutamente impossível que um punhado de canalhas obtenham êxito em soterrar nossa organização. A passividade constitui nada mais do que uma tendência à degeneração.

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Zhou Enlai

11 de Novembro de 1928


Fonte: Obras Escogidas de Zhou Enla Tomo I EDICIONES EN LENGUAS EXTRANJERAS1981.
Tradução: Igor N. Dias
HTML:
 Fernando A. S. Araújo.
Direitos de Reprodução: Licença Creative Commons licenciado sob uma Licença Creative Commons.


Camaradas, é certo que muitas das ideias incorretas a respeito da linha política do Partido são reflexo das circunstâncias objetivas, mas não é menos que uma das causas mais importantes de sua existência consiste em que as organizações do Partido não se bolchevizaram ainda, e que são notadas no Partido numerosas manifestações da ideologia não proletária. Como o Partido Comunista da China foi fundado depois do Movimento de 4 de Maio(2), em um momento em que não existia nenhum outro partido político revolucionário, sendo o Kuomintang simplesmente um bloco de burocratas e politiqueiros, entraram em nosso Partido numerosos elementos radicais da pequena burguesia, mesmo elementos burgueses. E sobre todo o período da cooperação entre o Kuomintang e o Partido Comunista, ingressaram nas fileiras deste último uma grande massa de elementos pequeno burgueses. Em consequência, nada mais para alterar a situação da revolução, muitos membros do Partido vacilaram e tomaram uma atitude passiva, traíram abertamente o Partido entregando-se ao inimigo e vendendo aqueles que haviam sido seus camaradas. Após a Reunião de 7 de Agosto(3) se formulou o lema de “renovar o Partido”, sob a qual foram expulsos do Partido decididamente todos os elementos vacilantes e reestruturaram os órgãos dirigentes, o que permitiu reforçar, de forma paulatina, a posição da ideologia proletária no seio do Partido. Mas, até hoje, as organizações do Partido carecem de uma sólida base proletária e se notam nelas ainda muitas manifestações da ideologia pequeno burguesa. Particularmente, devido a que, na composição de classe do Partido, os militantes de origem camponesa representam pelo menos 75%, é oferecido um terreno adubado para uma ampla difusão da ideologia pequeno burguesa. Com a finalidade de realizar a bolchevização do Partido, é necessário, antes de tudo, fortalecer sua base proletária e, ao mesmo tempo, continuar renovando suas organizações e combater com maior firmeza a ideologia pequeno burguesa.  Por conseguinte, logo depois de examinar nossa linha política, devemos fazer uma minuciosa revisão dos erros relacionados com os conceitos de organização.
Primeiro, tendência ao ultrademocratismo. Antes, no organizativo existia uma forma de “patriarcalismo” caracterizada pela obediência mecânica dos militantes de nossas fileiras às ordens ditadas pelos organismos dirigentes do Partido e das organizações inferiores às superiores, e pela ausência de toda vivacidade no interior do Partido. Agora, como chegou o momento de renovação do Partido, muitos lugares passaram para o ultrademocratismo. Há membros do Partido que se permitem não cumprir com as decisões deste. As células do Partido não tomam qualquer atitude em exigir explicações aos órgãos superiores do Partido quando estes emitem tal ou qual circular sem submetê-la previamente para a sua aprovação. Há, além disso, militantes que acham que tem o direito de atuar em livre arbítrio, sem qualquer autorização do Partido. Tais ideias ultraliberais pequeno burguesas podem significar a desintegração da organização do Partido e mesmo sua destruição total. Deixa-se sentir também um conceito incorreto do que é igualdade. Por exemplo, no que se refere aos gastos financeiros, se exige uma distribuição rigidamente igualitária sem ter em conta as circunstâncias e a distinta importância do trabalho. Isso reflete ainda mais nitidamente a ideia de propriedade igualitária, própria da mentalidade camponesa, ideia que devemos eliminar com singular rigor.
Segundo, má compreensão da luta contra o oportunismo. Lutar contra o oportunismo supõe principalmente eliminar as linhas oportunistas tanto no campo político como no organizativo, mas alguns camaradas tendem a lançar ataques pessoais, afrouxando assim a crítica das concepções oportunistas. Como se o oportunismo pudesse ser eliminado apenas levando abaixo a uns poucos indivíduos. Ignoram que o oportunismo tem raízes muito profundas e que não será erradicado através da expulsão de alguns indivíduos. Claro, o Partido não tem outra alternativa a não ser expulsar todos aqueles elementos incorrigíveis com sistemáticas ideias oportunistas, pois apenas assim pode fortalecer-se a si mesmo. Mas, depois de tudo, o principal reside em criticar todas as concepções oportunistas e assegurar que todos os camaradas do Partido tenham uma clara compreensão a respeito. Só então é possível canalizar a linha política do Partido pelo caminho correto. Em quanto a prática de aproveitar-se de algum defeito de outro para exagerá-lo por simples rancor pessoal, é sem dúvidas uma politicagem, algo absolutamente incompatível com um partido proletário.
