Em memória de uma vítima esquecida do mundo que a Globo ajudou a criar em 1964. Por Paulo Nogueira
Por Paulo Nogueira - 25 de abril de 2015 Dodora e seu sorriso invencível Uma figura feminina aparece na minha mente sempre que leio a respeito do papel da Globo no golpe de 1964. Do Diário do Centro do Mundo Não a conhecia até recentemente, mas me apaixonei assim que a vi. Ela estava num documentário sobre o golpe a que assisti no ano passado. PUBLICIDADE É um trabalho rústico, uma câmara e depoimentos. E é sublime como retrato de uma época sinistra. O documentário foi gravado em 1971, no Chile. Os autores foram dois cineastas americanos – Haskell Wexler e Saul Landau — que estavam no Chile para entrevistar Allende. Eles souberam que havia um grupo de exilados brasileiros com histórias de tortura e decidiram registrá-las com sua câmara. O grupo tinha sido trocado pelo embaixador da Suíça no Brasil. Surgiria, como que por acaso, “Brasil, um relato da tortura”, um pequeno épico do cinema que não se curv...