Ao
longo de décadas, o automóvel foi prioridade no investimento em
mobilidade urbana na cidade de São Paulo. Ocorreu um desenvolvimento no
mercado de crédito, produção de insumo, controle pelo governo no
combustível, investimento em vias públicas – onde na maioria das vezes, o
automóvel recebia prioridade.
Isto é, o transporte coletivo utilizado
pela maioria dos trabalhadores acabou sendo prejudicado por ter menos
investimento e não ter um planejamento de acordo com as demandas das
grandes cidades. Infelizmente a população que mora nas periferias da
cidade é a mais prejudicada, pois residem distante dos locais de
emprego, consumo e entretenimento. Além disso, sofre com a espera
absurda nos pontos de ônibus. Enfrentam todos os dias ônibus
superlotados para ir e voltar do trabalho ou estudar, congestionamentos
quilométricos e muitas vezes, falta dinheiro para pagar as tarifas
caríssimas.
Esses
problemas também são frutos da exploração do transporte coletivo, por
conta de empresas privadas, que o administram e servem a interesses
econômicos, de lucro e acumulação de capital.
Anualmente uns dos mais receios da
população são os reajustes das tarifas de ônibus, trem e metrô. Essas
empresas não poupam o bolso do trabalhador, pressionam o governo que se
deixa ceder pelos reajustes no alto custo das tarifas e retenção ao
investir em infraestrutura.
Diante desta negligência, é legitimo e
necessário o ato de se manifestar, e é ampla a comoção da população,
pois são muitas as indignações. O que não aceitamos num Estado
democrático é a forma repressora, violenta que age a PM nos protestos e
no cotidiano da juventude nas periferias. A conduta policial controlada
pelo governador de São Paulo tem causado mais revolta e atos extremos
por conta de uma minoria dos manifestantes.
É possível para a prefeitura de São
Paulo não ceder aos interesses dos empresários e ficar ao lado do povo
revogando o aumento da tarifa e promover um amplo diálogo sobre as
melhorias no transporte público com a população paulistana. Estamos
confiantes e sempre na luta!
União da Juventude Socialista – SP
São Paulo, 12 de junho de 2013
http://ujs.org.br/portal/?p=16220
O que não aceitamos num Estado democrático é a forma repressora, violenta que age a PM nos protestos e no cotidiano da juventude nas periferias
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