Terceiro, querelas pessoais. A luta contra o oportunismo e o putchismo é, antes de tudo, sumamente importante no campo político, mas uma vez que a luta política se volta exclusivamente contra um ou outro, surgem certamente disputas pessoais inacabadas. Atacar outra pessoa, ou rejeitar uma crítica por parte dela, ou especular sobre suas razões somente por conta de rixas pessoais, sem examinar seu trabalho e suas posições do ponto de vista do Partido, criarão uma interminável rixa dentro deste, e isto é uma das piores manifestações da ideologia pequeno burguesa.
Quarto, tendência de fracionismo. No presente momento, as numerosas manifestações de fracionismo no Partido são produto de “amiguismo” ou fidelidades de clã. Uns poucos indivíduos com pretensões de chefia e desejosos de altas posições pessoais abraçam o fracionismo para atacar a outros de cargo igual ou superior; daí o transbordamento de toda classe de práticas desprezíveis e sujas, típicas de politiqueiros e burocratas burgueses. Esta é a mais repugnante tendência que minava o Partido.
Quinto, distanciamento entre trabalhadores e intelectuais. É extremamente errôneo converter a luta contra o oportunismo em uma batalha contra os intelectuais. É certo que destes muitos se mostram vacilantes, mas são também numerosos os que combatem desde a posição do proletariado, enquanto que entre o proletariado existe também um bom número de sujeitos que encontram-se distantes da ideologia proletária e encontram-se infectados pela ideologia pequeno burguesa. Muitos camaradas, ignorantes disto, deixam de lado a luta contra a ideologia pequeno burguesa para lançar ataques exclusivamente contra os indivíduos de origem pequeno burguesa, criando assim um distanciamento entre os trabalhadores e os intelectuais e incrementando as disputas dentro do Partido. Isso reflete também a ideologia essencialmente pequeno burguesa.
Sexto, ceticismo sobre a linha de renovação do Partido. Se nota que há pouco entusiasmo por admitir novos ativistas, especialmente os que provém da classe operária. Persistem velhos conceitos de organização que mantém o Partido sempre sob uma forma de “patriarcalismo” de ordem e nomeação. Na designação de tarefas, se confia unicamente em umas poucas pessoas com quem um está pessoalmente familiarizado e não nos novos ativistas que surgiram da base, especialmente os camaradas operários. Isto conduzirá a uma crescente degeneração do organismo do Partido, a sua carência perene de vitalidade e a sua perpétua impotência para acabar com toda ideologia pequeno burguesa.
Sétimo, formalismo na renovação do Partido. A admissão de operários e camponeses é um método importante para a renovação do Partido. Mas, ao aplicá-lo, muitos organismos do Partido incorrem no formalismo. Se contentam com incorporar mecanicamente uma porcentagem de operários nos órgãos dirigentes. Por acaso isso não resulta em que as coisas sigam sendo monopolizadas pelas mesmas pessoas de antes, ou seja, os intelectuais? Mesmo que tenham ocorridos casos tão absurdos como os de ditadura do secretário em chefia. Este modo de admitir operários e camponeses não possui qualquer sentido.
Oitavo, mentalidade mercenária para a revolução. O partido necessita apenas de um pequeno número de revolucionários profissionais em função de seus assuntos cotidianos. E os membros do Partido que trabalham entre as massas devem prestar serviços ao Partido sem abandonar suas atividades na sociedade, e só assim poderão adentrar-se nas massas. Entretanto, alguns camaradas mantém uma mentalidade mercenária para com o trabalho. Exigem um pagamento pelo trabalho que efetuam, e não fazem nada se não lhes pagam. Existem quadros de células que também pedem subsídios em busca de uma igual partilha de lucros. Isto é um gravíssimo erro.
Nono, atitude de tomar o Partido como se fosse uma instituição de beneficência. Muitos camaradas encontrando-se na miséria por estarem desempregados e não tem a quem recorrer, apelam ao Partido para que este lhes solucione seus problemas de subsistência. Não compreendem que o Partido não é uma instituição de beneficência e que seu trabalho se realiza principalmente entre as massas e não em seus organismos dirigentes. É absolutamente impossível que cada um tenha atribuído um trabalho nesses organismos. E o que é mais, se os camaradas que não estão em atividade na sociedade não fazem esforços para encontrá-la, ao mesmo tempo em que outros vão abandonando a sua, o Partido se encontrará separado das massas e, em tal caso, como poderá organizar e dirigir estas?
