quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Veja não ressuscita Aécio. Coitado!


Por Altamiro Borges

A pesquisa MDA/CNT divulgada nesta terça-feira (9) bagunçou todas as apostas eleitorais. Alguns achavam que o “furacão” Marina Silva poderia vencer a disputa já no primeiro turno. Erraram. Os jornalistas mais honestos, como Ricardo Kotscho, fizeram autocrítica desta leitura precipitada. Outros colunistas, com intimas ligações com o tucanato, torceram para que Dilma desabasse. Também se deram mal. Mas o dado mais cruel da pesquisa é sobre o desempenho de Aécio Neves. A mídia tucana apostou que a “delação premiada e premeditada” de um ex-diretor da Petrobras, obrada pela revista Veja, poderia ressuscitar o presidenciável do PSDB. A pesquisa, porém, mostra que o cambaleante, de fato, virou pó!

Segundo o levantamento, a presidenta Dilma subiu 3,9% nas intenções de voto e agora está com 38,1%. A ex-verde Marina Silva também cresceu (5,3%) e aparece com 33,5%. O problema para a candidata-carona do PSB é que a sua vantagem diminuiu na simulação do segundo turno; ambas estão agora tecnicamente empatadas – 42,7% para a petista e 45,5% para a “socialista”. Já o pobre do Aécio Neves – para quem não se lembra, é aquele do “trensalão tucano”, do “aecioporto” na fazenda do titio-avô e do bafômetro carioca – caiu 1,3% e tem apenas 14,7% das intenções de voto. A revista Veja, editada à beira do esgoto da avenida marginal, até que tentou salvar o tucano. Mas parece que não tem mais jeito!

O resultado da pesquisa da CNT poderá fazer ressurgir o movimento “Volta Aécio, para Minas”. É que as suas intenções de voto despencaram no Estado – o ex-governador mineiro-carioca está em terceiro lugar. Pior ainda: o seu candidato ao governo local, o “mensaleiro” Pimenta da Veiga, também não convenceu os eleitores e está na rabeira do petista Fernando Pimentel. O risco da derrota em Minas Gerais apavora os tucanos, que aparelham o governo mineiro há vários anos. Daí o movimento para que Aécio Neves desista do seu sonho presidencial, defenestre Pimenta da Veiga, assuma a candidatura estadual e tente manter a hegemonia – e os empregos – dos caciques do PSDB em Minas Gerais.

Antes do factoide da “Veja”, esta manobra encontrava-se em estágio avançado. Até o coordenador-geral da sua campanha, o demo Agripino Maia, jogou a toalha e antecipou que PSDB e DEM iriam de Marina Silva. O quadro ficou tão dramático que Aécio Neves foi obrigado a convocar entrevistas para desmentir que desistiria da sua candidatura presidencial. Um fato inusitado e risível! A partir da “delação premedita e premiada”, ele voltou a ficar eufórico. Agora, deverá cair em nova depressão. Pode até não desistir da candidatura presidencial, mas precisará concentrar esforços em Minas Gerais – se não quiser sofrer um profundo abalo na sua carreira! Uma notinha na Folha neste domingo já apontava este risco:

“A campanha de Aécio Neves reconhece que um de seus maiores erros foi descuidar de Minas Gerais. Ele contava com uma vitória histórica em seu Estado, mas desabou para o terceiro lugar, com apenas 22% no Datafolha... Já de olho no pós-2014, o candidato pediu esforço máximo para evitar que um fiasco em casa comprometa suas ambições futuras... Nos últimos dias, Aécio ouviu uma série de relatos de voto útil em Marina em bases tucanas... O vice Aloysio Nunes resume a situação: ‘Muitos eleitores nossos dizem que preferiam Aécio, mas acham que só a Marina pode derrotar o PT. Essa é a pedreira que nós temos que enfrentar’”. De fato, a cambaleante candidatura tucana está virando pó!

*****

Leia também:






Um comentário:

  1. Antes do factoide da “Veja”, esta manobra encontrava-se em estágio avançado. Até o coordenador-geral da sua campanha, o demo Agripino Maia, jogou a toalha e antecipou que PSDB e DEM iriam de Marina Silva. O quadro ficou tão dramático que Aécio Neves foi obrigado a convocar entrevistas para desmentir que desistiria da sua candidatura presidencial. Um fato inusitado e risível! A partir da “delação premedita e premiada”, ele voltou a ficar eufórico. Agora, deverá cair em nova depressão. Pode até não desistir da candidatura presidencial, mas precisará concentrar esforços em Minas Gerais – se não quiser sofrer um profundo abalo na sua carreira! Uma notinha na Folha neste domingo já apontava este risco:

    ResponderExcluir