Malcolm X: figura emblemática da luta pelos direitos civis








Malcolm X foi morto a tiros em 1965, quando proferia um de seus discursos inflamados no Harlem, bairro da periferia de Nova York.

Desejava extirpar a miséria do mundo. Soltava faíscas no governo americano, no sistema capitalista e na Nção do Islã. Conquistou seguidores e inimigos, que terminaram por lhe assassinar.

Com este post, vamos tentar entender um pouco mais sobre as origens desse qüiproquó.

A figura de Malcolm X é emblemática na história luta pelos direitos civis nos Eua, durante a década de 1960. O racismo de ambos os lados (Brancos X Negros e Negros X Brancos) foi motivo de muitos crimes.

A vida do ativista foi bastante controversa. Nascido no Estado de Nebraska, em 1925, viu sua casa ser incendiada por homens brancos. Aos seis anos de idade, perdeu seu pai que, após ser espancado, foi atirado em uma linha de trem.

Na juventude, já no Harlem, consumiu e traficou drogas. Chegou a ser preso por assalto. Na cadeia, converteu-se ao Islã, e decidiu vingar-se dos homens brancos.
Alistou-se em uma seita (ops, tomara que os fiéis de Alá não me processem, pois tenho muito respeito pelo Islã e seus seguidores), e iniciou os pronunciamentos de seus discursos. Tornou-se um pastor destacado entre os demais, fundando templos e o jornal da Nação do Islã. No início da década de 1960, a Nação do Islã beirava os 100 mil seguidores.

Por causa de seu ódio irrefreável contra os brancos, e também por denunciar a inércia da Nação do Islã (Malcolm dizia que estava “andando muito devagar”, não colocando em “prática” os ensinamentos que teorizava), começou a ter atritos com o líder da Nação do Islã, Elijah Muhammad. Acabou sendo expulso.

Fundou, então, a Mesquita Mulçumana Inc., e fez várias viagens internacionais, criando laços com muçulmanos de várias partes do mundo, e fortalecendo o ideal de unificação de unidade das classes trabalhadoras e do socialismo.

Como todo muçulmano, Malcolm X também viajou para Meca, capital sagrada do Islã. Durante essa viagem, reviu suas idéias, e, após o contato com líderes de movimentos de independência na África, abandonou o pensamento vingativo que nutria contra os brancos. Desde então, passou a acreditar na coexistência pacífica entre as raças.

O inimigo agora era outro…

Contemporâneo a Malcolm X, o também ativista Martin Luther King apostava na resistência não-violenta como forma mais adequada para a luta contra o racismo. Aproximado de um pensamento de esquerda, professava idéias marxistas como a união das classes trabalhadoras, e incentivando greves.

Inicialmente, Malcolm seguia uma trilha mais radical, propagando idéias a favor da criação de um estado autônomo para os negros. Mas, depois de suas viagens, foi possível reconstruir seu pensamento.

Abandonando algumas de suas velhas idéia, deu um salto sobre o Nacionalismo Negro, partindo para um pensamento anti-capitalista, que transitava nas bordas do socialismo. Ele considerava o capitalismo com um sistema excludente e racista.

Esse agora era o espírito de seu novo inimigo, encarnado no corpo do governo americano.

Aderindo ao desafio contra o capitalismo e pela unidade dos povos oprimidos, Malcolm X disse, certa vez:

“Eu estarei com qualquer um, não me importa a sua cor, desde que você queira mudar a condição miserável que existe nesta terra.”

Tal pensamento representava perigos: despertava um espírito crítico em seus milhares de seguidores, por um lado, e, por outro, inflamava o ódio no olhar de seus inimigos.

Dentro de semanas Malcolm X foi morto, assassinado pelo estado, com o apoio da Nação do Islã.

Fonte:http://acertodecontas.blog.br/atualidades/malcolm-x-um-emblema-da-luta-contra-o-racismo-e-o-capitalismo/

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