Décimo, passividade no trabalho. Muitos camaradas vacilam em suas convicções, e quando não encontram saída no âmbito político, ou veem disputas no seio do Partido causadas por conflitos pessoais, ou tropeçam com dissensões criadas por fracionistas com sua prática politiqueira, se decepcionam e não querem trabalhar ativamente. Isso é, de qualquer forma, um tipo de pessimismo pequeno burguês. Na realidade, a revolução se desenvolve a cada dia que passa. Sempre que nos adentramos nas massas para compreender seus sentimentos, saberemos nos orientar por um caminho positivo. Em relação ao nosso Partido, que é já um partido com caráter de massas, com tal que todos os camaradas estejam unidos em uma luta resoluta, será absolutamente impossível que um punhado de canalhas obtenham êxito em soterrar nossa organização. A passividade constitui nada mais do que uma tendência à degeneração.
Camaradas, a mencionada ideologia pequeno burguesa prejudica efetivamente, a cada instante, a organização do Partido e entrava seu trabalho. Todos os camaradas devem levar a cabo decididamente uma luta pela sua completa eliminação de nossas fileiras.
Por conta do VI Congresso Nacional do Partido(4), o Comitê Central aplicará com firmeza as resoluções do Congresso, continuará combatendo energicamente as tendências erradas tais como o oportunismo e o putchismo e, também, se esforçará para erradicar do Partido todas as manifestações da ideologia pequeno burguesa. No que se refere as disputas no seio do Partido, o Comitê Central se opõe ao método conciliatório de remendos e paliativos e se propõe eliminar decididamente toda ideologia não proletária. Só assim se pode assegurar a unidade de todos os camaradas do Partido na luta conjunta dentro do espírito bolchevique.
Camaradas, o Comitê Central está decidido a continuar renovando a organização do Partido. Combaterá sem misericórdia a tendência de certos camaradas a entregarem-se a disputas pessoais, seja longa ou curta sua militância e bom ou ruim o trabalho que tem realizado. Não permitirá em absoluto que subsista em nosso Partido proletário a mínima manifestação da ideologia pequeno burguesa. O Comitê Central exige que todos os camaradas do Partido tomem para si esta tarefa, lutem unidos e levem a cabo a bolchevização do Partido.
O Comitê Central destaca os seguintes pontos como linha de conduta para todos os camaradas do Partido em sua luta unida.
Primeiro, fortalecer a base proletária do Partido. O fortalecimento da ideologia proletária no Partido pressupõe, antes de tudo, expandir sua base organizativa proletária. Na atualidade, o caminho principal que conduzirá a bolchevização do Partido passa a adentrar-se nos trabalhadores industriais, estabelecer células bem fortes nas fábricas, aumentar a porcentagem de operários na militância, reforçar preferentemente as organizações do Partido nas zonas industriais de todo o país e dar um novo vigor ao Partido.
Segundo, fomentar discussões políticas no seio do Partido e elevar seu nível político. Os organismos dirigentes do Partido em diversos níveis devem efetuar, na medida do possível, discussões sobre todas as questões políticas do Partido e encorajar os camaradas a expressar plenamente suas opiniões sobre os temas políticos. Ao mesmo tempo, devemos intensificar a educação política no Partido e elevar seu nível teórico. Este é um meio positivo e correto para eliminar a ideologia pequeno burguesa.
Terceiro, ajudar os membros do Partido a buscar um emprego. Os camaradas desempregados devem encontrar um emprego em todos os meios que forem possíveis. Os organismos dirigentes do Partido devem ajuda-los neste sentido. Os que não possuem qualquer habilidade profissional devem aprender e esforçarem-se em particular para entrarem em fábricas como operários. Os camaradas devem ajudar-se mutuamente para encontrar postos de trabalho. Devemos fazer com que os membros do Partido não dependam deste para sua subsistência, que sejam capazes de adentrar-se nas massas e estender a influência do Partido entre elas e que, ao mesmo tempo, possam transmitir suas opiniões ao Partido de forma correta para que este seja um autêntico partido de massas.
Quarto, melhorar a vida na célula. Somente as células do Partido estão em condições de penetrar no seio das massas para efetuar a agitação e propaganda políticas e organizar estas. Somente elas podem dirigir de forma flexível as lutas diárias. Se os organismos superiores do Partido se limitam a elaborar uns planos abstratos e expedir alguns documentos de propaganda sem que as células do Partido cumpram o papel que lhes correspondem, então o Partido nunca entrará em contato com as massas. Por vida em uma célula não se entende simplesmente realizar reuniões, escutar discursos políticos, pagar cotas para o Partido e só. O mais importante é a discussão dos problemas políticos e o trabalho de localidadeem questão. Trata-se de uma fábrica, um centro docente, um quartel militar, uma aldeia ou um bairro, cada lugar, por pequeno que seja, possui circunstâncias políticas que lhes são próprias e requerem métodos de trabalho que lhes correspondam. Devemos conhecer antes as circunstâncias reais se queremos aplicar corretamente as políticas do Partido. Esta é uma tarefa que envolve todas as células e todos os camaradas. Cumpri-la totalmente é uma condição indispensável para que as células se edifiquem no núcleo das massas e para que cada militante do Partido, seja o dirigente destas.

