Classe média, esses medíocres


  • Por Pedro Cavalcanti


    Já viram a classe média  numa padaria, numa churrascaria? Acho que essa imagem reflete muito do que são. Eles querem ser servidos. Levantam a mão, estalam os dedos e cobram pressa dos garçons que correm pra lá e pra cá. Não satisfeitos, precisam reclamar do serviço, pra deixar bem claro sua ideia de “superioridade do cliente”, aquele que paga.

  • São gulosos; repare em como eles olham pra comida. Se refestelam por onde estão e levam um monte pra casa. Em muitos casos a comida estraga na geladeira, mas a empregada não leva. No ambiente de trabalho, não cumprimentam quem faz a manutenção ou a limpeza. Por outro lado, como respeitam muito autoridade e hierarquia, são submissos ao extremo com “superiores” . Exigir aumento de salário e melhores condições de trabalho? Jamais...

  • Querem covardemente conservar o emprego a todo custo, e assim negam as próprias opiniões, fazem vistas grossas a condutas antiéticas da própria empresa pra qual trabalham, e, ironicamente, entram em campanhas virtuais por moralidade na política pra afirmar sua “qualidade de cidadão honrado”. Essa é a função deles: conservar o status quo.

  • Falam alto, têm sempre o mesmo senso de humor, as mesmas piadas, os mesmos assuntos. Costumam ser apaixonados pelo que aparenta elegância ou sofisticação (veja como adoram pontos turísticos onde podem experimentar um “pedacinho da Europa” no próprio país e assim vestir um cachecol numa temperatura de 20 graus, sem se dar conta do ridículo), mas não notam a própria grosseria e deselegância (pra ser eufemista) ao subjulgar os que estão em desvantagens econômicas e inocular preconceitos.


  • Sua ética se restringe ao ambiente onde trabalham; não se trata da ética em que o respeito aos concidadãos é afirmado, mas de um conjunto de normas de uma empresa. Veja a confusão! Sua relação com a mídia é ainda mais triste: eles leem e repetem, leem e repetem. Se a mídia for internacional, então...


    • Basta um jornal em língua inglesa listar dados macroeconômicos negativos sobre o Brasil para saírem cuspindo o que leram, sem saber que os mesmos dados foram adquiridos, na maioria dos casos, em instituições do próprio país e que eles podem ser facilmente acessados pela internet em sites oficiais (IBGE, DIEESE, FGV, IPEA, etc.), os quais, em muitos casos, refutam completamente as análises enviesadas da nossa mídia.

    • Acreditam realmente que tiveram uma boa educação; e essa “boa educação” se restringe a um punhado de informações apanhadas a esmo ao estilo Vestibular e a um conjunto de regras gramaticais. Num debate ou conversa, procuram observar se o interlocutor cometeu algum erro de gramática para desqualificá-lo. Pra que se importar com conteúdo? Igualmente irônico, é que não se dão conta dos próprios erros. 
    • Deus me livre da classe média paulistana; “antes um argueiro, antes uma trave no olho”. Média, medíocre, mesquinha.


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    1. Falam alto, têm sempre o mesmo senso de humor, as mesmas piadas, os mesmos assuntos. Costumam ser apaixonados pelo que aparenta elegância ou sofisticação (veja como adoram pontos turísticos onde podem experimentar um “pedacinho da Europa” no próprio...

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