Em reunião com equipe de segurança, Obama analisa ataque à Síria



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou neste sábado reunir "os fatos e as provas" antes de tomar qualquer decisão sobre uma eventual intervenção na Síria, em meio a indícios de que forças do Pentágono se posicionam para uma possível ação militar. 


O chefe da Casa Branca manteve um encontro neste sábado (24) com sua equipe de segurança nacional para analisar a escalada de tensões na nação árabe a partir das novas acusações sobre o suposto uso de armas químicas, uma alegação que as autoridades de Damasco negam peremptoriamente.

"Temos uma ampla gama de opções disponíveis. Estamos tomando decisões em consonância com nossos interesses nacionais", disse uma autoridade da Casa Blanca, citada na página digital do diário The Washington Post.

Uma vez que os fatos sejam determinados, o presidente decidirá como responder, enfatizou a mesma fonte, não identificada.

Estes comentários são feitos um dia depois que o secretário da Defesa, Charles Hagel, disse a jornalistas que Obama pediu aos comandantes que preparem opções militares quanto à Síria.

O funcionário do governo não fez alusão aos movimentos navais em concreto, mas assinalou que a equipe de segurança nacional de Obama tem "uma gama de opções disponíveis" para fazer frente à suposta ameaça síria. 

As palavras de Hagel e a reunião deste sábado indicam uma mudança de tática da administração Obama quanto ao caminho de fortalecimento das sanções econômicas e diplomáticas com o objetivo de derrocar o presidente sírio Bashar Al-Assad.

Obama disse meses atrás em tom ameaçador que as forças de Al-Assad cruzariam uma "linha vermelha" si utilizarem armas químicas, o que poderia desencadear uma resposta militar dos Estados Unidos.

Na última quarta-feira (21), grupos da oposição armada acusaram o Exército Árabe Sírio de efetuar um eventual ataque com gases tóxicos.

Damasco negou peremptoriamente as acusações, que qualificou de grosseira manipulação para impulsionar os acalentados planos de intervenção militar no país. 

Enquanto isso, os Estados Unidos reforçaram sua presença naval na região e os conselheiros de Obama lhe sugeriram que tenha em conta em seus planos o modelo de intervenção no Kosovo em 1999, realizado sob o guarda-chuvas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que permitiria atuar sem um mandato da Organização das Nações Unidas, segundo informou o diário New York Times.

Obama também discutiu sobre a Síria com o primeiro-ministro britânico David Cameron e acrescentou que fará mais consultas sobre as “potenciais respostas da comunidade internacional”.

A proposta é analisada diante de um possível veto da Rússia no Conselho de Segurança das Nações Unidas. 

Em 1999, o ex-presidente Bill Clinton aproveitou o apoio da Otan e levou a cabo ataques aéreos durante 78 dias contra Kosovo e outras regiões da Sérvia, inclusive a capital , Belgrado, sob o pretexto de proteger a população vulnerável, sem contar com a aprovação da ONU. 

Com Prensa Latina e Hispan TV

Comentários

  1. "Temos uma ampla gama de opções disponíveis. Estamos tomando decisões em consonância com nossos interesses nacionais", disse uma autoridade da Casa Blanca

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