Notas de rodapé:
(1) Parte IV da “Carta a todos os camaradas” emitida pelo Comitê Central do PCCh com o propósito de levar a cabo as resoluções do VI Congresso Nacional do Partido. Esta parte foi redigida pelo camarada Zhou Enlai, então chefe do Departamento de Organização do CC do PCCh. (retornar ao texto)
(2) Em 1919, a Inglaterra, Estados Unidos, França, Japão, Itália e outros países vencedores na Primeira Guerra Mundial realizaram em Paris a Conferência de Paz com a Alemanha, da qual chegaram a um acordo de que deveria ser entregue ao Japão, todos os privilégios coloniais que a Alemanha havia arrebatado na província de Shandong da China antes da Guerra. A delegação enviada pelo governo dos caudilhos militares da China para a Conferência estava disposta a aceitar esta decisão. Em 4 de Maio, os estudantes de Pequim realizaram manifestações contra a injusta decisão do imperialismo e a conciliação do governo dos caudilhos militares. Este movimento estudantil encontrou espaço imediato em todo o povo chinês. Depois de 3 de Junho, se converteu em um movimento massivo anti-imperialista e antifeudal de amplitude nacional, que envolveu o proletariado, a pequena burguesia urbana e também, a burguesia nacional. (retornar ao texto)
(3) Reunião de emergência do Comitê Central do PCCh realizada em 7 de Agosto de 1927 em Hankou, com a presença de 21 pessoas, entre elas membros do Comitê Central e do Comitê de Controle. Na reunião, Qu Qiubai apresentou um informe intitulado “Orientação de Nosso Trabalho Futuro”. A reunião aprovou uma Carta a Todos os Militantes do Partido e resoluções sobre o movimento camponês, o movimento operário e o trabalho organizativo, e elegeu uma nova direção central. Em um momento crítico para a revolução chinesa, a reunião foi encerrada de forma resoluta ao capitulacionismo de Chen Duxiu, traçou a orientação geral da revolução agrária e luta armada contra a política genocida levada a cabo pelos reacionários do Kuomintang, e chamou o Partido e as massas populares a persistirem firmemente na luta revolucionária. Tudo isso foi correto e constituiu seu aspecto principal. Entretanto, ao combater a tendência direitista, o capitulacionismo, a reunião não compreendeu a necessidade de organizar contra-ataques acertados ou retiradas táticas indispensáveis segundo às circunstâncias dos diversos lugares e deu origem no organizativo a uma luta sectária excessiva no seio do Partido, abrindo caminho para o desvio de “esquerda”. (retornar ao texto)
(4) De 18 de Junho a 10 de Julho, o Partido Comunista realizou em Moscou seu VI Congresso Nacional. Neste Congresso, Qu Qiubai passou um informe intitulado “A revolução chinesa e o Partido Comunista”; Zhou Enlai fez um informe sobre o problema organizativo e outro sobre o militar, e Liu Bocheng apresentou um informe suplementar sobre o problema militar. Foram aprovados uma série de resoluções sobre os problemas político, militar e organizativo. O Congresso reafirmou que a sociedade chinesa era uma sociedade semicolonial e semifeudal e estabeleceu que a revolução chinesa daquela de então, seguia sendo uma revolução democrática e burguesa. Apontou que a situação política se encontrava então em um intervalo entre dois auges da revolução e que o desenvolvimento da revolução era desigual em zonas distintas. Destacou que a tarefa geral do Partido naquele momento não era lançar ataques nem organizar insurreições, mas conquistar as massas. Ao criticar o oportunismo de direita, destacou com uma ênfase particular que a tendência mais perigosa daquele período dentro do Partido era o putchismo, o aventureirismo militar e o autoritarismo, que nos divorciava das massas. No essencial, o Congresso teve resultados positivos, mas também demonstrou certos erros e defeitos. Não fez uma apreciação correta a respeito do duplo caráter das classes médias e as contradições internas das forças reacionárias, nem soube traçar políticas acertadas para com estas classes e forças. Tampouco compreendeu devidamente a necessidade que o Partido tinha de efetuar uma retirada tática bem ordenada após o fracasso da Grande Revolução, nem teve uma clara ideia da importância das bases de apoio rurais e o caráter prolongado da revolução democrática. (retornar ao texto)

Inclusão17/02/2016

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