Curitiba , racismo:PROFESSORA DA UFPR CONDENADA POR RACISMO.
Por *Mario de Andrade
A professora Ligia Regina Klein, do setor de educação da Universidade Federal do Paraná, teria feito o seguinte comentário dentro de uma sala de aula, dirigindo-se a duas estudantes negras: "Vocês, só fazendo lanchinho. Duas macaquinhas comendo banana. Eu também gosto de banana em doces, bolos".
O fato, ocorrido na data de dia 11 de abril de 2012 envolveu as alunas Eliane Regina Graciano e Kely Cristina Cunha, ambas do segundo ano do curso de pedagogia. Logo em seguida, a professora teria se aproximado novamente das alunas, que haviam esquecido de levar um texto que seria analisado em sala, e dito a uma delas: "Esqueceu de trazer o texto, mas a bananinha não esqueceu, né". As alunas protocolaram a denuncia no Ministério Público de Curitiba.
SENTENÇA: CONDENO LIGIA REGINA KLEIN por injuria infração ao art. 140, § 3º,
combinado com o art. 141, inc. III e art. 70, todos do Código Penal." Dispositivo: "Face o exposto, JULGO PROCEDENTE a denúncia e CONDENO LIGIA REGINA KLEIN por infração ao art. 140, § 3º, combinado com o art. 141, inc. III e art. 70, todos do Código Penal." Penas Privativa de liberdade: 1 ano e 6 meses e 20 dias em regime inicial Aberto. Substituída pelas seguintes penas restritivas de direitos: Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná - Prestação de serviços: `a comunidade, 100 horas, segunda a sexta, paós trabalho, uma por dia, até cumprimento da pena - Multa: 10 dias-multa Pecuniária (multa): - Dias-multa: 26 - Proporção do Salário Mínimo: 1/2 Magistrado: Mauro Bley Pereira Junior .-
Mario de Andrade, dirigente da UNEGRO -Pr
A professora Ligia Regina Klein, do setor de educação da Universidade Federal do Paraná, teria feito o seguinte comentário dentro de uma sala de aula, dirigindo-se a duas estudantes negras: "Vocês, só fazendo lanchinho. Duas macaquinhas comendo banana. Eu também gosto de banana em doces, bolos".
ResponderExcluirÉ, condenada por racismo. Acho gozado, os verdadeiros professores racistas da UFPR nada sofreram, enquanto a professor, que nunca foi racista, é punida por um comentário infeliz. Destruida a carreira de uma profissional que sempre esteve do lado das minorias. Bela Justiça!!!!
ResponderExcluirQue as alunas não leram os textos indicados, estavam matando aula e agindo com descaso, tudo bem, são alunos e podem tudo. Deprimente!
Fui e sou a primeira a afirmar que o racismo corre solto no Brasil e a primeira a dizer que a Universidade ainda tá impregnada de branquice. Sou a primeira a levantar a voz contra qualquer constrangimento que façam às manas negras, mas eu acredito piamente que a professora (de quem sou ex aluna) teria dito a MESMA coisa se fossem alunas brancas. Ela tem o hábito de fazer piadinhas, ela sempre tenta quebrar o gelinho. É um hábito dela e duvide-o-dó que tenha sido uma "vazão" de racismo contido. Até porque ela foi mesmo uma das primeiras a se posicionar sobre a questão das cotas (Lá atrás, gataiada, em 2004, quando a universidade inteira rechaçava a entrada "permissiva" de negros); E aposto que, como ela agiu despretensiosamente ao falar de macacos e bananas, de certo nem tenha se dado conta de como o contexto era realmente infeliz. Mas agir como uma racista? NÃO. É difícil viver em tempos nos quais pisamos em ovos, e certamente devemos ter mais e mais cuidado, pelo respeito às manas negras. Mas malhamos o Judas errado, colegas. A professora Ligia sempre fez brincadeiras assim. Nunca teve sentido perverso e eu aposto que ela não conectou os termos usados à especificidade dos tons de pele das colegas. É muito lamentável saber de tudo isso. Pena mesmo. E as colegas não lerem o texto, as colegas comerem dentro da sala, as colegas desrespeitarem.. Nada disso vem ao caso ou diminui a falta da professora, mas explica até a razão da brincadeira. Difícil!
ResponderExcluirmariah.gatti@gmail.com
Caro Senhor Carlos Maia,
ResponderExcluirNa tradição do melhor jornalismo - aquele que mostra não só as duas faces da mesma moeda, mas todas as nuances das centenas de camadas que a constituem - encareço que vossa senhoria noticie minha inocência, reconhecida pelo STJ. Vale esclarecer que o hoje criticado como "tribunal de brancos" foi provocado pelas alunas, pretensamente injuriadas. Elas esgotaram todos os recursos legítimos e legitimados do tribunal que escolheram (ao arrepio do diálogo e em favor da execração pública). Daí a relevância, para mim, do veredito da minha inocência, coerentemente com minha história de luta pelas minorias. Agradeço antecipadamente sua manifestação. Att. Professora Lígia Regina Klein