sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Campanha midiática contra Coreia Popular prossegue


Do Portal Vermelho


Em artigo publicado no blog República Socialista, Ícaro Leal Alves comenta a intensificação da campanha midiática contra a República Popular Democrática da Coreia, reunindo pérolas das especulações que a mídia corporativa faz contra o governo e o sistema social e econômico do país.


Vejam essa "reportagem" de O Estadão:

“Novas fotos do ditador norte-coreano Kim Jong-un durante uma reunião de trabalho chamaram atenção por uma ‘raridade’ no país: um smartphone. O telefone usado por Kim seria um modelo fabricado em Taiwan. No começo do ano, o líder deu ordens para que os norte-coreanos que forem flagrados com telefones contrabandeados de outros países sejam fuzilados.” (ESTADÃO, 7/2/2013)
 
Acontece que em outra reportagem mais antiga de outro órgão jornalístico podemos encontra a seguinte informação; “A Coreia do Norte conta com mais de 1,5 milhões de utilizadores de telemóveis, número que traduz um crescimento superior a 50 % face aos 950 mil registados no final do ano passado, informou hoje o diário sul-coreano Chosun Ilbo.” (EXPRESSO, 21/11/2012)

O mais interessante. Ficamos sabendo na mesma reportagem que “Em virtude de um acordo com o governo da Coreia do Norte, a Orascom [grupo egípcio de telecomunicações] presta serviços de telecomunicações móveis com serviços 3G desde 2008 através da empresa conjunta Koryolink.” (EXPRESSO, 21/11/2012)

Ou seja, na Coreia Popular não só não é proibido o uso de telefones moveis estrangeiros como o grupo responsável pela distribuição de telefones naquele país é também estrangeiro.

O site de noticias Terra, que também noticiou o fato – e também apresentou uma serie de especulações contra o governo norte-coreano –, não fez qualquer menção a ameaças de fuzilamentos, como também informou que a empresa taiwanesa que produz os smartphones não quis identificar o aparelho, sendo a “confirmação” da marca do produto especulação do governo de Seul. (Tecnologia.Terra, 5/2/2013)

Um órgão de imprensa português, que recentemente noticiou falácias sobre o "canibalismo generalizado" devido à fome na Coreia Popular, O Diário de Notícias, conseguiu ser mais objetivo que o Estadão, noticiando simplesmente; “A imprensa sul-coreana especula sobre qual seria a marca do aparelho, pois alguns dos possíveis fabricantes são empresas de países sem relações com Pyongyang. Para alguns meios de comunicação trata-se de um Samsung, outros dizem ser um HTC (de Taiwan) e para outros seria um iPhone da norte-americana Apple.” (Diário de Notícias, 5/2/2013)

Na mesma reportagem de O DN, encontramos uma informação que arranca algumas gargalhadas. A saber, “Os serviços secretos da Coreia do Sul também concluíram que seria mais provável ser da marca taiwanesa”. É possível um maior atestado da falta de argumentos dos governantes do sul do que a necessidade de seus serviços secretos investigarem a marca do aparelho telefônico do líder do governo do norte?

Logo em seguida o mesmo site reiterou a informação já mencionada. “A HTC, por sua vez, recusou-se a confirmar que seria um dos seus aparelhos”.

Fonte: Blog República




http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=205905&id_secao=6

Um comentário:

  1. Na Coreia Popular não só não é proibido o uso de telefones moveis estrangeiros como o grupo responsável pela distribuição de telefones naquele país é também estrangeiro.

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