Cunha ameaça “derrubar” Temer. Fedeu!


Por Altamiro Borges

Os tiques nervosos do Judas Michel Temer devem ter piorado nos últimos dias. Uma nota publicada neste final de semana na coluna Radar, da revista Veja, é perturbadora. "Um interlocutor de Eduardo Cunha saiu apavorado de uma conversa recente com o político. Bem ao seu estilo, em que recobre a megalomania com tonitruâncias, o ex-presidente da Câmara soltou uma ameaça retumbante: 'Ficarei conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil'", relata o jornalista Maurício Lima. Após chefiar a "assembleia dos bandidos" que detonou a queda de Dilma, o correntista suíço agora ameaça derrubar o aliado que ajudou a tomar de assalto o Palácio do Planalto. O covil golpista está em pânico!

O motivo da "ameaça retumbante" já é conhecido. Eduardo Cunha se acha traído pelo Judas Michael Temer. Após ter liderado o "golpe dos corruptos", ele considera que simplesmente foi descartado como bagaço pelo usurpador. Na alcova, em pleno sábado à noite, ele até tentou um acordo com o interino. Prometeu renunciar ao cargo de presidente da Câmara Federal para manter seu mandato de deputado federal e evitar a prisão. Especula-se que na ocasião o achacador até fez ameaças ao seu ex-aliado. A negociata, porém, parece que desandou. O resultado da eleição para a presidência da Câmara, com a vitória do demo Rodrigo Maia, fez soar o sinal de alerta. O capacho de Eduardo Cunha na disputa, o tal de Rogério Rosso (PSD-DF), foi tratorado sem dó nem piedade pelo Palácio do Planalto.

Derrota humilhante na Câmara Federal

Segundo reportagem da Folha, publicada em 17 de junho, o resultado da votação irritou o jagunço. "A falta de respaldo do presidente interino, Michel Temer, à candidatura de Rogério Rosso na reta final da disputa pelo comando da Câmara causou fúria no ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e no 'centrão', bloco que agrega partidos pequenos e médios e do qual Rosso faz parte... Cunha disse a aliados, em conversas nos últimos três dias, que se sentiu 'traído' e 'abandonado' por Temer, enquanto deputados do 'centrão' afirmaram à reportagem que pode haver retaliação ao governo em votações". 

Já como presidente eleito, o demo Rodrigo Maia ainda humilhou o seu ex-aliado. Em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, ele afirmou que sua cassação no plenário era inevitável e até fixou a data do abate: "A votação deverá ocorrer na segunda semana de agosto". A mesa da Câmara também determinou o fim de todas as mordomias do ex-presidente - como carros e seguranças - e a entrega da sua luxuosa residência oficial, que oneravam os cofres públicos em quase R$ 500 mil ao mês. A medida foi vista como uma facada desfechada por deputados que foram financiados em suas campanhas pelo próprio Eduardo Cunha - fala-se em 120 eleitos com o apoio do lobista.

Nos dias seguintes à votação, as coisas só se agravaram. A Justiça Federal de São Paulo suspendeu o passaporte diplomático do seu filho, Felipe Dytz da Cunha. A regalia era um absurdo, já que o rapaz é dono de quatro empresas - o Itamaraty fixa que só filhos e enteados que não exerçam atividades remuneradas sejam considerados dependentes. A decisão foi encarada como represália pelo vingativo lobista. Para piorar o clima, a Procuradoria Geral da República anunciou que até aceitaria o acordo de delação premiada de Eduardo Cunha, mas com uma condição: a de que ele cumpra alguns anos de prisão em regime fechado. A sensação do lobista é de que o cerco está se fechando!

"Uma granada na mão"

Diante da iminência de ser cassado e até preso - juntamente com a sua esposa e filha -, o correntista suíço parece que está decidido a entregar todos os bandidos, a começar do chefe Michel Temer. Como argumentou a jornalista Natuza Nery, em matéria publicada na Folha no sábado (23), ele já não tem outra saída... "Se perder seu mandato em agosto, ele fica com uma granada na mão. Restará lançar o artefato longe - no colo de outros? - para não ser detonado". E os estragos serão imensos, podendo encurtar de vez o mandato ilegítimo do usurpador Michel Temer. A jornalista é enfática: 

"Eduardo Cunha sabe muito. Em seus 17 meses de domínio (e até mesmo antes de se tornar o mais poderoso presidente da Câmara da história recente), esteve no centro de todas as decisões da Casa. Negociava com banqueiros, industriais, gente graúda do PIB. Pautava tudo que era matéria tributária e distribuía favores a parlamentares. Mandava no PMDB da Câmara, intermediava financiamento de campanha para partidos e aliados. Segundo o jornal 'O Globo', ele chegou a promover encontros de Temer com o empreiteiro Otávio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez. Poderia esclarecer o que motivou a reunião e sobre o que se discutiu ali – até para que não paire dúvida sobre a conduta de ninguém... Abrir o verbo é também uma forma de se redimir do que a Lava Jato lhe imputa. Talvez já esteja chegando a hora de começar a piscar para alguém, quebrar o silêncio. Fala, Eduardo Cunha".

Caso o achacador resolva, de fato, abrir o bico, o covil golpista de Michel Temer poderá implodir em poucos minutos. A edição da revista CartaCapital desta semana traz uma consistente reportagem do jornalista André Barrocal que indica que Eduardo Cunha teria gravado conversas com o usurpador do Palácio do Planalto. O suposto grampo reuniria os segredos sobre as parcerias entre os dois no setor portuário. Ambos teriam atuado para mudar a Lei dos Portos e favorecer o Grupo Libra, que doou R$ 1 milhão para a campanha eleitoral do Michel Temer. Haja tique nervoso!

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  1. O motivo da "ameaça retumbante" já é conhecido. Eduardo Cunha se acha traído pelo Judas Michael Temer. Após ter liderado o "golpe dos corruptos", ele considera que simplesmente foi descartado como bagaço pelo usurpador. Na alcova, em pleno sábado à noite, ele até tentou um acordo com o interino. Prometeu renunciar ao cargo de presidente da Câmara Federal para manter seu mandato de deputado federal e evitar a prisão. Especula-se que na ocasião o achacador até fez ameaças ao seu ex-aliado. A negociata, porém, parece que desandou. O resultado da eleição para a presidência da Câmara, com a vitória do demo Rodrigo Maia, fez soar o sinal de alerta. O capacho de Eduardo Cunha na disputa, o tal de Rogério Rosso (PSD-DF), foi tratorado sem dó nem piedade pelo Palácio do Planalto.

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