A direita e o engodo da “luta contra a corrupção”
A imprensa capitalista e a direita esperavam que no feriado de 12 de outubro se repetissem as manifestações autodenominadas contra a corrupção que se viram no dia da Independência. Mesmo não tendo sido muito grandes, foi o máximo que a direita conseguiu fazer em décadas. Os elogios à manifestação deixaram entrever o que a direita brasileira realmente espera desse movimento. O principal membro da organização católica ultra-reacionária, Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco, escreveu em um artigo: “vislumbro nas passeatas da faxina verde-amarela o reencontro do Brasil com a dignidade e esperança”, o que evidentemente se refere às marchas organizadas pela Igreja logo antes do golpe militar de 1964. Apesar das exortações públicas dos parlamentares do PSDB e da Igreja Católica a que a população se manifestasse contra a corrupção e imoralidade do governo, as manifestações só diminuíram. No entanto, as manifestações que ocorreram no dia 12 tiveram um caráter político muito mais concreto, evident...